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Dentro do seu crânio criam-se diariamente treze mil miríades de Mundos, que extraem suas existência Dele, e por Ele são mantidos. I.R.Q. III: 43.
0. Que o Practicus estude os compêndios de astronomia, viaje, se for preciso, para uma terra onde o sol e as estrelas são visíveis, e observe os céus com os melhores telescópios aos quais ele possa ter acesso. Que ele decore os principais fatos, e (pelo menos aproximadamente) as figuras da ciência.
1. Agora, visto que estas figuras não deixarão qualquer impressão direta com alguma precisão na sua mente, que ele adote esta prática A.
A. Que o Practicus esteja sentado diante de uma mesa quadrada vazia, e que um desconhecido número de pequenos objetos semelhantes sejam lançados pelo seu chela de vez em quando na mesa, e que por este chela sejam rapidamente recolhidos. Que o Practicus declare num golpe de vista, e o chela confirme por sua contagem, o número de tais objetos.
A prática deveria ser de um quarto de hora três vezes ao dia. No princípio o número máximo de objetos deve ser sete. Este máximo deve aumentar em um a cada prática, contanto que nem um único engano seja cometido pelo Practicus no cálculo do número lançado.
Esta prática deve continuar assiduamente durante pelo menos um ano.
É esperado que a velocidade do chela no recolhimento dos objetos aumente com o tempo. Após algum tempo a prática não precisará ser limitada a um quarto de hora três vezes ao dia, mas aumentada com prudência. Deve se tomar cuidado para descobrir os primeiros sintomas de fadiga, e parar, se possível, até mesmo antes que isto ameace. O psicólogo experiente aprende a reconhecer até mesmo hesitações momentâneas que marcam o esforço da atenção.
2. Alternando com a anterior, que o Practicus comece esta prática B. É suposto que ele conquistou completamente as dificuldades elementares do Dharana, e é capaz de evitar quadros mentais de alteração de forma, tamanho e cor contra a sua vontade.
B. Sentado ao ar livre, que ele se esforce em formar um completo quadro mental de si mesmo e o seu imediato ambiente. É importante que ele esteja no centro de tal quadro, e seja capaz de olhar livremente em todas as direções. O quadro completo deve ser uma plena consciência do todo fixo, claro, e definido.
Que ele some gradualmente a este quadro pela inclusão de objetos mais e mais distantes, até que ele tenha uma imagem de todo o campo de visão.
Ele provavelmente descobrirá que é muito difícil aumentar o tamanho aparente do quadro conforme ele prossegue, e deverá ser o seu esforço mais intenso assim fazê-lo. Ele deverá buscar especialmente apreciar as distâncias, quase ao ponto de combater as leis da perspectiva.
3. Tendo realizadas estas práticas A e B, e completado os seus estudos de astronomia, que ele tente esta prática C.
C. Que o Practicus forme um quadro mental da Terra, particularmente se esforçando em perceber o tamanho da Terra em comparação a si mesmo, e que ele não se contente até que ele seja freqüentemente bem sucedido.
Que ele acrescente a Lua, guardando bem na mente os tamanhos relativos dela, e a distância entre o planeta e seu satélite.
Ele provavelmente perceberá o engodo final da mente que é um desaparecimento constante da imagem, e o aparecimento da mesma em uma escala menor. Ele deve burlar este engodo pela persistência do esforço.
Ele então acrescentará um após o outro: Vênus, Marte, Mercúrio e o Sol.
É permissível nesta fase mudar o ponto de vista para o centro do Sol, e assim fazê-lo pode somar estabilidade à concepção.
O Practicus pode então acrescentar os Asteróides, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. A máxima atenção ao detalhe é agora necessária, como o quadro é altamente complexo, independente da dificuldade de apreciação do tamanho e distância relativos.
Que este quadro seja praticado mês após mês até que esteja absolutamente perfeito. A tendência que pode manifestar-se ao atravessar o Dhyana e o Samadhi deve ser resolutamente combatida com a total força da mente.
Que o Practicus então recomece o quadro, a partir do Sol, e acrescentando os planetas um por um, cada qual com seu próprio movimento, até que ele tenha uma imagem perfeita sob todos os pontos de vista do Sistema Solar como ele realmente é. Ao menos que particularmente ele note que o tamanho aparente se aproxima do real, a prática dele estará perdida. Que então ele acrescente um cometa ao quadro; ele pode achar, talvez que o caminho deste cometa possa ajudá-lo a ampliar a esfera da sua visão mental até isto incluir uma estrela.
E assim, juntando uma estrela após outra, deixe sua contemplação tornar-se vasta como o céu, em espaço e tempo sempre aspirando à percepção do Corpo de Nuit; sim, o Corpo de Nuit.
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