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Por T. B. Scott, Infernal Dialogues, tradução por Ícaro Aron Soares @icaroaronsoares e @conhecimentosproibidos.
Gyllou é uma das Demonesas sagradas para as mulheres e para o parto. Suas origens são discutíveis, pois ela mesma afirma ter doze nomes e meio. O nome principal de Gyllou originou-se na Babilônia, mas seus outros nomes são Amorphous, Abyzou, Karkhous, Brianê, Bardellous, Aigyptianê, Barna, Kharkhanistrea, Adikia, Myia e Petomene. Além desses nomes, que Gyllou revelou à humanidade, Ela também é conhecida por outros em várias outras línguas e culturas. Anabardalea, Gello, Antaura, Alabasandria e Obizuth são nomes pelos quais Gyllou é conhecida.
Como Lilith, Gyllou foi historicamente culpada por abortos espontâneos e mortalidade infantil, mas hoje é considerada uma matrona demoníaca e protetora de todas as mulheres e crianças. Para aqueles que a temiam, dizia-se que Gyllou matava bebês porque invejava a maternidade das mulheres mortais que os geravam – segundo a lenda, como um ser do Espírito, Gyllou era incapaz de gerar uma criança de carne e osso. Ela é descrita como sendo semelhante a uma serpente ou semelhante a um peixe e está inerentemente conectada com o mar e o elemento água. Alguns estudiosos tentaram equipará-la com o oceano primordial, o que efetivamente faria comparações entre Gyllou e outras entidades mitológicas do mar, como Tiamat, Leviatã e Rahab. Entre muitos demonólatras modernos e satanistas teístas, às vezes acredita-se que Gyllou seja filha de Eisheth Zenunim e Rahab ou Leviatã.
Um tema comum entre as representações clássicas de Demonesas é que elas geralmente aparecem como possuidoras de características semelhantes a serpentes. Como Agerath, Gyllou é descrita como tendo serpentes no lugar de seu cabelo. Essa conexão com figuras mitológicas como as Górgonas, ou seja, a Medusa, leva muitos politeístas suaves a afirmar que os seres são um no mesmo – um ponto de interesse particular é o fato de que Medusa e Gyllou são consideradas mães de deuses do mar. Uma outra conexão entre Medusa e Gyllou é ilustrada pelo Testamento de Salomão. Neste tomo, a figura mítica de Salomão pune a Demonesa acorrentando-a pelos cabelos e pendurando-a na frente do Templo. Isso ecoa a lenda da cabeça da Medusa sendo cortada e usada como arma pelo herói Perseu.
A maioria dos satanistas teístas e demonólatras que honram Gyllou não a comparam com a Medusa e as Górgonas. Em outras lendas, Gyllou é conquistada e açoitada pelo herói bizantino, Arlaph – identificado com Salomão e o arcanjo Rafael. Esta imagem da conquistada Gyllou foi inscrita em amuletos para uso na proteção de mulheres grávidas e bebês recém-nascidos das garras da Demonesa. Gyllou frequentemente aparece em histórias nas quais Ela é confrontada ou fala dos arcanjos. Diz-se que Miguel exigiu que ela revelasse a ele os 40 nomes pelos quais ela poderia ser controlada e ela fala de seu ódio pelo arcanjo Rafael no Testamento de Salomão.
Como Machaloth, Gyllou é uma Demonesa da cura. Ela pode ser chamada para ajudar na cura de doenças específicas – principalmente enxaquecas, dores de parto, pré-eclâmpsia, doenças infantis, perda auditiva, problemas oculares, obstruções e inflamação da garganta, doenças mentais, artrite, dores musculares e fibromialgia. Eu associo Gyllou ao signo zodiacal de Câncer devido à sua natureza abertamente aquosa em complemento à sua influência ígnea subjacente. Embora Gyllou seja uma Demonesa da cura, ela é menos paciente do que Machaloth e pode-se dizer que tem menos “boas maneiras de cabeceira” do que sua irmã Demonesa. Gyllou é uma deusa a ser abordada quando alguém precisa de cura rápida e segurança durante crises médicas.
Atribuo Gyllou ao 18º Caminho Cabalístico. O 18º Caminho é conhecido na Árvore da Vida como Sekhel Beth ha-Shepha ou o Caminho da Inteligência da Casa de Influência e Schichiriron (Os Negros) na Árvore da Morte. Por causa disso, Gyllou também se preocupa com ritos transformadores e introspecção. Ela é uma deusa muito inclinada a nos ensinar as duras lições e a queimar nossas autoilusões, mas que permanece ao nosso lado durante o processo – permanecendo para aliviar nossas feridas após a batalha.
