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Magia Sexual

Magia Heterossexual, Gamaísmo – Grimório de Magia Sexual (12 de 16)

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Gamaísmo é o grau de Magia Sexual baseado no arcano da polarização. Por assim dizer, todos os trabalhos dentro deste grau devem estar focalizados na força de Binah e Chokmah (ativo e passivo) como representantes dos dois pólos do Universo. Este grau não é, necessariamente, heterossexual, embora formas divinas masculina e feminina devem ser assumidas em todas suas formas ritualísticas. A única exceção para isto é encontrada na criação da criança Planetária, onde os ritos heterossexuais são a única alternativa viável, pelo menos no presente. A polarização dentro deste grau é baseada nos arquétipos de Therion e Babalon, estas duas forças simbolizando o balanço dinâmico de Força e Forma dentro do Cosmos vivente para que o balanço destas forças possa ser manifesto dentro dos magos do ritual.

As Naturezas de Therion e Babalon

“Ele é sempre um sol e ela uma lua.”

Livro da Lei I:16

“Eu, a Besta 666 sou chamado para mostrar esta adoração e enviá-la pelo mundo. Pela minha mulher que recebe e transmite minha palavra e meu ser solares, neste trabalho é alcançado.”

Trabalho Djeridensis (Djeridensis Working)

A Natureza de Therion

A natureza de Therion é encontrada na sua atribuição a Chokmah e Netuno. Ele é o senhor do inconsciente e no macrocosmo, o submundo. Ele guarda o Abismo como Netuno olha sobre o mar e governa com o Tridente de Noventa e Três (as Supernais). Ele é uma força selvagem e descontrolada e é conhecido como a “Esfinge”. Ele portanto tem as chaves para o mistério da palavra quádrupla : Saber, Ousar, Fazer e Calar. Sua força é primeriamente solar e é irradiada para os mundos mais baixos através de Tiphereth. Seu número é 666, abarcando o processo do homem (6) tornando-se, em todos aspectos (3 números 6), Deus (3).

A Natureza de Babalon

Babalon é o complemento de Therion, ela é atribuída a Binah e Saturno e é a Deusa do corpo da matéria e forma. Ela é forma, corpo e lei e é conhecida como a Rainha Vitoriosa. Seu número é 56, o Portão do Sol.

A combinação destas formas são vistas nas imagens do Antigo Egito do culto Draconiano. Os desertos de Set formam o ambiente, os ventos da morte varrem as areias formando um cenário mutante para iniciação. Nas paragens distantes está a Esfinge de Therion, simbolizando o poder eterno de força e energia, atrás da Esfinge, a luz espectral do submundo ergue-se brilhando dos túneis que se esgueiram por entre as areias. Mais ao longe, bem à direita, estão as pirâmides de Babalon, um epitáfio aos poderes da matéria e forma. Juntos eles energizam o deserto no qual estão as onze torres solitárias das Sephiroth e sob as quais os Túneis de Set viram-se e torcem-se.

Num cenário ritual estas formas podem ser assumidas para que o congresso resultante crie um vórtice similar em natureza a Daath. Este vórtice pode ser então programado de acordo com o desejo do mago. O vórtice mais forte será formado por ritos heterossexuais, sendo que estes têm a vantagem de já serem polarizados, contudo, mais uma vez, a assunção de formas divinas pode sobrepor-se a qualquer obstáculo. Trabalhos práticos usando estas formas podem ser divididos em duas classes : religioso e mágiko.

1. Religioso

Os trabalhos religiosos são ilustrados por tais rituais como a Missa Gnóstica e celebram os vários aspectos da mensagem de Thelema. Usa as formas divinas de Babalon e Therion duma maneira semi-devocional além da energização de fluidos sexuaiscomo usados na Eucaristia Tântrica.

2. Mágiko

Os usos mágikos deste arcano incluem assunção de formas divinas, indução de estados alterados de consciência, consagração, criança planetária, alquimia interna e a destilação do Sacramento. Esta última técnica engloba tanto a aplicação religiosa quanto mágika do arcano Gamma.

Dianismo

Dianismo é a classe específica de Magia Sexual que pode ser aplicada tanto para os graus Gamma quanto Epsilon dos Mistérios. Seu uso primário na magia é encontrado na indução de estados alterados de níveis superiores bem como nos benefícios adicionais a respeito da alquimia interna. A este respeito, esbarra em algo dos trabalhos Delta.

