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Grau IV – Iniciação ao Hermetismo

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Antes de começar a descrever esses exercícios um pouco mais difíceis do Grau IV volto a enfatizar que o aluno não deve se precipitar em seu desenvolvimento. Ele deve gastar o tempo que for preciso para alcançar um sucesso absoluto em seu caminho mágico. Deve ter o domínio total de todos os exercícios das etapas anteriores, antes de passar aos subseqüentes.

Instrução Mágica do espírito (IV)

Transposição da Consciência para o Exterior

a) em objetos

Neste capítulo mostrarei a vocês como se transpõe a consciência para o exterior. Devemos aprender a transpôr a nossa cons­ciência para qualquer objeto, animal, a ser humano. Coloque algumas coisas à sua frente, daquelas que você usa todos os dias. Sentado na posição costumeira, fixe o pensamento num dos objetos por algum tempo, a registre com força em sua mente a sua cor, forma a tamanho. Então imagine-se transformado no objeto em questão. Você deverá, por assim dizer, sentir-se, perceber-se como o tal objeto, assimilando todas as suas características. Você deve sentir-se como se estivesse preso naquele local em que o objeto foi colocado, só podendo libertar-se através de uma intervenção externa. Pense também que agora você passou a exercer, imaginariamente, as funções daquele objeto.

Através de uma concentração intensa você deverá também observar o ambiente em volta a partir do ponto de vista do objeto a captar a relação deste com o objeto vizinho. Se por exemplo o objeto estiver sobre a mesa, então você deverá tentar sentir a sua relação com esse outro objeto sobre a mesa assim como com todos os demais que estiverem ali, a depois com o ambiente em geral. Depois de realizar esse exercício com um dos objetos, vá passando ao seguinte a assim por diante. O exercício estará completo quando você conseguir ligar cada objeto escolhido com a sua própria consciência, de modo a assumir a sua forma, seu tamanho a características mantendo-se assim por pelo menos cinco minutos, sem qualquer interrupção. Nesse caso o próprio corpo deve ser totalmente esquecido. Para essa transposição concentrativa da consciência prefira objetos maiores como flores, plantas, arbustos, árvores, a outros. A consciência não conhece o tempo nem o espaço, portanto ela é um princípio akáshico.

Não se assuste de modo algum com esses exercícios insólitos e nem com eventuais fracassos iniciais; com paciência, perseverança a tenacidade você alcançará o sucesso almejado. Só mais tarde o aprendiz entenderá o significado dos exercícios introdutórios da magia.

b) em animais

Depois de dominada a técnica da transposição da consciência aos objetos inanimados, passaremos aos seres vivos. Como já mencionamos anteriormente, a consciência é isenta de tempo a de espaço, por isso, durante o exercício com os seres vivos, o objeto escolhido não precisa estar diretamente à nossa frente. O aluno já deve estar tão instruído a ponto de imaginar qualquer ser vivo, mesmo que este não esteja presente. Ele deve então transpor sua consciência à de um gato, um cão, um cavalo, uma vaca, uma cabra, etc. Não importa o tipo de animal visado, ele poderá ser até uma formiga, um pássaro ou um elefante; devemos imaginá-lo primeiro numa posição de imobilidade, depois andando, correndo, esgueirando-se, voando ou nadando, conforme o animal em questão. O aluno deve ser capaz de transmutar sua consciência a qual­quer forma desejada a agir de acordo. Ele deverá manter essa transposição por cinco minutos sem interrupções, caso queira dominar esse exercício. Os iniciados que treinam durante muitos anos estão em condições de entender qualquer animal a domina-lo conforme a sua vontade.

Com relação a isso, podemos nos lembrar daquelas lendas de lobisomens a outras histórias semelhantes, onde feiticeiros se trans­formam em animais. Para o mago, essas lendas a histórias fantásticas possuem um significado bem mais profundo. Nesses casos trata-se sem dúvida dos assim chamados magos negros, que para não serem reconhecidos em seus trabalhos perversos, assumem a forma de qualquer tipo de animal no mundo invisível. O bom mago sempre avalia essas atitudes, a suas capacidades espirituais permitem-lhe olhar através desses seres a reconhecer a sua forma original verdadeira. Nossos exercícios preparatórios não têm o propósito de levar o aluno às más ações, mas sim prepará-lo para a alta magia, onde em certos trabalhos ele terá de assumir formas divinas mais elevadas para as quais transporá a sua auto-consciência. Ao atingir o ponto de conseguir assumir, com a própria consciência, qualquer tipo de animal a permanecer nessa imaginação sem interrupções ao longo de cinco minutos, então poderemos realizar a mesma coisa com seres humanos.

