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Por: O Relator da Noite[1]
Primeiro ponto: nada de formalismos por aqui, ok? Metodologia Científica e rigor estilístico em uma série de textos que se propõe a tratar de uma infestação de demônios nos dias atuais me pareceria no mínimo pretensioso, para não dizer patético. E talvez, mesmo assim, essas linhas soem exatamente desse jeito, pretensiosas e patéticas, mas vou deixar isso para você julgar depois da leitura. Outra coisa importante: não interprete nada do que ler aqui como uma tentativa de convencimento ou de expressão da Verdade [será que existe alguma?]. Trata-se apenas da apresentação de alguns pontos e o compartilhamento do meu entendimento sobre os mesmos. Procure emular, durante a leitura, a sensação de estar no boteco da esquina, escutando a conversa de um amigo esquisito e meio maluco e, assim, provavelmente você estará no estado de consciência adequado para absorver o máximo possível do que estou tentando expor aqui. Então, encha o seu copo e vamos lá.
Obviamente, precisamos começar definindo o que são os “demônios” mencionados no título deste texto, uma vez que, por si só o termo pode ter um monte de significados diferentes, dependendo do contexto cultural ou do momento histórico a que se refere. Acredito, inclusive, que a questão da linguagem é o maior desafio a quem se propõe a estudar de forma séria e profunda as mais variadas temáticas relacionadas ao Ocultismo. Concordo com Robert Anton Wilson quando este argumenta que as mais variadas Ordens, seitas, doutrinas, filosofias, religiões e até a Ciência estão, na maior parte do tempo, falando dos mesmos assuntos, porém, fazendo uso de métodos e jargões próprios, o que dificulta o estabelecimento de paralelos, sendo esse problema agravado pela insensatez de cada uma dessas vertentes em ficar despendendo muito tempo e esforço tentando provar que a sua forma de interpretação é mais correta que todas as outras.
Feita essa digressão, esclareço que os “demônios” abordados neste ensaio não são espíritos de pessoas mortas, aos moldes do que é apregoado, por exemplo, no Kardecismo, mas sim, formas-pensamento. Contudo, também não são formas-pensamento originadas por seres humanos como nós [embora, ao longo do tempo, tenham sobrevivido se retroalimentando da energia psíquica da humanidade], mas sim por seres que habitaram nosso planeta desde muito antes de qualquer coisa semelhante a um homo sapiens andar sobre a Terra. Essas formas de consciência, de existência essencialmente etérica, atuavam com amplo domínio na matriz astral do nosso mundo, sendo responsáveis diretos pelas emanações de muitos componentes da realidade que, ao longo das eras, viriam a se materializar fisicamente na natureza. Talvez a forma mais utilizada para se referir a estes seres em diversas vertentes ocultistas seja como Elementais, mas, particularmente, não gosto dessa designação, porque o senso comum já a perverteu ao ponto de se tornar genérica, utilizada para classificar uma infinidade de entidades [por vezes completamente diferentes umas das outras] que habitam o Plano Astral. Sobre essas consciências primordiais não iremos nos aprofundar neste texto, mas, recomendo fortemente a leitura da série de livros que compõe A Doutrina Secreta, de Blavatsky, além de obras teosóficas de outros autores como Charles Leadbeater e, principalmente, Franz Hartmann. Aproveito para esclarecer que não sou um seguidor da Teosofia, muito embora reconheça, após mais de duas décadas de estudos e pesquisas, que os teosofistas me parecem ser os que chegaram mais longe na abordagem do tema sobre o qual nos debruçamos neste ensaio.
