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Em 1839, Afonso Esquiros convidou Eliphas Levi para conhecer um místico que se aprentava como “O Mapah”, cujo nome verdadeiro era Ganneau; Levi descreve a visita:
Num terrível casebre, estava um homem barbudo, de uma figura majestosa e profética …Ele estava cercado de muitos homens barbudos e extáticos como ele e de uma mulher de traços imóveis, semelhante a uma sonâmbula adormecida. …O Mapah era, como se vê, um continuador de Catarina Theot, de Dom Gerle… Um dia, ele nos declarou, confidencialmente, que era Luiz VII, ressurgido na terra para uma obra de regeneração e que aquela mulher, que vivia com ele, fora Maria Antonieta… Esquiros e eu fomos ver o Mapah para recrearmo-nos com sua demência; no entanto, nossa imaginação ficou impressionada com seus discursos. …Tal é o perigo das manias entusiastas, elas são contagiosas e ninguém se inclina impunemente àbeira do abismo da loucura…
Os fenômenos magnéticos produzidos por Ganneau duraram ainda depois de sua morte. Sua viúva, mulher sem instrução e de inteligência negativa, ficara no sonambulismo em que seu marido a mergulhara. Semelhante a estas crianças que sofrem a forma das imaginações de suas mães, ela tornou-se uma imagem viva de Maria Antonieta, prisioneira na Concierferie. Suas maneiras são as de uma rainha para sempre viúva e desolada; por vezes, ela deixa escapar algunsqueixumes que incam que seu sonho a afadiga, mas ela se indigna soberanamente contra os que procuram despertá-la; não apresenta nenhum sinal de alienação mental; sua conduta exterior é razoável, sua vida, perfeitamente honrada e regular…
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