c) em pessoas

No início devemos escolher conhecidos, parentes, amigos, pessoas das quais nos lembramos bem, sem diferenciar os sexos ou as idades. Devemos aprender a transpor a nossa consciência ao corpo do outro de modo a sentir a pensar como a pessoa imaginada. Das pessoas conhecidas podemos passar às estranhas, aquelas que nunca vimos antes, a que portanto só podemos imaginar. Finalmente, como objeto da experiência devemos escolher pessoas de outras raças a cores. O exercício estará completo quando conseguirmos transpor nossa consciência a um corpo imaginado, por no mínimo cinco minutos. Quanto mais tempo conseguirmos mantê-lo assim, tanto melhor.

Através desse exercício o mago adquire o poder de se ligar a qualquer pessoa; ele não só passa a conhecer os sentimentos e pensamentos da pessoa imaginada, seu passado a seu presente, como ela pensa, sente a age, mas também consegue influenciá-la à vontade. Porém nunca se esqueça do ditado: “O homem colhe aquilo que semeia!” Por isso o mago nunca usará sua influência para o mal, ou para obrigar as pessoas a agirem contra a sua vontade.

O grande poder que ele adquire sobre as pessoas deverá ser usado só para o bem; assim ele nunca perderá o seu dom. O mago saberá então porque no Oriente o aluno admira tanto o seu mestre, ou guru. Através desse sentimento de admiração pelo seu mestre o aluno liga-se instintivamente à consciência dele, que assim passa a influenciá-lo indiretamente, possibilitando-lhe uma evolução mais rápida a segura. É por isso que os métodos orientais de aprendizado sempre consideram um mestre, ou guru, como fator essencial para o desenvolvimento do aluno. O famoso Ankhur do Tibet apoia-se no mesmo princípio, porém numa seqüência inversa, em que o mestre se liga à consciência do aluno e assim lhe transmite o poder e a iluminação. É o mesmo caso dos místicos, em que a transferência é da assim chamada “pneuma”.

  • Instrução Mágica do Alma (IV)

Represamento dos Elementos nas Diversas Partes do Corpo

Nesse capítulo ampliaremos o nosso trabalho com os elementos. Através da respiração pelos pulmões a pelos poros nós aprende­mos a assimilar um elemento e a sentir a sua característica específica em todo o corpo. Agora carregaremos cada uma das partes do corpo, o que pode ser feito de duas maneiras; de qualquer forma, o mago deve dominar ambos os métodos. O primeiro é o seguinte:

Você deve inspirar o elemento para dentro de seu corpo através da respiração pulmonar a pelos poros a represá-lo, isto é, expirando o ar sem a imaginação. Na inspiração, a sua imaginação sensorial deverá acompanhar-se da característica específica do elemento: no caso do fogo o calor, da água o frio, do ar a leveza, e da terra o peso. Deve-se começar com sete inspirações.

Ao invés de dissolver imaginariamente o elemento represado novamente no Universo, conduza-o à parte do corpo escolhida, comprimindo ainda mais a característica específica do elemento a preenchendo essa parte com ele. O elemento, comprimido com sua característica específica, deve ser sentido com mais força na pane do corpo em questão do que no corpo todo.

Do mesmo modo que o vapor, comprimido para se obter uma maior pressão, a carne, os ossos e a pele dessa parte do corpo devem ficar bem impregnados pelo elemento. Portanto, quando você sentir com muita força a característica específica do elemento na parte do corpo carregada, deixe-a espalhar-se por todo o corpo com ajuda da imaginação, a fluir novamente para o Universo através da expiração, como explica­mos no Grau III. Esse exercício deve ser feito com cada um dos elementos, alternadamente em um órgão externo a outro interno, com exceção do cérebro a do coração. O mago não deve fazer o represamento nesses dois órgãos, nem em .si mesmo nem nos outros, para não provocar danos.

