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O Circuito Psico-Sexual – Grimório de Magia Sexual (6 de 16)

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O organismo humano é uma árvore da vida e do conhecimento, é um mecanismo que funciona de acordo com a antiga fisiologia da Feitiçaria Sexual. Muitas descobertas modernas da sexologia atual são realmente apenas redescobertas do antigo arcano sexual dos mistérios que foram ensinados simbolicamente por tempos imemoriais.

O Circuito Psico-Sexual é a estrutura do organismo como entendido pelos magos sexuais, é uma compreensão que vai além do conhecimento da ciência moderna e engloba visões tanto físicas quanto parafísicas dos Mistérios.

A fisiologia que é delineada neste capítulo deve ser estudada com diligência, pois forma a base pela qual a magia sexual opera. Assuntos como as Kalas e o Amrita podem apenas ser entendidos se este circuito psico-sexual é adequadamente compreendido de antemão.

“O adepto deve identificar-se com seu corpo e transformá-lo, pois o corpo é a ligação entre o cósmico e o terrestre. Como a extensão material da expressão psíquica, o corpo brilha, irradia e anima-se na alegria de ser ele mesmo.”

Sir John Woodroffe

O Circuito Psico-Sexual Humano

A configuração psico-sexual humana é um Tarot vivo. Embora, no passado, este termo tenha sido usado exclusivamente a respeito das

Chaves dos Mistérios (as cartas do Tarot), tem um significado mais avançado na forma de um circuito de eesência. O termo Tarot pode, pela Temurah, ser entendido como Lei (Torah), Roda (Rotah) e Essência (Taro). Estas definições quando conjuntas sugerem que o Tarot é a Roda da Essência. Este conceito de um ciclo de manifestação pode ser aplicado tanto num sentido ideológico, como nos 22 Arcanos Maiores do Tarot, e num sentido psicológico, para o Tarot vivo dentro do corpo humano.

O corpo humano é um sistema intrincado de forças interconectadas, é coberto por milhões de meridianos e linhas de energia, que se interligam para formar tanto os Marmas quanto os Chakras. Estes são ligações vitais com o fluxo de energia sexual dentro do organismo e oferecem as chaves de como opera a Magia Sexual.

 

O Marma Ajna Psico-Sexual

Este é o primeiro Marma e está localizado no Ajna Chakra, entre as sombrancelhas. A atribuição cabalística para este Marma é a letra Ayin ou setenta. Sua atividade é a do Olho de Shiva, quando o olho se abre o mundo de aparências e ilusões desvanece e a realidade é experimentada, algumas vezes em sua brutal totalidade. Esta experiência pode ser de extrema intensidade e é apenas para os que estão preparados (veja ‘A História do Grande Deus Pan’ de Arthur Machen como exemplo). Está relacionado astrologicamente com o signo de Capricórnio por simbolizar a experiência de Pan, a visão da integridade e unicidade de todas as coisas.

 

O Marma Psico-Sexual Qoph

O segundo Marma está localizado na nuca, sendo o trono cerebral da atividade sexual dentro da espécie humana e é atribuído à letra hebraica Qoph, de número cem. Esta enumeração pode ser entendida como a união do P (Phalus, falo em grego), 80, com o K (Ktéis, vagina em grego), 20. Qoph é atribuída à esfera lunar e este centro está envolvido com as secreções que estimulam o impulso e o desenvolvimento sexuais.

 

O Marma Psico-Sexual Visuddha

O terceiro Marma está oposto ao Qoph e está localizado no Chakra Visuddha, o centro laríngeo. Sua atividade em magia sexual é emanar a palavra (Logos) que é criada pela interação dos centros Ajna e Qoph. Esta união de Vontade e Vibração cria o Logos que é manifesto em Daath, ou seja, a garganta. Esta atribuição difere da Qabbalah moderna mas é imperativa para um entendimento do circuito psico-sexual.