A técnica geral usada dentro deste arcano do Dianismo é conhecida como “Karezza”, que é o congresso sexual sem ejaculação. Esta técnica, quando corretamente usada, dispara um estado estendido de êxtase. Este estado criado pelo orgasmo sexual ocorrendo dentro do corpo durante o estímulo sexual prolongado sem ejaculação. A técnica também pode ser usada em certos cenários iniciáticos como exemplificado no que se chama de “hiper-eroticismo” ou “Lucidez por Eroto-comatose” (um esquema completo é encontrado em nossos comentários sobre ‘De Art Magica’). Um sumário básico da técnica é a total exaustão do organismo de toda perspectiva sexual até que um estado profundo de transe extático intervenha. Em técnicas normais de Dianismo o Karezza não é levado a este extremo. Há muitos usos benéficos do dianismo, o primeiro sendo uma habilidade para manifestar uma amplitude de estados alterados, que permitem a exploração das dimensões espirituais. Outros usos incluem sigilização e baixa magia.

Outro uso importante da técnica do dianismo é a conjunção com a técnica de controle onírico Alfa. Esta técnica permite o uso de Karezza para condicionar o estado de sono resultante e criar uma onda inundante de Vontade e imaginação em direção à mudança da realidade rotineira.

A Técnica de Controle dos Sonhos Alfa-Dianismo

1. Pratique o Karezza até que um estado de sono intervenha. Isto pode se estender a uma forma de hiper-eroticismo, se requerido.

2. Num estado de sonho tenha o congresso sexual com uma figura de sombras que de alguma maneira tenha relação com o desejo com o qual concerne o processo, no orgasmo em sonho o sigilo ou selo do desejo deve ser visto como “um sonho dentro de um sonho”.

3. Ou despertando, o sigilo ou selo é destruído e o desejo é aceito como preenchido. Uma técnica de Magia de Urna pode também ser usada como uma alternativa para destruir o selo.

Qodosh

Na ordem tântrica da GBG este grau (também chamado de Qedash) era simplesmente relacionado ao Gamma ou nono grau tântrico da OTO. Contudo, quando examinamos os trabalhos reais do grau no sistema da GBG (como descrito no trabalho de Culling), descobrimos que o grau concerne primariamente com o que podemos chamar de “Controle da Realidade” ao invés de simples prática sexual Gamma.

O grau de Qodosh representa o topo das técnicas de controle onírico e baixa magia, seus procedimento afins com aqueles das técnicas Dianismo-Alfa já descritas acima. Estas, na prática, devem na verdade ser classificadas como uma técnica Qodosh, embora elas usem a fórmula do Dianismo. As técnicas práticas deste grau são as várias técnicas de baixa magia dos arcanos Alfa e Beta, reforçadas pelo Dianismo e pela ejaculação no sigilo melhorada após um longo período de Karezza, sendo o sigilo jogado no submundo. Quando corretamente usada, esta técnica trará a habilidade de moldar a realidade ao nosso redor, alinhando-se com o poder da Vontade Verdadeira.

Assunção de Formas Divinas

A assunção de formas divinas dentro do arcano Gamma é uma extensão natural do que foi delineado no arcano Beta, salvo que nesta técnica ambos os parceiros polarizam as formas divinas, para que uma complemente a outra e o poder da forma flua entre os dois operadores. A natureza das formas assumidas devem ser plenamente investigadas antes de serem atribuídas para trabalhos Gamma ou Epsilon, pois há infinitas variações na atribuição e associação. A chave para a interpretação é que formas polarizadas trabalham para complementar uma a outra e portanto tendem a ter papéis opostos dentro de um procedimento (Nuit e Hadit). Enquanto que formas apolares tendem a ter papéis idênticos como no caso de Hórus e Set ou Harpócrates. Acima de tudo, a adaptação e atribuição pessoais são o mais importante e exceções e variações são sempre possíveis.

Crianças Planetárias

O conceito da criação de uma forma artificial de acordo com os meios ocultos tem estado entre nós por muitos séculos. É encontrado nos textos hebraicos antigos sobre magia e em muitos grimórios medievais. Sua forma mais desenvolvida e prática é “De Homuncula Epistola” publicado como um documento do nono grau da OTO em 1914.