Só um mestre muito experiente no domínio dos elementos pode fazer um certo represamento também no coração a no cérebro, sem se prejudicar. Ele conhece o próprio corpo a consegue dominá-lo. Qualquer órgão (entre os quais o coração e o cérebro) é apropriado à assimilação dos ele­mentos com suas características específicas, porém sem o represa­mento. Um iniciante deve evitar represar o coração e o cérebro com os elementos ou com a energia vital, principalmente quando ele ainda não consegue observar a função dos órgãos através da vidência.

Quando se faz um represamento dos elementos ou da energia vital em todo o corpo, o cérebro e o coração também se habituam ao represamento geral, pois a força de expansão não se concentra num só órgão, mas se espalha pelo corpo todo. É principalmente nos pés a nas mãos que se deve dominar a técnica do represamento dos elementos a da energia vital, pois eles serão muito necessários na aplicação prática da magia. Nesse caso, deve ser dada uma atenção especial aos dedos.

Outra possibilidade de esvaziamento de um elemento de uma parte do corpo consiste em, ao invés de conduzir o elemento represado primeiro de volta ao corpo para depois devolvê-lo ao Universo através da respiração pelos poros, nós podemos, com a ajuda da imaginação, devolver todo o elemento diretamente da parte em questão ao Universo, através da expiração. Este processo é mais rápido. Naturalmente um mago deve conhecer bem ambas as técnicas a usá-las conforme a sua vontade.

O segundo método do represamento dos elementos numa parte qualquer do corpo consiste em transpor a consciência a essa parte deixando-a inspirar a expirar (como a respiração pelos poros). A cada respiração o elemento é inspirado a expirado. Ao sentir que o elemento escolhido foi represado numa quantidade suficiente na pane do corpo visada, devemos liberá-lo novamente através da expiração, Le., devolvê-lo ao Universo do qual foi extraído. Esse pro­cesso é rápido a simples, mas exige uma boa transposição de consciência. A técnica do represamento da energia vital numa determinada parte do corpo também deve ser dominada. Depois de nos tornar­mos mestres nessa prática, podemos dar um passo adiante.

Nós já aprendemos que, segundo os elementos, o corpo humano é dividido em quatro regiões principais. Para nos lembrarmos melhor disso, repetiremos essas divisões: dos pés até as coxas – ou cóccix, inclusive os órgãos genitais – é a região que corresponde à terra; a região ventral, com todos os órgãos internos, como intestinos, baço, vesícula biliar, fígado, estômago, até ao diafragma, corresponde ao elemento água; o tórax com os pulmões e o coração, até ao pescoço correspondem ao elemento ar, e a cabeça com todos os seus órgãos corresponde ao elemento fogo. O objetivo do exercício que se segue é carregar as regiões do corpo com seus elementos correspondentes. Na prática isso funciona da seguinte forma:

Assuma a sua posição preferida do corpo (asana). Através da respiração pelos pulmões a pelos poros inspire o elemento terra, com sua característica específica do peso, à região do corpo correspondente à terra – dos pés ao cóccix, passando pelos órgãos genitais.

Você deve inspirar o elemento terra por sete vezes a expirar o ar vazio, para que essa região seja preenchida com o elemento que a influencia. Mantenha o elemento terra na região da terra a inspire o elemento água à região da água, portanto o ventre, mas sem expira-lo, para que essa região também fique preenchida com seu próprio elemento. Depois passe para o próximo elemento, inspirando o ele­mento ar por sete vezes para preencher o tórax a deixando-o em sua própria região, sem expirá-lo. Segue-se a região da cabeça, que é preenchida também através de sete inspirações do elemento fogo; a expiração que se segue é vazia, para que esse elemento permaneça na região.

Assim que todas as regiões forem carregadas com seus respectivos elementos, tente permanecer nessa condição de dois até cinco minutos, a depois comece com a dissolução deles. Deve-se começar no lugar onde se terminou, portanto em nosso caso começaremos com o elemento fogo da cabeça, inspirando-se sete vezes o ar sem o elemento, a irradiando-o em direção ao Universo a cada expiração (ao todo sete vezes). Assim que a região da cabeça estiver livre de seu elemento passaremos à região seguinte, a do ar, depois à da água a finalmente à da terra, até que o corpo todo esteja livre do represamento dos elementos.

