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Linguajar – Palestras sobre o Trabalho de Gurdjieff

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Para iniciar o Trabalho, é necessário que se tenha um linguajar, para que não haja confusão ao se conversar ou dar depoimentos em grupo. Por exemplo, falamos “Amor” para o ato sexual, para aquilo que sentimos pelos nossos filhos, pelos nossos irmãos, namorados, etc. Para o ato sexual, seria fazer sexo. Em relação aos nossos filhos é identificação, isto é, achamos que eles são partes nossas. Se alguém ou alguma 12
coisa o fere física e psicologicamente, sentimos como se fosse em nós. Isso é uma identificação, que é um sentimento automático, que não leva a nenhuma evolução e nem ajuda os nossos filhos a evoluir. Identificação é tratar seu filho como uma posse, algo que lhe pertence, pois amor de mãe considera todas as crianças como semelhantes a seu filho. Identificação é fruto do egoísmo. “Quem são meus irmãos e meus pais senão aqueles que me seguem?”, disse Jesus Cristo.

Para as pessoas com quem temos relacionamento íntimo, como esposa, marido, namorado, namorada, etc o que sentimos é o sentimento de posse e que se manifesta através do carinho, afago, ciúmes, brigas e até ódio, para depois voltar a ser carinho novamente e assim em diante.

Para um dia chegarmos a sentir algo perto de um sentimento superior de Amor teremos de não manifestar as emoções negativas, estar atentos a nós mesmos e às pessoas que vivem a nossa volta.

Como lemos em Coríntios 13

“Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse Amor, nada disso se aproveitaria. O Amor é benigno; o Amor não é invejoso; o Amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o Amor, estes três, mas o maior destes é o Amor.”

 


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