Blavatsky chama essas inteligências seminais de Pitris e sobre elas afirma que “não são os antepassados (diretos) de pessoas atualmente vivas, mas sim, os antepassados da humanidade atual, uma raça original, ou seja, os “espíritos” de raças humanas que precederam a nossa raça na grande escala da evolução descendente (de muitos milhões de anos)”, ou seja “constituíram uma transição na criação da raça precedente, passando de raças humanas etéricas para a presente linhagem humana material”. Hartmann complementa alegando que “essas forças elementares são os Devas do Oriente, os Elohim da Bíblia, Afrites dos persas, Titãs dos romanos e Egrégores [ou Vigilantes] do Livro de Enoque” e que “são os agentes ativos do cosmos cuja atuação pode beneficiar ou tolher o homem, segundo as condições em que operam”. Aqui começamos a nos aproximar do ponto-chave de nossa reflexão. “Essas forças elementares podem beneficiar ou tolher o homem, segundo as condições em que operam”, afirma Hartmann. Os motivos pelos quais esses seres atuariam sobre nós dão margem para muita especulação, quiçá ocupariam um livro inteiro. Para quem gostaria de se aprofundar, indico a leitura de Magia Aplicada, de Dion Fortune e O Tesouro Arcano, de João Anatalino Rodrigues, obras onde aparece a noção de que toda forma de consciência [encarnada ou desencarnada] que está ou algum dia já esteve ligada à psicosfera da Terra se constitui em um agente ativo, seja de forma consciente ou [na grande maioria das vezes] inconsciente da própria trajetória de desenvolvimento do planeta, atuando na criação [ou destruição?] dos mais variados aspectos da realidade. Como toda consciência deixa marcas indeléveis no Plano Astral, aqueles que habitaram esse mundo antes da humanidade deixaram um substrato energético, forças primais, que, quando canalizadas ou manifestada pelos seres humanos, os induzem à ação, que pode ser construtiva ou destrutiva.
Em Magic: White and Black, Hartmann cita uma carta a Sinnett onde argumenta que todo pensamento, uma vez na Esfera Astral, torna-se uma entidade ativa ao associar-se, por aglutinação, a um Elemental, ou seja, a uma das forças semi-inteligentes autônomas – criaturas concebidas através da consciência – por um período de tempo curto ou longo, proporcional à intensidade original da ação cerebral que os engendrou. “Destarte, todo bom pensamento perpetua-se e continua a exercer seu poder benéfico, ao passo que os maus pensamentos subsistem como demônios malévolos”. O autor alemão ainda acrescenta que algumas dessas formas-pensamento possuem consciência própria e são autoconscientes da própria existência, mas em circunstâncias normais não possuem maior inteligência que um animal e não podem, portanto, agir inteligentemente. “Elas seguem o empuxo da atração cega da mesma forma que a limalha de ferro é atraída por um ímã; onde quer que haja condições propícias ao seu desenvolvimento, para aí elas são atraídas”. Contudo, se nessas formas não inteligentes for inculcado o princípio de inteligência que procede do homem, elas tornam-se inteligentes e passam a agir como tal. Assim, todas as emoções que despontam no homem podem combinar-se com forças astrais da natureza, a ponto de criar entidades viventes e ativas. “Esses elementais vivem no reino da alma do homem, e enquanto ele viver, fortalecem-se e engordam, pois vivem do princípio vital dele e nutrem-se dos pensamentos que emite”.
Na obra Elementargeister, Hartmann complementa afirmando que um pensamento-entidade que habite o Plano Astral, proveniente de uma consciência que pode até mesmo tê-lo emanado em alguma era remota ou algum lugar longínquo pode influir em outra parte do mundo sobre este ou aquele homem predisposto, amadurecer como pensamento em sua mente, e tornar-se operante dentro dele. “Assim surgem igualmente as invenções e são iniciados crimes. Uma ideia trazida à existência é algo vivo, e nem a morte natural, nem a execução daquele do qual ela proveio pode exterminá-la”. Mesmo que seu hospedeiro morra na plano físico, o demônio continua existindo no Plano Astral e, em algum momento, encontrará outro veículo para se manifestar na matéria.
