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Alta Magia

Glossário Esotérico (Magia Aplicada)

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Por Dion Fortune,
tradução por Ícaro Aron Soares.

Os ensinamentos sobre os assuntos esotéricos contêm tantos termos vagamente definidos que é conveniente que aqueles que estão estudando no nosso grupo conheçam, com mais exatidão, o que queremos dizer quando usamos certas palavras-chave. De fato, em alguns dos nossos escritos anteriores o significado nem sempre ficou tão claro quanto deveria ser, mas algum tempo se passou (como usualmente acontece) antes de que a necessidade destas definições se tornasse evidente. Não ditamos leis para outros grupos, mas as definições que damos concordam com os princípios que estão por trás dos nossos ensinamentos e já demonstraram, pela experiência, que são corretas; isto não quer dizer, porém, que as publicações esotéricas em geral usem os termos exatamente nestes mesmos sentidos e, de fato, as mesmas palavras, com significados ligeiramente diferentes, às vezes podem ser encontradas na mesma publicação, obrigando o leitor sério a se conservar sempre atento para não ficar com uma impressão falsa – isso se, de fato, o autor souber exatamente qual é a impressão que elas querem dar.  As palavras que temos em mente são dadas a seguir e em alguns casos são fornecidas informações adicionais sobre os assuntos.

O Logos é o termo usado para significar o Logos Solar, o Deus do nosso sistema solar. Nós geralmente descrevemos o Deus do Cosmo como o Primeiro Manifesto. Os Manus são, originalmente, líderes “etnológicos” nos Planos Interiores das grandes Raças-Raiz. Eles representam, em si, alguma grande Ideia ou Princípio que estava por trás da missão esotérica da sua Raça-Raiz. Há mais de um tipo de Manu. O Manu de uma Raça também é o protótipo ou o Homem Ideal dessa Raça, e em conexão com isto a sílaba “MAN”, em certas línguas, pode ser de extrema antiguidade e significação. Os Manus são os Três Primeiros Aglomerados  os Senhores da Chama, da Forma e da Mente  mas nem todos estes Senhores são Manus; os Manus são, realmente, do tipo Arcangélico, com um “Ego múltiplo”. Esta é a descrição, em palavras, que mais se aproxima destes grandes Seres. Têm formas “personalizadas”, porém, aparecem sob “disfarces humanizados”.

Os Mestres são seres aperfeiçoados, da evolução humana, que guiam a humanidade e realizam certas atividades, em vez de “descansar”; eles são de vários tipos e graus. Não se tomam “Senhores da Humanidade” (veja Doutrina Cósmica) enquanto não passam além de tudo o que agora é conhecido como “humanidade”  mesmo porque nenhum grau é estabelecido até que se tenha entrado no grau seguinte.

A Centelha Divina pode ser imaginada como o aspecto “exterior” do Átomo Cósmico carimbado com a Impressão Logoidal. Até que seja atingido um grau elevado, para todos os propósitos práticos ela deve ser considerada como o Átomo Cósmico  a parte imortal de cada um de nós, enraizada no Grande Não-Manifesto, da mesma essência do Logos, porém imensamente infantil na questão de desenvolvimento, etc. A Individualidade ou Eu Superior (1) é a unidade de uma evolução, formada pelos corpos dos três planos mais elevados (usando um sistema de sete planos) organizada em torno da Centelha Divina.

O Eu Inferior, a Personalidade ou a Projeção é a unidade de uma encarnação, consistindo dos “corpos” dos quatro planos inferiores (num sistema de sete planos). Depois da morte física, suas experiências são absorvidas, em essência, pelo Eu Superior, mas apenas isto não basta para determinar a próxima projeção, uma vez que o Eu Superior tem fases de desenvolvimento entre as encarnações  baseadas largamente em experiências pré-encarnatórias (ou involucionárias) que também influenciarão a Projeção seguinte.

A Alma é uma das palavras mais frequentemente usada com significados diferentes. Nós a usamos para significar os aspectos interiores da Personalidade mais os aspectos exteriores do Eu Superior. Ela é, de fato, a unidade de evolução elevada até certo ponto (além de Chesed) (2). Os aspectos da sua Personalidade são (ou deveriam ser) absorvidos em essência pelo Eu Superior na ocasião da morte, e desse modo a própria alma seria condicionada para a sua próxima encarnação. (Isto se presta para uma exposição muito mais ampla.) Pode-se considerá-la como o veículo do homem em evolução, tanto quanto o Abismo na Árvore da Vida, e seu estado na morte e depois da morte tem muita relação com a próxima Personalidade projetada pelo Eu Superior. A ocorrência de certas “patologias” de uma natureza esotérica, afetando encarnações futuras, é possível em consequência de más ações e de atitudes mentais manifestadas por ela durante a encarnação e depois da morte.

O termo Raça-Raiz pode ser usado para significar a Raça Original da qual nasceram as sub-raças. Repetidas vezes ele se refere às sete grandes divisões da Raça Atlante, e estes protótipos raciais foram posteriormente desenvolvidos, no mundo pós-diluviano, transformando-se nas grandes “famílias” raciais conforme conhecidas exotericamente. Como termo, “Raça-Raiz” também pode se referir às quatro grandes divisões de cor da humanidade, e também aos cinco estágios de evolução humana neste globo  isto é, o Hiperbóreo, o Lemuriano, o Atlante, etc. As divisões de cor e os estágios de evolução humana também tiveram Manus, pois há muitos tipos de Manu. A Raça Branca não somente contém os mais evoluídos  os Arianos  mas também tem os Semitas, que estavam destinados a trazer mais um outro ideal para a Raça Branca. E foi assim que o Manu Melquisedeque preparou o caminho para Jesus, o Cristo, e assim a Ideia de um Messias foi enxertada na Tradição Semítica (no fundo de tudo isto há uma ligação com o Santo Graal). Por trás da história secreta de Israel, move-se o Sacerdote Arquetípico da Raça-Raiz Atlante-Semítica; e por causa de certos erros atlante, os membros judeus dessa Raça trouxeram este Arquétipo para o Ocidente, sem que eles mesmos estivessem preparados para usá-lo, com exceção de pequenos grupos. Esta é a “Maldição dos judeus” e data de muito tempo antes do nascimento de Jesus  e ela teria se tornado muito mais suave se eles tivessem aceitado Jesus. Também a sua Teocracia poderia ter-se transformado num Estado-Mundial, mas eles não quiseram comungar com outros.

Os Manus de certas Raças-Raízes são tradicionalmente conhecidos e alguns são enumerados:

RAMA foi o Manu da Raça Ariana.

MELQUISEDEQUE foi o Manu dos Caldeus e das primitivas Raças Semíticas, além da sua ligação Atlante.

NARADA foi o Manu da primeira Raça Atlante.