Ao conseguirmos obter uma certa prática nesse exercício, poderemos ampliá-lo, não só preenchendo as regiões do corpo com os elementos, mas também represando-os ali. O processo é o mesmo que já descrevemos, i.e. começamos nova­mente com o elemento terra a terminamos com o elemento fogo. O processo de dissolução é o mesmo do exercício anterior.

Esses exercícios são muito significativos, pois eles promovem o uníssono do corpo material denso a também do corpo astral com as leis universais dos elementos. Se por algum motivo o mago entrar em desarmonia a praticar esses exercícios, então ele logo recuperará a harmonia perdida. Ele sentirá a influência benéfica da harmonia universal total, não só por algumas horas mas por vários dias. Essa harmonia promoverá nele um sentimento de paz a de felicidade. A harmonização dos elementos no corpo ainda oferece outras possibilidades, entre as quais citarei algumas aqui. Mas o importante é que o aluno seja poupado das influências prejudiciais do lado negativo dos elementos.

Assim que alcança o equilíbrio mágico, o aluno passa a se situar no ponto central dos aconteci­mentos a vê todas as leis, todo o vir a ser a tudo o que passou numa perspectiva universal, portanto verdadeira. Ele é poupado de muitas doenças a promove um efeito compensador em seu próprio karma, a com isso também em seu destino, tomando-se mais resistente contra as influências desfavoráveis. Purifica suas auras mental a astral, desperta suas capacidades mágicas, a sua intuição assume um caráter universal. Seus sentidos astrais refinam-se, e suas capacidades intelectuais aumentam.

  • Instrução Mágica do Corpo (IV)

Nesse momento, os exercícios do primeiro grau já devem ter­se tornado um hábito de vida. Os do segundo devem ser aprofundados a fortalecidos conforme a disponibilidade de tempo a as possibilidades do aluno. Devemos ter a capacidade de manter corretamente qualquer ascese que nos propomos a praticar, sem nos debatermos com tentativas, ou sermos dominados por elas.

Os exercícios do terceiro grau também devem ser aprofundados. Já devemos dominar a postura do corpo a ponto de conseguirmos agüentar a asana sem sentir o mínimo desconforto, nervosismo, tensão ou câimbras da musculatura. A energia de irradiação deverá tornar-se mais forte, profunda a expansiva, i.e., mais dinâmica, o que pode ser alcançado através da imaginação, portanto da força de imaginação a da meditação profunda. O mago deve aprender a usar a energia de irradiação na prática, em qualquer ocasião e situação. Ele deve chegar ao ponto de conseguir realizar imediatamente qualquer desejo colocado na sua energia de irradiação. Assim ele poderá ajudar as pessoas em casos de doença a acidentes, o que lhe trará muita satisfação.

Rituais a as Possibilidades de sua Aplicação Prática

Agora passaremos a um capítulo pouco conhecido, referente às posições do corpo, gesticulações a posições dos dedos nos rituais em geral. O princípio básico dos rituais consiste em confirmar uma idéia, um pensamento através de uma expressão exterior, ou então o contrário, evocar uma idéia ou um pensamento através de um gesto ou uma ação. Esse preceito básico vale para toda a magia ritual. Com isso queremos dizer que não é só toda a idéia (ou todo o ser) que pode ser expresso através de uma ação exterior, mas eles também podem ser conectados a uma tarefa específica. Aquilo que não possui ou não contém um nome específico, um símbolo ou algum sinal externo, não tem significado.

É nessa tese primordial que se baseiam todos os processos ou rituais mágicos, assim como todos os sistemas religiosos, que possuem desde tempos primordiais, os seus procedimentos específicos de culto. A diferença consiste somente no fato das massas sempre terem tido acesso apenas a uma pequena parte disso, pois a maior parte desses procedimentos era guardada em segredo a utilizada só por altos sacerdotes a iniciados. Cada ritual tem um objetivo específico para a pessoa a quem ele serve, sem levar em conta se é um feitiço tibetano ou uma postura de dedos dos sacerdotes de Bali, em cultos orientais ou rituais de maldição dos magos negros. A síntese é sempre a mesma. Nas ações judiciais, quando a pessoa jura que está dizendo a verdade a só a verdade, ela ergue a mão mostrando três dedos, o que também é considerado um gesto mágico.