Antes de descrevermos e discutirmos o documento, deve ficar claro a atitude em relação aos documentos da OTO e de Aleister Crowley. Não clamamos qualquer propriedade ou direitos autorais sobre estes documentos, eles foram deixados por Crowley para o mundo inteiro e embora pareçam haver argumentos constantes dentro da OTO sobre a quem realmente pertencem os documentos, o consenso geral é de que seja com a “OTO de Aleister Crowley” também conhecida como Califado da OTO. Oferecemos estes documentos com nossos comentários para referência e pesquisa, imprimimos eles com o mesmo espírito daqueles que oferecem comentários de “textos religiosos” de outras tradições espirituais tais como a Bíblia, o Corão ou o que seja, mas com uma análise mais científica e analítica.

A definição de um Homúnculo dada neste documento é :

“Um ser vivo em forma lembrando um homem e possuindo aquelas qualidades de um homem que o distinguem das bestas, nomeadas intelecto e poder de comunicação. Mas não criado nem nascido da maneira da geração humana nem habitado por uma alma humana.”

No arcano tântrico moderno a técnica para riar um Homúnculo tem sido ensinada sob a guisa de crianças lunares, este título baseado no livro ‘Moonchild’ (criança da lua), de Crowley. Delineia uma técnica para encarnar uma força lunar num veículo físico sob a guisa de ficção. Esta técnica, é claro, pode ser estendida para toda a variedade de forças planetárias, elementais e interdimensionais. O conceito de encarnação de uma forma não humana é baseado na crença do ocultismo de que o feto é vazio de qualquer alma durante os primeiros três meses de gestação e só após este período é que atrai uma “alma” ou em termos budistas, o feto desenvolve-se e interage com os fatores kármicos que reformulam um semblante do eu. Portanto, é possível, antes deste período, pelo processo da invocação ritual, estimulação sensória e tal, atrair determinada força para a esfera do feto e alcançar a encarnação da força com sucesso. O verdadeiro processo para atingir este resultado é dividido em nove seções distintas e é delineado na “De Homuncula Epistola”, a qual passamos na íntegra.

De Homuncula Epistola

I. Tome uma mulher adequada, desejosa de ajudá-lo no trabalho.

Explique a ela todas as precauções a serem tomadas e o modo de vida necessário. Deixe seu horóscopo, se possível, adequado à natureza do Homúnculo proposto, para ter um espírito de benevolência encarnado, deixe Júpiter estar ascendendo em Peixes com bons aspectos com o Sol, Vênus e Lua e nenhuma disposição contrária notável, tanto quanto possível.

II. Tome agora um homem adequado, se conveniente, você mesmo ou algum outro irmão da Gnosis, tanto quanto possível, deixe seu horóscopo também harmonioso com a natureza do trabalho.

III. Deixe o homem e a mulher copularem continuamente (mas especialmente em momentos astrológicos favoráveis ao seu trabalho) e duma maneira cerimonial num templo preparado, cuja decoração e arranjo específicos também são adequados ao trabalho.

E deixe-os ardentemente e constantemente prepararem o sucesso de seu trabalho, negando todos os outros desejos.

Então prossiga até que resulte gravidez.

IV. Agora deixe a mulher ser retirada e levada para um local preparado. E este local deve ser um grande deserto, onde raras almas humanas vagueiem procurando encarnar. Depois desenhe um grande círculo e consagrado à esfera do trabalho e a fórmula de banimento das Sephiroth e especialmente de Kether deve ser feita freqüentemente, de cinco a sete vezes ao dia. Nunca deixe a mulher sair do grande círculo.

Faça com que a mente da mulher seja reforçada para resistir a todas impressões, exceto as do espírito desejado. Queime o incenso deste espírito continuamente. Deixe apenas suas cores serem vistas e apenas suas formas aparecem, sendo isto tão forte que deve estar em tudo. Depois deixe-o ser invocado constantemente e sinceramente num templo dedicado, a mulher sendo colocada num grande triângulo enquanto tu formas o círculo, realizando a evocação adequada para aparição material. E faça isto duas vezes todos os dias, uma enquanto está desperta e outra quando estiver adormecida.

