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Magia do Caos

Mudanças de Paradigmas e Aeons

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Peter J. Carroll

Todos os sistemas de pensamento e com preensão se originam de uma variedade de bases postuladas a respeito do universo e da relação humana com ele. Estas idéias e suposições vão maquiar os paradigmas ou visão do mundo dominante pelo qual uma cultura ou indivíduo interage com seu universo. Aeons são marcados pela passagem de vários grandes paradigmas de pensamentos metafísicos em lugar da passagem de períodos fixados do tempo histórico. Dentro de cada paradigma haverão paradigmas menores os quais contribuem com o todo. Por exemplo, na cultura dominante da Europa e América branca anglo saxã Protestante, com seus paradigma dependentes do individualismo humanitário liberal e so trabalho ético, e ciência com seu paradigma dependente da causalidade e materialismo.

Outras culturas tem tido e ainda tem visões de mundo completamente diferentes as quais são difíceis para um estranho de entrar. O universo (sendo a criatura acomodante como ela é) tenderá a prover confirmação de qualquer paradigma que alguém escolha viver dentro. Nós estamos, sob certa extensão, num universo observador-criado. No lugar de apenas acumular dentro a visão de mundo mágica uma maneira fortuita, é útil considerar os paradigmas alternativos nos quais devemos intencionar operar. Como a maioria de nós já temos nossos seres dentro de um paradigma cultural científico, uma visão mágica moderna vê encopassadamente isto também se isto é para ser efetivo numa civilização tecnológica. Seus paradigmas mágicos alternativos são mostrados abaixo,e eles são de fato uma estranha mistura de feitiçaria e hyperciência. Todos eles parecem um pouco loucos no nosso ponto de vista normal, mas nosso ponto de vista normal também prova ser bastante estranho em inspeção aproximada.

Todos paradigmas mágicos participam de alguma forma de ação por uma distância, seja esta uma distância de espaço ou tempo ou ambos. Apesar de sermos incapazes de imaginar como isto pode ocorrer, deveríamos não arremessar isto janela abaixo. Ciência pode certamente demonstrar tanto ação à distância com gravidade e magnetismo e a distorção espaço/ tempo na tão chamada realidade ordinária. Em magia isto é chamado de sincronicidade. Um evento mental, percepção ou um ato de vontade ocorre ao mesmo tempo (em sincronia) a um evento no mundo material. Ciência não nega a possibilidade de que pura informação possa ser transmitida de local a local; de fato o Princípio Quântico da Inseparabilidade exige de que isto deve acontecer. É claro que isso pode sempre ser perdoado como coincidência, mas a maioria dos magos seriam um tanto contente ao estarem aptos a arrumarem as coincidências. Os seis paradigmas que seguem procuram explicar o mecanismo em operação.

O Paradigma Caoetérico

O universo manifesto é apenas uma minúscula ilha de ordem comparativa, fixo num infinito oceano de Caos primitivo ou potencial. Além disso, esta limitação do Caos penetra qualquer interstício de nossa ilha de ordem. Esta ilha de ordem foi randomicamente vomitado fora do Caos e irá eventualmente ser dissolvido novamente dentro dele. Apesar deste universo ser um evento altamente improvável, isto foi compelido de ocorrer eventualmente. Nós mesmos somos a estrutura mais altamente ordenada conhecida nesta ilha, ainda que bem no centro de nossos seres está uma faísca deste mesmo Caos o qual da ascensão à ilusão deste universo. É este faísca de Caos que nos anima e nos permite trabalhar com a magia. Nós não podemos perceber o Caos diretamente por isto simultaneamente conter o oposto a qualquer coisa que possamos pensar que ele seja. Nós podemos, entretanto, ocasionalmente vislumbrar e fazer uso da matéria parcialmente formada a qual tem somente uma existência probabilística e indeterminada. A esta coisa podemos chamar de éter.

Se isto nos fizer sentirmos melhores podemos chamar isto de Chaos, o Tão, ou Deus e imaginar isto como sendo benevolente e com sentimentos humanos. Existem duas escolas de pensamentos em magia. Uma considera o agente formador do universo ser randômico e caótico, e o outro considera que isto é uma força de consciência espiritual. Como eles tem somente a si mesmos nos quais basearem suas especulações, eles estão basicamente dizendo que suas próprias naturezas são ambas consciências randômicas, caótica ou espiritual. Eu mesmo estou inclinado à visão de que minha consciência espiritual é randômica e caótica num ponto de vista aceitável.

