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Paulo Jacobina
A Vitalidade é o atributo do Absoluto responsável por animar tudo o que existe e o que não existe. É o Tecido Elementar que sofre a atuação do Agente Modelador, dando origem a toda a criação. Tudo o que existe e o que não existe é constituído de Vitalidade em diferentes estágios e, por isso, é vivo e está em algum grau na Consciência.
A Vida é a manifestação da Vitalidade e, por ser constituída de Vitalidade, tudo o que existe e o que não existe é vivo e não pode morrer, apenas se transformar, ou pela atuação unificadora do Eu ou pela separadora do Agente Modelador.
A Morte[1], de fato, inexiste, pois, para existir deveria ocorrer a ausência da vida, porém tudo o que existe e o que não existe é constituído de Vitalidade e, consequentemente, está vivo. Mesmo quando um Eu deixa de animar um Corpo Existencial, a morte inexiste, uma vez que naquele Corpo Existencial ainda há vida, pois, outros Eus ali se encontram animando os elementos que o constituíram.
ASPECTOS DA EXISTÊNCIA
Tudo o que existe e o que não existe nada mais é do que a forma manifesta do Absoluto se apresentando de acordo com o estado da Consciência no qual está.
Toda manifestação possui três aspectos: Tamas, o aspecto negativo, passivo, noturno, escuro, feminino, frio, a reação, o silêncio; Rajas, o aspecto positivo, ativo, diurno, luminoso, masculino, quente, a ação, o som; e Sattva, o aspecto neutro, do equilíbrio.
Enquanto Rajas e Tamas se apresentam como polos opostos de uma manifestação, Sattva é o equilíbrio entre os dois pelo qual aquela manifestação entra em sintonia com o Absoluto e consegue se deslocar, por ressonância, na Consciência.
A interação entre os três aspectos se dá de forma similar à de um pêndulo simples, no qual o pêndulo é o Eu; o fio no qual o pêndulo está preso é a Consciência; o pivô é o Eu Superior; a força que movimenta o pêndulo para um lado é Rajas; a força que o movimenta para o lado oposto é Tamas; a posição de equilíbrio é o Sattva; enquanto que a posição na qual o pêndulo se localiza no sistema é a sua realidade ilusória. O tamanho da elongação[2] varia de acordo com o estado da Consciência no qual o Eu se encontra: quanto mais próximo ao Eu Inferior, maior é a elongação, ao passo que, quanto mais próximo do Eu Superior, menor é a elongação.
Independentemente da localização do Eu nesse sistema pendular, da sua realidade ilusória, os três Aspectos da Existência nele se manifestam, mas com intensidades diferentes.
Sendo o deslocamento entre Rajas e Tamas decorrente da utilização do Ódio, ao fazer uso do Amor e alcançar o Sattva, o Eu pode transformar a sua realidade ilusória.
Compreendendo que o Grande Plano Físico é a manifestação do Grande Plano Mental, pela utilização do Amor e do Ódio, o Eu pode dar origem às formas-pensamento, sendo certo que estas se manifestam no Grande Plano Físico transformando a realidade ilusória na qual o Eu se encontra.
[1] A Morte a que se fala é a com significado de fim da Vida. Contudo, a morte com significado de transformação, transição existe em infinitos estágios da existência.
[2] Elongação é a coordenada que determina o distanciamento do objeto do seu ponto de equilíbrio, sendo essa coordenada contida na amplitude do sistema.
~ Paulo Jacobina mantêm o canal Pedra de Afiar, voltado a filosofia e espiritualidade de uma forma prática e universalista.
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