Esta interação entre os Marmas Ajna e Qoph no Visuddha é central para uma compreensão da fixação da força sexual. A Gematria de Ayin e Qoph prova ser informativa : Ayin + Qoph = 170

170 é o número dos gigantes ou Nephilim. Os seres que são criados pela Vontade sozinha e que podem ser comparados aos Titãs da mitologia grega. Eles são seres de puro Logos; formulações da Vontade que são criadas pelo Eu (Self) em Ayin através das forças sexuais de Qoph e manifestas no Visuddha.

“…e a palavra transformou-se em carne.”
Evangelho de João, capítulo um.

Os Marmas Psico-Sexuais das Palmas

Estes marmas encontram-se nas palmas das mãos, mas são tratados como um só marma no circuito geral. Eles estão atribuídos à letra Kaph e cada palma tem o número 20. As palmas são usadas para focalizar p fluxo de energia com o circuito. A esquerda é negativa e a direita é positiva, embora isso possa variar de mago para mago.

Juntas, as duas palmas dão o número 40, que por Gematria significa o Libertador e Leite, ambas referências aplicam-se para o uso das mãos para liberar fluidos sexuais durante rituais tântricos. Outras referências relacionadas incluem a Mão do Eterno e Mem, que pode ser definida tanto como sangue, fluidos (sexuais) ou vinho, todos novamente enfatizando o papel das mãos como libertadoras de secreções.

 

O Marma Psico-Sexual Genital

O quinto marma psico-sexual é os próprios órgãos sexuais, atribuídos a Ayin, de número setenta. Os órgãos são o segundo Olho e representam o esconderijo secreto da serpente (Kundalini).

Este número setenta pode também ser aplicado para LIL (noite) e SVD (segredo), ambos relacionados com esta zona psico-sexual como originadora dos Kalas, as secreções noturnas que sempre fluem ou Ain (Kali / Nuit). Setenta também é o número de CHBS ou Estrela, isto está implícito na mensagem “o Khabs está no Khu e não o Khu no Khabs” do Livro da Lei. Esta mensagem codificada refere-se ao fato de que a essência das estrelas não é encontrada na eternidade do espaço, mas nas secreções sexuais da Estrela encarnada como entidade.

Uma implicação mais avançada a respeito deste Marma é encontrada na palavra INN, que significa vinho, representando o sacramento deste marma psico-sexual, que conhecemos como Amrita.

 

O Marma Psico-Sexual do Olho Secreto

O Olho Secreto é o Olho de Set e portanto, é o reverso dos órgãos sexuais. Também atribuí-se a Ayin (70), entretanto, sua aplicação é na região anal e sua associação com a Kundalini.

Aqui, temos o ânus do bode como é visto no Sabbat das Bruxas e o mistério de SVD, que é o olho do bode como visto na imagem de Baphomet encontrada nos ritos dos Cavaleiros Tamplários.

O Marma Psico-Sexual de Bindu

Este marma é o fogo interno, atribuído à letra Yod (10). Representa o Ponto Bindu, o ponto onde os dois sistemas sexuais conectados unem-se para formar uma simbiose. Pela Gematria, encontramos que dez está relacionado a Elevado, Planar e Janela. Todas estas imagens podem se relacionar ao uso do calor sexual para ir além do organismo em direção às visões do espaço interno.

 

O Circuito

Quando examinamos os sete marmas acima, chegamos a um ciclo de força psico-sexual, sendo este ciclo composto de oito segmentos ou zonas. Se considerarmos as duas palmas como zonas separadas, quando juntas com os outros centros formula-se um ciclo completo de 360 graus. Este círculo é o ciclo interno de Aeons, sete embora oito, o oitavo sendo o final do ciclo no Ponto Bindu de realização, este ciclo forma o ABRASAX interno, o senhor gnóstico de 360 graus. A Vontade como criada e fortalecida pelo ciclo interno de Aeons e secreções.

