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Mediunidade e ESP na URSS – Parapsicologia na União Soviética

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No fim do ano de 1939, uma comissão de cientistas russos convidou Francisco Cândido Xavier para ir à Rússia por 6 meses, para se submeter a vários testes relacionados com seus “poderes“. Para isso, além da viagem, pagar-lhe-iam a quantia de trezentos contos de réis, soma que daria, na época, para pagar a construção de 50 casas populares! Chico sentiu-se tentado. Estava quase aceitando quando Emmanuel apareceu e lhe disse: – Se queres ir podes, eu fico!

O governo soviético apoiava a pesquisa de parapsicologia com verbas que orçavam 20 milhões de rublos anuais (aproximadamente 20 milhões de dólares da época, ou, no dias atuais, 80 milhões de euros).

A diferença mais importante entre a pesquisa ocidental e a soviética é que esta última está voltada para o emprego do psi. O seu objetivo é a aplicação tecnológica. No Ocidente, a pesquisa da ESP como um todo só recentemente emergiu dos preliminares do esta­belecimento da prova estatística da sua existência.

A pesquisa psíquica na URSS é considerada como um novo campo das ciências naturais, ligado à biônica, à fisiologia, à biologia, etc. Os russos chamam-lhe “bioinformação”, “biotelecomunicação”, “biocibernética”. Os laboratórios de psi nos países comunistas estão nas universidades, nos institutos de tecnologia, nas faculdades. A pesquisa do psi é feita geralmente por cientistas puros. A pesquisa da telepatia é vista com bons olhos por muitos níveis de cientistas, desde os tecnologistas até membros da elite da Academia Soviética de Ciências. No Ocidente, a pesquisa da ESP tem sido uma enteada da psicologia, mal tolerada pela comunidade acadêmica. Praticamente não se lhe concedeu espaço algum nas universidades.

Os soviéticos utilizam o enfoque de grupo da ESP, reunindo especialistas de muitos campos diferentes, a fim de proporcionar uma pesquisa interdisciplinar completa. Há cooperação também entre cientistas do bloco comunista. No Ocidente, os cientistas do psi tendem a trabalhar isoladamente, ou com um ou dois colegas do mesmo campo. A divisão entre os pesquisadores ocidentais é assombrosa.

Diferenças entre a pesquisa soviética e a ocidental – Os soviéticos estão bem informados acerca da pesquisa ocidental. Sabem tudo o que é possível saber a respeito de médiuns como Cayce, Croiset e Serios, e estão familiarizados com o trabalho parapsicológico científico positivo que se realiza no Ocidente. Os ocidentais, em com­pensação, pouco ou nada sabem sobre os médiuns ou as pesquisas soviéticas.

A pesquisa soviética fundamental do psi é fisiológica. O tra­balho ocidental, em regra geral, é estatístico, psicológico ou filosófico. A pesquisa soviética, altamente especializada, tem menor amplitude de campo. O nosso trabalho, mais vasto, abrange as humanidades, a reli­gião, a psiquiatria, a filosofia. A pesquisa ocidental do psi tem oitenta anos atrás de si e uma riqueza de informações que os soviéticos já assimilaram em proveito próprio.

Não existe uma publicação soviética específica dedicada à pa­rapsicologia. Publicações semipopulares trazem artigos de ordem geral sobre o psi; publicam-se, porém, artigos científicos em revistas científicas apropriadas ao campo — cibernética, biologia, etc. Os institutos sovié­ticos publicam, periodicamente, coleções de artigos sobre trabalhos de parapsicologia. No Ocidente, os parapsicólogos raramente são bem recebidos pelas revistas científicas.

Não se pode deixar de notar o entusiasmo contagioso dos para­psicólogos soviéticos, a sua acessibilidade a novas idéias, o seu arrojo, a sua disposição para estudar esquírolas esquecidas de conhecimentos. Talvez os atraia a novidade do campo. Talvez a longa e inamovível hostilidade de acadêmicos e cientistas tenha tido um efeito mais estultificante sobre os nossos parapsicólogos do que a repressão política direta, ocasionalmente enfrentada pelos seus colegas soviéticos.

Alguns cientistas comunistas possuem capacidades psíquicas e não se vexam de falar nelas. Os pesquisadores ocidentais parecem ter medo de confessar a posse de um talento psíquico. Quase todos os pesquisadores soviéticos dão a impressão de haver tentado desenvolver dentro em si mesmos uma sensibilidade ao domínio psíquico, como os nossos psiquia­tras precisam aprender alguma coisa das próprias complexidades antes de poder trabalhar com outros. Na Rússia, a atmosfera das relações com os médiuns está mais próxima da dos soberbos conservatórios mu­sicais ou escolas de balé, em que os cientistas procuram constantemente melhores maneiras de aperfeiçoar, estimular e realçar talentos, do que do enfoque cético, tantas vezes encontrado no Ocidente, e que se poderia traduzir por esta frase: “Mostre-me, e mostre-me à minha maneira”.

