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Psiônica Animal: seu cachorro pode ser um telepata

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A ficção ensina que poderes mentais são consequência de uma mente hiper-desenvolvida, usualmente fruto de alguma mutação induzida ou de alguma evolução artificial bem elaborada. Contudo, pesquisas reais de parapsicologia mostram que não é este o caso com o fenômeno da Psiônica Animal. Embora a estrutura mental dos animais seja mais elementar do que a do ser humano, testes científicos realizados em laboratórios de parapsicologia mostram que eles também possuem faculdades psiônicas.

Não é segredo que uma águia consegue enxergar muito mais do que um homem e que um cão sente centenas de odores além daqueles que podemos perceber. Nikko Tinberger, pesquisador do comportamento animal e prêmio Nobel de 1973, acha que certos animais possuem percepção extra-sensorial e cita como exemplo a maneira pela qual se localizam pelo eco e alguns peixes e cobras se orientam por meio de campos eletromagnéticos. Hoje sabemos, graças a pesquisas publicadas pela Biology Letters , que o pólo norte magnético é usado pelo gado para orientação na pastagem e pelas raposas durante suas caçadas. Todos estes comportamentos já caem na definição de extra-sensorial, se considerarmos os limitados recursos sensórios humanos, mas existem evidências de que alguns animais utilizam meios sensoriais ainda mais sutis que escapam a explicação convencional.

Função Psi Animal

Uma indicação da existência da função psi entre os animais é a capacidade que eles têm de encontrar um local onde nunca estiveram. Robert Morris, paraqpsicológo e especialista em etologia cita o exemplo documentado de Boobie , uma cadeka colie que se perdeu no caminho entre Ohio e Oregon, durante uma viagem com seus donos que estavam de mudança de um estado para outro. Apesar de procurada ela não foi encontrada e seus donos seguiram viagem. Boobie não conhecia o caminho, nem a nova casa de seus donos, mas três meses depois ela apareceu ä suaporta, magra e suja. A identificação foi feita  pela coleira e pelas falhas de três dentes que a caracterizava.

A psi animal é tão patente que ganhou atenção logo no início da pesquisa psionica graças a Sara Feather, que trabalhava no mesmo laboratório de pesquisa da Universidade de Duke em que o pai da pesquisa parapsicologica Joseph Banks Rhine começou suas investigações. Ela selecionou 54 das centenas de casos de rastros inexplicáveis registrados em arquivos de laboratórios de parapsicologia. Notou então que destas ocorrências e descobriram que 30 envolviam cães, 20 gatos  e quatro referiam-se a pássaros.

Em todos os casos os animais eram muito queridos por seus familiares e considerados parte da família. Sara levantou a hipótese de que os seres humanos influenciaram o comportamento do animal ao desejar não apenas que voltassem, mas também que seguissem uma determinada direção, entrassem num certo compartimento, etc. Este comportamento foi relatado em alguns casos minoritários, mas não explica a totalidade do fenômeno. De qualquer forma a afetividade era um fator sempre presente no caso do fenômeno psi animal.

A Validação de C.E.M Hansel

Devemos entretanto ser cuidadosos ao afirmar qualquer capacidade paranormal, tanto em animais como em seres humanos. O pesquisador C.E.M Hansel em seus estudos propõe que a o fenômeno psi só pode ser considerado válido  depois que tenhamos considerado cinco outras possibilidades:

  • Informações não confiáveis
  • Acaso
  • Inferência racional
  • Percepção sensorial aguda
  • Fraude.

Para entendermos como este filtro funciona, usemos o famoso caso do cavalo alemão Hans e meados de 1912.

Ele havia sido treinado para bater com a pata o número certo de vezes para responder perguntas matemáticas (como a soma de dois números). Assustadoramente ele obtinha uma porcentagem de acertos que superava o acaso estatístico, e as platéias eram enormes de modo que qualquer um podia descartar a hipótese de informações não confiáveis.  Mais tarde descobriu-se que hans captava as reações da platéia que de forma incosnsciente lhe sugeria a resposta certa. Quando Hans começava a bater a pata as pessoas inclibavam a cabeça para frente, a fim de ver melhor, e , quando ele completava o número certo de batidas as pessoas se alegravam, relaxavam e recuavam. Hans observava este mpvimento e parava quando ele ocorria. este fato só foi percebido quando as pessoas sentadas a frente de Hans não conheciam a resposta e assim não relaxaram no momento certo. Sem o sinal Hans não parou de bater com a pata até que se cansou.