O sistema numérico deste ciclo é :

AYIN (70) + QOPH (100) + KAPH / KAPH (20 e 20) + AYIN : órgãos sexuais (70) + AYIN : ânus (70) + PONTO BINDU : YOD (10) = 360 graus

Os cinco graus restantes (para formar um ano) são os graus esotéricos do Círculo, os cinco dígitos da Deusa. Eles são atribuídos a vários Deuses e Deusas e têm um uso específico tanto na ciência macrocósmica de registro do tempo como na ciência microcósmica do corpo e suas correntes, que é conhecida no oriente como Kalavidya, Este ciclo não é apenas encontrado na seqüência sexual de marmas aqui descrita mas também dentro dos chakras gerais como encontrado na Kundalini Yôga tradicional. Ambos sistemas, bem como as atribuições físicas da Árvore da Vida, interagem como círculos numa grade cósmica, cada um forma um ciclo de manifestação e está envolvido na Árvore da Vida animada que o corpo humano forma. Ao invés de a Qabbalah ser uma realidade separada de Sephiroth e Caminhos, é um corpo vivo, um sistema de experiência e possibilidade internas.

No sistema tradicional de chakras o ciclo é composto de raios dentro de cada chakra, estes raios representando as emanações dos pés da Deusa Primal após ela ter se elevado ao Shasrara Chakra. Portanto, as emanações deste chakra são vistas como as da própria Deusa, ou em termos mais adequados, do Eu e assim não são contadas no cálculo dos raios.

Ajna Chakra Região Pituitária 64 raios
Visuddha Chakra Região Tiroidal 72 raios
Anahata Chakra Região Cardíaca 54 raios
Manipura Chakra Plexo Solar 56 raios
Swadisthana Chakra Região Genital 62 raios
Muladahara Chakra Região Coccígea/Anal 56 raios
Ciclo Completo 360 raios

Dentro destes 360 graus existem outras divisões conhecidas como : Estelar, Solar e Lunar. Estas relacionam-se aos três segmentos do ritual tântrico e aos três segmentos da coluna dorsal : Ida, Susumna e Pingala. 118 graus são atribuídos ao Fogo (Estelar), 106 são atribuídos às influências Solares e 136 à Lunar, os cinco restantes são portanto, mais uma vez, os dígitos secretos da Deusa Kali (Ain).

Como será prontamente notado, as imagens ou formas de deuses usadas variam de acordo com a tradição, Kali, Set e Nuit podem ser todos atribuídos a Ain e usados de acordo com trabalhos e desejo ou inclinação.

Como pode ser visto acima, um sistema de atribuição pode ser formulado baseado nestes graus. Estes podem ser interpretados de diversas maneiras: os oito segmentos ou marmas, até mesmo os oito chakras, mais o Sahasrara chakra, trabalhando como um todo. Podemos até mesmo relacionar com os oito trigramas do I Ching e quando multiplicados por si em 64 possibilidades do Tao. Isto pode criar um ciclo completo por relacionar-se com a dupla Árvore da Vida (32 x 2).

Pode também ser entendido que em qualquer organismo há dezesseis aspectos sexuais, físicos e etéricos. Portanto, em qualquer ato de união sexual há trinta e dois segmentos vivos, uma dupla Árvore da Vida sexual. Quando estes Marmas são relacionados aos 16 Kalas ou secreções isso pode ser ainda melhor entendido. O ciclo formado pelos hexagramas do I Ching é interessante, pois a alquimia sexual chinesa é uma das mais intactas tradições sobreviventes do Tantra.

Ajna Chakra Hexagrama Li Sol e Sol

Centro Qoph

Hexagrama Khan Lua e Lua

Visuddha Chakra

Trigrama Sun Ar e Ar

Palmas Li e Khan

Reflete Ajna/Qoph

Órgãos Sexuais Quian / Kun Falo / Vagina

Hexagrama Tui Água de Água
Ânus Hexagrama Gen Terra de Terra
Ponto Bindu Hexagrama Zhen Fogo de Fogo

Em consideração às diversas maneiras de intitular os Hexagramas, a lista seguinte guiará o estudante que procura explorar mais profundamente. A pronúncia em parênteses é uma alternativa de pronúncia por causa dos dialetos chineses.