Até recentemente, o ímpeto que sacudia grande parte da pes­quisa psíquica ocidental vinha de indivíduos ou fundações particulares, que buscavam respostas ao problema da vida após a morte ou uma filo­sofia religiosa. Esse trabalho oferecia valiosa compreensão da estrutura inconsciente da psique e de outras dimensões. “Nos países comunistas, as pessoas aceitam a parapsicologia de modo mais realístico, como campo de significação científica potencial”, diz o Dr. Ryzl. A motivação é menos espiritual.

Posição da parapsicologia na ex-União Soviética – A intenção de Sheila Ostrander e Lynn Schroeder, autoras de “Experiências Psíquicas Além da Cortina de Ferro”, obra que estamos examinando neste espaço de jornal, não foi avaliar o estudo espinhoso e, em muitos casos, extraordinário do psi no Ocidente. Bibliotecas inteiras têm sido escritas sobre ele e muitos outros livros surgirão, sem dúvida, à propor­ção que se desenvolver o trabalho nesse campo. Elas tentaram simplesmente avaliar a pesquisa psíquica soviética e as áreas em que ela se avantaja sobre o que se faz no Ocidente.

Tentar sondar a ESP soviética e “tudo o que ela significa” é extre­mamente complexo. Na União Soviética se misturam, ao mesmo tempo, o atraso e um estupendo progresso. À medida que um número cada vez maior de aspectos da ESP na Rússia começava a desdobrar-se diante delas, no correr de sua viagem, não puderam elas deixar de pensar num comentário feito pelo empresário norte-americano Sol Hurok. Famoso por haver levado artistas russos ao Ocidente, Hurok explicou: “Se fosse fácil, todo o mundo o faria”.

De certo modo, isso parecia aplicável à tentativa para compreender a natureza da telepatia e a atividade soviética no domínio da ESP. Como diz George Kennan, o ex-embaixador norte-americano na Rússia: “Só pode haver graus de ignorância a respeito da Rússia”.

“A nossa conclusão parece justificada”, afirma o Dr. Ryzl, que já foi membro da Academia de Ciências tcheca. “A parapsicologia nos países comunistas e sobretudo na URSS ocupa uma posição forte. Pode­mos esperar que ela se desenvolva com determinação.”

O eminente parapsicólogo alemão Dr. Hans Bender, chefe do Departamento de Psicologia da Universidade de Freiburg, fez inúmeras visitas aos laboratórios soviéticos de ESP. Já em 1964, dizia ele à escritora Norma Lee Browning: “Creio que as experiências de telepatia atrás da Cortina de Ferro podem ser mais significativas do que supomos”.

Insigne físico norte-americano, o Dr. Joseph H. Rush, referindo-se à obra de Vasiliev, escreveu: “Se este livro [soviético] não estimular algumas novas linhas de pesquisa no Ocidente, o azar será nosso”.

O sigilo que cerca algumas pesquisas soviéticas lhes dificulta a avaliação exata. Não obstante, tudo faz crer que os soviéticos estão muitos anos à frente dos americanos em certas áreas da parapsicologia técnica. Estão na frente em descobrimentos relativos à essência física do ser humano e à maneira pela qual o psi funciona em nós e através de nós. Estão na frente no esforço concentrado por descobrir a energia básica que existe atrás do psi. Estão na frente nas tentativas para controlar certos fatores variáveis, como a influência do tempo magnético durante os testes de psi. Parecem estar na frente na procura e na criação de condições que libertem o potencial de psi presente em todo ser humano.

Os Institutos de Sugestologia e Parapsicologia de Sofia e Petrich possuem uns trinta cientistas que estudaram capacidades psíquicas fenomenais empregando o equipamento mais moderno e mais sofisticado. O seu porta-voz principal é o Dr. Georgi Lozanov, diretor dos dois Institutos. O Dr. Lozanov, médico e psicoterapeuta há dezesseis anos e praticante de Ioga há vinte e cinco, é o pioneiro da parapsicologia na Bulgária. Médico célebre, granjeou fama não só na Bulgária mas em todo o bloco de países comunistas pelos seus descobrimentos no campo dos poderes supranormais da mente. As suas palavras são acatadíssimas na Bulgária.

Um dos objetos de estudo dele é Vanga Dimitrova, a vidente cega da Bulgária. Vanga, que vive perto da fronteira grega, na cidadezinha de Petrich, é uma grande médium, que se situa no mesmo plano de Gerard Croiset de Utrecht, na Holanda, e de Jeane Dixon, de Washington. Como eles, é famosa em sua parte do mundo, e multidões de pessoas lhe procuram a ajuda. Vanga descobre pessoas desaparecidas, ajuda a resolver crimes, diagnostica moléstias e lê o passado. Mas o seu maior dom é a profecia. Essa mulher cega, de meia-idade, prediz o futuro com assombrosa precisão. E vive num país suficientemente’ sábio para poder apreciá-la.