Acredito que agora já temos uma noção mais clara sobre o tipo de demônios dos quais estamos falando aqui. São formas-pensamento muito mais poderosas [talvez infinitamente mais poderosas] do que aquelas criadas cotidianamente, consciente ou inconscientemente, por pessoas como eu ou você, pois nós manipulamos o substrato moldável da substância astral formada pela coletividade da energia psíquica emanada ad infinitum pelos seres humanos ao longo das eras, enquanto que os demônios aos que nos referimos são formas-pensamento negativas emanadas por consciências primordiais, mas antigas do que a humanidade tal como conhecemos, e tendo por matéria-prima a própria substância basilar, a energia seminal que compõe a essência daquilo que chamamos de realidade. E caso esteja se perguntando de onde tudo isso provém, eu só posso dizer que acredito ser diretamente do Ato Criador [quiçá se desdobrando em inumeráveis níveis descendentes] que você pode chamar de Big Bang, Fiat Lux, “Deus” [de acordo com o seu cabedal de crenças] ou como preferir – perceba o problema da linguagem novamente – pois, para mim, sempre será algo incognoscível.
Os motivos pelos quais as consciências primordiais emanaram essas formas-pensamento demoníacas é algo sobre o qual só podemos especular, e quase todas as tradições místicas e religiosas fizeram isso ao longo do tempo, através de infindáveis mitos, lendas, alegorias ou proposições filosóficas. Se atendo ao viés mais pragmático, o que me parece inquestionável é que, em maior ou menor intensidade, esses demônios têm feito parte da vida de todos os seres humanos que um dia já nasceram neste planeta. E como os demônios interagem conosco? A resposta sempre me pareceu tão simples quanto impactante: os demônios atuam sobre as nossas emoções. Para Franz Hartmamm, eles são as emoções [negativas], conforme ilustra em Elementargeister, afirmando que os demônios “buscam possuir os corpos dos tolos e idiotas e se o conseguirem, neles permanecem até que sejam expulsos por uma vontade reta e firme”, acrescentando que “a explicação para tal fenômeno é a de que eles próprios são formas de desejos e de ideias”. Na visão do autor, esses seres “passeiam dentro de nós, fazem surgir este ou aquele afeto, causam toda sorte de paixões, dominam nossa razão, influem em nossos desejos e pensamentos”. Em seu entendimento, os demônios são “forças anímicas” que podem ser conhecidos pelo homem comum através da auto-observação, pois “sua própria natureza é como uma espécie de hospedaria, na qual esses seres entram e saem”. E conclui afirmando que “todo desejo, toda paixão tem sua causa em um espírito que o possui ou exerce influência sobre ele”, ou “em outras palavras, os seus próprios sentimentos de desejo são resultados de uma forma de atuação, trazida à vida dentro dele mesmo, despertada por impressões externas, plasmada através de sua imaginação em efígies que lhe vêm à mente”.
Em Magic: White and Black, Hartmann explica que essas formas-pensamento são tão poderosas que podem não apenas serem sentidas, como também serem vistas por aqueles dotados de visão astral, de tal maneira que “têm sido descritas em formato de serpentes, tigres, porcos e lobos famintos” mas que “frequentemente apresentam-se como bestas com cabeças humanas ou homens com membros animais” e, em síntese, “suas formas variam ao infinito pois existe uma enorme variedade de combinações entre luxúria, avareza, ganância, amor sensual, ambição, covardia, medo, terror, ódio, orgulho, vaidade, presunção, estupidez, volúpia, egoísmo, ciúme, inveja, arrogância, hipocrisia, astúcia, sofisma, imbecilidade, superstição, etc. O autor complementa que “cada uma dessas forças corresponde a um desejo animal [me parece que “instinto” seria um termo mais adequado aqui], e se permitirmos que cresçam, tomam a forma do ser que corresponde à sua natureza”. Seriam as tais “efígies moldadas pela mente” citadas anteriormente, o que explicaria porque um mesmo demônio pode se manifestar de formas variadas para diferentes indivíduos, uma vez que a aparência seria apenas uma roupagem para a força se manifestar, constituída do próprio substrato mental de cada um. Quando estes seres são perpetuados pela tradição com uma roupagem específica ou até mesmo cultuados de forma grupal, acabam por constituir poderosíssimas egrégoras.
