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O ovo filosófico é não só o lugar de nascimento mas o recipiente contêiner das novas atitudes simbolizadas pelo objetivo alquímico da coniunctio, a união dos opostos (masculino e feminino, a consciência e o inconsciente, etc). Aqui esse objetivo representado como o hermafrodita que triunfa sobre o dragão e o globo alado do caos, os rostos ameaçadores do inconsciente, os sete planetas representam diferentes aspectos da personalidade, as sete etapas da transformação — Jamsthaler, Viatonum spagyricum (1625).
ALQUIMIA
Cânticos que ressonam na noite, como serpentes ondeantes de bravura; dossel de fina gaze transfiguram um solene ritual, deste poder. Rebeldes, mas heróicos foram sempre aqueles que, em virtude de estímulo, puderam entregar sem calcular. Quem usou dessa magia inigualável, é que foi; em seu princípio, venerável escudeiro ao som do louvável. Heróica redenção, do Alto Rei, que assumiu suas potências invisíveis, e ao querer perdurar, no possível, em seu castelo fez seu quartel. Horizontes perdidos, foram eles, que uniram sua dor, ao balancim de finas cascavéis que ressonam, e ao céu, configuram seu vir. Se o forte pedestal, ficou na cúpula, a tocha de sua fé o iluminará, encontrando a pedra e, a sua luz, enfrentando-se a ela prenderá. Quiseram escrutinar no profundo, e, desse misterioso escavar, puderam verter nas trevas, tirando do escuro a verdade.
E dela, seu calor, deu-lhes abrigo
que, em simultâneo amor os unirá.
Velozmente, sua marcha será um trio
virginal, alegórico e ritual
que será ouvido sempre, do ninho,
onde o grito foi sua pátria de domínio,
e sossegarão as vozes sem sentido, quando
surgir da alquimia, a verdade, e em
foros de princípios intangíveis, o
cósmico, verter em alusivos arquétipos
que fracionam o visível, com atenuantes
olhares de chegar, o arquivo onde nascem
as sementes, que em cativa, brilhante e
branca fonte, renascem como aves, a voar
ao escabelo onde têm suas figuras, que,
retomam as linhas que os guiam com
premissas de um Todo, ao Total.
E escutando as vozes do Oriente,
terão muito que ver no presente,
desta forja ardente, em eclosão.
Eram todos eones que, perdidos,
transitavam o arco de um esquecimento,
e foram a verdade e a razão detrás da magia,
que perene, tinha como débil,
sua missão. O lugar dos grandes
campeões, tenazmente, é pinçar
nos arcanos de um passado que deve
vislumbrar. Não é de hoje mas; sempre
foram leais, os que usaram sua magia e
seus rituais para dar ao embrião, sua grande
missão, da tripla energia que hoje culmina na visão do grande,
em redenção.
E neste demitir dessa grande forma,
pretender discernir o grande mistério,
possivelmente, quem fora dono, do império que
encerra a palavra, transmutar. A
alquimia que, talvez, foi figurada em
remotos começos de um passado, para abrir
na via, seu caudal de verdades sutis,
irrompidas por vistas, que cessaram em um
dia e hoje começam talvez seu cavalgar,
surgindo qual brilhante trilogia que é:
fôlego, verdade e domínio. Cinzele
de esculpidas impressões foram sempre a
razão desses campeões que souberam
honrar a grande verdade, e, nestas letras
que hoje, estão escritas, verificam que desta
grande alquimia seus passos puderam
encontrar, e ao chegar ao fundo desse
evento, discernir do efêmero, o real.
Chela Sisti – Elio A. Casali
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