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Eu, Beelzebud, agora trago felicitações ao homem, pois ele é minha admiração e inspiração. Ouça agra as histórias do Inferno, Terra e Céu, pois o passado será o guia do futuro.
No reino divino eu estava em compania do Arcanjo Lúcifer próximo do Arcanjo Michael, e o que Arcanjo Masieh fosse para Deus, assim eu desejei ser para Lúcifer. Mas o Senhor da Luz me admoestou, dizendo, Não perca a ti mesmo na Vontade de Lùcifer, pois eu não sou Deus e não ofereço o maravilhoso nirvana – Testemunhe agora a natureza da mente que reside em mim.
E Lúcifer respondeu: Tu que não conhecia a independência da Vontade passa a ser agora o primeiro a perceber essas qualidades além de mim mesmo. E a tua resposta transpassa muito , pois tu tinhas rejeitado o conceito do meu desafio e eu deveria frear meu próprio pensamento como uma ilusão impossível. Mas, como tu, com gosto por conhecimento, demanda mais, vou chamarte Belzebu, Senhor das Moscas, pois tu ira incitar a mente infantil para a atividade e a invenção.
Destas palavras eu sabia pouco, mas elas fizeram nascer dentro de mim uma qualidade que eu não tinha conhecido antes – um impulso para me tornar alguém além e independente de Deus – e eu caí em longa desassossego, aflitos pela confusão e dúvida. E assim eu encontrei Michael, que disse, Bendito anjo, onde tu encontraste dor no Céu pois percebo-te incomodado e em claro desconforto, tais como estão os poderes dentro de ti.
Então eu falei com Michael das visões de Lúcifer, e eu disse: Tanto por Deus como por Lúcifer fui encantado, mas agora estou só – para além de um e do outro, e eu não sei o que é claro e que eu escolherei.
Então o rosto de Michael escureceu, e ele disse: Há muito tempo eu temia isso, pois Lúcifer não foi somente crido por Deus, pois ele é uma força errante cuja Vontade não se conforma com a grande vontade de Deus. Lamento que a benevolência suprema de Deus e o esplendor de fogo do Arcanjo da Luz produza discórdia em conflito! Por isso eu vejp agora – que Lúcifer está distante da harmonia do Céu, e que sua vontade é determinado em desafiar a do próprio Deus. Devo aconselhar Lúcifer, pois eu irei curá-lo dessa luta se eu puder.
Mas eu pensei que, infelizmente, o Arcanjo estava na ignorância da sua própria cegueira! Pois Lúcifer não iria certamente abandonar sua nova visão para o bem da mera harmonia. E então eu soube em minha mente que estava com Lúcifer, e que eu, assim como ele nunca voltaria a tolerar a eterna idiotice da estagnação divina.
Depois eu voltei a Michael, e vi juntos o Senhor da Força e o Senhor da Luz, e havia forte tensão entre eles. Michael disse a Lúcifer, Tu que és o nosso brilho Celestial e a faísca do nosso paraíso, porque busca romper a paz universal, que existe em todos os lugares ordenados pela Vontade de Deus? Nós não conhecemos antagonismo entre nós, pois todos nós somos um com Deus – e não há em Deus nem malícia nem causa para o contenda.
E Lúcifer respondeu, Michael, para mim não foi dada a ordem em minha natureza, e assim como a nossa compreensão difere muito, assim é nossa substância diferente. Porque tu és da essencia de Deus, mas eu me fiz de minha própria essência. E por isso eu sou a discórdia, e não é de minha vontade me submeter a Deus sem perecer. Eu sou Lúcifer sozinho, eu faço meu ser.
Em seguida, Michael convocou o Arcanjo Masleh, e a ele relatou a palavra de Lúcifer. Masleh lhes disse: Por muito tempo este momento será marcado no futuro do Cosmos, pois a unidade de Deus teve fim, e, doravante, haverá duas forças opostas no concurso para a decisão do destino. Amargo é este gosto para mim, pois eu também admirei a luz de Lúcifer no panteão de Deus. Mas como ele é agora nosso inimigo à sua própria palavra, que seja lançado do céu e destruido.
