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Excerto de O Grande Computador Celeste (edição Rafael Arrais)
“Parte de um plano secreto,
amigo fiel de Jesus,
eu fui escolhido por ele
para pregá-lo na cruz.
Cristo morreu como um homem,
um mártir da salvação,
deixando para mim seu amigo
o sinal da traição.
Se eu não tivesse traído
morreria cercado de luz,
e o mundo hoje então não teria
a marca sagrada da cruz.
E para provar que me amava
pediu outro gesto de amor,
pediu que o traísse com um beijo
que minha boca então marcou.”
– Raul Seixas, 1979
A música acima foi composta pelo melhor cantor brasileiro de todos os tempos, Raul Seixas, em conjunto com meu irmão alquimista Paulo Coelho, sob a orientação do Mestre Marcelo Motta. Poderia ser apenas, como a Igreja gosta de colocar para cada sujeira que varremos para fora do tapete eclesiástico, “mais uma ficção inspirada por Dan Brown”, se não fosse o detalhe dos Evangelhos de Judas terem sido descobertos e autenticados pela National Geographic em 2006, confirmando cada linha da música do Raulzito acima de qualquer dúvida razoável. Como explicar o fato desta canção ter sido escrita 27 anos antes?
Para compreender a história de Judas Iscariotis, precisamos entender a história dos doze apóstolos. Nessa altura do campeonato, vocês já devem ter percebido que Tiago, João, André e Pedro não eram exatamente “pescadores”, mas apenas o grau simbólico destas pessoas dentro da organização de Yeshua. Pescadores, Peixes e outras alegorias referentes ao mar e ao “pescar almas” indicam o sacerdócio dentro da transição da Era de Áries para a Era de Peixes. Como veremos nos próximos artigos, especialmente as lendas do Rei Arthur, a figura do “Rei-Pescador” será muito comum também nas alegorias medievais.
Judas, no original Yehudhah ish Qeryoth ou Iouda Iskariotis (Iouda significa “abençoado” e Iskariotis significa “Sicário”, que é um punhal especial usado por assassinos zelotes denominados Sicários, uma seita judaica contrária ao domínio romano em Jerusalém naquela época). O nome dele, portanto, pode ser traduzido como “Lâmina abençoada”. Judas era ninguém mais, ninguém menos que o guarda-costas pessoal de Yeshua/Jesus.
Mas, se ele era considerado o guarda-costas pessoal de Yeshua e um de seus melhores amigos, tão íntimo a ponto de ficar com ciúmes da esposa de Yeshua, Maria Madalena, quando esta realiza o ritual sagrado de perfumar os pés de Jesus, por que ele o trairia?
De acordo com a Bíblia (Mateus 26, 20-23), Jesus teria dito:
Ao anoitecer reclinou-se à mesa com os doze discípulos;
e, enquanto comiam, disse: Em verdade vos digo que um de vós me trairá.
E eles, profundamente contristados, começaram cada um a perguntar-lhe: Porventura sou eu, Senhor?
Respondeu ele: O que mete comigo a mão no prato, esse me trairá.
E um pouco mais para a frente (Mateus 26, 46-48) diz:
Então voltou para os discípulos e disse-lhes: Dormi agora e descansai. Eis que é chegada a hora, e o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores.
Levantai-vos, vamo-nos; eis que é chegado aquele que me trai.
As otoridades dizem que isso seria uma “premonição” ou uma “profetização”, mas uma explicação muito mais racional nos diria que Jesus não está fazendo previsões, mas sim DANDO UMA ORDEM: “Um de vós me trairá”. Ao contrário da imagem de “cordeiro humilde” pregada pela Igreja (sem trocadilho), Yeshua era um revolucionário, lutando pela libertação do povo judeu do domínio romano. Uma de suas frases célebres: “Eu não vim trazer a paz, mas a espada” (Mateus 10, 34 e Lucas 12, 51), expressa bem esta posição de Jesus e seus seguidores. Aliado com os Essênios, com os Zelotes e com os Sicários, coisa boa ele não estava querendo, com certeza.
Agora, responda à seguinte pergunta: se você fosse o governador romano responsável pelo domínio de Jerusalém e pelo controle da cidade, você deixaria um legítimo rei dos Judeus mancomunado com zelotes, sicários e essênios, fazendo curas milagrosas e angariando cada vez mais fãs, dando sopa na sua cidade?
Nem eu.
Então seria necessário capturar e matar este agitador cabeludo e rebelde.
Em João 18,12, é dito: “Então a coorte, e o tribuno, e os servos dos judeus prenderam a Jesus e o maniataram”. Ora, uma coorte romana é constituída de seis centúrias e cada centúria é constituída de 80 legionários… Ou seja, para que o governador romano enviaria 480 legionários pesadamente armados com lanças e escudos para capturar um carpinteiro? Seria Yeshua um X-Men?
Por que a necessidade da traição?
