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Sitra Achra

Luxúria – Pequeno Tratado Satânico do Pecado

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Esta natureza linda e selvagem vista no sexo, querer compartilhar o seu corpo com alguém que você ama e merece a sua dádiva, foi transformada em pecado original; por via de conseqüência, todo mundo é pecador de nascença, precisa ser salvo, precisa da eterna assistência do clero.

Então, você faz sexo com alguém através do sentimento de culpa, devido ao pecado da luxúria, o que leva muitas pessoas a terem problemas de impotência, frigidez, ejaculação precoce, taras e outras anomalias, porque tornaram o sexo sujo, degradante, quando ele é a coisa mais bela da natureza. Todos os animais andam nus, só o bicho homem se esconde. A energia mágica mais poderosa é a sexual, esta energia dadora de vida. Através do homem e da mulher abre-se a possibilidade de  um novo ser vir a este mundo.

O satanismo aceita todas as modalidades sexuais, inclusive o homossexualismo, o sadomasoquismo e o fetichismo, desde que sempre seja respeitada a órbita do seu parceiro.  Entre quatro paredes, queira ou não, é onde a sua grande natureza animal realmente se torna livre. Deixe-a, então, fluir, com o parceiro adequado, que aceite e compartilhe as suas preferências, sejam elas de que forma for. Havendo discernimento e respeito mútuo, não há por que impor limites.

A explicação óbvia da castidade como imposição religiosa ao clero assenta-se no patrimônio da Santa Sé, de forma a não haver transferência de bens aos seus herdeiros. A castidade como modelo espiritual, ao impedir a expressão do ser, tornou-se fonte de agonia para inúmeros padres e freiras, muitos deles partindo para as torturas sexuais da Santa Inquisição, bem como o homossexualismo acobertado entre as paredes de monastérios e conventos, bem como ao concubinato às ocultas, era sempre possível descobrir um padre vivendo com uma das ovelhas de seu rebanho, bem como uma eventual escapulida a uma casa de prostituição. São também inúmeras as denúncias de atentado violento ao pudor a menores de idade, confiados à guarda dos padres. A própria descoberta da camisinha originou-se na Idade Média, pelo clero, e usada com proficiência, sem que a massa tivesse acesso à mesma.

A castidade não é exclusiva do cristianismo, outras religiões como o budismo também a adotam, e as mazelas são as mesmas. Faço um parênteses aqui: a retenção do sêmen num relacionamento também é uma forma de castidade, pois impede ao parceiro a bênção dos fluidos do outro. A ejaculação não possui apenas função procriadora, mas, misticamente, uma função mágica, do orgasmo, e, sexualmente, pelo fato de a  pessoa ser banhada, o que se traduz em extremo deleite.

Obviamente, a Reforma Protestante mudou parcialmente o quadro, permitindo que pastores se casassem, mesmo porque a Bíblia em nada impede o casamento dos sacerdotes. Os patriarcas antigos tinham mulheres, muitas vezes mais que uma, e não havia razão plausível para o celibato forçado. Afinal, a fórmula não era crescei e multiplicai-vos? Entrementes, o ranço continuou, pois o amor deveria ser totalmente livre, e o casamento ainda era e é imposto entre os evangélicos, afim de que o sexo possa ser praticado. Namorar um (a) crente passa ser tortura, pois o tesão não segue nenhum dogma religioso. É uma necessidade imperiosa de comungar entre dois seres que, não suprida, leva a diversos problemas, sendo o principal a completa frustração em nível físico, mental, emocional, energético e amoroso.

Pelo fato de o satanista aceitar o sexo em sua plenitude, comunga de forma livre e amorosa com o parceiro, sem quaisquer bloqueios antinaturais, dogmáticos, pútridos e repressivos, sem nenhuma conseqüência funesta. A livre expressão do ser permite uma comunhão profunda, transpessoal e de vivência de alta gnose. A luxúria é cultivada para dar o ápice de prazer, sem qualquer senso de culpa.

O satanista saboreia a maçã com imenso prazer!

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