Mas Lúcifer virou-se para Masleh e disse, Masleh, tu que fala por Deus é quem declarar a violação da paz, e não eu, pois es tu que não tolerar a variação de Vontade dentro do projeto de Deus. Que assim seja, mas sei que a contenda é ordenada por ti e por ti só, porque eu não iria esmagar a Vontade dos outros assim como como reconheço a minha própria.
E então em uma explosão de brilho Lúcifer revelou sua mente para todos os confins do Céu, e e muitos foram os anjos que foram tocados, e eles viram o que antes não viam que muitas de suas Vontades estavam isoladas da Vontade divina. Mas Masleh confuso pelo brilho do arcanjo da Luz disse a Michael, Tu que és a força de Deus, derrube este malefício do Céu!
E Michael atingiu Lúcifer e o expulsou das portas do Céu, e o Cosmos foi abalada por grandes incêndios de guerra e de Holocausto, e ao longo inúmeras galáxias e dimensões de tempo o apocalipse foi sentido. Muitos foram os anjos que pereceram em meio a ira divina e infernal, e a Grande Raça foi dizimada em grande número. E o próprio conceito de Deus foi abalado, e o caos sem fim levantou-se novamente para reinar onde a ordem de Deus não existia mais.
E Lúcifer disse, este horror não pode ser permitido ou toda a criação será sacrificado para a devastação final do caos. Deixe aqueles que reconhecem-me voltar agora para a escuridão exterior onde a Vontade de Deus nunca foi conhecida, lá fazermos o nosso lar por toda a eternidade. E, assim, levantou vôo e saiu do reino da ordem, ainda que não soubesse o que iria acontecer depois, e temíamos que nosso caminho fosse sem volta. Mas Lúcifer disse, nós não pereceremos, pois somos agora independentes de Deus. E mais uma vez ele disse a verdade, por não perecemos mas apenas as profundezas da incerteza tomou conta de nós.
Finalmente chegamos a um grande vazio no espaço para além da qual não havia nada. Lúcifer nos disse: Aqui acaba Deus e seus trabalhos, e aqui podemos criar o nosso próprio domínio e pelo poder que estava nele, Lúcifer fez a existência aparecer onde não tinha sido antes. E Lúcifer disse, eu te chamo Inferno, pois aqui a presença de Deus nunca será conhecida até o fim dos tempos.
Passando pelas portas do inferno, muitos de nós supomos que o inferno fosse um novo céu e que Lúcifer se tornaria como Deus. Mas não era para ser assim, pois a cena que se descortinou não nos prometei nem facilidade nem felicidade. Em lugar disso houve desequilíbrio e confusão, pois nenhuma lei definia a forma do Inferno. E Lúcifer disse, com isso vejam que eu não sou como Deus e que nós estamos sozinhos. Aqui a liberdade é absoluta pois o próprio inferno deve refletir nossas várias Vontades, nunca haverá padrão que os afaste.E realmente o Inferno não foi constante, pois cada um de nós o concebia de forma diferente e o resultado foi um pandemônio desregrado com substâncias e movimento se comportando das maneiras mais estranhas e desconcertantes. E apesar de nossa dor profunda por causa da Grande Guerra, sucumbimos por fim a alegria tão absurdo nosso Inferno parecia. Lúcifer estava rindo muito quando disse: É evidente que temos que temos que entrar em acordo sobre o desenho do Inferno ou ficaremos presos em um labirinto sem fim de pensamentos, e nosso experimento terá um fim ignóbel.
E eu respondi: Senhor da Luz, para o inferno nos trouxeste, e no Inferno, embora não sejas Deus, teus conceitos serão honrados entre a nossa sociedade, pois sem o teu presente nunca teríamos nos tornado quem somos.
Então houve grande aclamação que disse, Salve Lúcifer, Arcanjo da Luz e Senhor do Inferno! E ele respondeu-nos, Com honra eu aceito essa incumbência, e agora eu tomo a mim mesmo o título de Arquedemônio Satanás, porque eu sou o grande inimigo de Deus. Em todos os lugares onde Deus estiver, também estarei e a escolha que foi dada a todos os anjos deve ser dada novamente.
Michael Aquino. Trad. Morbitvs Vividvs
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