Yeshua estava reunido com cerca de 5.000 pessoas que formavam a vila de Getsemani, formada em sua maioria por camponeses, mulheres e crianças. Estando cercados por quase 500 soldados armados, estas pessoas seriam totalmente massacradas se os zelotes não entregassem seu líder.
Um pouco exagerado para capturar “uma dúzia de pescadores”, não é mesmo?
Yeshua avaliou a situação: caso não se entregasse, haveria um massacre de inocentes e uma precipitação da revolta que estavam planejando (que só aconteceria alguns anos depois, na chamada “Revolta dos Judeus”); mas, caso se entregasse, poderia passar como um líder fraco, que entrega sua luta ao menor sinal de problemas. Depois de dar as ordens para a única pessoa que sabia que poderia confiar (Judas), Yeshua, José de Arimathea e Simão Mago começaram a preparar o plano que seria necessário para retirar Yeshua com vida da cruz.
Seguimos com a história como a conhecemos. Os soldados capturam Yeshua e o levam para o sinédrio para ser julgado. Aqui é necessário fazer uma pausa. Graças a Constantino (sempre ele, sempre ele!), o mundo inteiro acredita que foram os JUDEUS que mataram Jesus, o que serviu de base para todo tipo de perseguição a eles durante todos estes últimos 2.000 anos, mas a verdade seja dita e é simples de provar: quem crucificou Yeshua foram os ROMANOS.
Se os judeus tivessem matado Yeshua, teria sido através do apedrejamento, tão comum e tão descrito em todo o Velho Testamento. Mas quem crucificava seus inimigos ao longo de suas estradas eram os romanos.
Vocês concordam que ficaria meio complicado para Constantino vender a imagem do Messias para os romanos se os próprios romanos mataram Yeshua? É como tentar vender a imagem de Fidel Castro como líder espiritual para os americanos!
E a coroa de espinhos e o manto vermelho? A Igreja nos ensinou que isso era uma “zombaria” com Jesus, mas ofereço outro ponto de vista: Sabendo que foram os ROMANOS que crucificaram Yeshua, creio que a mensagem que estavam passando para os judeus dominados era bem clara: AQUI ESTÁ O SEU REI. NÓS VAMOS CRUCIFICÁ-LO. Tanto que as iniciais INRI vêm do latim (língua dos romanos): Iesua Nazarenus Rex Iudeorum.
Ah, tio Marcelo, mas eu já ouvi que INRI significa “Igni Natura Renovatur Integra” ou as siglas dos 4 elementos “Iam (água), Nour (fogo), Ruach (ar) e Iabeshah (terra)”. Eliphas Levi dizia que INRI significa “Isis Naturae Regina Ineffabilis”… Qual está certo?
Naquele momento histórico, Rei dos Judeus, mas seria um erro achar que havia apenas um significado. Uma das coisas que aprendi nesses 19 anos dentro do ocultismo é que NADA acontece por acaso: nenhuma sigla, nome, cor, símbolo ou mensagem escolhida acontece por causa de um “tempo linear” acausal. Não existem coincidências, existe apenas a ILUSÂO de coincidência. Portanto provavelmente TODAS as alternativas estavam certas ao mesmo tempo, em diferentes “espaços temporais”. Complexo? Você ainda não viu nada. Estude tarot, kabbalah e oráculos para você ver…
A escolha do local foi providencial: a Gólgota. Terreno pertencente a José de Arimathea, garantiria que a crucificação ocorreria longe dos olhos do povo, que NÃO teve acesso à crucificação, ao contrário da crença popular. Eles acompanharam o cortejo, mas ficaram longe das três cruzes, observando à distância.
Antes de começarmos: quanto tempo vocês acham que os romanos deixavam um condenado preso na cruz? 1 hora? 12 horas? 1 dia? 2 dias? Uma semana?
A resposta correta é: até o cadáver se transformar em um esqueleto ou até você colocar outro condenado no seu lugar! A função de uma crucificação é passar uma mensagem clara sobre o que vai acontecer com você se você desafiar a Legião. Não importa se você “morreu na cruz”… Os romanos não vão te tirar de lá, ok?
A menos que…
…eles tivessem um plano.
Como já havíamos visto, Yeshua dominava completamente sua energia interna, kundalini, chakras e todas as técnicas de regeneração e manipulação de energias conhecidas. Eles estavam certos que ele conseguiria resistir a um dia na cruz e, para seus planos, apenas um dia bastaria.
Cristo é crucificado de manhã. Ele permanece durante o dia com Simão o Mago aos pés da cruz, enquanto José de Arimathea consegue com Pilatos autorizações para remover o corpo da cruz. Durante o passar do tempo, vamos novamente à bíblia:
“Jesus disse: “tenho sede.” Havia aí uma jarra cheia de vinagre. Amarraram uma esponja ensopada de vinagre na vara, e aproximaram da boca de Jesus. Ele tomou o vinagre e disse: “Tudo está realizado.” (João 19: 28,30).
A Igreja nos diz que isto foi mais uma “maldade” dos “terríveis” judeus. Coitadinho… Dar vinagre para o pobre infeliz pregado na cruz… Que cruel!