Hartmann frisa que esses seres “não são necessariamente entidades racionais conscientes, mas podem manifestar-se por meio de organismos conscientes dotados de razão; não são pessoas, mas personificam-se sempre que encontram expressão em formas individualizadas”, pois “amor e ódio, inveja e beneplácito, luxúria e ganância não são pessoas, mas personificam-se em formas humanas ou animais”, de tal forma que “uma pessoa extremamente maliciosa torna-se a própria encarnação da malícia”.
Se observarmos sob essa ótica, dos demônios como forças negativas primordiais que se manifestam nas pessoas através das emoções, instigando e ao mesmo tempo se retroalimentando da energia psíquica emanada por padrões específicos de sentimentos e pensamentos humanos – de tal forma que escraviza o indivíduo e fortalece o demônio – então não é difícil traçar paralelos [com maior ou menor grau de precisão, dependendo do caso e do enfoque adotado] entre o que é apregoado nas mais diversas vertentes ocultistas, místicas ou religiosas. São os demônios das Qliphoth na Kabbalah, os diversos Mâdan na Teosofia, os Ajogun no Candomblé e em outros cultos de raiz yorubá, os Demônios dos Sete Pecados Capitais no Catolicismo, a personificação dos Vícios combatidos na Maçonaria [Jubelas, Jubelos e Jubelum], o entendimento acerca dos Arcontes em algumas seitas gnósticas, e, mais recentemente, os Dillodokers, além de inúmeras outras denominações adotadas pelas mais diversas sociedades em diferentes realidades culturais ao longo do tempo.
Algum leitor pode estar se perguntando: dentro dessa mesma perspectiva em que tanto falamos dos demônios, não teríamos algo a dizer também sobre os anjos? O nosso entendimento vai ao encontro de tudo o que já foi exposto até aqui. Os anjos têm uma existência tão real quanto a dos demônios e sua natureza é análoga a deles, mas, obviamente, com a vital diferença de que os seres angelicais atuam através das emoções positivas, instigando nos homens, por assim dizer, sua propensão a agir em prol da harmonia e da evolução. Se os demônios podem ser entendidos como as forças destrutivas da realidade [prefiro usar o termo “realidade” ao invés de “natureza”, pois essa última expressão poderia passar ao leitor desavisado a impressão de algo que se refere aos elementos ecológicos, puramente físicos, enquanto, na nossa interpretação, há uma abrangência tanto física quanto metafísica] então os anjos são as forças construtivas.
Para fins práticos, me parece que Allan Kardec estava certo ao afirmar que a melhor forma de afastar a influências dos espíritos obsessores é atraindo a presença dos espíritos benévolos. Pragmaticamente, o que vale para os espíritos dos mortos vale também para os anjos e demônios. No trato com esses habitantes do Plano Astral, é muito fácil perceber que nossos pensamentos fazem com que eles nos notem, nossos sentimentos os atraem e nossas atitudes os tornam nossos aliados ou algozes, dependendo do caso. Na interação com esses seres metafísicos, o uso de rituais e atos magísticos é perfeitamente funcional, posso assegurar por experiência própria, contudo, o contato com as forças de outros planos da existência ocorrem até mesmo em meio a situações do cotidiano, ainda que a grande maioria das pessoas não se dê conta disso.