Manipulação da Probabilidade

Este é um paradigma muito mais modesto, muito menos pretensiosa cosmicamente que o primeiro paradigma. Ali há um ponto em algum lugar na gênesis de qualquer evento quando a sua futura realidade é incerta. O universo não é uma estrutura automática; ali há um nível de desorganização dentro do qual o universo por si mesmo não sabe o que é e o que fazer a respeito. A informação não é previsível até mesmo nos eventos por si mesmos. Bizarro como isto possa parecer, ali há até mesmo uma formulação matemática acurada dos limites desta desorganização, o Princípio da Incerteza de Heinzeberg. Agora eventos na mente certamente participam de uma qualidade similar: eles são imprevisíveis e surgem aparentemente sem causa. Isto tem sido suspeitado, até mesmo por cientistas, de que ali há uma variável

estendida a qual causa eventos de materializar numa forma particular d uma quantidade d possibilidades. Esta variável escondida é suspeita de ser a consciência ou a informação. Consciência, então, poderia estar controlando como os eventos intermediários irão de fato materializar-se. Armado com esta idéia è aplicando a sua magia ao ponto crítico, o mago pode engendrar algumas coincidências impressionantes.

Teoria do Campo Mórfico

A hipótese extraordinária e romântica da causalidade formativa provê um excelente paradigma mágico. Resumidamente, ela atesta que seja quando for que um novo evento ocorra no universo, ele predisponha todos eventos posteriores similares a ocorrerem da mesma forma pelo gerenciamento de um “campo mórfico” onipresente pela ação do tempo e do espaço. A hipótese não tange a si mesma com o porque do evento ocorrido em primeiro lugar, mas sugere que tão logo ao ter acontecido gera este campo mórfico com o qual acontecerá de forma semelhante novamente. Isto provê racionalidade para muitas magias.
Clarividência, por exemplo, é a tapão de um campo mórfico deixado por um evento à distância ou em passado recente. Somente profecias, sempre a mais duvidosa das artes mântricas, não pode ser encaixada neste esquema. Atavismos, entidades, deuses e demônios seriam representações de campos mórficos deixados por pensamentos animais e humanos. Magia simpatética torna-se representações deliberativas de um evento em miniatura para produzir um campo mórfico o qual causa o evento desejado a ocorrer aonde for. Se imaginar um evento é o suficiente para gerar um pequeno campo mórfico, então a efetividade da visualização estará explicada.

Religiões tem a visão de que a consciência precede vida orgânica. Supostamente haviam deuses, forças angelicais, titânicas e demônios atuando no palco antes que a vida material se desenvolvesse, A ciência toma a visão oposta e considera que a maior parte da evolução orgânica ocorrera antes que o fenômeno da consciência aparecesse. A visão mágica, a qual tem dado mais atenção à qualidade da consciência por si mesma, tome uma visão alternativa e conclui que as formas orgânicas e psíquicas se envolvem sincronizadamente. Ao ocorrer um desenvolvimento orgânico, um campo psíquico é gerado e que alimenta de volta a forma orgânica. THUS cada espécie de ser vivo ter sua própria forma psíquica ou essência mágica. Estas egrégoras podem ocasionalmente serem sentidas como uma presença ou até mesmo olhando livremente na forma da espécie que elas observam. Aqueles que perceberam a egrégora humana normalmente descrevem como Deus. Comunhão com campos mórficos de bestas é de grande importância ao xamã e feiticeiro por isto arcar com conhecimento íntimo sobre a criatura atual e permitir ao magista um certo poder sobre tais espécies. Isto pode também permitir a ele apropriar-se certos poderes da besta, particularmente sobre o plano etérico. Esta é a razão da ocorrência pelo mundo todo do toteísmo sobre pessoas caçadas e o prevalescer de deuses encorpados com animais com cabeça humana na maioria das mitologias.

Magistas consideram que toda vida neste mundo contribui para, e depende de, uma vasta egrégora ccomposta a qual tem variavelmente sido conhecida como a Grande Mãe, o Anima Mundi, o Grande Archon, d Demônio, Pan e Baphomet.

Universo Criado pelo Observador 

Nós normalmente temos a tendência a atribuir vontade e percepção como funções separadas de nossa consciência ou sentidos. De fato, nossa vontade e percepção parecem ser as propriedades mais básicas de nosso ser. Entretanto, tente fazer estas presunções:

Tudo o que percebemos é real. (não irracional)

Qualquer coisa que não conseguimos perceber não existe. (não para nós, de qualquer jeito)

Qualquer coisa que queremos que não venha para nossa percepção não era nossa vontade, mas apenas um desejo falho.

Então Vontade e Percepção São A Mesma Coisa.