Nome Principal: Gyllou.
Outros Nomes: Gylou, Amorphous, Abyzou, Karkhous, Brianê, Bardellous, Aigyptianê, Barna, Kharkhanistrea, Adikia, Myia, Petomene, Anabardalea, Gello, Antaura, Alabasandria, Obizuth.
Fonte(s) Mitológica(s): Europa, Babilônia, Egito, Grécia.
Título: Nenhum.
Função: Matrona Demonesa de Mulheres e Crianças.
Animais Sagrados: Serpente, caranguejo, tartaruga, esfinge, íbis, garça, águia, escorpião, pomba, pinguim.
Seres Míticos: Vampiros, ondinas, sereias, náiades, duendes da água.
Signos Zodiacais: Câncer.
Planeta(s): A Lua.
Elemento(s): Água (Primário), Fogo (Secundário).
Direção: Sul (Bíblico), Oeste (Agrippa), Oeste (Tradicional).
Cores: Marrom.
Parte da Alma: Nenhuma.
Sentido: Gosto.
Tom Musical: Nenhum.
Mundo Cabalístico: Briah.
Inferno Cabalístico: Nenhum.
Palácio Cabalístico do Inferno: Nenhum.
Atribuições da Árvore da Vida: Caminho 18 (Inteligência da Casa de Influência).
Habitação Qliphótica: Schichiriron (Os Negros).
Demônios Associados: Characith, Schichiriron.
Vogal: O.
Sons: s, sh, z, zh.
Ambiente: Hidrosfera.
Estação: Outono.
Palavras Mágicas: Thothoutthoth, Nerxiarxin, Phimemameph, Geniomouthig.
Consorte: Vários.
Filhos: Desconhecido.
Parentesco: Eisheth Zenunim, Rahab (ou Leviatã).
Árvores: Teixo, tília, avelã, mangue.
Ervas: Lótus, angélica, agrião, macieira, feno, cânfora, pepino, papoula, abóbora, cabaça, alface, melão, beldroega, beterraba, junco, sândalo branco, tília, avelã, teixo, mangue, confrei, amêndoa, artemísia, moonwort, amieiro, romã, visco, peônia.
Pedras: Âmbar, esmeralda, safira, calcedônia, berilo, água-marinha, ônix.
Incenso: Onycha, cânfora, orris, lótus, mirra, estoraque, benjoim, opoponax.
Metais e Minerais: Prata, Sulfatos.
Cartas de Tarô: A Carruagem (Câncer), O Enforcado (Água), A Sacerdotisa (A Lua), as quatro Rainhas, Copas, Rei de Copas.
Doenças: Enxaquecas, dores de parto, pré-eclâmpsia, doenças infantis, perda auditiva, problemas oculares, obstruções e inflamação da garganta, doenças mentais, artrite, dores musculares, fibromialgia, calafrios, desnutrição, doenças linfáticas, queixas e distúrbios femininos, deficiências de vitaminas e desequilíbrios.
Governo Corporal: Órgãos reprodutivos femininos, estômago, seios, sistema linfático.
Pecado: Nenhum.
Vícios: Inveja.
Virtudes: Verdade consigo mesmo, Independência.
Dias Santos: 21 de junho (solstício), 21 de julho (zodiacal).
Hora do Dia: Pôr do sol.
Elemento Químico: Nenhum.
Processo Alquímico: Dissolução.
Simbolismo: Fornalha alquímica, serpentes, Medusa, ouroboros, chuva.
Chakra: Terceiro Olho, Coração, Barriga.
Ferramentas Rituais: Tigela ardente, aspersório, cálice, incensário.
Drogas: Emenagogos, ecbólicos.
Poderes e Regência: Cura, transformação, introspecção, proteção de mulheres, proteção de crianças, parto, desafio, emergências médicas, encantamentos, adivinhação, hidromancia, tempestades e tempestades marítimas, todas as coisas pertencentes à água e aos oceanos.
FONTE: https://www.infernaldialogues.com/2013/04/11/the-satanic-feminine-divine-part-iv-gyllou-abyzou/
Icaro Aron Soares, é colaborador fixo do projeto Morte Súbita, bem como do site PanDaemonAeon e da Conhecimentos Proibidos. Siga ele no Instagram em @icaroaronsoares e @conhecimentosproibidos.
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