ASURAMAYA foi um Manu de uma primitiva Raça Lemuriana que se tinha misturado com os antigos povos da Atlântida, onde “Viveu” em dias remotos. Ele foi o primeiro astrónomo e foi o “mestre da sabedoria das estrelas” para o mundo antediluviano  assim como foi Melquisedeque para o mundo pós-diluviano. Na Atlântida ele trabalhou junto a Narada e sob a sua orientação. Euclides  que é um Senhor de um dos aspectos de Sabedoria da Tradição Ocidental (veja “Ordens Esotéricas”) – não somente foi um grande mestre humano mas também teve, nos Planos Interiores, um aspecto manifestando um “raio” direto de Asuramaya (mais ou menos análogo, porém inferior em grau e origem, à manifestação do Cristo pelo Senhor Jesus), aspecto este que foi mais que um “sombreamento”. Este assunto é por demais complexo para que aqui sejam feitas outras referências.

Os Semitas estavam destinados a ser “Sacerdotes do Altíssimo”, mas apenas uma pequena parte alcançou este grau, em escala diminuta, numa evolução posterior. Os Arianos eram Magos e Colonizadores.

Os Arquétipos são os padrões ou modelos originais de uma Ideia Divina. Tais padrões originais (ou arquétipos) manifestam-se de várias maneiras:

(1) Através dos Instrutores Divinos, ou super-humanos, de certas raças ou nações, sobre cujas vidas estão baseados os rituais dramatizados e as iniciações de vários Mistérios.

(2) Através de formas não humanas, pertencentes aos tipos de desenvolvimento pré-terrestre e pré-humano tais como:

(a) os Signos do Zodíaco (na sua forma atual, não antropomorfizada).

(b) símbolos macrocósmicos relacionados com o microcosmo e baseados nas Forças Essenciais do Universo, tais como as ideografias geométricas e fálicas de importância fundamental. Estes passaram para a mente humana e emergem no simbolismo dos sonhos, mas são mais velhos do que a mente humana.

Os nomes tradicionais das grandes figuras arquetípicas são, com frequência, memórias raciais do item (1), isto é, dos Instrutores  e pertencem às diferentes fases de evolução que foram atravessadas por seus grupos; a origem deles está ligada a algum mestre impalpável que, em tempos muito antigos, guiou algum grupo em particular. Eles não devem ser confundidos com a força arquetípica de um Manu que trabalhou sobre a principal “família” Coletiva da raça inteira da qual o grupo era uma parte. Rama, por exemplo, foi o grande líder da Raça Ariana, mas Orfeu, Osíris, Odin, Merlin, etc., foram instrutores de certos grupos Arianos, e suas memórias ancestrais foram transferidas para alguns dos deuses e heróis destes grupos. Pois, embora alguns deuses sejam “forças naturais”, outros são memórias de mestres pré-históricos. Anjos Raciais são seres elevados da Hierarquia Arcangélica ou Angélica, apontados como guardiães de certos grupos, desde o princípio do mundo; eles podem ser descritos como os “princípios personalizados do Fogo Arquetípico”, que trabalharam primeiro com os Manus e depois, quando estes se afastaram, continuaram em contato com o mundo na qualidade de guardiães destes princípios e das forças que cercam o seu “ponto terrestre” (ou lugar em Malkuth). Um ser deste tipo é citado, na frase bíblica, como “O Príncipe dos Poderes da Pérsia”, um grande Anjo Racial de um período anterior. Os Anjos Raciais guiam as raças para o território onde elas deverão lançar suas raízes, e enquanto essa nação permanece suficientemente forte (em muitos sentidos dessa palavra) o Anjo permanece como seu Eu superior, por assim dizer. Quando a nação decai até um ponto tal que o contato verdadeiro com o Anjo não é mais possível, ele se retira para uma nação mais capaz de expressar o Princípio interior que ele representa. Tais Anjos incorporarão, nos seus “domínios”, seres tribais, menos importantes, de outras nações que ficaram profundamente unificadas  por conquista ou de qualquer outro modo  com o território original. O assunto é muito complexo, mas compensará um estudo; a conquista no plano físico nem sempre vence uma nação.

Anima e Animus. Estes termos psicológicos são bem definidos em manuais e deve ser feita uma referência a respeito de tais livros  tal referência é especialmente necessária para as expressões psicológicas, muitas das quais são usadas com largueza e incorretamente. Tudo o que precisa ser dito aqui é que Jung deverá ser lido com grande atenção, visto que ele provavelmente sabia muito mais do que quis expressar claramente. Quando a integração com o Eu Superior se aproxima, é possível que a “anima”, ou “animus”, possa dar lugar a figuras ideais, do mesmo sexo que a Personalidade, e num estágio ainda anterior tais figuras podiam até mesmo ser pressagiadas por pessoas sensíveis, em estados emocionais mais elevados.

A SOMBRA – O HABITANTE DO LIMIAR:

A “Sombra” da psicologia junguiana não deve ser confundida com o “Habitante do Limiar”. A Sombra representa o material subconsciente da presente encarnação, o material de uma única vida, embora, naturalmente, havendo a possibilidade dele ser afetado pelas vidas anteriores. O “Enfrentar a Sombra” implica na compreensão da realidade da mente subconsciente e na aceitação do material que difere, com frequência, daquele da mente consciente. Por conseguinte, isso acontece num estágio comparativamente primitivo do processo de integração  correspondente, na Árvore da Vida, ao 32º Caminho (O Poço) e à Yesod.

A expressão “Habitante do Limiar”, conforme usada na nossa terminologia, representa o passado inteiro do indivíduo, tudo o que contribuiu para fazer dele aquilo que ele é. Portanto, é o agregado de todas as suas “Sombras”. O “Enfrentar o Habitante do Limiar” é o confronto com o passado inteiro e requer a aceitação total desse passado e de tudo o que contribuiu para fazer do indivíduo aquilo que ele é agora. Isso ocorre num estágio posterior, no processo de integração. Na Árvore da Vida ele corresponderia a uma iniciação Chesédica, cujas realizações são completadas em Daath, onde “o Passado se torna Presente”. Ë provável que a implicação total do “Habitante do Limiar” não tenha sido explicitamente exposta em escritos psicológicos. Ë preciso notar que a integração aqui mencionada não é a iniciação menor (por assim dizer) de Tiphareth, porém uma muito mais completa, que jamais foi tratada amplamente em qualquer livro publicado, isto pelo que eu sei.

O “Habitante do Limiar” poderá ser percebido em visões por aqueles que têm tais experiências, e não deve ser tomado por uma figura angélica ou elemental do tipo usual. Ele é uma manifestação da dívida conjunta que se apresenta numa forma personalizada, ou poderá provir de uma percepção dessa dívida, as formas variando de acordo com a natureza da dívida. Esta “visão”, ou “percepção”, deve ser encontrada antes de que se possa efetuar a integração realmente profunda e o progresso espiritual mais avançado. Ë possível que ela venha a absorver o lado não regenerado da Personalidade (a imagem ou aspecto “regenerado”), e algo bastante parecido com este ensinamento moderno foi prefigurado pelos egípcios na sua figura do “Devorador de Corações”. Por mais terrível que possa ser o confronto com o “Habitante do Limiar”, apesar de tudo ele é apenas um aspecto “oposto” do Eu Superior (“potencialmente” ou “não absorvido”) e pode ter algo de Divino na sua aparência, pois está relacionado com o sofrimento do Eu Superior, que “se transforma em pecado” para redimir suas projeções  uma reflexão que merece uma meditação profunda. Em resumo, o Habitante do Limiar é a soma-efeito das vidas passadas do indivíduo, seu próprio caráter oposto emergido dele para uma vida aparentemente independente.

