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Praticamente tudo que compõe o Cristianismo foi copiado. Merece atenção o seu símbolo principal, a cruz, usado pelos cristãos do mundo todo. A cruz é oriunda do Egito antigo, um símbolo hieroglífico que representava a vida. Os demais povos da Antigüidade copiaram este símbolo com ligeiras alterações. Nas mãos dos primeiros padres, a cruz se transformou num símbolo de suplício do mito do nazareno. Em nível inconsciente, o homem é que passa a ser crucificado na sua vida mundana. Essa crucificação representa a morte em vida do ser humano, pela negação da sua expressão em prol da perpetuação do Cristianismo. Vejamos algumas fraudes:
1. Em Ísis Sem Véu, obra inúmeras vezes citada, podemos ver as cópias e deturpações de textos hindus, egípcios, pitagóricos e outros para compor a liturgia cristã.
2. Os textos essênios e gnósticos transformaram-se nos evangelhos e nos apócrifos.
3. As evocações e encantações dos pagãos e judeus se converteram no exorcismo católico.
4. Os Dez Mandamentos são reprodução dos preceitos de Manu, milhares de anos antes do Cristianismo.
5. As vestes do clero podem ser confrontadas com as dos assírios, fenícios, babilônicos, egípcios.
6. A auréola dos santos é da Assíria; a mitra e a tiara, segundo o Dr. Inman,9 da “raça maldita de Ham”; o cajado episcopal da Etrúria; a forma artística dos anjos “foi tomada aos pintores e aos fabricantes de urnas da Magna Grécia e da Itália Central” (id.).
7. A doutrina da redenção é dos gnósticos e a eucaristia era comum aos povos pagãos mais antigos.
8. Os sinos, contas e rosários vieram do Tibete, Índia e China. Já eram usados há mais de dois milênios.
9. A Árvore de Natal foi emprestada dos druidas.
10. Os solstícios e equinócios viraram festas, como o Natal, cuja natureza fixa da data é por demais óbvia.
11. A deusa Ísis egípcia, com o seu filho Horus no colo, passou a ser a Madona, através de Cirilo, Bispo de Alexandria. Basta confrontar o estilo egípcio, nos museus e obras literárias.
“Pensar que os papas, os cardeais e outros dignitários ‘não estivessem conscientes’ do primeiro ao último dos significados de seus símbolos seria cometer uma injustiça em relação à sua grande erudição e ao seu espírito de maquiavelismo.” – ironiza Blavatsky. Neste sentido, é de se perguntar porque a biblioteca secreta do Vaticano sempre foi extremamente protegida em toda a história da Igreja.
Na missa, o aspergidor de água benta, que abençoa o fiel, é originário do falo pagão, que era um símbolo de fertilidade. Essa metamorfose não serviu apenas para ocultar a origem do signo, mas a própria natureza sexual do rito católico. Hóstia e vinho. Hóstia está relacionado a Ceres, o deus do trigo, enquanto o vinho a Baco. Na realidade, a hóstia simboliza o sêmen masculino, enquanto o vinho o sangue feminino.
A Santíssima Trindade foi uma invenção tardia. Quando a Bíblia foi impressa, em 1516, por Erasmo, não havia menção alguma a ela; Lutero também a omitiu, na sua tradução. Igualmente, a idéia de Inferno não foi aceita nos primeiros tempos da Igreja. Orígenes combatia ferreamente esta posição. Dizia que os demônios seriam redimidos na segunda vinda de Jesus. Na verdade, baseou-se na tradição mitral, em que Ahriman era visto como um cooperador cósmico e a sua redenção se daria no fim dos tempos.
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