Li Hexagrama 30 Tiphareth
Kan (Khan) Hexagrama 29 Yesod

Sun

Hexagrama 57 Daath
Quian (Qian) Hexagrama 1 Kether
Kun (Khwn) Hexagrama 2 Malkuth

Tui (Dui)

Hexagrama 58 Chesed
Gen (Ken) Hexagrama 52 Netzach
Zhen (Ch’en) Hexagrama 51 Geburah

Tabela de Marmas Psico-Sexuais

1. Ajna chakra (Vontade) Ayin 70 Olho de Shiva
2. Nuca Qoph 100 Origem da Força Sexual
3. Visuddha chakra Ayin/Qoph 170 Logos Manifesto

A união de Ayin e qoph criam a energia de 170 no Visuddha, este é o poder para criar os ‘Nephilim’ ou Gigantes Rebentos da Vontade, formações do Eu puro ativado por meios sexuais e manifesto através do poder da ‘palavra’ mágika (Logos).

4. Palmas das Mãos Kaph 20

cada Ativadores das Zonas Sexuais

5. Órgãos Sexuais Ayin 70
6. Região Anal Ayin 70 O Olho Secreto

Ambas zonas são atribuídas a Ayin e relacionam-se ao uso mágiko dos órgãos sexuais, frontais e dorsais à Kundalini.

7. Ponto Bindu Yod 10 O Ponto de Foco

Aqueles interessado em exploração mais detalhada do ciclo psico-sexual podem querer estudar as correspondências na página 40. Elas estão baseadas numa tabulação de Crowley e oferecem algumas introspecções (insights) interessantes sobre o ciclo sexual e sua relação às Sephiroth.

A partir destes ciclos, vamos perceber que a Árvore da Vida é um ciclo vivente de essência e, portanto, os Caminhos ou pontos conectores também devem representar fluxos de energia ou secreções dentro do organismo. O estudo seguinte dos pontos conectores como secreções do organismo vivo deve se lido em conjunto com as descrições dos Caminhos como letras hebraicas e arcanos do Tarot, encontrados em sistemas da Qabbalah tradicional e outros sistemas de atribuição.

OS CAMINHOS CONECTORES NA ÁRVORE DA VIDA COMO SECREÇÕES

O padrão de Tarot formado pela Árvore da Vida humana é uma parte intrincada da Qabbalah esotérica do Novo Aeon. Entre as Sephiroth vivas do corpo estão vários caminhos conectores ou emanações que transmitem as secreções dos reinos trans-Kether de Ain para o organismo.

Estas emanações realizam a transformação gradual do corpo e da mente e podem ser entendidas duma maneira peculiarmente tântrica com as atribuições mais tradicionais sendo comparadas e manipuladas de acordo com o engenho do próprio mago.

A décima primeira secreção é aquela do Espírito Santo. O Santo intoxicado é simbolizado pela respiração cósmica e pela águia de duas cabeças. É associado com o trigésimo terceiro grau da maçonaria e tem uma conexão elemental com Akasha. O Ovo Negro ou chama desta secreção pode também se relacionar a Sebek, o senhor crocodilo e a manifestação de Set.

A décima segunda secreção é aquela do Mestre de Maya e é governada por Hermes ou Mercúrio. Ele é o senhor do Falo e entende o segredo dos pólos opostos, a Pomba e a Serpente e da Casa de Deus (Beth). Seus poderes dualistas são a magia polarizada e apolar e ele controla todas as formas de transmissão de energia.

A décima terceira secreção é aquela da Alta Sacerdotisa Lunar, a Deusa tripla em seu estado virginal ou adormecido, a Ísis dormente, Artemís e Donzela. Ela é a essência e transmite os Kalas de Plutão através das areias de Urano.

A décima quarta secreção é a Grande Mãe, a porta pela qual a manifestação é alcançada, ela é a governante da magia polarizada e é representada na Alquimia Sexual pelo elemento do Sal. Seu domínio planetário é Vênus, que é finalmente transcendido em Sirius, portanto, ela é Daleth, a ligação entre os mundos.

A décima quinta secreção é altamente importante no Novo Aeon devido à injunção do Livro da Lei de transferir os títulos do Imperador e da Estrela. Esta secreção é agora a Estrela de Aquário, as secreções fluidas da Deusa que transforma o humano (Tiphareth) em Besta (Chokmah). A estrela representa a fórmula do Khabs no Khu, onde a essência do espaço infinito é encontrada dentro das secreções do organismo.

