Categorias
Sitra Achra

O Juramento como Conduta de Vida

Leia em 3 minutos.

Este texto foi lambido por 178 almas essa semana.

Por Lilith Ashtart
originalmente publicado no Nox Arcana volume 6.

O compromisso que selamos conosco mesmo e com nosso Pai Lúcifer deve se tornar a diretriz de nossas vidas, e por este motivo, deve estar presente em cada momento, em todos os nossos atos e pensamentos.

Todo juramento deve ser selado apenas após uma profunda reflexão sobre o mesmo, e consequente convicção de que ele verdadeiramente reflete nossa aspiração. Ele jamais deve ser quebrado; tal ato demonstraria a indignidade daquele que o tomou. Será ele que nos conduzirá à direção correta nos momentos em que nos encontrarmos “perdidos” em nossa jornada, pois ao tomarmos um juramento mágico, o colocamos como sendo a aspiração e a conduta de nossas vidas.

Como para se alcançar qualquer meta há antes um caminho a ser percorrido, será durante este percurso que nos depararemos com muitos obstáculos. Os ordálios e as ilusões são aspectos em nossa vida que testam nossa vontade, constância, fé e consequente capacidade ou não de superá-los, nos mostrando o que realmente somos: se fortes e dignos de tal aspiração, ou se fracos que almejam algo que está muito além e que não pertence à sua natureza inferior. É através de seu domínio e superação que nos aperfeiçoamos cada vez mais, nos tornando dignos de nossas conquistas e evolução. Toda vez que superamos um obstáculo e continuamos em nossa aspiração reiteramos mais uma vez nosso juramento e demonstramos nosso Amor a ele.

Estes obstáculos são criados através de fatores que são externos à nossa real Natureza, mas que deixamos criarem suas raízes em nós ou que simplesmente aceitamos em nossas vidas. Eles jamais poderiam estar presentes se não permitíssemos ou criássemos condições para sua permanência. Porém ambos (essência e fatores extrínsecos a ela), por serem antagônicos entre si, se confrontam de tal forma que não podem estar presentes juntos, resultando em incompreensões e angústias que levarão o indivíduo a optar por vivenciar apenas um deles, eliminando ou reprimindo o outro.

Desse modo, apenas continuaremos caindo diante de ordálios se, ao nos depararmos diante de situações adversas, não recorrermos à descoberta e vivência da Essência que se encontra dentro de nós. Quando procuramos respostas em vivências e fatos exteriores, acabamos por aniquilar cada vez mais a manifestação de nossa própria essência e, ao invés de encontrar uma solução, contribuímos para aumentar

ainda mais os fatores que causam tal adversidade.

Outro erro frequente é o de, ao invés de procurarmos resolver nossos problemas, colocá-los nas

mãos de outrem para serem resolvidos. Devemos ser dignos de nossas conquistas, e qualquer interferência não as tornariam mais válidas, já que ao não agirmos nada aprendemos; ao invés disso, esperamos em uma acomodação que apenas nos traz estagnação.

Assim sendo, jamais devemos colocar as nossas próprias responsabilidades nas mãos de alguém, e muito menos cometer a insensatez de nos dirigir a nosso Pai em orações com este propósito. Tudo que precisamos

se encontra dentro de nós, e ao nos fornecer os instrumentos e nos permitir nos tornarmos dignos por tão grandiosa conquista que é o florescer de nossa verdadeira essência, e consequente degrau rumo ao reencontro com nossa origem, nos mostra o tamanho de seu imenso amor por nós. É por isso que nossas orações devem ser repletas de agradecimentos, devoção, amor e honra a Ele. Devemos ofertar o que de melhor podemos oferecer, que é espelhar Sua Palavra e nos tornarmos mais um instrumento na edificação do Reinado.

Nossa vida deve refletir o nosso juramento, pois ela será consequência de como nos portarmos diante dele. É através dela que podemos nos descobrir, nos lapidar e resplandecer. Por isso aquele que se esquece de seu juramento, seja por qual motivo ou período for, não é digno de tal benção. Não há justificativas para tal ato e, assim sendo, também não deve haver perdão. Aquele que abandona o seu juramento nega sua evolução e perde a si mesmo. É um fraco, e como todos os fracos, deve ter o seu fio cortado da dádiva que nos é dada como veículo para a realização da Grande Obra: a VIDA.


Lilith Ashtart é psicóloga, taróloga, escritora, pesquisadora e praticante de ocultismo e LHP. Editora da publicação aperiódica Nox Arcana. Autora do livro Lux Aeterna

Deixe um comentário

Traducir »