V. E deixe o encontro ser um banquete de recepção ao espírito. Portanto, deve-se omitir os banimentos.

VI. E durante o resto da gravidez deixe haver Carga ao Espírito (assim o período total do trabalho é como se fosse uma expansão em termos, como se fosse da Fórmula e Arte da Evocação) desta maneira. Deixe a mulher ser constantemente educada pelas palavras e pelos livros e pelas figuras de uma natureza consoante, para que todas as causas trabalhem em conjunto para a defesa e sustentação do espírito e para seu verdadeiro desenvolvimento.

VII. E deixe o parto ser retardado ou avançado, tanto quanto possível, para assegurar um signo adequado para a criança tal como requerido.

VIII. Tendo a criança nascido deve ser dedicada, purificada e consagrada, de acordo com as fórmulas do planeta, elemento ou signo encarnado.

IX. Agora então tu tens um ser de perfeita forma humana, com todos poderes e privilégios de um humano mas com a essência de uma força particular escolhida e com todo o conhecimento e poder de sua esfera e este ser é tua criação e dependente, para ele, tu és Deus e Senhor, e ele deve serví-lo.

Logo, o todo daquela parte da natureza de onde não pertence é seu domínio e tu és Magister Octinomous.

A seguinte afirmação está na finalização do procedimento nônuplo para criar um Homúnculo, deve ser bem considerado.

“Esteja atento irmão adepto e escolha bem teu objeto e não poupe dor e labor no início de tua operação; pois para ter milho de tão sutil semente é uma grande coisa uma primeira vez, alcançá-lo duas vezes, foi a máscara de uma energia primal tão maravilhosa, que duvidamos se houve um homem nascido em dez vezes dez mil anos que tenha tal poder fantástico.”

SACRAMENTOS SEXUAIS

Introdução

Um sacramento sexual é a combinação de secreções produzidas durante um ato de contato sexual, normalmente combinando dois sistemas sexuais, Mas não necessariamente. É coletado no pico da paixão sexual e usado em atos de consagração e magia, mas mais frequentemente, numa Eucaristia sexual. A natureza única do sacramento é encontrada na sua posse dos trinta e dois Kalas originados nos participantes iniciados. Uma descrição da antiguidade de seu uso é encontrada no ‘Panarion’ de Epiphanus, que afirma :

“… após eles terem intercurso na paixão da fornicação eles ergue sua própria blasfêmia ao céu. A mulher e o homem pegam o fluido da emissão do homem em suas mãos, eles ficam de pé, levantam as mãos ao céu trazendo ao pai da natureza de tudo, aquilo que eles têm em suas mãos e dizem ‘nós oferecemos este presente, o corpo de Cristo’ e eles o comem.”

A descrição acima certamente captura o uso gnóstico do sacramento sexual por volta do tempo da escola de Mistérios Essênia. Nas escolas tântricas do oriente e do ocidente o uso iniciático do sacramento sexual é uma importante faceta dos ensinamentos secretos. A tradição tântrica do Santuário abarca estes mistérios e ensina-os sob a guisa de “A Eucaristia”.

O uso da Eucaristia pode ser dividido em duas fases, religiosa e ritualística.

1. Uso Ritual da Eucaristia

Incluem-se cura, consagração e outras práticas ocultas.

2. Uso Religioso da Eucaristia

Está baseado na manifestação das forças universais através dos participantes para seus Kalas ativados que são emitidos nos magos sexuais. Este uso é visto na Missa Gnóstica e outras missas usadas e muitas ordens tântricas modernas. Estes ritos são extremamente poderosos e manifestam forças de outras dimensões diretamente na experiência dos magos envolvidos na Missa.

 

Consumindo o Sacramento Sexual

É interessante notar a reação dos magos ocidentais em relação ao consumo de secreções sexuais dentro de uma situação ritual. No livro ‘Sexual Occultism’ de John Mumford, ele explica a razão para esta reação nos seguintes termos :

“… qualquer repugnância em relação ao sexo oral entre os ocidentais é devida à confusão disseminada sobre as diferenças entre excreções corporais (produtos eliminados não mais necessários) e secreções sexuais (fluidos ricos em nutrientes).”

É imperativo para o mago vir a entender a natureza das secreções sexuais, elas não são apenas ricas em nutrientes (portanto o seu uso em certos ritos de cura) mas são um veículo para a manifestação dos Kalas, através dos quais formas de natureza parafísica materializam-se e podem ser usadas. Sendo que o consumo da Eucaristia é o aspecto central de várias missas tântricas, a repugnância sentida em relação ao consumo de fluidos sexuais deve ser resolvida e substituída com uma atitude saudável diante do corpo e seeus produtos.

