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A Astrologia da posse de Trump

Este texto foi lambido por 306 almas esse mês

, a ressurreição do TikTok nos EUA e a inauguração da era cyberpunk…

por Tami Saturni

O Sol acaba de entrar em Aquário, o signo do Professor Pardal, onde reside (você já cansou de ouvir) meu Saturno, regente do meu ASC.

Meu ponto é que você vai ter que me desculpar se meu mood do dia está meio…

Tem essa coisa que astrólogos sentem quando a Astrologia astrologa, uma coisa que vejo ser chamada e astrologer good: quando você vê os omens que você leu nos astros tomando forma concreta e não consegue não se desmanchar em admiração pela estúpida perfeição do Cosmos – ainda que a forma concreta tenha contornos sinistros.

 

A Astrologia da posse de Trump

Eu mencionei o Sol em Aquário, certo? Coladinho no Plutão – aquele, que eu já adiantei em 2023 que poderia ser o arauto de vigilância governamental por meio do emprego de novas tecnologias.
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Pausa para admirar como é bonitinho isso que os estadunidenses fazem, de colocar a posse ao meio-dia para que o Sol, representante do líder, esteja sempre culminando.

Não, dessa vez eu não vou ficar fatiando esse mapa porque essa news não é bem sobre isso. Mas pode ser essa união que deu o pontapé da manifestação arquetípica.

É sobre um detalhezinho que chamou minha atenção sobre a posse: conforme cobertura da Folha, os CEOs de bigtechs foram colocados à frente do pessoal de gabinete.

Se isso te parece insubstancial, deixa eu te contar uma coisa: existem decretos legais de cerimonal e protocolo para todo tipo de evento envolvendo o poder público.

Um político mais ou menos relevante chega a ter um cerimonialista que vai inspecionar o local do evento e garantir que a organização não vai fazer seu chefe passar vergonha.

Além dos elementos de cerimonial previstos em lei, tem aqueles que ficam por conta de quem faz o evento – e cada um é meticulosamente pensado para ser um statement.

E qual é a mensagem sendo transmitida aqui?

O clube do 0.01% sentou na mesma mesa

Como já mencionado no post sobre a Astrologia de 2025, em breve Urano ingressa em Gêmeos e Netuno em Áries, de modo que ambos formam aspectos exatos com o supracitado Plutão em Aquário.

Nos últimos dias, indícios abundaram de tecnologia aplicada a redes sociais para fins de vigilância.

Por exemplo: o ban ao TikTok nos EUA.

Circularam prints nas redes sociais de notificações do app mencionando o presidente que nem havia sido empossado ainda.

O fato de o app ter retornado muito diferente em aproximadamente 12 horas só aumentou a gostosa sensação de estar dentro de um episódio de Black Mirror.

Usuários estadunidenses relataram, ainda, que o algoritmo parecia mudado, com comentários anti-Trump recebendo flags assim que postados e mensagens favoráveis a ele pululando como pererecas.

O fato de ter aparecido – alegadamente, eu odeio esse app e não uso – um botão no Facebook para conectar seu TikTok e um botão no TikTok para conectar seu Facebook causou a suspeita natural do que a Meta comprou o aplicativo – ou fez um clone dele, ninguém ainda tem certeza de nada.

Outra situação que achei curiosa foi a Meta anunciando um app de edição de vídeo, o Edits, que fez o impensável: gerou consenso NA INTERNETpois todos concordaram que tinha cheiro de CapCut, tinha gosto de CapCut e tinha cara de CapCut.

E o tio Zuck, amealhando tecnologias com a mesma ganância que o proverbial dragão que guarda seu tesouro… Estava no VIP+++ da posse de Trump.

Você tá vendo onde eu quero chegar?

“Ah, mas eu tô no Brasil, tenho nada a ver com isso.”

Xandão já ameaçou banir a Meta daqui. Só que tem muitos pequenos negócios que usam todas as ferramentas da empresa, em especial o WhatsApp, que vão espernear e isso vai ser um problema.