Os Mestres (como complemento de referências prévias) Assim como em certos períodos o trabalho esotérico e a posição de indivíduos em encarnação são avaliados, assim também o trabalho da Hierarquia é avaliado em sua relação com o Grande Todo. Ë preciso que seja claramente entendido que um Mestre é alguém cuja função se relaciona com a evolução Solar Logoidal, e os Mestres devem ser concebidos por aquilo que são, e o seu poder funcional deve ser compreendido. Para que seja possível atuar plenamente na evolução Solar Logoidal, um grande desenvolvimento Cósmico tem que ser feito. As “Iniciações Estelares”, em todas as suas graduações, devem ser completadas. Símbolos Animais -Raciais. A Alma-Raça exsuda uma “influência” baseada num aspecto do seu caráter, e esta “influência” pode assumir uma forma etérica; é uma espécie de “totem”. Conforme a Raça vai se desenvolvendo, este se transforma num dos seus símbolos especiais. Neste sentido, o símbolo da Bretanha  originalmente dos Celtas e dos Saxões  é um Cavalo Branco. O Leão, como símbolo, não tem uma origem tão antiga e também não é tão importante, sendo de origem normanda e heráldica. O Cavalo Branco é um símbolo muito antigo e, se for considerado como um desenvolvimento do Éo-Hippos, teve ligação com a Atlântida. Nenhuma posição especial – tal como “empinado”, etc.  é prescrita.

Formas Arquetípicas e Psicologia (veja anteriormente) Para conveniência na utilização, é possível dividir os tipos de Formas Arquetípicas em: (1) os Arquétipos Macrocósmicos, tais como os Deuses, que são personalizações de grandes forças macrocósmicas, (2) os Arquétipos Microcósmicos – tais como o Pai, a Mãe, o Mago, a Mulher Sábia, etc., -representam a ligação da alma em desenvolvimento com certas “linhas de força” do macrocosmo, ou, em outras palavras, a apresentação da natureza humana para Deus ou para os Deuses. (Assim sendo, por trás dos Mestres está a Força Superna, que pode ser descrita como “O Grande Sacrifício” e que está relacionada com o Deus Sacrificado da Árvore da Vida.)

Em adição aos Arquétipos aqui mencionados, existe aquilo que poderia ser chamado de “Formas Complementares” de vários aspectos do Microcosmo, tais como o Anjo, o Demónio, etc., e o confrangedor tipo de Corpo Mágico animado com a Essência Elemental e variadamente chamado de “Habitante do Umbral” e de “Gênio Maléfico”. Para estes é possível representar grupos ou famílias inteiras, porém, uma discussão minuciosa sobre eles seria demasiadamente longa e difícil para um artigo como este: o termo psicológico “aspecto renegado”, aplicável à psique, também é aplicável a eles. A Imagem Contra-sexual. Este é um fenômeno psicológico bastante comentado: quando reduzido àquilo que realmente é, pode ser uma ligação especial entre a Personalidade e o Eu Superior, sendo um aspecto do Anjo do Pilar oposto ao sexo físico  isto é, fêmea para o Pilar de Prata e macho para o Pilar Negro. (Estes Pilares se referem ao glifo composto da Árvore da Vida e dos Pilares  um símbolo Cabalístico.)

NOTAS SOBRE O GRAAL E SIMBOLISMOS SEMELHANTES:

Os contatos e forças dos Planos Interiores são recebidos no plano físico através de um grupo, ou então através de um indivíduo que transfere para um grupo, em benefício dos membros deste, os contatos que ele próprio fez. O primeiro método foi a base do Graal do Velho Testamento  a Arca; o segundo foi a base do Graal do Novo Testamento  a Taça ou Cálice. Ambos estes receptáculos transformaram-se em símbolos, conforme também aconteceu com outras formas de tais receptáculos  o Prato, a Concha, a Pedra. Antes de se tornarem símbolos, eles foram fatos. A Arca, continha, na realidade, uma substância dos Planos Interiores que criou um contato direto entre Deus e o Grupo. Na Atlântida, a Taça ou Concha era a Concha-da-Lua (da Velha Lua e dos mais remotos estágios da humanidade), na qual havia uma substância em contato real com o Superno. Estas “substâncias” são Mistérios, na verdade, uma versão daquilo que em dias mais distantes foi conhecido como “a Presença Verdadeira”, e das lembranças destes fatos foram desenvolvidos os ritos sacramentais de vários credos. O achado da Taça que tinha sido retirada do homem por causados seus pecados está por trás da lenda do Graal, na qual a Taça do verdadeiro contato com o Mais Recôndito  melhor do que a Taça como um símbolo desse contato  aparece para certas pessoas. Há infinitas possibilidades na meditação sobre este tema, mas muito pode ser colhido por intermédio daquilo que já foi dito. Nós pensamos em Melquisedeque trazendo de volta, para Abraão, o símbolo sacramental; pensamos no seu lar em Vênus-Lúcifer e na velha lenda que existe, que conta que o Graal foi esculpido numa esmeralda caída da coroa de Lúcifer. A Taça, porém, foi o antigo contato Atlante com Deus acumulado dentro da Concha-da-Lua – essa concha não continha “vinho” no sentido literal. O Senhor Jesus (um sumo-sacerdote da Ordem de Melquisedeque) tornou a instituí-la (como também o fizeram, em seus próprios níveis, salvadores tais como Orfeu, Mitras, etc.): Por trás de tudo isto está a história secreta de Israel, em cujo substrato move-se o Sacerdote Arquétipo da Raça-Raiz Semítica Atlante.

NOTAS VARIADAS SOBRE ASTROLOGIA:

1. O Zodíaco está sob a influência dos (12) Raios Cósmicos e a verdadeira influência Zodiacal sobre o ser humano não começa a partir daquela que está atuando no momento do nascimento da sua presente encarnação, mas vem desde os “agrupamentos” Cósmicos que estavam em atividade na época em que a Centelha Divina, descendo através dos planos (veja “Doutrina Secreta”) foi estampada com uma determinada força Zodiacal especial. Caso fosse realmente discernida, esta força seria aparente nas posições astrológicas de cada encarnação  e também seria possível calcular as influências que estão atuando sobre o Espírito, um cálculo de certo modo análogo àquele da Precessão dos Equinócios agindo sobre o Sol: o assunto é difícil e requer um conhecimento aperfeiçoado e especializado. Cada Centelha Divina é respectivamente influenciada por um dos doze grandes “Conceitos da Verdade”, que estão por trás dos Doze Grandes Raios. Esta é a verdadeira astrologia fundamental, que cobre uma evolução. Em comparação com ela, a influência do Zodíaco Menor durante uma encarnação é trivial, embora o fato de compreendê-la possa ser muito útil.

