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Se o viajante não for capaz de manter a serenidade passiva necessária à contemplação das visões anteriores (as deidades pacíficas), ele entra agora numa fase mais ativa e dramática. O jogo de formas e coisas torna-se o jogo de vultos heróicos, espíritos sobre-humanos e semideuses. [No Manual Tibetano, esta é descrita como a visão das cinco “Deidades Portadoras do Conhecimento”, arranjadas em forma de mandala, cada uma abraçada por Dakinis, numa dança extática. As Deidades Portadoras do Conhecimento simbolizam “o mais alto nível de conhecimento individual ou humanamente concebível, como o obtido na consciência dos grandes iogues, pensadores inspirados ou semelhantes heróis do espírito. Elas representam o último passo antes do ‘avanço’ em direção à consciência universal – ou o primeiro passo no retorno de lá para o plano do conhecimento humano”. (Govinda, op. Cit., p. 202). As Dakinis são corporificações femininas do conhecimento, representando os impulsos inspiracionais da consciência levando ao avanço. As outras quatro Portadoras do Conhecimento, além do central Senhor da Dança, são: o Portador do Conhecimento sustentando a terra, o Portador do Conhecimento de que tem poder sobre a duração da vida, o Portador do Conhecimento do Grande Símbolo, e o Portador do Conhecimento da Realização Espontânea.] Você pode ver figuras irradiantes em formas humanas. O “Senhor Lótus da Dança”: a imagem suprema de um semideus que percebe os efeitos de todas as ações. O príncipe do movimento, dançando num abraço extático com seu equivalente feminino. Heróis, heroínas, guerreiros celestiais, semideuses masculinos e femininos, anjos, fadas – a forma exata dessas figuras dependerá da tradição e do background da pessoa. Figuras arquetípicas nas formas de personagens das mitologias grega, egípcia, nórdica, celta, asteca, persa, indiana ou chinesa. As formas diferem, a fonte é a mesma: elas são corporificações concretas de aspectos da própria psique. Forças arquetípicas abaixo da consciência verbal são expressíveis apenas de forma simbólica. As figuras freqüentemente são extremamente coloridas e acompanhadas de uma variedade de sons impressionantes e inspiradores. Se o viajante estiver preparado e num estado de espírito relaxado e desprendido, ele será exposto a uma apresentação deslumbrante e fascinante de criatividade dramática. O Teatro Cósmico. A Divina Comédia. Se seus olhos estão abertos, ele pode visualizar os outros viajantes como representando essas figuras. O rosto de um amigo pode transformar-se no de um garotinho, de um bebê, de um deus-menino; de uma estátua heróica, de um velho sábio; na de uma mulher, animal, deusa, mãe d’água, garotinha, ninfa, elfo, gnomo, leprechaun. Imagens de grandes pintores erguem-se como as representações familiares desses espíritos. As imagens são múltiplas e inesgotáveis. Uma viagem iluminada pelas áreas nas quais a consciência pessoal funde-se com o supra-individual.
O perigo é que o viajante fique aterrorizado ou indevidamente atraído por essas poderosas figuras. As forças representadas por elas podem ser mais intensas do que aquelas para as quais ele estava preparado. Incapacidade ou indisposição para reconhecê-las como produtos da própria mente levam a pessoa a fugir numa caçada animalística. A pessoa pode se envolver na caçada por poder, luxúria, riqueza e descer às lutas de renascimento do Terceiro Bardo.
Se o guia sentir que o viajante caiu na armadilha, as instruções apropriadas podem ser lidas .
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