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Thelema e a Impiedade

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Ex auctoritate Leges

Faze o que tu queres há de ser tudo da lei

Entre os que profesam a Beneficência, num amplo sentido de hábitos caridosos e completamente enraizados na idéia de sofrer com, isto é,  chorar com os que choram, a Impiedade, em sua feição ativa, tem sido ruidosamente interpretada como apostasia moral, ato de desprezo dos valores espirituais e desamor ao próximo.

A falsificada complacência nas repartições públicas, nos ministérios, nos grupos sociais, nas instituições religiosas e grupos sindicalizados tem vitalizado essa idéia negativa a respeito da Impiedade e enaltecido a carência humana, principalmente a necessidade assistencial.

Embora essa interpretação não seja inconsequente, não surpreende que muitos tenham fidelidade á fraqueza. No entanto, sob a óptica de Thelema, na reforçada explanação do Liber Leges, compreende-se de modo dessemelhante á idéia de estabilizar a tirania do mal ou sustentar o caráter cristista de amor ao fraco; não trata-se de venha a nós, mas do juizo sobre os homens medíocres e baixos:

” Compaixão é o vício de reis: pisoteie os miseráveis e os fracos: esta é a lei do forte: essa é nossa lei e a alegria do mundo.”

Ser blasfemo, cruel e tirânico com os homens em suas fraquezas e falsa conduta, é também querê-los nobres e altivos.
A palavra Justificação, do grego diakaisune, que siginifica ” declarar justo” não é um estado passiona no qual o homem ignora sua divindade por receber a graça. Ao contrário, segundo o Liber Leges, parece mais razoável se auto-justificar ao invés de depender que alguém seja crucificado para isso.

A história demonstra que nações drasticamente caíram em total miséria devido as influências de seus homens compassivos, sendo a tragicidade de seus resquícios e misericórdia, sem o saber, o alimento para a fraqueza de seus povos: a planta regada em demasia não cria raízes profundas em busca de sustento e com a ventania enverga e tomba facilmente.

Também, através da moral do bom pastor, por meio de métodos capciosos, aproveitando do compadecimento, muitos têm usuado a desgraça e necessidade dessa gente com a corda no pescoço para seu próprio bem. Atrás da generosidade encontraremos muitos ambiciosos recompensando por submissão. Nesse caso, quando a responsabilidade não é individual, a misericórdia é realmente o amor, em ação negativa, que consente com a condenação.

Amar o indigno, a despeito de desapontamento e rejeição, envolve-nos numa idéia de dedicação ao nosso escravo, enquanto o amante verdadeiro não se restringe a chorar com os que choram, a prioridade é a fidelidade em honrá-los. Por tal não nos sujeitamos a ser dominados pela desgraça que assola o mundo e nossos sentimentos estão firmados na Impiedade:

“Que misericórdia seja banida; malditos os que se apiedam; mate e torture; não poupe; esteja sobre eles!”

E não podemos esquecer do homem fraco que as vezes somos, principalmete este devemos destruir se aspiramos a força, pois limitados á doutrina paterna da misericórdia, fracassadamente muitos criam a carência em si mesmo e tornam-se tão pobres como homens que nada têm a perder senão suas algemas. Estes encontraram na misericórdia sua decisão de trocar esmolas; onde que pisem, levantam a poeira de suas misérias.

“ademais”

Os escravos Servirão!

Amor é a lei, amor sob vontade

por Dom Wilians (Seilenós)

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