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Escrito por Louis Pawels, jornalista e escritor e Jacques Bergier, engenheiro químico e escritor, O Despertar dos Mágicos (Le Matin des magiciens) publicado pela primeira vez na França, em 1960, é considerado como um manifesto do realismo fantástico. O livro fala de ocorrências insólitas, dedicando muitas páginas ao trabalho de Charles Fort, incansável compilador de estranhezas do mundo; e apresenta a fantasia real dos grandes mistérios da Humanidade entre as verdades e os mitos de sociedades secretas, civilizações desaparecidas, ciências ocultas, religiões.
Investigando as sombras do terrível fenômeno nazista, os autores revelam as conexões entre a política nacional-socialista do partido de Hitler e o ocultismo mitológico que virou moda no Ocidente a partir da segunda metade do século XIX. O fantástico na realidade é aspecto metafísico interagindo com físico; o invisível em sua relação com o visível; a percepção que vai além dos sentidos; a comunicação sem barreiras de código, tempo e espaço. A realidade fantástica é alquimia, é telepatia, mediunidade; é, também, a decomposição do átomo em partículas.
O Despertar dos Mágicos é livro que introduz o público leigo no Universo do ocultismo, da magia, dos mistérios que a ciência não consegue explicar. A edição inglesa, publicada em 1963, The Morning of the Magicians, transformou o título em best-seller mundial. Entre as décadas de 1960 e 1970 foram vendidos mais de dois milhões de exemplares em diferentes idiomas. A edição espanhola saiu em 1962: El retorno de los brujos. O sucesso do livro foi tão grande que, já em 1961, Bergier e alguns colaboradores começaram a editar uma revista mensal sobre os mesmos temas. Era a revista Planeta, cuja versão brasileira, muito conhecida, é pioneira na abordagem de assuntos misticos-esotéricos.
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