2. O Zodíaco não é um cinturão assim tão imaginário, na forma de “zonas” ou “raios” de influência tocando a Terra em certas estações. Ê melhor considerá-lo em conjuntos de quatro constelações. Os três modos de força – Cardeal, Fixo e Mutável – referem-se aos três Raios de Vida; há três conjuntos destes Raios de Vida, equilibrados com os Três Raios de Destruição. Cada modo Zodiacal está alinhado com um destes Raios de Vida. Os Raios de Vida e os Signos Zodiacais equacionados com eles variam em cada evolução: as quatro Criaturas Sagradas da evolução atual não tinham a mesma categoria antes desta evolução – a despeito da influência que derramaram. Na próxima evolução, os quatro Signos “Mutáveis” serão “sagrados”. Os Signos do Zodíaco são a base mística do Cosmo.

3. A passagem do Sol através do Zodíaco assemelha-se à “reunião dos membros de Osíris”, isto é, à construção da Individualidade pelas experiências ganhas por meio das várias encarnações. De um modo, estas podem ser consideradas como “tipos de evolução” no Caminho. Assim, os Cavaleiros do Rei Artur, os Doze Apóstolos, e outros grupos similares, podem ser imaginados como figuras alegóricas e também, em certos casos, como fatos históricos.

Se considerarmos a força do Sol, no horóscopo, como tendo os quatro aspectos de horizonte [nascente], zênite, ocaso e nadir, e como agindo não somente através do signo Solar em si e daquele do ascendente, mas também através de qualquer Signo ou Planeta que se encontre na cúspide das Casas 10ª, 7ª e 4ª, respectivamente, descobriremos que isto é refletido, no horóscopo do iniciado, pelos quatro grandes aspectos egípcios  Ra, Osíris, Tum e Kepra. O próprio Sol é um reflexo de Sirius: Vénus eventualmente é transcendida em Sótis (Sirius), a morada de Ísis. 4. As mudanças evolucionárias já estão começando nas esferas Cósmicas. Ao se aproximar o fim de uma Evolução, (abrangendo uma vasta expansão de tempo) a própria forma começa a se alterar  conforme aconteceu no final da Era Atlante. Numa época como essa, grandes Seres Cósmicos assumem o lugar daqueles que estavam encarregados anteriormente e as condições “exteriores” da terra e do homem começam a mudar, em grande parte por causa dos “raios” ou “influências”, vindas de distantes forças estelares, que começam a operar.

CONTATO COM O EU SUPERIOR/INFERIOR E MARTÍRIO:

O Eu Superior estabelece contato com o Eu Inferior de muitas maneiras. No princípio os contatos são raros, e no caso daqueles que “não renasceram” eles podem acontecer apenas uma ou duas vezes durante uma vida inteira, revelando-se sob a forma de uma percepção intuitiva antes de algum evento importante. Um mártir é sempre um iniciado em algum grau, mesmo que não tenha qualquer experiência ou treinamento esotérico: num tipo destes, uma convicção muito profunda pode ser transmitida pelo Eu Superior, uma convicção que deve ser posta em ação a todo o custo, pelo Eu Inferior, mesmo que o resultado seja sofrimento e morte. Naturalmente, o Eu Superior não está preocupado com aquilo que o Eu Inferior entende como direitos políticos ou religiosos, mas está preocupado com alguma questão cármica que precisa ser ajustada pela morte do Eu Inferior, ou então com alguma outra questão, derivada da Lei Cósmica, absolutamente desconhecida pelo Eu Inferior, velada por trás de alguma doutrina ou conceito. O mártir pode muito bem selar com o seu sangue uma causa da qual ele não tem, no seu Eu Inferior, a menor percepção.

O GLIFO DA CRUCIFICAÇÃO (Considerado sob dois aspectos):

1. Um símbolo dos mais importantes é aquele da Alma-Mundo e sua Crucificação. No seu tipo de morte, Nosso Senhor “concretizou” ou deu uma “qualidade terrena” a este glifo. A Alma-Mundo, porém, está crucificada sobre a Cruz dos Elementos, uma cruz que está expandindo continuamente os seus braços através do desenvolvimento evolucionário e também, nas questões materiais, através da pesquisa científica. A Cruz Elemental tem que alcançar os seus mais extremos limites de expansão no mundo atual e ao mesmo tempo tem que ter cada um dos seus braços em perfeito equilíbrio com os outros. A Macrocósmica Mãe das Tristezas e o Grande Mestre, um de cada lado da Alma-Mundo que está sobre a Cruz Elemental, formam este grande glifo. Microcosmicamente estes dois são representados por Nossa Senhora e São João, um de cada lado da Cruz do Calvário. Assim, o “aspecto negro” de Binah (Ama) é uma figura em pé (o “aspecto branco”, Aima, é uma figura sentada). O hino Stabat Mater Dolorosa é muito significativo, pois é, em forma e força, um rito de Binah (3), equilibrado com a sua estrutura rítmica tripla.

No macrocosmo a tristeza implica em compreensão da Grande Lei, mas no microcosmo ela implica em não-compreensão. Não obstante, quanto mais profunda é a capacidade de sentir dor, mais profunda é a compreensão eventualmente alcançada.

2. O Universo é uma forma-pensamento Logoidal e o seu desenvolvimento é o desenrolar, por assim dizer, de um sonho de Deus. Tal como acontece com os sonhos do homem, o Drama Superno é “interpretado” através de um código de condições semelhantes àquilo que o homem chama de símbolos. O criptograma deste mundo é melhor descrito como uma Figura sobre uma Cruz. O Logos tem percepção da sua criação, numa forma sumarizada que gradualmente desenrola o seu significado; imagens deste tipo podem ser chamadas de Arqui-Arquétipos. Não importa muito qual o nome que é dado ao Símbolo-Mundo. Ele pode ser chamado de “Espírito crucificado na matéria” ou de “Homem na Cruz dos Elementos”, e pode ser alinhado com o evento histórico ocorrido nas proximidades de Jerusalém cerca de 2.000 anos atrás. Um tal Símbolo eventualmente está destinado a ficar esotericamente ligado a cada um que alcança a sua meta nesta Evolução. A meta é primeiramente conquistada através de um Redentor, que trás a Imagem para Malkuth; e finalmente é alcançada pelo próprio indivíduo, num sentido particular. Há uma figura em cada lado da Alma-Mundo  uma é a da Virgem-Mãe, que produz tristeza tanto para geração como para regeneração; a outra é a da Mente da Alma-Mundo, que está ali, ao seu lado, vigilante, para dar coragem e para ajudar, e que é o símbolo dos Guias e dos Mestres. A história do Cristianismo tomou Nossa Senhora e São João como representantes de um imenso glifo Cósmico que existiu antes do Tempo. Todavia, estes representantes, estando alinhados com o glifo no Tempo, eles próprios se tornam “glifos do glifo”.