Ora. O líquido que ofereceram para Jesus é chamado de Posca, misturado com um pouco de mirra. O efeito desta bebida é o de um ANESTÉSICO que facilita a projeção astral e também serve para bloquear a dor, conhecido desde a antiguidade pelos alquimistas essênios e rosacruzes (e esse líquido eu posso garantir para vocês que funciona, porque já experimentei pessoalmente). Não nos esquecemos que Simão o Mago não era conhecido como Simão O MAGO à toa, certo? Ele estava aos pés da cruz por um motivo…
Yeshua ficaria até a noite na cruz, quando seria retirado, mas no meio da tarde, começou a dar sinais de que não aguentaria o dia todo. Outro detalhe que sempre passa batido era o de que os romanos quebravam as pernas dos condenados para que eles morressem mais rápido, já que, sem a sustentação das pernas, o pulmão seria comprimido com mais força e o condenado morreria mais rápido por sufocamento (daí a expressão “me quebraram as pernas” para indicar um problema que acaba com suas esperanças mais cedo). E ninguém fez isso com Yeshua.
A solução para isso foi “matá-lo” antes, com uma lança, para apressar sua retirada da cruz. Para isso, Yeshua se finge de morto e um dos soldados o perfura com uma lança para mostrar aos outros que ele estava morto. Na mitologia católica, a lança que perfura Jesus Cristo na cruz é conhecida como a Lança do Destino.
Agora começam as curiosidades… Vocês não acham estranho uma lança que MATOU o filho de deus ser considerada SAGRADA pela Igreja? Não deveria ser um objeto AMALDIÇOADO? Por que justo os templários veneravam esta lança e tinham um grande cuidado com sua proteção?
A resposta é clara… A Longinus não matou Yeshua, mas o salvou de ter as pernas quebradas pelos outros soldados romanos.
No folclore medieval, São Longinus (sim, o cara que MATA Jesus vira santo na Igreja Católica, vai entender…) é retratado como um cego cujo sangue do messias que espirra sobre seus olhos o cura da cegueira (Espera… Um soldado CEGO vigiando a cruz?) e ele se converte ao cristianismo… Na verdade, todo este anedotário criado posteriormente, acrescido de outros detalhes, serviu apenas para reforçar a ideia de que os judeus seriam uns traidores da própria raça e assassinos do messias vaticânico.
Removido da cruz, levam Yeshua para o Santo Sepulcro (humm, cavernas novamente…) que eram propriedade de José de Arimathea. Neste local, um sacerdote chamado Nicodemus e outros discípulos essênios literalmente “revivem” Yeshua com suas habilidades curativas prânicas. Ao final dos trabalhos, Yeshua se encontra com sua esposa Maria Madalena e são escoltados para um local seguro.
Alguns dias depois, ele reaparece para os discípulos e a história da “ressurreição” começa rapidamente a se espalhar. Sabendo que os governadores romanos não engoliriam aquela história por muito tempo, Yeshua, seu filho e Maria Madalena (na época grávida) foram retirados de Jerusalém.
Yeshua foi para o oriente, José de Arimathea foi junto com o filho de Yeshua, Yossef, para as Ilhas Britânicas, onde chegou a Gastonbury levando o “Cálice Sagrado”. Maria Madalena foi levada para o Egito para dar a luz para Sara, filha de Yeshua.
Após o nascimento, Madalena é escoltada para o Sul da França, onde os essênios (agora com outros nomes, formando outros grupos naquela região) passam a proteger a Linhagem Real. Um detalhe interessante é que Madalena e sua filha contrastavam muito com os habitantes do sul da França, sendo chamadas de “Madonna Negra” por causa de seu tom de pele (não vai me dizer nessa altura do campeonato que você acredita na história do Jesus loiro de olhos azuis, né?).
Os habitantes do Sul da França (Languedoc) fizeram diversas estátuas e o culto à “Virgem Negra” se tornou muito popular entre os Cátaros e entre os Templários. A Igreja dirá durante a Idade Média que imagens da “Virgem Negra” eram uma deturpação SATÂNICA de nossa senhora Aparecida quando queimava os Templários e, mais tarde, dirão para os céticos que a cor negra das estátuas se devia “às velas que eram queimadas aos pés de Nossa Senhora, que escureciam as imagens”. Mas o FATO é que as Virgens Negras representavam (e representam) Maria Madalena carregando em seus braços Santa Sara Kali (Kali = negra), padroeira dos ciganos.
O filho de Yeshua e José de Arimathea chegam à Inglaterra, onde fundam a primeira Igreja Cristã. De acordo com as lendas posteriores, ele chega ao continente levando consigo “o Cálice Sagrado”, mas… “Um garoto que era rei mas não sabia, acompanhado por um ancião sábio, permanecendo escondido no meio dos profanos até que chegasse o momento de revelar sua descendência real”…
Já ouviram esta história antes? Vou dar uma dica. Começa com Rei e termina com Arthur.
Alimente sua alma com mais:
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