A Fórmula da Eucaristia

A Eucaristia como exemplificada na Missa Gnóstica é baseada na fórmula de 0=2, algumas outras eucaristias, tais como a da Missa de Maat, são baseadas em fórmulas variantes. Contudo, todos ritos Eucarísticos do presente Aeon são baseados no princípio da dualidade, as forças de Ain estando manifestas dentro das fontes sexuais duais dentro de um rito (de qualquer combinação sexual). Pode qualquer número de pessoas dentro do ritual, geralmente os dois formam a combinação central Sacerdote / Sacerdotisa dentro de qualquer missa.

A função chave do ritual é a invocação de Formas Divinas no Sacerdote e Sacerdotisa, a estimulação ritual dos centros sexuais, o orgasmo extático, a coleta de secreções e seu uso duma maneira Eucarística. Os fluidos são coletados pelo Sacerdote/isa e então passados aos outros magos representando “a Manifestação” das forças invocadas. No Tantrismo Gnóstico este sacramento era conhecido como o “Corpo de Cristo”, o pão e vinho sendo símbolos das duas fontes de Kalas, sêmen e fluidos vaginais.

Formas de Amrita

Amrita poderia ser melhor definido como “A Ambrósia Psico-Sexual” e é a secreção com Kalas ativados. Pode ser dividido numa variedade de formas diferentes. O meio tradicional de verificar a natureza dos Kalas e do Amrita é baseado na divisão tripla dos Kalas como delineado antes : Tamas, Rajas e Sattva. Estes correspondem às definições de Lava Negra (Sal); Veneno (Sacramento Qlipphótico), Pó Vermelho (Enxofre); Combinado e Mercúrio; Frio e Calmo. Esta três classes de Amrita podem também relacionar-se com nossas tabelas de várias formas de magia sexual, como ilustrado abaixo.

Gamma de Gamma – Frio Puro e Néctar Calmo

Epsilon de Gamma – Pó Vermelho

Gamma de Epsilon – Pó Vermelho

Epsilon de Epsilon – Lava Negra

Sendo o Pó Vermelho uma classificação transicional, é possível subdividí-lo em duas subclassificações posteriores, como segue :

Epsilon de Gamma – Pó Vermelho (Ênfase no Veneno)

Gamma de Epsilon – Pó Vermelho (Ênfase no Néctar)

A partir dos dados acima as diferentes formas de sacramento podem ser averiguadas, como se notará, os sacramentos puramente heterossexuais e homossexuais são os extremos com variações baseadas no poder das Formas Divinas assumidas.

Coletando Amrita

Há uma grande variedade de maneiras de coletar Amrita. Uma das variações óbvias está na natureza do sacramento. Obviamente, num rito heterossexual os fluidos podem ser coletados através do orifício vaginal após a penetração, enquanto que, num rito homossexual, os fluidos devem ser ejaculados diretamente num cálice ou vasilha de coleta. Em alguns casos um método oral direto pode ser usado, em outros casos os fluidos são coletados e então consumidos. O último método é encontrado em muitas escolas tântricas onde os fluidos eram coletados com um cálice (de formato um pouco como uma molheira) ou uma folha e então, após a benção, usado na Eucaristia.

Uma ilustração importante de uma variação da Eucaristia Tântrica é encontrada no que é conhecido como “O Sacramento de Nu”, em termos comuns, é posição ‘meia-nove’ (69).

O Sacramento de Nu

“Quando Satã deita-se com uma bruxa na forma de um homem, ele toma para si o corpo de alguém que foi enforcado.”

Discours Sorciers (Discurso de Feitiçaria), 1590.

“Malditos seja o homem que se faz terra e a mulher, céu.”

Maomé

“Invoque-me sob as estrelas.”

Livro da Lei I:57

“Acima, o precioso azul celeste é o esplendor nu de Nuit, ela se curva em êxtase para beijar os ardores secretos de Hadit.”

Livro da Lei I:14

O primeiro exerto ilustra a natureza esotérica do Sacramento ou posição de Nu. Em textos esotéricos tradicionais a posição era ilustrada sob o glifo do Enforcado invertido no sono de Siloam. Nesta posição ele estava de ponta cabeça, o que sugeria o segredo interno da posição ‘meia-nove’.

