Categorias
Demônios e Anjos Sitra Achra

A Cabala Qliphótica de Lilith 

Leia em 4 minutos.

Este texto foi lambido por 538 almas essa semana.

por PHXYAN

Extraído de “Codex 480: Lilith

Há dentro da tradição judaica a famosa tradição da Cabala, que distribui os conceitos e essências que descrevem o Todo Universal dentro do diagrama da Árvore da Vida. Surge então, como resposta herética as tradições magianas judaicas a Árvore da Morte, como grama e descrição do caminho para a Liberdade anti-demiurgica que conduz ao Sitra Ahra, o ‘Outro Lado’. Vale frisar que tal tradição Qliphótica, conectada as esferas da Árvore da Morte, tal como o satanismo/luciferianismo não é uma mera inversão da Cabala judaica. Ela é uma cosmovisão própria, que percebe as forças criativas como emanações do ‘Falso Criador’ que usurpou o Caos Primevo dentro das Formas no plano físico. Isso vai além de uma simples heresia, é uma apostasia, uma completa negação daquilo que é judaico e uma afirmação dos princípios satânicos e uma afirmação da liberdade espiritual na dissolução da Forma e no retorno ao Caos Primevo, que anteriormente criou a totalidade das coisas em suas formas reais. 

A Magia Qliphótica é utilizada largamente dentro dos círculos iniciáticos de Mão Esquerda, inclusive dentro da The Order of Phosphorus , Dragon Rouge, Temple of Ascending Flame , Temple of the Black Light, entre outros. Seus estudos foram primeiramente feitos por Autores célebres, que servem de base para meus escritos, tal como  Kenneth Grant ,  McGregor Mathers , Thomas Karlsson etc. 

A tradição nos diz que, no Princípio do Universo, havia apenas o Caos, o ‘Ain’ superior. Este Caos o, de onde emana o Zeroth, sem princípio e sem nem fim. Deste Zeroth, surge a sensação de possibilidade de Limitação, e deste mero pensamento do Caos surge ‘ A i n Sof’ , onde o Conhecimento de si mesmo passa a limitar o que outrora era ilimitado. A ruptura da suprema consciência em duas gera um movimento denominado ‘Tzim Tzum’ . Este movimento faz ambas as partes se afastarem, Ain Sof limitado pela vontade de Conhecer e o ‘Outro Lado’, incriado e inconsciente, evitando cair na Limitação de si próprio. Ain Sof se afastou do Abismo de Tehu criado como um vão entre eles e se fechou dentro de si, criando suas emanações de Ordem. O lado ‘Não Criado’ gerou em si a Oposição. Deste modo, Ain Sof gera o demiurgo, YHWH (Yeovah) enquanto o Lado Opositor gerou HWHY (Chavayot ), o ‘Deus Invertido’. Um responsável pela Criação demiúrgica e outro responsável pela Libertação da prisão gerada. De YHWH emanam uma por uma as dez emanações Sephiróticas, que culminam no aprisionamento material do Plano Físico ( Malkuth ). Por sua vez, as onze emanações de HWHY geram o Dragão de Duas Cabeças de Thaumiel, o topo da Árvore da Morte, cujas bocas desejam devorar a Criação e retornar toda matéria para dentro do Caos Primevo, de onde não deveria ter sido removida. Deste modo, as duas Árvores surgem em meio ao Abismo e a Árvore da Morte/Sabedoria toca com sua copa ígnea as Terras do Reino Criado pela Árvore Acima e ocorre o choque, o conflito e as manifestações intrusivas do Caos dentro deste local de Causalidade onde fomos aprisionados. Ama Lilith e suas manifestações também se fazem presentes, como uma manifestação do aspecto feminino deste grande Dragão Qliphótico . Ela, unindo-se a Satã/Lúcifer/Samael através dos Túneis Tortuosos de Leviatã/Tehom; torna-se a consciência superior sombria. Dentro do contexto desta obra, Lilith não apenas permanece no útero/portal de entrada das Qliphoth, mas permeia por toda Árvore através de sua influência do Profano Feminino que flui dentro dos caminhos da Sabedoria do Abismo.

Emanações Qliphóticas Mãe Negra 

Os Quatro Anjos Abissais 

Ao redor do Trono da Coroa de Satã existem quatro mensageiros abissais que constituem nos Anjos do Abismo. Estas figuras são análogas a tribos opositoras a tribo de Israel, que se considerava acima de todas as outras e única com o ‘Deus Verdadeiro’, enquanto cultuavam o próprio Demiurgo. 

Ama Lilith: Associada a tribo dos Babilônicos. Representa o Esplendor do Lado Noturno. Seu manto negro revestido de estrelas que nascem e somem, universos que se chocam e corpos celestes que vampirizam um ao outro, gerando vórtices e buracos negros. Lilith é associada a Babalon em certos sectos, a ‘Prostituta da Babilônia’ termo pejorativo para se referir ao Império mediterrâneo. A Grande Vampira e Grande Bruxa é um destes Anjos Abissais. 

Machaloth: Machaloth e Agrat bat Mahalat são demonesas associadas a Jônia, na Grécia. Esta região ficava no sudoeste da Anatólia, lar do culto primário a Hékate. Como tal, Machaloth é conectada com a Feitiçaria e com os desertos, senhora dos escorpiões e das tempestades de areia. 

Samael: Fazendo par com Ama Lilith, O ‘Veneno de Deus, era associado com o Império dos Medos (ou Madas), vizinhos a Babilônia. Samael é o ‘Primeiro dos Caídos’, cuja consorte é a dama sombria. É o Pai dos Demônios e uma das principais intrusões do Caos na Criação demiúrgica, pois é ele que dissemina o Veneno do Conhecimento.

Rahab: O Anjo da Violência, par de Machaloth. Associado a tribo dos Edomitas , de Edom, palavra que significa ‘vermelho’ e localizado na Cisjordânia. Representa a turbulência do Caos e sua entropia. 

Deixe um comentário

Traducir »