Do ponto de vista cristão, os dedos erguidos simbolizam a trindade unificada. Cada uma das inúmeras sociedades secretas a seitas possui o seu ritual próprio. As lojas maçônicas, por exemplo, estão relacionadas a um determinado sinal, uma palavra e um toque. Do ponto de vista histórico poderíamos ainda falar muita coisa sobre esse tema. Mas para a magia e o desenvolvimento práticos, esse estudo seria totalmente inútil.

Para o verdadeiro mago, não faria muita diferença ler nos mais diversos livros que o mago costuma desenhar um círculo mágico considerando-o um símbolo da eternidade, da divindade a da intocabilidade, colocando nele anjos a espíritos protetores; ou então como um lama desenha o seu mandala, a coloca os Thatagatos em seus rituais como divindades de proteção. O nosso mago não precisa dessas instruções estranhas porque ele sabe que são só conexões de idéias a auxiliares da memória, ou do espírito.

Nesse quarto grau o mago aprende a arte de criar os seus próprios rituais, cultos, gestos, posições de dedos. Tudo isso depende só da sua individualidade e capacidade de assimilação. Às vezes um mago consegue muito mais com os rituais mais primitivos, do que um especulador filosófico com os cultos mais complicados.

Nesses casos não se pode traçar uma diretriz exata; o aluno deve agir intuitivamente a expressar cada idéia a pensamento, assim como aquilo que ele quer ver concretiza­do, através de um gesto, uma posição dos dedos ou um ritual que têm a ver com ele. Com certeza ele não expressará um gesto de bênção com o punho cerrado, ameaçador. Conforme o local e a situação em que se encontra, ele deverá compor o seu ritual individual e discreto, que deverá ser utilizado em segredo quando não houver ninguém observando.

Existem magos que praticam a sua magia ritual sem que ninguém perceba, com movimentos dos dedos no bolso do paletó ou do casaco, até mesmo com muita gente em volta deles. Eles usam os cinco dedos em analogia aos elementos; o dedo indicador corresponde ao fogo, o polegar à água, o dedo médio corresponde ao Akasha, o anular à terra e o mínimo ao ar, sendo que a mão direita se refere aos elementos positivos e a esquerda aos negativos. Esse pequeno exemplo deve ser suficiente para um esclarecimento suscinto.

Você deve aprender também a atribuir sinais específicos às suas idéias. Mas não fale sobre isso a ninguém, pois se outra pessoa usar o mesmo sinal que o seu, para a mesma idéia, poderá enfraquecê-la através do desvio de sua energia. Conecte a amarre aquele seu desejo pessoal, que você quer ver realizado rapidamente, ao seu próprio ritual ou gesto, de preferência às gesticulações dos dedos, a imagine que através desse gesto o seu desejo logo se realizará, ou melhor, que ele já se realizou.

A lei da forma presente e imperativa também se aplica nesse caso. A imaginação da concretização, em conjunto com o gesto ou o ritual devem, no início, conter um sentimento intenso de segurança, certeza a confiança, além de uma crença inabalável na sua realização efetiva.

Primeiro nós devemos utilizar ambos, tanto a imaginação quanto o ritual. Mais tarde, quando nos ocuparmos só da imaginação do desejo a de sua concretização, então, sem perceber a sem ter consciência do fato, seremos induzidos a usar o ritual ou o gesto. Quando chegamos ao ponto de automatizar o desejo na nossa imaginação, o processo se inverte; fazemos o gesto ou realizamos o ritual, e a imaginação ou a sua energia correspondente automaticamente libera o seu efeito. Esse é o objetivo em si do ritual ou da gesticulação, do posicionamento do corpo ou dos dedos.

Quando o ritual com a imaginação torna-se automático, basta realizar o ritual para se obter o efeito ou a influência desejados. Podemos fazer uma comparação aproximada com uma ba­teria carregada, na qual basta fazer o contacto correto para se obter a corrente elétrica necessária, a qualquer hora. Repetindo-se constantemente a imaginação com o gesto ou ritual escolhido forma­se um reservatório de energia na esfera das coisas primordiais do princípio do Akasha, que assimila a vibração necessária (fluido eletro-magnético), cor, som a outras analogias correspondentes ao desejo ou objetivo. Podemos dizer, com razão, que são até porçõezinhas de sangue, em sua natureza. Quando esse reservatório de energia é carregado através da repetição freqüente, o ritual atua no sentido de descarregar uma parte do reservatório a promover o efeito necessário. Por isso é que aconselhamos o mago a não falar com ninguém sobre isso senão uma outra pessoa poderia, sem esforço, extrair a energia acumulada através do mesmo ritual e obter o mesmo efeito, tudo isso às custas do seu autor original.

