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Sandalfon nas tradições místicas judaicas
Por Rabbi Geoffrey Dennis.
Sandalfon é um príncipe angelical flamejante (Sar) e um Ofan, ou anjo em forma de roda que se estende do céu à Terra, a uma distância de “500 anos” (BhM 1:58-61). Ele é a roda com olhos descrita por Ezequiel (Ezequiel 1:15) que ajuda a impulsionar a carruagem divina. Alguns consideram sua transformação como a fonte do trovão celestial.
Assim como Metatron, o nome desse servo numinoso de Deus é derivado do grego, e não do hebraico, mas não há explicação totalmente satisfatória para o nome. De acordo com o Talmude, Sandalfon fica atrás do Trono da Glória e continuamente coroa Deus com uma coroa tecida (a imagem é a da coroa de louros de César) das orações de Israel (Chag. 13a-b). Algumas fontes afirmam que Sandalfon é o nome angelical de Elias, o profeta que ascendeu corporalmente ao céu. Nessa associação, ele funciona como psicopompo — o porteiro que transporta as almas para sua morada após a morte. Outras fontes o identificam como o governante angélico de Asiyah, o mundo material da ação (PR 20:4; Mid. Teh. 19:7). Ele também é às vezes invocado em amuletos como um protetor contra as forças do mal.
Em todas as suas iterações (como uma roda, transportador de orações ou almas, a conexão entre o céu e a Terra, o espírito do plano material), ele personifica o movimento e a transferência de forças entre os reinos superior e inferior. Ele é a mandala cíclica e dinâmica do engajamento divino com a criação.
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Fonte:
DENNIS, Rabbi Geoffrey. “Sandalfon”. In: The Encyclopedia of Jewish Myth, Magic, and Mysticism, second edition. Woodbury, Minnesota, USA. Llewellyn Publications, 2016, pp. 643-644.
Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.
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