A vinda do Cristo Cósmico na Era de Aquário, e o retorno, para as esferas Raciais, das figuras redimidas de “Merlin”, de “Artur” e dos personagens Arturianos, refere-se à hora em que o próprio homem assumirá os remanescentes do seu Carma, os remanescentes que não foram ajustados pelo último Grande Redentor. Este Carma individual  entenda-se, a última parte do Carma  deve ser plenamente compreendido para que então possa ser removido. Nosso Senhor tomou sobre si mesmo aquilo que poderia ser descrito como “desiquilíbrio global” da Evolução inteira e aqueles aspectos do pecado individual que estavam obstruindo a Maquinaria do Universo. O peso de milhões de anos de pecado foi, portanto, colocado sobre o Divino Bode Expiatório, que efetuou a sua remoção no curto espaço de tempo que já sabemos. Este feito mostra a vasta importância da realização, comparado com o valor relativamente insignificante do próprio tempo. Ë vitalmente importante compreender o que é REALIZAÇÃO e compreender que ela tem pouca relação com a marcação do tempo no plano físico. A verdadeira realização, em seus incontáveis graus de intensidade, implica em alguma medida de remoção do Carma e na retirada do Véu que há entre o homem e a sua origem Cósmica; este Véu foi interposto, na Era Lemuriana, pelo pecado Lemuriano. Antes deste pecado e da diferenciação dos sexos na evolução, o ser humano consistia do Eu Superior em Contato com a Centelha Divina; não havia Personalidade conforme nós agora a conhecemos. As primeiras “projeções” vindas do Eu Superior, conforme nós agora as entendemos, evoluíram ao redor do “Ego” criado em consequência da Sombra Lemuriana.

NOTAS SOBRE LOUCURA, PECADO LEMURIANO, ETC:

Em relação à loucura, a atitude Aquariana será muito diferente desta da Era Pisciana, que tem sido acompanhada por tanta vergonha e constrangimento. Até agora foi considerada uma coisa terrível ter um membro da família num asilo de loucos, mas na Era de Aquário muitas e muitas pessoas serão tratadas abertamente, em hospitais mentais, e muitas irão para esses hospitais por sua livre e espontânea vontade. A cura na Era de Aquário será mais dirigida para os conflitos e problemas mentais do que para as doenças físicas. Isto está relacionado com o começo da dissolução final da separatividade do “Ego” e com a compreensão correta do Círculo do Caos (4). A loucura implica na recusa a aceitar a realidade do Círculo do Caos como um bloqueio, e na negação da necessidade de aceitar e de procurar a Mudança. Ê uma visitação muito severa das forças da Terceira Sefira Sagrada (Binah) pois as forças de Mãe Negra (Ama) e do Círculo do Caos são uma só. A dissolução do Ego é o Terceiro Nascimento e envolve uma esotérica, deliberada e totalmente controlada “perda da nossa razão” no Todo Cósmico. Qualquer recusa em aceitar a dissolução do Ego trará como resultado a desordem mental, pois nesse estágio, se o Ego não quiser prestar obediência à Lei evolucionária, ele poderá ficar tão enfunado que romperá seus limites involuntariamente e perderá todo o controle consciente. Pode-se dizer que a diferença entre a loucura e o Terceiro Nascimento está em que, na loucura, o Ego rompe os seus limites involuntariamente e, no Terceiro Nascimento, o Ego, com conhecimento e dedicação, é conscientemente dissolvido  há uma consciente e deliberada “retirada do Véu”, e o adepto assume o seu trabalho como uma parte evoluída do Todo Maior, uma parte “individual”, mas não “separada”.

A “Sombra Lemuriana” foi, basicamente, o “Pecado da Separatividade”.

No início a intenção era que a evolução progredisse pela experiência da diferenciação como um resultado dos fatores epigenéticos existentes no Átomo (usando a terminologia da “Doutrina Cósmica”), mas o resultado do Pecado Lemuriano foi a separação entre o Eu Superior e o veículo inferior e a forma física, havendo então, como um dos muitos resultados adversos, a perda da memória dos estados de consciência mais elevados. A Centelha Divina (ou Consciência Logoidal) não teve possibilidade de impedir que isto acontecesse, como não podia proporcionar, no seu próprio plano, o aspecto formativo necessário à manifestação. A manifestação no plano físico, portanto, desenvolveu a consciência “Ego”  a consciência de um ser separado. Se tivesse havido “diferenciação”, mas não “separação”, a consciência resultante teria sido aquela da “individualização”; há uma grande importância na compreensão e na percepção da diferença entre aquilo que teria sido a “consciência de individualização” e aquilo que é a “consciência de Ego” ou “consciência de separação”. Eventualmente, o homem deve alcançar a “consciência de individualização” na qual a Centelha Divina, o Eu Superior e o Eu Inferior estarão todos operando em harmonia e a consciência do corpo de Malkuth será reconhecida por aquilo que realmente é, uma célula no corpo da “Mãe-Terra”. Um problema básico da evolução humana, resultante da “Queda”, é o conflito, no indivíduo, entre os aspectos Elemental e Espiritual da Vida Única. Nas suas formas mais graves, este conflito leva a um tipo de esquizofrenia no qual a vida Elemental da pessoa passa a ter uma existência absolutamente separada da vida espiritual.

Nota: Este assunto é muito profundo e difícil. A linguagem usada e as ideias transmitidas são meras “aproximações”, isto é, uma forma de levar a uma compreensão do assunto, melhor do que as definições rápidas e secas. Estas observações também se aplicam ao Glifo da Crucificação. Falando de modo geral, tais ensinamentos da Tradição são dados para auxiliar a mente a chegar às suas próprias percepções e conclusões. Pan como um Símbolo. O “Grande Deus Pã”, quando finalmente compreendido, é uma figura de Chokmah no Sistema Solar Logoidal. É um símbolo que tem relação com o símbolo da “Serpente-que-segura-a-sua-cauda-na-sua-boca”. No Grande Deus Pã reside a compreensão tanto do começo quanto do fim da força-sexo. Ele representa o “despertar de Kundalini” e também representa aquela força usada a serviço da mais elevada magia de sabedoria. Contudo, qualquer figura que represente as duas coisas juntas, começo e fim, ainda é um símbolo e deve, eventualmente, desaparecer para dar lugar à Realidade. A Realidade do Grande Deus Pã não pode ser outra coisa senão uma parte do Logos Solar.