A décima sexta secreção é aquela do Alto Sacerdote dentro do culto do Humano Superior, tipificado por Touro. Nos velhos cultos a besta era exterminada como sacrifício, hoje, o uso do instinto animal alcança seu estágio mais alto de consciência.

O Touro traz a força da Besta 666 para a manifestação como o divino rei de Júpiter. O número dezesseis também significa a secreção ou Kala secreto, que é o acúmulo dos quinze Kalas anteriores, que vieram ao seu clímax dentro da Estrela (Kala quinze) e manifestaram-se no vórtice do décimo sexto Kala, o Humano Superior.

A décima sétima secreção complementa e balanceia a da estrela da décima quinta e é usada pelo Humano Superior da décima sexta. A décima sétima secreção é a dos gêmeos, governantes duais de Zain, Hórus e Set. Portanto, nesta combinação de secreções nós começamos a ver a estrutura do sistema do Novo Aeon.

A décima terceira, décima quarta e décima quinta secreções são a Deusa Tripla que é Virgem, Prostituta e Mãe Sagradas. A décima sexta secreção é o Humano Superior, Taurus, o Touro da Deusa, cuja forma externa é Hórus e cuja Vontade Verdadeira é Set e isso é novamente reafirmado nos Gêmeos da décima sétima secreção.

Quando olhamos profundamente nos Mistérios destas secreções, vemos que Osíris era simplesmente uma forma mais antiga de Hórus. Portanto, Hórus era tanto o consorte quanto a criança de Ísis. Enquanto Set é Vontade Verdadeira de ambos, cuja mensagem não será plenamente compreendida até que a mensagem de Maat seja anunciada em conjunto.

Portanto, os gêmeos não são apenas Hórus e Set, mas Set e Maat.

“Pois duas coisas são feitas e uma terceira é começada. Ísis e Osíris estão dados a incesto e adultério. Hórus salta do seio de sua mãe com três braços. Harpócrates, seu gêmeo, está oculto dentro dele. SET é seu pacto sagrado, que deve mostrar-se no grande dia de M.A.A.T. (cujo nome é verdade).”

Liber A’Ash vel Capricorni Pneumatici, de Aleister Crowley

A décima oitava secreção é o impulso criativo e sexual do Mestre, balanceia o Humano Superior da décima sexta, representando a força de Câncer ou Cheth. Câncer é o caranguejo e é usado para simbolizar o caminho tântrico de Viparita Karani, indo para trás ou de lado (reversão dos sentidos) para atingir uma finalidade mágika.

A décima nona secreção é a Luxúria do Leão, que representa a semente da serpente que ativa a porta de Daleth da Sacerdotisa. É atribuída a Teth, a serpente fálica.

A combinação de Daleth e da Semente da Serpente forma o Espermatozoon ou Elixir Sexual : O Ermitão de Virgem.

A vigésima secreção é o Espermatozoon ou Eu Sexual do Ermitão, ele é o Rebento da Vontade; o Eu Verdadeiro que é formado pela união das formas opostas da psique e do corpo, Babalon e a Besta.

A vigésima primeira secreção é o Senhor do Karma, o Ermitão que foi formado pela Besta e por Babalon e está trabalhando na iniciação do Humano Superior. Ele aprende a superar a onda de recorrência eterna presente na roda eterna.

A vigésima segunda secreção é a de Libra, ajuste através da evolução do Eu além da recorrência eterna, via Magia Sexual. O Mago alinha a realidade com a iniciação pela qual ele está passando, sendo que esta ação detona a experiência do arcano do Enforcado.

A vigésima terceira secreção é a iniciação das Secreções Sexuais. O Mago cai no inconsciente através dos processos da Magia Sexual e começa a retificar o que está contido dentro de seus limites. Um dos métodos para se atingir isto está na próxima secreção.

A décima quarta secreção é Escorpião. Representa o orgasmo como uma “pequena morte”. Sua lição é o uso do orgasmo para programar a psique e a invocação do excesso sexual para experienciar os limites da mente e do corpo.

