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Sitra Achra

Orgulho – Pequeno Tratado Satânico do Pecado

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O orgulho foi dito pecado pela igreja para que você não goste de si mesmo. O orgulho natural é o que chamamos de amor-próprio. Ele permeia toda a natureza. Quem renega a si mesmo, não chega muito longe. A auto-estima é sempre sadia. O orgulho compulsivo é a egolatria, que será analisada mais adiante. Ele nasce das suas frustrações. O amor-próprio é extremamente importante, pois, se você não ama sequer a si mesmo, não se respeita, como poderá amar e respeitar os demais? Ninguém gosta de um pavão se achando o rei da cocada preta, mas também ninguém gosta de pessoas com complexo de inferioridade. Qualquer forma de piedade, principalmente a autopiedade, é sempre perniciosa, eis que inferiorizante.

A criação deste pecado é óbvia. Quem tem amor-próprio nunca se sujeitaria ao servilismo imposto na época feudal. Não é à toa que os senhores tinham direito à prima noche, em que o nobre tinha o privilégio de passar a primeira noite com a mulher do servo. Que maior desmoralização do que esta?

O clero ao afirmar que todo ser humano já nasce pecador angariou a completa destruição do amor-próprio. Gostar de si mesmo sempre foi visto como pecado mortal do orgulho. O destino infernal aguardaria o pecador. É evidente que qualquer reação contra idéias religiosas era sempre rechaçada da seguinte maneira: Você é um pecador orgulhoso, quer ser superior a Deus? Quer saber mais que Deus? Comporte-se como um verdadeiro crente! Quem sempre ganhou com isso? De novo, o clero! É importante ressaltar que o clero, neste sentido, trabalha de forma oblíqua. É sempre Deus quem impõe suas normas, não o corpo religioso, que serviria apenas como intermediador. Assim, o crente não associa a manipulação à instituição religiosa, e sim a Deus. Ainda que se quisesse dar crédito a tal falácia, numa rápida vista de olhos em qualquer religião divina, é imediato que a cúpula do clero recebe os maiores poderes e mordomias, enquanto os fiéis apenas alimentam esse parasitismo, na vã esperança de uma vida confortável após a morte.

Portanto, cuide de si mesmo e não alimente essa corja, a não ser que prefira continuar sendo um dependente. Então, seja-o de forma consciente, sabendo que está sendo sugado e enganado. Digo mais: nenhuma religião deveria possuir tais  direitos e privilégios sobre o ser humano.

Lembre-se, você é uma pessoa única, tenha orgulho disso. Cultive a sua auto-estima e liberdade de expressão, elas são suas, não deixe ninguém, nem nada, retirá-los de você. Nenhum dogma tem este direito.

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