O ditado “todos os deuses são um só deus e todas as deusas são uma só deusa e há um Iniciador” deve ser constantemente ativado. O “um Iniciador” é a percepção cada vez maior, em consequência da integração cada vez maior, do Eu Superior e da Personalidade, que leva à “Sala Vazia” em Daath. Consequentemente, em graus variáveis e sobre níveis diferentes, todos os deuses e deusas representam aspectos do Deus Único, que tanto é “macho” quanto “fêmea”. Byron. Às vezes, Forças não-humanas lançam a sua sombra sobre seres humanos e trazem influências de outros grupos Raciais que não são aquele destes humanos. Os vários grupos Raciais diferem em suas influências, daí os diferentes tipos de Elementais “vistos” em vários países. Byron é uma ilustração do caso de uma pessoa influenciada por forças de mais de um Grupo Racial. Além disso, ele tinha uma demoníaca forma de “daimon” sombreando o seu Eu Superior, e este “daimon” não tinha, naquela encarnação, nenhuma outra possibilidade de manifestação a não ser principalmente através do intelecto. As forças revolucionárias que estavam em atividade naquela época de Byron puderam usar este “daimon” dinâmico até certo limite, porém mais da metade ficou sem ser dito. É por isso que há uma sensação de alguma coisa “rasgando-se em pedaços” durante todo o tempo e tendo que fazer tudo o que tinha que fazer com a maior urgência possível, uma vez que o tempo era curto. (O poeta morreu aos 36 anos de idade.)

Forma (em Binah e Yesod). Binah representa o conceito por trás da Forma e o seu Arcanjo representa a Inteligência por trás da Forma, o “Construtor sem Forma, da Forma”, trabalhando por trás de ambos os aspectos, Escuro e Brilhante. Yesod representa a trama etérica da Forma. A Cura e os Quatro Elementos. A Era de Aquário está especialmente envolvida com a “cura pelo Ar”, através do uso da mente humana e de certas Forças do Ar  daí as referências de Steiner ao valor do visco (erva de passarinho), que é um símbolo do Ar. Nesta Era, além do aspecto especial do Ar, os valores curativos de todos os Quatro Elementos serão restabelecidos e o poder de cada um deles será entendido. Em cada Elemento há Forças tanto perniciosas quanto curativas. Os grandes curadores das Eras anteriores trabalharam principalmente através de um certo “raio” do Sol e sobre diferentes níveis desse raio. Nosso Senhor usou este raio solar, trazendo-o através de si mesmo e derramando-o sobre os outros. Outros curadores solares usaram outro nível deste raio e o colocaram em contato com o Eu Superior do paciente e, desse modo, o raio pôde chegar a esse paciente; naturalmente, eles não tinham capacidade para entrar em contato com esse raio no mesmo grau de força usado por Nosso Senhor. Arquétipos (veja, também, as notas anteriores). Ê Preciso lembrar que os Arquétipos, embora possuindo um certo grau definido de força, trabalham em fases. Assim sendo, os três grandes Aspectos Logoidais (Amor, Sabedoria, Poder) trabalham, cada um, em três fases. Por exemplo, o Aspecto Sabedoria trabalha através de Sabedoria-Sabedoria, Sabedoria-Poder, Sabedoria-Amor. No desenvolvimento de um iniciado, às vezes poder-se-á ter a impressão de que há uma regressão para um tipo de manifestação que se pensava já ter sido descartada, mas o que realmente acontece é que durante o desenvolvimento iniciatório cada Caminho é retraçado sobre um arco mais elevado. Desse modo, uma força arquetípica poderá retomar o trabalho de anos anteriores, mas num nível mais alto. A curva inferior de uma nova espiral de evolução corresponde à curva ascendente da espiral anterior. O Vigia (o Vigia na Torre.) Esta é uma figura arquetípica que às vezes é usada, pelos Planos Interiores, para ajudar a alma a ter percepção do seu verdadeiro destino. Representa a parte eterna, indestrutível, de cada um – ligando o Eu Superior com a Centelha Divina. Reconhece apenas a Realidade e, em consequência, suas ações têm por alvo destruir tudo aquilo que venha a impedir a realização do destino de uma alma. No final, a parte temporal de cada um é destruída porque não é reconhecida pelo Vigia. Ele é uma figura da Eternidade, inamovível, imutável, pertencendo ao Passado, ao Presente e ao Futuro, fazendo dos três uma coisa só. O Vigia é uma figura de Daath, relacionada com os Planos Causativos e com a Mente Abstrata. Hórus às vezes é chamado de Senhor da Era de Aquário. Ê um ser alado e completo, contendo dentro de si o seu pai Osíris e a sua mãe Ísis. Nos dias primevos, Ísis e Osíris eram um único ser: mais tarde, dividiram-se em dois. Hórus representa cada um deles no novo arco  unidos uma vez mais em um único ser. Assim, Ísis e Osíris representam a primeira e boa Era Lemuriana, e Hórus representa a versão Aquariana, completa, dessa era elevada a um nível espiritual  daí, as asas.

Almas presas à terra As almas presas à terra podem ser divididas em dois tipos.

1. O tipo de alma que, em virtude de implicações cármicas, tem um forte contato com as condições terrenas.

Na fase logo após a morte física, um tal tipo pode ser facilmente atraído de volta para cá porque as vibrações “terrenas” são mais fortes do que o corpo espiritual da alma, isto após a decorrência de um certo espaço de tempo, no qual o corpo espiritual possa ser construído para atuar nos planos mais elevados e mais sutis. Esta é uma das razões por que “anjos” estão presentes na hora da morte de um homem  eles o protegem durante a fase de ajustamento às novas condições, e suas vibrações o ajudam a mudar-se para uma “nova mansão”.

Se a alma é atraída de volta, isto geralmente se deve a uma fraqueza na natureza ética, ou a uma submersão pelas forças da terra por causa de fatores cármicos evolutivos especiais, nos quais ela está envolvida  com frequência, relacionados com pessoas que ainda permanecem no plano físico. Tais almas são sempre auxiliadas, nos Planos Interiores, por seres humanos mais evoluídos e também por anjos.

2. O tipo forte de alma que, para favorecer a sua própria conveniência, deseja permanecer o mais próximo possível das condições terrenas, recusando submeter-se às experiências subjetivas que constituirão o corpo espiritual.

Este tipo de alma compreende que, sem um “corpo”, as forças começarão a se desintegrar, a dispersar-se, e isto significará destruição para a sua maneira de viver. Ela, portanto, arma uma tremenda luta, causando aquilo que é conhecido como “assombração”, e para manter-se pode usar a obsessão de animais e de criaturas de desenvolvimento mais inferior. Ë necessário que os Adeptos tratem de tais casos porque a “vontade” de um homem está envolvida. Se um caso for de tal gravidade que a “vontade” tenha que ser quebrada – o resultado seria a desintegração da alma humana  os Adeptos trabalham para mudar a “vontade”, se isso de algum modo for possível. Os sintomas desagradáveis, assustadores e às vezes perigosos da assombração são devidos ao fato de que, em virtude do seu grau mais elevado, este ser humano falecido pode, durante um certo período de tempo – até que as forças Cósmicas superiores tenham construído uma parede de pressão para impedir que isso ocorra , manipular e controlar vibrações da “terra” ou de um tipo mais inferior do ser.