A Bulgária teve seis mil anos para aprender a sabedoria. Situada na Península Balcânica, pouco maior que o Estado de Pernambuco, divisa com a Romênia, a Grécia e a Turquia. Depois de conhecer a sua Idade de Ouro no século XIII, caiu nas mãos dos sultões turcos. Os seiscentos anos de brutal domínio otomano foram finalmente encerrados com a ajuda da Rússia czarista há menos de um século. Vieram depois as selvagens, confusas e famosas intrigas balcânicas, que inspiraram uma era de filmes de espionagem e, na vida real, trouxeram o caos e inversões em todas as frentes. Os comunistas conquistaram o poder em 1944. No período de estabilidade política que se seguiu, eliminou-se a pobreza realmente aflitiva, extinguiu-se o analfabetismo. Existem agora dúzias de universidades, faculdades, hospitais e institutos médicos. Hoje em dia, os oito milhões de habitantes da Bulgária estão provavelmente em melhor situação do que os habitantes de muitas partes da ex-União Soviética, embora sejam mais pobres do que as populações de outros países próximos.

A história da pasmosa profetisa Vanga e do próprio psi na Bulgária começou na capital, Sofia, cidade que tem cinco mil anos, mas não dá a impressão de mocidade nem de velhice. Sofia apenas é – como a natureza. O seu povo fala naturalmente de coisas naturais, como a capacidade psíquica, com uma facilidade inconsciente que não encontramos em outros lugares. Depois de captar o sentimento nacional, que lembra a nota viva e harmoniosa de um vaso grego, não é surpresa de que viva na minúscula Bulgária a primeira profetisa do mundo moderno sustentada pelo governo, Vanga Dimitrova. E não surpreende que os búlgaros tenham encetado as suas pesquisas psíquicas científicas mais suavemente do que qualquer outro povo.

– Vanga Dimitrova nunca foi uma estranha em minha vida. Embora eu nunca a tivesse conhecido pessoalmente, ela conhecia a minha vida melhor do que eu mesma.

A autora desse comentário concordara em contar a parte que Vanga representara em sua vida, em falar sobre a visão do futuro, desen­rolada como uma tapeçaria, como se os fios da sua vida tivessem sido tecidos antes do seu nascimento.

– Como eu lhes disse, nunca a conheci. Meu pai foi procurá-la quando eu tinha doze anos.

A mulher que se achava diante de nós teria trinta e poucos. Possuía maneiras distintas e um bom emprego oficial. De pernas finas, cabelos castanhos avermelhados, olhos cinzentos, animava-se ao conversar. Depois que a conhecemos melhor notamos que; em momentos de distração, quando ficava sentada, esperando, num vestíbulo ou num café, o seu olhar pensativo lembrava o de uma estátua que fitasse os olhos em alguma lagoa de águas paradas.

– Meu pai era médico e materialista convicto. Foi procurar Vanga por simples curiosidade. Queria ver como procedia a mulher em relação às pessoas que a buscavam, se era uma impostora consciente ou incons­ciente.

“Naquele tempo, Vanga já vivia na aldeia de Petrich, onde ainda vive. Conversava com as pessoas em sua casa, uma casa de camponeses, pequenina e rústica. Ela hoje não vive no luxo, mas está muito melhor do que estava. Quando meu pai chegou havia, como sempre, muita gente no pátio esperando ser admitida à sua presença. Ela assomou à porta e chamou meu pai pelo seu apelido carinhoso, nunca usado fora da família. Disse que o receberia primeiro porque ele era a única pessoa no pátio que não acreditava nela”. Depois que ele entrou, Vanga narrou-lhe uma série de coisas sobre o passado dele. Meu pai foi casado três vezes. Ela descreveu os casamentos corretamente, contou-lhe por­menores, particularidades, coisinhas que só ele sabia, pois não as revelara sequer às últimas esposas.

“A seguir, começou a falar sobre o futuro. Meu pai, predisse ela, morreria dali a catorze anos, em 1958, de câncer. Vanga falou também a respeito de meu irmão mais moço e a meu respeito. De todos os filhos, éramos os prediletos de papai. Vanga disse que eu faria um casamento feliz, mas que meu marido morreria de repente, pouco depois. Eu ficaria viúva com um bebê para criar. Disse que eu tornaria a casar, mas faria um casamento desastroso. O destino de meu irmão seria pior ainda. Ele morreria num estranho acidente aos vinte e poucos anos.