Olhar ao teu redor por momentos; todo seu universo é exatamente como você quis e percebeu. É tudo uma criação de sua crença nisto. Até mesmo outra pessoa deve ser contada como invenções de sua crença nelas. Obviamente as crenças que apoiam o universo devem estar muito assentadas e não agradáveis a meros desejos, apesar de que atos de vontade/ percepção podem mudar partes deste. Isto provê um modelo mágico no qual qualquer coisa é permitida, mesmo que isto deve ser terrivelmente difícil. Austin Osman Spare também trabalhou sobre este paradigma, antecipando em meio século o desenvolvimento da não objetividade , uma das inúmeras interpretações da teoria quântica. Isto sugere

que é o ato da percepção desejada ou medida a qual cria eventos. Magicamente é tapando o mais profundo nível de consciência e crença que eventos criativos são iniciados.

O Universo Holográfico

Para especificar a posição de uma partícula com acuracidade completa, nós teríamos também de especificar a posição relativa de cada e toda partícula no universo. No modelo do Universo Holográfico , esta idéia é tomada um passo adiante; cada partícula do universo é de fato conectada a qualquer outra partícula por alguma forma oculta de conexão instantânea.. Esta conexão tem uma formulação matemática no Princípio Inseparável Quântico. Hipóteses desse tipo são também chamadas “teorias das armadilhas” porque elas sugerem que tudo é a causa de tudo – o universo está mantendo a si mesmo em pé por suas próprias armadilhas. Qualquer mudança em qualquer local neste tal universo holográfico iria, na teoria, ser detectável em qualquer lugar instantaneamente. Tal forma oculta de comunicação instantânea é a peça básica da magia.

A rede de conexões entre qualquer evento pode ser vista como uma realidade de ordem mais elevada, o holograma. A parte da realidade na qual nós temos normalmente sentido é meramente a projeção disto, o holograma. Sincronicidade e todos paradigmas mágicos aceitam que existe alguma forma de transferência de informações a qual pode proceder em caminhos bastante incomum pelo espaço e tempo. Apesar de que é difícil imaginar como matéria ou energia podem se comportar dessa maneira, não existe razão porque pura informação por si mesmo não pode ser feita para realizar isto. Pura informação não tem densidade ou força, e então nada poderia prevenir sua passagem instantânea para qualquer lugar ou talvez qualquer momento. É parecido com o que dentro da psique e dentro da indeterminância quântica que delimita a realidade física possa ali haver algo agindo como transmissor e receptor desta informação pura.

Isto iria, por exemplo, explicar porque fenômenos psíquicos podem ser percebidos mas não podem ser facilmente gerados para registro objetivamente, como qualquer pessoa que tem tentado fotografar ou gravar fantasmas poderá atestar. Isto iria também confirmar o lugar comum mágico que é mais fácil fazer um homem cair sobre um peso de dezesseis toneladas que fazer um peso de dezesseis toneladas cair sobre um homem. A informação requerida é infinitamente inferior no primeiro caso, ao menos que no curso esta pessoa possa HEX o motorista do guindaste exatamente no momento preciso.

Dimensionalidade Superior

Nos achamos num universo que é ao menos na quarta dimensão. Para ser sensível a nós um evento deve ter uma adequação em tanto espaço como tempo. Um pedaço de papel tendo somente duas ou três dimensões, que não tenha espessura, ou existindo por um tempo imperceptível de tempo, não poderia ser parte de nosso universo. Apesar de que nós costumeiramente pensamos em termos de uma realidade tri-dimensional, esta deve ser ao menos uma realidade na quarta dimensão, até mesmo se o tempo pareça ter uma qualidade diferente para nossa percepção. Nós costumeiramente esquecemos de incluir tempo em nossa concepção porque tomamos simultaneidade como garantida; assumimos que coisas existem ao mesmo tempo e todas elas irão persistir.