Pela mais pura afinidade [semelhante atrai semelhante], nossos padrões de pensamentos, sentimentos e atitudes definem se teremos anjos ou demônios atuando em nossas vidas. Por ser algo tão simples, é também tão perigoso. Acredito que nunca foi tão fácil como nos dias atuais encontrar desculpas para virar as costas à “porta estreita que conduz à vida [harmoniosa]” e se atirar através da “porta larga que conduz à perdição” [Mateus 7: 13-14]. Mantendo a exemplificação dos Evangelhos, existe uma passagem que ilustra perfeitamente essa lógica de que, para se manter longe da influência dos demônios, a conduta adequada é o melhor caminho. Em Mateus 17, Jesus é chamado para expulsar um demônio que possuía o corpo de um jovem e que os apóstolos não conseguiam exorcizar. Depois de livrar o rapaz do referido ser, Jesus explicou aos seus discípulos que “essa casta de demônios só se expulsa pela oração e pelo jejum”. Não precisamos nos ater aqui sobre o quanto pode haver de simbólico ou alegórico nessa passagem. Acredito que o ensinamento está bastante claro, até ao leitor mais desavisado. E, veja bem, quando leio as palavras de Jesus nos Evangelhos, eu não as tomo como moralismo. Não acredito na possibilidade de perfeição nesse plano da realidade em que habitamos e não me vejo em condições de pregar nada a ninguém. Lembre-se, estou apenas compartilhando o meu ponto de vista sobre o assunto. Posso dizer com segurança que nunca roubei e nunca matei, mas com o resto dos “pecados” mencionados na Bíblia, já devo ter me debatido com todos em algum momento da vida, e com alguns ainda me debato cotidianamente. O que me vêm à mente aqui é um entendimento aos moldes daquela máxima do Estoicismo, onde se afirma que “viver bem é viver de acordo com a natureza”. Ora, a natureza, em seus aspectos físicos segue uma lógica causal inexorável. Corte uma árvore e você terá menos sombra e, provavelmente, mais calor; Se alimente mal e seu corpo começará a perder desempenho. Não faça sexo e você não deixará descendentes. Causalidade pura. No aspecto metafísico, a lógica é exatamente a mesma. Quer gostemos disso ou não, nossos pensamentos, sentimentos e atitudes atrairão energias [e consequências] correspondentes, sejam elas positivas ou negativas.
Sei que muitas pessoas acreditam que tudo que é muito simples tende a não funcionar, mas atente para o fato de que simples não significa necessariamente fácil. É claro que os métodos mais elaborados são eficazes. Frequento regularmente um terreiro de Umbanda e posso afirmar que os “descarregos” realizados lá funcionam maravilhosamente bem. O que acontece algumas vezes é que a pessoa chega ao terreiro com um “encosto” [que pode ser um espírito desencarnado ou um demônio envolto em suas respectivas energias negativas] e então ela passa pelo descarrego e essas forças maléficas são removidas, saindo dali com seu campo áurico purificado. Contudo, se ela não modifica os padrões de pensamentos, sentimentos e atitudes que atraíram o ser negativo anteriormente, é só uma questão de tempo até ela atrair outro semelhante. É como Jesus explica em Mateus 12: 43-45, citando o caso de um demônio que foi expulso de um homem a quem possuía mas que, tempos depois, ao perceber a porta aberta e convidativa, retornou trazendo consigo outros sete demônios ainda piores do que ele.
Eu gostaria de falar mais sobre a nossa relação com os demônios da atualidade, pois nesse momento onde a desesperança, o hedonismo autodestrutivo e a intolerância deixam marcas tão profundas na sociedade contemporânea, o tema me parece pertinente. Porém, vou fazer isso em um próximo texto, pois este já está muito longo e nós sabemos que o brasileiro médio não é afeito à leitura e, da mesma forma, pesquisas recentes têm mostrado que, quanto mais extenso for um texto, menos leitores ele vai ter.
PS: Para quem pode estar se perguntando se eu sou cristão, o que eu posso responder é que tenho grande interesse principalmente pelo aspecto gnóstico dos ensinamentos de Jesus, pois acredito que suas palavras nos deixaram um bom roteiro de como ter pelo menos uma vida minimamente digna neste plano da existência e para, quem sabe, depois do desencarne, não precisar mais voltar para esta realidade que é um autêntico “Carandiru Espiritual”, conforme a expressão utilizada por um dos meus professores.
O Relator da Noite tem seus textos publicados também no blog relatosnoturnos.com.
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