Um Adepto do Plano Interior, ao trabalhar sob tal condição, sente-se prejudicado pelo fato de não ter uma forma física com a qual ou através da qual possa operar, isto porque as forças mais elevadas, que são trazidas para cá com o objetivo de construir a parede de pressão que envolverá efetivamente a alma, isolando-a dos contatos terrenos, precisam “encarnar” através de uma forma física. De outro modo a parede, embora forte, carecerá de raízes e a alma acorrentada à terra, possuidora de grande força, a derrubará. Além disso, a assombração se alimenta do medo. Por estes motivos, num trabalho deste tipo, os Adeptos precisam de um Adepto forte no Plano Físico, dotado de compassiva compreensão. Os Adeptos que estão nos Planos Interiores lidam com as forças Cósmicas e com a lndividualidade do homem: a cooperação do Adepto do Plano Físico é necessária nos níveis inferiores das forças da Terra e da Personalidade do homem envolvido. Se for adequadamente entendido, um trabalho deste tipo terá um efeito regenerativo sobre todos os que de algum modo estão envolvidos. A Terra e Vénus. A Terra foi “encarnada” na esfera de Vénus numa fase muito primitiva. Consequentemente, há um contato entre Vénus e Terra.

Netzach tem a Rosa e a Lâmpada – dois grandes símbolos Rosacruzes  como seus próprios símbolos, e também tem o cinto ou zona. Netzach tem uma significação mais ampla do que a que tem como esfera do “romance”. Aqui são encontrados três símbolos usados pelos Rosacruzes e aqui está a esfera da qual o grande Manu trouxe as três dádivas para o homem.

A zona ou cinto guarda a significação interior dos contatos da Terra com Vénus. (A lenda do cinto de Ishtar – a última coisa que ela possuía e que foi intimada a entregar, no Mundo Subterrâneo, quando estava à procura de Tammuz  deve ter tido um profundo significado espiritual.

A Terra entrou em contato com uma profunda percepção espiritual durante a sua fase de Vénus e, na sua fase atual, obteve dela o ensinamento espiritual via Manu Melquisedeque. Entre os três símbolos de Netzach na Cabala Mística, e aquelas três dádivas do Manu, há uma correspondência interior de significado, embora não de forma; assim, a Lâmpada está em correspondência com o Asbestos, pois somente quando um homem pode suportar o Fogo e a Água espirituais é que ele poderá segurar essa Lâmpada em suas mãos. Esta é a esfera que contém a Lâmpada que guarda e irradia a Chama. A Chama é tirada de Chokmah e é insuflada por Geburah, mas é mostrada para a Terra por Netzach. Em uma Tradição, Netzach também é a fonte do Graal  a esmeralda que caiu da coroa de Lúcifer quando ele veio para a Terra.

Astrologia 1. Diz-se que as primeiras forças formativas jorraram sobre a Terra vindas da Constelação de Touro associada com Aldebarã.

2. Nos primitivos dias Lemurianos, certos Adeptos chegaram à Terra vindos do planeta Júpiter, que guarda um “esquema secreto” relacionado com a Terra. Forças Raciais. Nesta Era, todas as forças Raciais estão sofrendo mudanças; os próprios Anjos Raciais estão recebendo influências vindas de esferas mais remotas, enviadas por outros Seres Cósmicos.

Quando um homem torna a encarnar, a Raça para a qual ele é enviado não é, de modo algum, uma questão de acaso, pois as diferentes lições necessárias e os diferentes detalhes cármicos que devem ser solucionados nem sempre podem ser encontrados na Raça dentro da qual ele possa ter tido uma gravitação natural em vidas anteriores. Podemos encontrar, neste fato, uma explicação que nos permitirá compreender o “traidor”, o “pacifista agressivo” e outras figuras do mesmo tipo, que na última encarnação provavelmente tiveram ligações com uma Raça, ligações que naquela época foram legítimas, mas que agora não se justificam. Com frequência, o homem não evoluído é, até certo ponto, dominado pelo seu Anjo Racial anterior. O homem mais evoluído compreende que o seu dever é para com o Anjo Racial atual, mas em tempo de guerra a sua vida passada poderá capacitá-lo a enfrentar a “força inimiga” com habilidade especial.

Atualmente as Raças são menos definidas através do sangue; elas tendem a dividir-se em categorias de linguagem, estando o sangue cada vez mais e mais misturado. As influências do território sobre o qual uma Raça foi primeiramente assentada continuam a existir, muito embora como elemento subconsciente – ou, colocando de forma diferente, as pessoas da mesma linguagem são herdeiras das forças da terra na qual essa linguagem amadureceu. O laço de sangue representa o Elemento Fogo, ao qual, na verdade, os Anjos Raciais realmente pertencem. O laço de Linguagem representa o Elemento Ar. No estudo do ocultismo da linguagem, há muito que ser aprendido com referência a isso. À medida que o tempo for passando, tenderemos a retornar para uma Raça Raiz, e a Europa agora está encaminhando-se para isso (inclusive a Inglaterra). A Raça russa está inclinando-se para o Oriente e, através da Sibéria, irá juntar-se uma vez mais com as forças mongólicas. Por trás destas forças mongólicas há forças do bem operando muito lentamente sobre a Rússia, irradiadas do Tibet.

A figura simbólica da Raça e da Linguagem é a Torre de Babel. Esta Torre foi construída no Tempo, portanto, teve que ser destruída. Agora ela deverá ser reerguida, pois agora estamos inclinados a “alcançar os céus” da maneira certa e ter “uma linguagem”.

Vaidade. À parte das suas manifestações mais facilmente reconhecíveis, a vaidade pode ser o resultado de uma forma de ódio e aversão à Personalidade, da parte de um aspecto “oposto” do Eu Superior. Em tal caso, provavelmente será descoberto que a Personalidade dos dias passados foi desprezada por aquele aspecto oposto, e o instrumento providenciado para aquela encarnação foi recusado, ou suas experiências rejeitadas. Durante todo o tempo, enviado por algo que parece estar nos níveis inferiores da Personalidade, uma espécie de ódio pode ser dirigido contra a própria Personalidade, resultando numa lenta e insidiosa forma de suicídio. Os elogios ou até mesmo o consolo, oferecidos por outros, não são aceitáveis para este tipo de Vaidade, que só pode perceber o seu próprio reflexo pervertido. Desse modo, as opiniões pervertidas da Imagem falsa, ou aspecto, tendenciam todas as questões concernentes a esse Eu. O amor a si mesmo e o ódio de si mesmo são dois lados da mesma moeda.

ANJOS RACIAIS (veja também acima):

Estes Anjos, evoluindo de uma forma que se parece com a evolução do Eu Superior dos seres humanos, têm que passar para outros estágios de desenvolvimento, o que, no caso deles, significa trabalhar por trás de uma Raça diferente. Tal como acontece com os homens, a força principal do Anjo Racial poderá ser focalizada fora do alinhamento verdadeiro com a sua fonte, e então, com muita frequência, um poder maléfico usará essa força do Anjo Racial, do mesmo modo como uma Personalidade maléfica utilizará, para coisas erradas, a força do seu Eu Superior.