“A experiência de Petrich abalou profundamente meu pai. Vanga descrevera com muita clareza e com fartura de pormenores cenas íntimas do seu passado. O que ela predissera para ele e o resto da família não eram de molde a entusiasmar-nos”.

“Meu pobre pai voltou para casa terrivelmente transtornado. Pre­cisava falar com alguém sobre isso e, assim, confiou em minha madrasta. Contou-lhe tudo, fazendo-a prometer que nunca repetiria uma palavra a ninguém. Mas as senhoras sabem como são as mulheres. Não demorou muito que ela me contasse toda a história. Talvez achasse que também precisava confiar em alguém”.

“Muitos anos depois, meu pai chegou à conclusão de que tinha uma úlcera. Sendo médico, não deveria ter falhado assim no diagnóstico, mas talvez a sua vontade de acreditar que não sofria de uma coisa pior fosse tão grande que o diagnóstico lhe saiu errado. Sofreu duas operações. Na segunda, os médicos limitaram-se a olhar e tornaram a cos­turá-lo. Morreu de câncer. . . em 1958, na data predita por Vanga.

“Eu me casei. Um bom casamento, um casamento feliz. Senti-me ainda mais feliz quando nasceu meu primeiro filho. Depois, alguns meses mais tarde, inesperadamente, repentinamente, meu marido mor­reu ainda muito moço. Casei pela segunda vez e o segundo casamento foi um desastre. Agora estou divorciada. Há poucos anos, meu irmão correu para pegar um bonde. Saltou. . . mas alguma coisa não deu certa. Ele perdeu o equilíbrio, caiu e morreu”.

“Tudo aconteceu. Tudo o que Vanga disse que nos aconteceria aconteceu. Posso assegurar-lhes que ela estava certa. Mas não posso dizer-lhes porquê. Eu era uma criança, tinha doze anos quando meu pai foi procurá-la. Toda a minha vida se desenrolou diante dela, para que ela a visse. Por quê? Seria um plano, o destino, alguma coisa relacio­nada com a reencarnação? Por que Vanga pôde ver isso? Por quê?”.

Sentia-se a intensidade da pergunta. Sabíamos que ela não esperava que tivéssemos a resposta, mas tínhamos a impressão de que continuaria perguntando “Por quê?” Talvez, algum dia, em algum lugar, encontrasse uma resposta.

– Não sei se acreditam em Deus, – continuou ela. – Não acredito nos rituais da igreja, nem nos dogmas, nem na espécie de imagem que eles pintam das coisas. Mas sei que há alguma coisa. Quando a vida vai bem, digo: “Obrigada, meu Deus”; e quando vai mal, peço:

“Ajuda-me, ajuda-me”. Mas ainda não sei o que possibilitou a Vanga ver a minha vida.

“Foi provavelmente por ter falado primeiro com meu pai que ela se mostrou tão exata em suas predições sobre a minha família. Ela é sempre melhor no começo do dia. Essas coisas cobram os seus tributos. Além disso, está freqüentemente doente. Pobre Vanga. Não lhe quero mal, apesar de tudo. Ela deve levar uma vida muito triste.”

Vanga Dimitrova é uma camponesa de quase cinqüenta anos, que vive com a irmã em Petrich, numa região montanhosa da fronteira entre a Bulgária, a Iugoslávia e a Grécia. Está longe de qualquer espécie de corrente de atividade ou influência mas, como vidente, tem o seu próprio gênero de corrente de influência. A vida de Vanga misturou-se inevi­tavelmente às dores, prazeres e experiências dos milhares de seres que recorreram a ela em último recurso e às guerras, revoluções e infortúnios da sua terra.

Os cientistas que trabalharam com Vanga dizem-na “uma mulher respeitável”. Ela é mais que uma “feiticeira do campo”. É uma das maiores médiuns vivas de hoje.

– Ela, não raro, fica muito triste com as coisas que prevê, – con­tou-nos um dos cientistas. – O seu dom psíquico a faz infeliz. Mas, por outro lado, não pode viver sem ele. Não pode parar. é o modus operandi da sua personalidade.

O saber que ajudou alguém, que não é apenas uma cega inútil que se aquece ao Sol enquanto todo o mundo trabalha, parece sustentá-la contra a sobrecarga de “visões” infelizes – morte, doença, assassínio, lares desfeitos, carreiras malogradas – que se relacionam com as pessoas que lhe passam pela sala de estar.

Vanga provavelmente não sabe que as predições que fez para o pai da nossa amiga se realizaram. Provavelmente nem mesmo se lembra do médico cético e das cenas da sua vida, passada e futura, que entreviu por alguns minutos. Mas, infelizmente para Vanga, algumas das suas profecias mais dramáticas e trágicas relacionavam-se com criaturas muito chegadas.


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