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Eneagrama – Palestras sobre o Trabalho de Gurdjieff

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Todos os caminhos possuem símbolos e lendas, dogmas e rituais, que contém ensinamentos de nível superior para compreensão dos níveis inferiores e agem como influências e dicas para seus seguidores alcançarem outra compreensão, além dos níveis em que se encontram. Para nós, o eneagrama possui aquilo que necessitamos para a prática e para as idéias do Trabalho de Gurdjieff.

O Eneagrama se inicia com um círculo que simboliza a limitação da nossa compreensão. Dentro dele está um triângulo, que é a lei do três: ação, reação e neutralização. Em tudo essa lei se manifesta, desde a pedra até o absoluto. A outra lei é a da evolução de tudo o que existe fora do absoluto e se manifesta igual à escala musical (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si) e se chama a lei dos 7. Ao se completar, como na escala musical, forma uma oitava e se inicia em outra escala superior. Sabemos que a nota musical tem tons e semitons. Dessa forma, entre mi e fá há um semitom, e entre si e dó há outro. E no dó completa-se uma escala. Cada nota possui um grupo diferente de vibrações que são desiguais entre si. Nesses semitons podemos falar que existe um intervalo ou descontinuidade de vibrações. Do absoluto até nós, seria uma escala descendente dó, si, lá, sol, etc. Essas leis e suas interligações estão dentro do nosso eneagrama. Dentro do absoluto ou uno, esta é a lei dos 7 da evolução: 1/7 = 0,142857, que desta forma, completa uma oitava.

Em nossa escala evolutiva da alimentação é a mesma lei como veremos no eneagrama. Vamos dizer que um prato de comida seja o início, ou dó-768. Ao entrar na boca, transforma-se em uma pasta ou ré-384. Ao cair no estômago, chega até mi-192. Aí ele pára, pois precisa sofrer um choque para continuar a sua transmutação. É onde entra outro alimento inicial, como dó-192, no intervalo do semitom, que seria a interferência da lei dos três, na segunda ponta do triângulo, onde se inicia outra oitava. A primeira foi na ponta superior do triângulo, como forma positiva. Ao levar o choque, o mi-192, junto com o dó-192 prossegue como fá-96 e sol-48. Chegando na terceira ponta do triângulo, sofre um retardamento, mas prossegue pela influência dos cinco sentidos automaticamente, pelas impressões recebidas sem esforço, chegando a sua mais alta escala lá-24 e si-12. Com o primeiro esforço consciente além de si-12, produzimos o mi-12, que pára aí, mas com um pouco da energia inicial do dó-48 ao mi-48 dá para essa energia chegar até lá-6, a partir do AR.

Um segundo choque consciente é um trabalho a partir do esforço da observação de si sobre as emoções e a consideração interna.


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