Suponha por um momento que aqui houve uma quinta dimensão que nós não fomos capazes de perceber pelos nossos sentidos. Suponha também que todos os fenômenos foram na quinta dimensão. Como poderia um evento da quinta dimensão aparecer para nossa percepção na quarta dimensão? Um ponto na quinta dimensão não poderia ser percebido na quarta dimensão. Isto pode explicar porque partículas fundamentais ou quarcks não podem ser observadas singularmente. Uma dimensionalidade superior deve também resolver outros problemas na física como a violação da paridade e certas propriedades do vácuo. Uma linha da quinta dimensão iria aparecer a nós como um ponto. Uma superfície da quinta dimensão iria aparecer como uma linha para nossa realidade. Um “objeto sólido” na quinta dimensão pareceria como uma superfície, e as coisas as quais aparecem a nós como objetos sólidos em nossas realidades seriam a manifestação de sólidos da quinta dimensão para os quais não temos nomes. Agora, pontos, linhas, superfícies e “objetos sólidos”não existem de fato nesta quinta dimensão como pontos, linhas e superfícies existem na nossa ordinária geometria da quarta dimensão, exceto como idealizações.
Isto consequentemente segue que se houve quinta dimensão, todas as coisas que percebemos como objetos sólidos existentes na “nossa realidade” são meramente a forma que objetos da quinta dimensão aparecem para nós. Isto pode parecer uma complicação sem sentido, mas esta foi focada para demonstrar que nós podemos estar vivendo numa realidade da quinta dimensão, ainda que não somos capazes de percebe-la. Quais seriam as conseqüências disto, se assim for? Isto iria re fato explicar uma grande parte de vários problemas obscuros da física fundamental. Inicialmente, isto iria explicar porque vivemos num mundo mais num mundo de efeitos que num mundo de causas. Nós só estamos habilitados a medir efeitos. Não temos idéia de como qualquer coisa possa causar qualquer coisa mais num sentido final. Todas nossas tão conhecidas leis físicas são meramente catálogos de causas e efeitos que passamos a esperar. Nosso poder de realmente causar mudanças é ilusório. Nós meramente arranjamos as coisas para realizarmos alguns efeitos prováveis, mas não podemos tomar como tendo das raízes das causas de si mesmos. Isto é dificilmente surpreendente se não estamos aptos a interagir com a total dimensionalidade de um evento. Como os cabalistas tem dito, o mundo causal tem existido como uma quinta dimensão.

Umas quinta dimensão para a qual a psique tem algum acesso limitado poderia explicar todos fenômenos mágicos e ocultistas sem exceção. Informação movendo-se por uma quinta dimensão poderia manifestar em qualquer ponto do tempo e espaço ordinário. Telepatia, necromancia, clarividência e pré- cognição são explicadas de uma vez. Transformações causadas na quita dimensão iriam aparecer como efeitos na nossa realidade ordinária; telecinese e todas as formas de lançamentos de feitiços e encantamentos são portanto possíveis. Tentar fazer coisas acontecerem no mundo ordinário pelo arranjo de efeitos é um negócio laborioso e que consome muito tempo. Se pudéssemos ter acesso ao mundo causal, infinito poder e possibilidades poderiam estar acessíveis a um capricho, se ainda assim estivéssemos interessados.

O propósito deste estudo não é reabilitar ciência e magia, mas para demonstrar que ali existem alternativas para i irracionalismo quando chega erguendo bases teóricas para um modus operandi mágico. Se a ciência sempre começou a realizar sérias investigações à magia, os resultados seriam desastrosos. A humanidade provou a si mesma ser totalmente incapaz de lidar sequer com subst6ancias modaradamente perigosas como plutônio com responsabilidade. Imagine o que isto iria ser utilizado com máquinas de encantamento de feitiçaria, ou até mesmo simples, mas confiável, telepatia. É do interesse da sobrevivência das espécies que os ocultistas continuem ridículos e sem crédito por suas artes aos olhos da ciência ortodoxa.

O autor tem uma certa preferência por paradigmas da dimensionalidade superior, se somente porque a evolução da mais simples forma regular pelo aumento da dimensionalidade leva um a produzir símbolos familiares.

A maioria dos paradigmas mágicos ENVISAGE um universo feito totalmente de três realidades.

Realidade Primária: O Nulo, Caos, Ain Soph Aor, Deus, o EMPYREAN, Universo B, o MEON, o Pleroma ou PLENUM, Mummu, o Nagual, o mundo Arquétipo ou Formador, a Quinta dimensão, Mente Cósmica, o Holograma, a noite de Pan, Hyperespaço, Acausalidade, Plano Quântico.

Realidade Secundária: Os Aethers ou Astral, Probabildiade, os Deuses, Campos Mórficos, o Mundo das Sombras, os Lados, os Ventos, a Luz Astral, Potencia, Aura, Natureza Mediana.

Realidade Terciária: O Mundo Físico ou Material, Malkuth, Universo A, o tonal, a Quarta Dimensão, o Corpo de Deus, o Holograma, Causalidade.

Outra característica adicional de todos paradigmas mágicos é que há equivalência entre o microcosmo e o macrocosmo. Tão acima como embaixo. Desta forma o humano contém uma parte da realidade primária e secundária em adição de seu ser físico.


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