A décima quinta secreção representa o uso da paixão animal para atingir um estado de Androginia. Esta imagem é representada como o Sagitário ou Baphomet e conforme a paixão aumenta, transforma o mago em experiências das Secreções do Bode.

A vigésima sexta secreção é a de Capricórnio, o Bode. Representa o uso de forte paixão animal para quebrar a ilusão (tipificada pela imagem do diabo) e transformá-la em Vontade pura. O produto disto é a manifestação do poder da projeção sexual como visto na próxima secreção.

A vigésima sétima secreção é a do uso do Falo como ferramenta de projeção. É atribuído a Marte, mas não num aspecto negativo, representa o jato de sêmen, criando estrelas e imagens através da programação do orgasmo. Também representa a ativação da Kundalini e sua ascensão pela torre ou coluna vertebral, detonadas pelas práticas Delta.

A vigésima oitava secreção é atribuída ao Imperador e a Áries. Tem diversas aplicações, uma das quais é o uso da tintura Vermelha, isto é, as secreções menstruais de uma Maga. Pode também se relacionar ao uso de paixão excessiva ou luxúria extrema para superar barreiras e limites e atingir o frenesi orgásmico da Torre.

A vigésima nona secreção é a da Lua. Está sob o governo de Qoph e portanto nossa discussão prévia de Qoph deve ser considerada. É uma passagem especial conectada ao instinto e, às vezes, até mesmo à transformação licantrópica.

A trigésima secreção é a do Sol, sendo o poder da aspiração e dos ideais que influenciam o fluxo da energia sexual. Deve ser entendida em conjunto com a informação já discutida a respeito do Ajna chakra. O produto da qual é visto no Logos ou palavra da trigésima primeira chave.

A trigésima primeira secreção é o Aeon, o arauto da Nova corrente. A mensagem do fluxo interno de Aeon-Kalas trabalhando em conjunto com a eternidade da progressão temporal. Seu número é 31 e reflete a mensagem do Livro da Lei (LIber AL ou 31), enquanto que seu reverso é treze, a Sacerdotisa da Estrela de Prata.

A trigésima segunda secreção é a da Manifestação. Tau em extensão, seu número é 440, secreções movendo-se para a plena materialização. É tanto o primeiro passo nos Mistérios ou a manifestação do Humano Superior na Terra. Tau é o sigilo do Deus Set e o ciclo está completado.

 

Notas sobre os Caminhos como Secreções

As secreções da Árvore da Vida biológica reúnem os vários métodos de interpretação a respeito dos Caminhos. Quando unidos, eles criam um fluxo em forma de Mandala.

Há várias fontes para informação avançada : os vários livros de Kenneth Grant, tais como “Cults of the Shadows”, Cultos das Sombras, (Muller, 1975), entretanto, cegueiras deliberadas em muitas de suas interpretações são infelizes.

Para ajudar na organização destes conceitos em um sistema coerente, a seguinte tabela dos Caminhos das Secreções é feita para a exploração.

SUMÁRIOS DOS CAMINHOS COMO SECREÇÕES

11. Espírito Santo

Santo Intoxicado
12. Chaos Pomba e Serpente
13. Alta Sacerdotisa Deusa Dormente
14. Babalon Deusa Sexual
15. Estrela Mãe do Espaço
16. Homus superioris Kala Secreto, Alto Sacerdote
17. Gêmeos Set e Maat
18. Impulso Criativo Princípio da Reversão
19. Semente da Serpente Impregnação de Babalon
20. Espermatozoon Ermitão como Criança Cósmica
21. Senhor do Karma Controle da Realidade
22. Fuga Livrando-se do ciclo terrestre
23. Iniciação Explorando o Inconsciente
24. Orgasmo Thanatos absorvido em Eros
25. Baphomet Androginia
26. Capricórnio Exploração
27. Projeção Fálica Paixão animal destrói a Ilusão
28. Tintura Vermelha Excesso de paixão
29. Lua Originador sexual
30. Sol Ajna chakra
31. Aeon Mensagem como Logos
32. Sigilo de Set Manifestação ou começo.