Vou deixar pra comentar o Steve Bannon pedindo sanções contra o Brasil em retaliação ao impedimento da viagem de Bolsonaro para a posse de Trump em outro episódio.

Mas atenção: eu não tô escrevendo isso aqui pra ser fatalista e te deixar miserável.

Eu tô escrevendo isso aqui porque, para agir, é necessário primeiro avaliar. Esse é o cenário: o capitalismo atinge sua apoteose, com CEOs abertamente comandando governos no lugar de burocratas e políticos.

O centro de gravidade do sistema de estímulos que governa o esquema de ações e reações da sociedade muda de lugar. Some-se a isso as novas tecnologias com as quais ainda nem sonhamos mas podem virar realidade ainda este ano, e o cenário é volátil.

Manual de Sobrevivência aos Estertores Finais do Capitalismo Tardio

 

Como você sabe, eu trabalho com espiritualidade e é sobre isso que eu vou me limitar a falar – faltam-me qualificações para tecer considerações sociológicas minimamente relevantes.

Todavia, saiba que eu sei que tem várias coisas que podem ser feitas além da prática espiritual.

A coisa viciosa do nosso momento é que a muita, muita gente está adoecida – e, por conseguinte, incapacitada de reagir.

O paradigma vigente de materialismo e cartesianismo é feito sob medida para nos afastar da subjetividade simbólica que nos inspira a viver, do nosso lado animalesco, do nosso Daimon.

O que você amava fazer quando era criança? Quais são as atividades que, quando você pratica, seu corpo grita: “eu nasci para fazer isso!” O que você faria dos seus dias se recursos não fossem uma questão?

É nessas perguntas que moram o começo da reconexão. Pois o Espírito Guardião, chamado de Daimon pelos gregos, Genius pelos romanos, Ori pelos iorubás e Sagrado Anjo Guardião pelos thelemitas, é, a um só tempo, o Espírito que vela pelos seus passos e orienta para o Destino – além de ser a genuína Fonte da inspiração que te torna uma pessoa única.

Para os gregos, viver em harmonia com este Daimon e seus desígnios era uma vida de Eudaimonia, ou seja: de realização, propósito e inspiração.

Eu passei anos estudando e trabalhando para isso. Alguns livros que me ajudaram e podem te ajudar também:

  • O Homem e seus Símbolos, de Jung: uma boa apresentação da topografia da psique, com o inconsciente, a sombra e o Daimon, que ele chama de Self e considera o centro. Leitura sensacional para qualquer ocultista.
  • O Código da Alma, do Hillman: ele explora as infâncias de pessoas altamente daimônicas e fala sobre como a semente do nosso Daimon vai para o ambiente melhor equipado para seu crescimento, desmantelando a falácia de que são os pais que moldam os filhos.
  • Holy Daimon, do Frater Acher: ele faz uma exposição teórica super interessante sobre o histórico do conceito de Daimon desde a Mesopotâmia, inclui um relato pessoal muito tocante de seu próprio encontro com o Daimon e de brinde adiciona exercícios práticos para te ajudar a chegar lá.
  • Maestria, do Greene: ele também pega as biografias de várias pessoas que fizeram contribuições únicas ao coletivo, entremeando estas anedotas com excelentes conselhos sobre como descobrir o que é sua Eudaimonia e como colocá-la em prática. Detalhe: ele nunca fala Daimon ou Eudaimonia, mas é disso que ele está falando.

Você também pode explorar o Daimon na sua carta natal – em breve sai um post no blog sobre o assunto e eu prometo que te aviso.

Se você quiser ter essa conversa com um astrólogo, saiba que eu desenvolvi uma leitura astrológica só para isso: discutir seu Propósito sob a luz dos seus planetas e estrelas, assim como analizar as características do seu Espírito Guardião.

A beleza de manter um relacionamento com o Daimon é que ele faz a ponte entre a terra e o céu, ele transmite suas petições a outros espíritos ou divindades e se você está tentando fazer coisas fora do seu propósito, ele não vai colaborar.

Quem tem Daimon tem tudo – em especial, a capacidade de encarar com graça e coragem o começo do fim.

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