Experiências e testes da psiônica animal

Outro caso famoso é o do cachorro Chris que foi treinado por seu dono George Wood a adivinhar qual dos cinco símbolos das cartas Zener estava oculto em um envelope. Notavelmente ele adivinhava com precisão os simbolos mesmo quando nenhuma das pessoas presentes conhecia a carta oculta anulando assim a possibilidade de fraude ou de transmissão inconsciente. Remi Cadorte, da Universidade de Duke assistiu uma demonstração de Chris e ficou impressionada. Na ocasião o cachorro fez algo ainda mais interessante; obteve resultados inferiores ao normal (embora ainda acima da média), um fenomeno observado regularmente nos testes de percepção extra sensorial feito com humanos e em geral decorrente de fatores psicologicos negativos.

De qualquer modo ficou comprovado que alguns animais respondem a sugestões ainda que sutis, mostrando certo grau de psionica. Sara Feather propôs três tipos de reação onde pode entrar a função psi animal:

  • Um perigo eminente para ele próprio ou para o dono
  • A morte ou o sofrimento do dono distante
  • Um acontecimento positivo futuro como um retorno depois de uma longa ausencia

Um exemplo de telepatia relatado pelo Laboratório de Duke envolveu um cão que ficou hospedado na casa do seu veterinário enquanto os donos viajavam. Certa manhã ele come;ou a univar  as 10h e continuou durante uma hora. O veterinário examinou-a em busca de algum problema mas nada encontrou que justificasse o lamento. Quando os donos voltaram disseram que naquele dia, exatamente naquela hora ficaram isolados em virtude de uma inpesperada e perigosa enchente.

Muitos pesquiadores têm estudado o comportamento dos animais, mas um dos trabalhos mais completos foi realizado por Pierre Duval e evelyn Mondredon, pesquisadores franceses com ratos e hamsters. O animal era colocado em uma pequena gaiola dividida ao meio por uma repartição baixa por cima da qual ele podia pular sem dificuldades. Uma vez por minuto um gerador selecionava ao acaso um lado da gaiola e administrava ali um choque fraco durante cinco segundos. O objetivo era verificar se o animal se anteciparia ao choque  pulando parao outro lado da gaiola, caso o lado onde estava fosse submetido ao choque.

Os resultados destes testes ofereceram as seguintes conclusões.:

1 – O comportamento rígido e estereotipado não contêm psi,
2 – Um nível baixo de esforço produz resultados melhors do que nenhum esforço ou esforço muito grande
3 – O rendimento cai quando o animal é usado com muita frequência
4 – O animal parece não aproveitar a experiência – não manifesta aprendizado.
5 – A ausência do pesquisador não prejudica o rendimento da experiência. Ao contrário parecem melhorar ligeiramente.

Nos Estados Unidos Walter Levy e Helmut schmidt fizeram experiencias usando geradores que controlavam aleatoriamente o aquecimento do recinto onde estavam os animais e adminstravam choques eletricos. Os testes visavam descobrir até que ponto o animal podia influenciar o gerador a manter uma temperatura desejavel e produxir um mínimo de choques. Verificou-se então que as lâmpadas que aqueciam ambientes frios onde se encontravam gatos e pintos acendiam mais vezes do que se poderia esperar estatisticamente.

O experimento de Sheldrake

Mais recentemente o biólogo britânico Ruppert Sheldrake causou polêmica no meio acadêmico ao afirmar que é possível provar que ao menos os cães possuem um certo grau de telepatia. Em seu livro “Dogs that Know When Their Owners are Coming Home: and other unexplained powers of animals” (Cães sabem que seus donos estão voltando para casa: e outros poderes animais ainda não explicados) ele descreve suas pesquisas.

Em uma de suas experiêncas uma mulher é monitorada enquanto está fazendo compras, ao mesmo tempo em que seu cachorro aguarda em casa, também monitorado. Em um dado momento arbitrário a mulher é orientada a voltar para casa. Onze segundos depois, separado por alguns quilômetros, o cachorro se levanta e vai para a porta onde fica até a chegada da dona. Para Sheldrake estes animais possuem faculdades psíquicas que o ligam de alguma forma ao que o dono está pensando ou sentindo. O efeito se repete em outros donos, seja voltando a pé de carona ou de taxi (produzindo portando cheiros e sons diferentes) e mesmo quando o retorno acontece fora do horário esperado da rotina.

Estes e outros experimentos indicam que o fator psi nas criaturas vivas não é uma evolução recente e nem exclusividade dos seres humanos.Qualquer que sejam os mecanismos da consciência necessários para a manifestação psi ele parece estar presente também nos animais, cuja estrutura cerebral é mais elementar do que a do ser humano.

Tamosauskas

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