Existem sociedades secretas que deixam os seus iniciantes realizarem rituais com os quais esses reservatórios de energia são carregados automaticamente. Os iniciados mais graduados têm então um meio fácil de repor o seu próprio reservatório, podendo então trabalhar com ele sem esforço. Mas à medida em que o aluno progride, conseguindo abastecer-se sozinho nesse reservatório, então lhe é aconselhado que use o ritual o menos possível.

Muitas pessoas se lembrarão que os movimentos a partidos políticos promovem uma ação mágica indireta em seu gesto de saudação, conduzindo pequenas porções adicionais de energia vital dinâmica ao reservatório geral, através da repetição constante. Por exemplo, no partido nacional-socialista alemão (partido nazista), a mão erguida que acompanhava a saudação era uma espécie de gesto de poder.

Mas quando um reservatório coletivo de energia que se torna tão poderoso é usado para fins maléficos a gananciosos, essa energia espiritual volta-se contra seus criadores (por causa da polaridade) a provoca a destruição e o aniquilamento. Apesar disso, as pragas rogadas pelos inúmeros presos, em parte inocentes condenados à morte ou sacrificados nos campos de batalha, acabam provocando uma polaridade contrária que também contribui para uma decomposição desse reservatório de energia negativa.

A mesma lei, na mesma medida, vale para os outros tipos de culto, seja em religiões, seitas ou sociedades secretas. As curas miraculosas em locais de peregrinação possuem o mesmo funda­mento. O crente, através de sua grande fé a confiança inabaláveis no retrato ou na imagem do santo, atrai para si a energia espiritual extraída do princípio do Akasha a represada ali pelos fiéis ao rezarem, promovendo assim a cura miraculosa.

O mago correto sempre encontra a única verdadeira explicação para esses a outros fenômenos, baseando-se nas leis universais. Se ele quisesse, em função do seu conhecimento dessas leis, principalmente das leis da polaridade, ele poderia atrair para si essa energia do reservatório correspondente a com ela realizar essas curas ou supostos “milagres”. Mas o mago que possui um elevado senso de ética consideraria esse procedimento uma malversação a por isso jamais se utilizaria dele, pois afinal ele dispõe de outras possibilidades. Esse é só um comentário marginal; em seguida retornaremos ao assunto dos rituais.

Como já foi mencionado, toda idéia, desejo a imaginação podem ser concretizados através de um ritual, sem levar em conta o plano a ser considerado, o material denso, o astral ou o espiritual. O momento de qualquer concretização depende em primeiro lugar da maturidade espiritual, a em segundo lugar do empenho na execução do ritual.

O mago deve escolher aqueles rituais que ele poderá utilizar durante toda a sua vida, tomando como base os rituais de caráter universal. Quanto menos desejos ele tiver tanto mais rápido será o seu progresso. Enquanto os primeiros rituais escolhidos não surtirem o efeito desejado, não se deve adotar outros. No início será suficiente um único ritual, ou no máximo três. Ao chegar a esse grau de evolução, o mago já terá aprendido a manter a medida correta, e também a saber quanto conseguirá carregar.

  • Resumo de todos os exercícios do grau IV

I. INSTRUÇÃO MÁGICA DO ESPÍRITO:

Transposição da consciência para o exterior:

a) em objetos.
b) em animais.
c) em pessoas.

II. INSTRUÇÃO MÁGICA DA ALMA:

1. Represamento dos elementos:
a) em todo o corpo.
b) nas diversas partes do corpo com a ajuda de dois métodos.

2. Promoção da harmonia dos elementos nas respectivas regiões do corpo:
a) fogo – cabeça.
b) ar – tórax.
c) água – estômago.
d) terra – cóccix, genitais, pés.

III. INSTRUÇÃO MÁGICA DO CORPO:

Rituais e a possibilidade de sua aplicação prática:

Gesticulação (gestos).
Posições do corpo.
Posições dos dedos.

Fim do quarto grau


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