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Vampirismo e Licantropia

Lobisomens Psicotrópicos

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psicotrópico adj. e s.m. Diz-se de, ou medicamento que age sobre o psiquismo, como calmante ou como estimulante.

Alguns tubérculos venenosos, raiz de mandrágora, gordura de uma criança não batizada… são alguns dos ingredientes usados em poções que supostamente transformam seres humanos em feras. Sob a luz do luar, bruxas reuniam os ingredientes necessários para as poções de transformação: frutos de certos pinheiros, tão venenosos que nada cresceria em sua sombra, cogumelos púrpuras, botões de cânhamo cinzas como cadáveres, e outro sem número de plantas venenosas. Em suas muitas variações todas elas receitas para poderosas e realísticas alucinações,

Durante a idade média se acreditava que causar a mudança de um homem para um lobo era possível através do uso de ervas mágicas e poções, muitas delas preparadas pelo próprio demônio que as dava a seus servos para causar pânico e destruição entre o bom povo daquela época. É mais provável que as pessoas que usavam essas ervas estavam sob a ilusão de terem se transformado em animais e estavam livres para vagar pelas florestas na forma de um lobo, livres de suas inibições e possuidoras da força, velocidade e dos sentidos aguçados característicos das feras que elas acreditavam terem se tornado.

É muito provável que muitos lobisomens eram participantes ativos dessas transformações. Existe uma teoria que poderia ser levada em conta no caso de lobisomens que se “transformavam” contra a própria vontade: um fungo que cresce no trigo: “Ergot” (Claviceps purpurea), que foi pensado ser o responsável por muitos lobisomens esquizofrênicos na Europa. O químico ativo neste fungo pode ser usado para a sintetização do ácido lisérgico (LSD). Entretanto existem algumas questões sobre como seria possível que isso ocorresse devido à quantidade massiva do Ergot que seria necessária para causar as alucinações e pelo fato de que até mesmo quantidades significativas do alcalóide existentes no grão seriam destruídas quando a massa do trigo fosse assada no processo da fabricação do pão. Os defensores desta teoria diziam que o efeito do ergot são cumulativos e resultariam no eventual envenenamento sistemático, esquizofrenia e desilusões de licantropia.


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