No Livro da Lei o Sacramento torna-se óbvio pelas várias referências descritivas às interações de Nuit e Hadit. Tanto faz que o sacramento seja heterossexual ou homossexual, os parceiros estão em posição para que os fluidos sexuais sejam consumidos direto do genitais um do outro. Nesta forma de magia não é necessária a penetração.

Na magia polarizada este procedimento normalmente gera um estado andrógino dentro de cada mago e dispara um balanceamento dos campos de energia para que cada mago reflita a androginia de Pan. Enquanto um sacramento apolar tende a disparar um campo de energia de poder enorme que pode ser usado com sucesso para ingressar em outras dimensões. Uma variação desta última fórmula é encontrada na imagem da Torre do Tarot. Esta fórmula de sexo oral vê um homem no papel fálicoe o outro participante (macho ou fêmea) é o papel passivo, no orgasmo o espasmo do falo pode ser usado para entrar no inconsciente, muito similar a do Sacramento de Nu. Pode também ser usado em combinação com técnicas Delta para a estimulação da Kundalini.

Apêndice : Exposição da Posição de Nu

Ao discutir-se a fórmula de Nu, é interessante notar as várias exposições da prática thelêmica. Uma das mais completas delineações é encontrada no Livro das Mentiras, de Crowley, este texto foi escrito como uma coleção de criptogramas contendo vários mistérios Cabalísticos, Herméticos e Thelêmicos.

Contudo, o capítulo sessenta e nove tem um nível obviamente profundo de interpretação baseada no Tantrismo. A interpretação acompanhando este capítulo é claramente baseada no uso hermético do hexagrama mas uma dica de possível interpretação sexual também está presente e óbvia à observação. Colocamos o capítulo abaixo como uma brilhante exposição do Sacramento de Nu.

O LIVRO DAS MENTIRAS

Capítulo 69

O caminho do sucesso – e a maneira de chupar ovos !

Este é o hexagrama sagrado,

Mergulhe das alturas, Ó homem e engate-se com homem !

Mergulhe das alturas, Ó homem e engate-se com a besta !

O Triângulo Vermelho é a língua descendente da graça.

O Triângulo Azul é a língua ascendente do prazer.

Esta troca, o dom du´plo das línguas, a palavra de duplo poder – ABRAHADABRA – é o signo da GRANDE OBRA para que a GRANDE OBRA seja completada no Silêncio.

E atrás está a palavra igual Cheth, que é Câncer, cujo sigilo é

Este trabalho também se come, atinge seu próprio fim, nutre o trabalhador,

Não deixa semente e é perfeito em si mesmo.

Pequenas crianças, amem-se.

Comentário Sessenta e Dois

A chave para entender este capítulo é dada no número e no título, o primeiro sendo inteligível para todas as nações que empregam figuras arábicas, o segundo apenas para experts em decifrar o inglês.

O capítulo alude ao desenho de Levi do Hexagrama e é uma crítica dele, ou seu melhoramento. É o hexagrama comum, o hexagrama da natureza, o triângulo azul está de pé como fogo e o azul está de ponta cabeça como água.

No Hexagrama mágiko isto é invertido, o triângulo descendente é o de Hórus, um signo especificamente revelado por ele pessoalmente, no Equinócio dos Deuses (é a chama descendo sobre o altar e envolvendo a oferenda queimada). O triângulo azul representa a aspiração, sendo que o azul é a cor da devoção, e o triângulo, cineticamente considerado, é o símbolo da força dirigida. Nos três primeiros versos a formação do hexagrama é explicada, sendo um símbolo da separação mútua do Sagrado Anjo Guardião e seu cliente. Na conjunção é indicada a consumação do trabalho.

O verso quatro explica em linguagem suavemente diferente o que dissemos acima e a imagem escrita das línguas é introduzida.

No verso cinco, o simbolismo das línguas é desenvolvido.

ABRAHADABRA é um exemplo primal de uma palavra criptográfica. Assumimos que o leitor tenha estudado suficientemente esta palavra no Liber D, etc.O sigilo de Câncer liga este simbolismo com o número do capítulo. Os versos restantes continuam o simbolismo Gálico.


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