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A prática ancestral da magia, ao longo da trajetória da humanidade, manteve uma estreita conexão com o anseio pela manutenção da saúde, aumento do vigor e da vitalidade e cura de enfermidades. Desde tempos imemoriais, as sociedades têm se dedicado à compreensão e influência dos eventos ao seu redor, frequentemente recorrendo a rituais mágicos como meio de alcançar o bem-estar físico e emocional. Em diversas culturas, figuras como curandeiros e xamãs desempenharam papéis cruciais, utilizando rituais e encantamentos para evocar forças sobrenaturais na esperança de restaurar a saúde daqueles afetados por doenças. A magia tradicional, como registrada nos grimórios medievais, proporciona uma fascinante perspectiva sobre a convergência entre a busca pela saúde e as práticas mágicas. Nas Clavículas de Salomão e no Picatrix, os praticantes encontravam fórmulas e rituais que alegavam possuir o poder de curar enfermidades e promover o bem-estar.
Freqüentemente, invocações a entidades sobrenaturais, como anjos ou demônios, eram consideradas ferramentas essenciais para canalizar energias curativas. O mesmo ocorre no Sistema Enoquiano onde tenho constatado que existem entidades exímias no domínio da cura. Elas não apenas demonstram aptidão neste campo, mas também instruem sobre o processo curativo de maneira vivencial, caso seja solicitado. Evidentemente, aconselha-se combinar a abordagem de cura Enoquiana com a medicina alopática, sob a supervisão de um profissional médico. A cura, de fato, opera em múltiplos planos e níveis, sendo imperativo não negligenciar o plano físico. Para os que optam pela medicina naturopática, esta também se apresenta como uma alternativa válida. Vale destacar que a medicina moderna oferece a vantagem de métodos de teste extensivos, que podem ser empregados concomitantemente à cura Enoquiana para avaliar sua eficácia e progresso. Importante ressaltar que curas instantâneas para questões de saúde graves ou doenças raramente ocorrem. Contudo, para questões menores, há ocasiões em que as Entidades Enoquianas conseguem efetuar melhorias imediatas.
No enfrentamento de desafios de saúde mais significativos, recomenda-se a realização regular de práticas Enoquianas ao longo de vários meses a anos. É possível constatar, com o tempo, melhorias na saúde, embora nem sempre sejam imediatamente perceptíveis. Nesse sentido, sugiro que se reflita sobre o estado de saúde há um ano, três anos ou cinco anos desde que começou a praticar.
Ao conduzir rituais de Cura Enoquiana, sugiro a utilização de fumaça de incenso de olíbano, ervas frescas e água disposta para as entidades. Alguns podem interpretar isso como uma espécie de permuta, enquanto outros o veem como os recursos necessários para a realização do trabalho. Caso surja a dúvida sobre o que oferecer, recomendo que se consultem diretamente as entidades enoquianas. Isso pode ser feito por meio de skrying, evocação ou qualquer método usualmente empregado para invocar espíritos diversos.
Dentro do sistema enoquiano, existem entidades específicas especializadas em cura. Alguns dos Anjos da Heptarquia, assim como alguns dos grandes espíritos da tabela, se destacam nesse aspecto. Por exemplo, os 16 Anjos considerados os mais habilidosos e poderosos em Medicina, encontrados dentro da grande tabela. Os nomes dos Anjos Enoquianos de cura e medicina, provenientes das subquadrículas da grande tabela, incluem
DOIGO, ARDZA, ANGPOI, VNNAX, OLGOTA, OALCO, NOALMR, OLOAG
Czns/Czons, Tott/Toitt, Sias/Sigas, Fmnd/Fmond, Aira/Aigra, Orrrul/Orpmn, Rsni/Rsoni, Iznr/Izinr, Taco/Tagco, Nhdd/Nhodd, Paax/Patax, Saiz/Saaiz, Opmn/Opall, Apst/Aplst, Scio/Scmio, Vasg/Varsg
Naturalmente, é recomendável realizar uma pesquisa aprofundada sobre cada uma dessas entidades. Isso inclui compreender sua posição na grande tabela, as orações específicas para invocá-las e suas características intrínsecas. Sugiro, ademais, que se faça o skrying de cada entidade com a qual se planeja trabalhar, buscando saber se estão dispostas a oferecer auxílio e como realizar o trabalho de forma específica.
Cabe ressaltar que uma das raras práticas rituais realizadas por John Dee e Edward Kelly e registradas nos diários Enoquianos foi a criação de um talismã de cura. Os mesmos princípios e métodos podem ser empregados caso se deseje criar um talismã de cura Enoquiana próprio. O talismã de cura que eles construíram foi elaborado especificamente utilizando os espíritos Bonorum. Para detalhes e informações adicionais, sugiro consultar um grimório enoquiano avançado, além de examinar os diários originais, os quais foram transcritos e publicados no conjunto de livros de 2-3 volumes de Klein.
Caso sinta que não possui habilidades suficientes em skrying, frequentemente, isso é mais resultado das dúvidas do que de falta de aptidão. Se o skrying realmente não for adequado, é recomendável descobrir um método de comunicação espiritual que se adeque a você. Algumas pessoas optam por impressões, outras por leituras de cartas de tarô, algumas utilizam outra pessoa como skryer (como Dee fez) e outras recorrem a um pêndulo para obter respostas afirmativas ou negativas. Felizmente, a prática constante leva à melhora. São raros os casos de pessoas que recebem imagens tão vívidas a ponto de serem dignas de filmes. Não se deixe levar pela empolgação. Geralmente, isso é mais sutil, especialmente no início, e não ocorre da noite para o dia. A comunicação espiritual, assim como o skrying, demanda tempo para se desenvolver. A abordagem adequada é começar, fazer o melhor possível e praticar com frequência.
Fonte: Enoquian magick and healing
