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Nos departamentos parapsicológicos de muitas universidades famosas fenômenos até agora não pesquisados, como clarividência, visões e telepatia são investigados através de métodos científicos exatos. Exames isolados e em série provaram que existe transmissão de pensamento. Excluem-se daí todas as histórias de espíritos e fantasmas de ocultismo duvidoso bem como idéias inspiradas em fanatismo religioso. Consideram-se exclusivamente fenômenos capazes de serem investigados em laboratório. Em agosto de 1959 concluiu-se a experiência “Nautilus”. Comprovando-se não só a possibilidade da telepatia como a de que as transmissões de pensamentos entre cérebros humanos são mais intensas que as realizadas por meio de rádio-ondas. A experiência foi esta: – a uma distância de vários milhares de quilômetros do “emissor do pensamento”, o submarino “Nautilus” mergulhou algumas centenas de metros sob o nível do mar, todas as ligações de rádio ficaram interrompidas, pois não penetram à níveis profundos de água. Mas funcionou a telepatia entre o senhor X e o senhor Y.
Realizada em 29 e 30 de maio de 1965 esta experiência concentrou 1008 pessoas ao mesmo tempo, sim, no mesmo segundo, sobre figuras, sentenças e grupos de símbolos, que por elas foram “irradiados” com energia concentrada para o universo. Essa experiência, única em vulto e espécie, por si só, já é admirável, porém mais singulares ainda são seus resultados. Nenhuma pessoa que dela participou conhecia qualquer outra. Os participantes viviam a centenas de quilômetros de distância, uns dos outros. Preenchendo formulários impressos, 2.7 % dos participantes responderam que haviam visto uma imagem, a imagem do modelo de um átomo. Como qualquer entendimento prévio ou combinação entre as “cobaias” teria sido impossível, é realmente surpreendente que esta porcentagem tenha visto a mesma imagem pensada.
Um dos casos mais bem documentados de telepatia foi o do americano Edgar Cayse nos anos 1940. A história, que hoje está na literatura científica, conta como Cayce descobriu sua fantástica capacidade “mental”. Embora tenha morrido em 5 de janeiro de 1945, ainda hoje médicos e psicólogos se ocupam da avaliação de suas ações. Edgar adoeceu gravemente quando ainda era menino. Convulsões e febre alta lhe consumiram até chegar ao coma. Enquanto os médicos tentavam em vão fazer a criança voltar à lucidez, Edgar, repentinamente, começou a falar, alta e nitidamente: explicou porque estava doente, indicou alguns medicamentos dos quais necessitava e disse quais os ingredientes de uma pomada com a qual deveria ser tratado, mediante fricções em sua coluna dorsal. Médicos e parentes ficaram perplexos, pois não podiam imaginar de onde vinham ao garoto esse conhecimento e os vocábulos científicos. Uma vez que o caso parecia sem esperança, executaram suas indicações e a cura procedeu-se clara e rapidamente. A ocorrência divulgou-se por todo o estado do Kentucky. Como Edgar havia falado em estado de coma, muitas propostas surgiram no sentido de hipnotizá-lo para tentar obter conselhos para novas curas. Edgar recusou. Só quando adoeceu um amigo ele ditou uma receita precisa, usando palavras latinas que jamais conhecera. Uma semana mais tarde o amigo estava restabelecido. A austera American Medical Association concedeu a Caye uma licença especial para dar consultas, embora não fosse médico. Certa vez “prescreveu” a um paciente muito rico, certo medicamento que não foi possível descobrir em parte alguma. O homem colocou anúncios em jornais de grande circulação, inclusive no exterior. De Paris(!), um jovem médico escreveu que seu pai havia, anos atrás, preparado este medicamento, cuja produção, no entanto, há muito encerrara. A composição era idêntica às indicações de Edgar. Em outra receita mencionou o endereço de certo laboratório de uma cidade distante. Em uma busca telefônica receberam a informação de que o medicamento já estava sendo preparado, que a fórmula estava pronta apenas buscavam um nome para o produto que, no entanto, ainda não se achava à venda.
Edgar declarou crer que podia entrar em contato com qualquer cérebro e lhe extrair as informações que precisava para o diagnóstico. Ele pedia informações ao cérebro do paciente, que sabia exatamente o que estava acontecendo em seu corpo. Depois, procurava, em qualquer lugar do mundo, o cérebro que pudesse lhe dizer o que deveria ser feito.
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