Combinações Especiais Válidas de Atenção

13, 14 e 15 : Tripla Deusa que é estimulada por

16, Alto Sacerdote : Quem ativa a décima sexta e

17, os Gêmeos manifestos na dualidade de Set e Maat, impulso criativo interno e externo (18, 19).

14, Babalon, que dá nascimento ao Rebento do Eu,

20, o Ermitão : as iniciações de quem compreende os caminhos

21 a 26, resultando na união de Ajna e Qoph (29, 30)

31, a declaração do Novo Aeon e

32, a Manifestação do Novo Aeon.

 

O Simbolismo da Mandala

Um dos mais antigos métodos de simbolizar o ciclo dos Kalas é encontrado na Mandala, esta jóia visual, que embora desenhada em duas dimensões é na verdade de caráter tridimensional. Embora nem sempre desenhada, magos avançados podem formá-la mentalmente. Mandalas tendem a ser circulares em forma, focalizadas num ponto central. Normalmente são povoadas por imagens de Deuses, Deusas e Espíritos dos mais diversos e são símbolos do circuito psico-sexual.

A mandalas mais antigas são encontradas nas escolas tântricas e delineiam os ensinamentos sexuais com simplicidade. Um exemplo clássico é encontrado no Shri-Yantra. O Shri-Yantra é baseado num triângulo invertido, no centro do qual há um ponto representando o Sêmen. O triângulo em si é a vulva. Está contido em um triângulo de apontado para cima, que representa o Falo. Novamente este é cercado por um triângulo apontado para baixo, que é cercado por um triângulo apontado para cima, até completarem-se nove triângulos no desenho, normalmente, sugerindo a interação da vulva e do falo no coito. A borda externa é coberta por imagens de lótus e outras flores para criar uma proteção em torno da atividade ali contida.

A mandala das artes exemplificadas pelas figuras do Bon tibetano é normalmente criada de várias zonas. São ocupadas por Senhores do Submundo, esqueletos, demônios, cenas tétricas e amostras de cópula. Há muito em comum com as mandalas da adoração de Kali, que usam a representação do sexo e da morte para alcançar a catarse de Eros e Thanatos.

A importância da mandala é ofato de que é uma máquina oculta, um aparato vivo que pode ser usado para trabalhar as várias facetas do circuito psico-sexual de essência. As formas da mandala podem variar de trabalho para trabalho…em trabalhos mais obscuros, as mandalas do Tibet e do culto de Kali podem ser usadas, enquanto trabalhos com os Antigos (estilo do Necronomicon) podem apresentar melhores resultados com Mandalas Trapezóides das tradições necromânticas germânicas.

As mandalas são representações vivas do processo da magia, elas são bem sucedidas por sua mensagem afundar rapidamente no inconsciente, perdendo a maior parte do mediador consciente e alcançando seu objetivo sem impedimento. No ocidente, as mandalas sobrevivem na forma do círculo sagrado, do disco, do anel e até mesmo no Ouroborus Cósmico, que está sempre balançando sua própria cauda (Falo).

Na prática, a mandala é de significância por trazer juntas as várias facetas de um dado ciclo e transmiti-las profundamente ao inconsciente. Ao contemplar um trabalho, crie uma mandala, antiga ou moderna, para sintetizar os trabalhos e então, usando técnicas meditativas, programe o inconsciente antes do trabalho, otimizando a qualidade e o poder do ritual.

Conclusão

Para concluir este capítulo, deixaremos você com um poema de um mestre do tantra moderno, Dadaji, de suas séries póstumas :

“Na alquimia da yôga iluminadora, a servidão se rompe mas a alma sobrevive ao fogo.
Neste caminho nós exterminamos obstruções e vemos o vazio do desejo mundano.
Este é o caminho que você fez, não há volta, remorso ou lágrimas, mesmo se pesadas como a chuva, não mais têm significado agora e você deve encarar a semente plantada, renascida mais uma vez.
Em beatitude e alegria de profunda ‘possessão de si mesmo’ (samadhi), ainda que nada procure, é apenas serenidade.
Então virá a realização suprema, que você é uma alma e que sempre esteve livre.”


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