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Liber B vel Magi sub Figura I

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00- Um é o Magus: duas, suas forças: quatro, suas armas. Estes são os Sete Espíritos da Injustiça; sete abutres do mal. Assim, são a arte e a destreza do Magus apenas glamour. Como ele destruirá a Si mesmo?

0- Porém, o Magus tem poder sobre a Mãe, tanto diretamente quanto através do Amor. E o Magus é Amor, e enlaça juntos Aquilo e Isto em Sua Conjuração.

01- No começo, o Magus fala a Verdade, e envia adiante Ilusão e Falsidade para escravizar a alma. Porém, ali está o Mistério da Redenção.

02- Por Sua Sabedoria, fez Ele os Mundos; a Palavra que é Deus nenhum outro é senão Ele.

03- Como então Ele terminará Sua fala com o Silêncio? Pois Ele é Fala.

04- Ele é o Primeiro e o Último. Como ele cessará de enumerar a Si mesmo?

05- Por um Magus, faz-se esta escrita conhecida através da mente de um Magister. O primeiro pronuncia claramente, e o outro entende; porém, a Palavra é falsidade, e o Entendimento, escuridão. E este discurso é De Todo Verdade.

06- Todavia, isto é escrito; pois há tempos de escuridão, e isto é como uma lâmpada ali.

07- Com a baqueta, Ele Cria.

08- Com a Taça, Ele preserva.

09- Com a Adaga, Ele destrói.

10- Com a Moeda, Ele redime.

11- Suas armas preenchem a roda; e sobre Que Eixo ela gira, não é do conhecimento d’Ele.

12- De todas estas ações deve Ele desistir, antes que a maldição de Seu Grau seja retirada d’Ele. Antes que Ele alcance Aquilo que existe sem Forma.

13- E se neste momento ele estiver manifestado sobre a terra como um Homem, e por esta razão é este presente escrito, que seja este o Seu método, que a maldição do Seu Grau e a carga da Sua consecução sejam retiradas d’Ele.

14- Que ele se precate da abstinência da ação. Pois a maldição do Seu grau é que Ele deve falar a Verdade, para que a Falsidade dali possa escravizar as almas dos homens. Que ele, então, pronuncie aquilo sem Medo, para que a Lei possa ser cumprida. E, de acordo com Sua Natureza Original, aquela lei será formada, se modo que alguém possa declarar a gentileza e a quietude, sendo um Hindu; e um outro, a ferocidade e a servidão, sendo um Judeu; e, ainda, um outro, ardor e virilidade, sendo um Árabe. Contudo, este assunto toca o mistério da Encarnação, e não deve ser declarado aqui.

15- Agora, o grau de um Magister ensina o Mistério da Dor, e o grau de um Magus, o Mistério da Mudança, e o grau de um Ipsissimus, o Mistério do Não-Ser, que é chamado também o Mistério de Pan.

16- Que o Magus, então, contemple cada um por vez, elevando-o ao supremo poder do Infinito. Onde Dor é Alegria, e Mudança é Estabilidade, e Não-Ser é Ser. Pois a interação das partes não tem ação sobre o todo. E esta contemplação não deve ser realizada por simples meditação – quanto menos pela razão? Mas pelo método que será dado a Ele em Sua iniciação ao Grau.

17- Seguindo tal método, será fácil para Ele combinar aquela trindade dos elementos, e, mais adiante, combinar Sat-Chit-Ananda, e Luz, Amor, Vida, três a três, em nove que são um, no que o sucesso da meditação será Aquilo que Lhe foi primeiro adumbrado no grau de Practicus (que reflete Mercúrio no mundo inferior) em Liber XXVII, “Aqui está o Nada sob suas três Formas”.

18- E esta é a Abertura do Grau de Ipsissimus, e pelo Budista é chamado o transe Nerodha-Samapatti.

19- E desgraçado, desgraçado, desgraçado, sim desgraçado, e novamente desgraçado, desgraçado, desgraçado, até sete vezes, seja Aquele que não prega Sua lei aos homens.

20- E desgraçado também seja Aquele que recusa a maldição do grau de um Magus e o peso da sua Consecução.

21- E que na palavra CHAOS seja o Livro selado; sim, seja o Livro selado.

A.’. A.’. Publicação em Classe A.


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