Até certo ponto, os Anjos Raciais podem ser comparados aos Anjos da Guarda ligados aos indivíduos. Estes últimos são corporificações da Vontade Logoidal dividida em entidades, cada uma ligada a cada unidade humana quando a diferenciação espiritual teve lugar. Os Anjos Raciais são entidades que conservam um dos aspectos especiais do Manu que primeiro guiou o ramo principal da Raça. (Assim, o Líder Ariano Rama deixou aspectos da sua força em várias Raças Arianas).

Os Anjos Raciais – quando convenientemente evoluídos – ganham um assento na Mesa Redonda sideral. Algumas vezes é introduzida uma medida política que determina esse conceito. Outras, também se descobrirá que o assento não poderá ser ocupado senão depois de um longo tempo  assim como um homem não poderá sentar-se na Mesa Redonda antes de tornar-se um rei de si mesmo. Os Anjos de raças grandes e pouco desenvolvidas não estão no mesmo estágio em que estão os Anjos de nações relativamente desenvolvidas. Há uma falta de coesão em tais veículos raciais, que, em geral, não estão adequadamente unidos com a mente-Grupo. Em tais condições, um partido forte e ardiloso poderá interpolar um “falso” Anjo e este “falso” Anjo poderá tomar o lugar do verdadeiro Guardião Racial que não estava fortemente ligado com o Grupo.

Quando várias Raças são amalgamadas em uma, os vários Anjos Raciais ficam em uma única aura, e esta aura poderá ser considerada como uma vasta Superalma. Deste modo, os vários grupos felinos estão incluídos na Superalma ou aura do Arquileão, e a Terra e a Lua atual fazem parte de uma Superalma ou aura.

Uriel e Sandalfon. Uriel é o Regente do Elemento Terra; Sandalfon é o Regente da Esfera da Terra (Malkuth), e ambos têm um relacionamento interligado, cada um sendo o Regente de um aspecto de força mais denso. Sandalfon domina sobre a estrutura das formas-vida dentro deste planeta  assim, ele governa a evolução da consciência e da forma sobre a terra, portanto, é o Regente das “Almas de Fogo”, sendo este o nome simbólico dado à consciência dos átomos. Uriel governa as forças básicas da Terra em si, particularmente as forças sísmicas, e estava ligado a este planeta antes mesmo de que a sua forma se solidificasse, quando a Terra estava atravessando seus estágios ígneo e aquoso. Diz-se que ele previu os cataclismos Atlantes e que foi o mestre de Enoque. Uriel trouxe o grande Dilúvio  pelo menos, ministrou-o à Terra, na qualidade de servidor de Poderes Mais Altos. Por seu intermédio, o Fogo, a Terra e o Ar têm, esotericamente, “permissão” para trabalhar sobre a terra. Em um outro tempo Uriel foi o Regente da Velha Lua, portanto, uma parte do seu poder está relacionado com a Terra Interior. As Potências da Terra Interior. Estas se relacionam com a Velha Lua (a Lua que precedeu o satélite atual) e com os dias pré-Atlantes, quando a consciência humana era mais ou mesmo da mesma natureza do Atziluth de Yesod. A Terra Interior está relacionada com um certo tipo de cura física porque contém a primeira manifestação dos Quatro Elementos e também os componentes primários do corpo humano.

Rafael e Miguel. Às vezes, ambos são atribuídos ao Sol. Rafael representa as forças básicas do Sol, uma vez que ele “está dentro do Sol”. Miguel representa as forças solares no seu aspecto de poder espiritual. Desse modo, ele dirige um aspecto do poder que está por trás do “Herói do Sol”  quer seja um deus, um semideus ou um humano – e, como representante do Fogo Eterno, está encarregado de guardar a consciência contra as abordagens do Fogo Infernal. Ele é o governante dos sagrados Beni Elohim. Uma parte “não sagrada” destes Beni Elohim colaborou na Magia Negra da Atlântida. Resignação. O conceito esotérico de resignação como uma virtude não é, de modo algum, o de uma forma de “mentalidade escrava”; é a força das rochas que não podem ser movidas, é a percepção plena dessa força. Saturno e uma nota sobre os Animais A “evolução-Saturno” da Humanidade foi a Idade de Ouro, pois Saturno foi o primeiro “sol” da nossa humanidade – não “o-Sol-por-trás-do-Sol”, mas simplesmente o primeiro Sol. Então, a matéria foi retirada daquele planeta e usada em outros planos, e Saturno se tornou o “planeta da Morte e da Constrição”. (Os arcos mais elevados da Mãe Negra tratam do colapso e da reconstrução dos escombros do universo, isto é, do Caos.) Houve o Éden, ou a Idade de Ouro, e o seu simbolismo é muito interessante. Saturno está relacionado com ambos os desenvolvimentos, solar e lunar, de Eras muito remotas. Seu metal mágico é o chumbo; a transmutação deste metal básico em ouro é uma operação alquímica, simbólica, muito conhecida. A profundidade deste simbolismo reside no fato de que o chumbo precisa voltar a ser transformado em ouro. Na Doutrina Cósmica há uma menção da estrela Alfa Centauro, e a estrela “7” (Gama) dessa constelação do Centauro foi a primeira a ter o contato com a Mente Logoidal, quando esta contemplava o início da evolução humana na forma. Os animais superiores são desenvolvimentos das “experimentações” Logoidais, que poderiam ter sido humanos se as suas superalmas não tivessem falhado em certos pontos. Contudo, os quatro tipos mais elevados têm um papel importante no destino do homem – as quatro Criaturas Vivas Sagradas. Não obstante, foi na esfera do Centauro que algo do verdadeiro destino foi alcançado. Daí ser o Centauro uma constelação de grande importância, e o seu equivalente astrológico, num horóscopo, poderá indicar uma aptidão especial para compreender a humanidade. Ê fácil ver, também, como o uso profundamente degradado do conhecimento desses assuntos foi uma espécie de inspiração maléfica para os pecadores Lemurianos.

Arquétipos (veja também acima) A união com um Arquétipo Cósmico é um ato muito significativo. Isso quer dizer que um conceito espiritual, recebido da Mente Logoidal, toma-se realidade em Malkuth porque é sobrevivido. Este conceito é inicialmente dado à humanidade na forma de um mito – e um mito pode ser comparado a um sonho do Inconsciente Logoidal, que depois passa a ser transportado para uma Projeção do consciente humano. Ativar um Arquétipo ajuda uma alma, um grupo ou uma nação, a redimir e a assimilar um aspecto de si mesma, que anteriormente fora rejeitado ou projetado. Há, portanto, muitos tipos de Arquétipos, alguns especificamente relacionados com a Personalidade, outros com a Individualidade, além de que também há Arquétipos universais e Logoidais que podem ser aplicados a grupos e a nações. Todos fazem parte do processo de integração.

Pendragon. O símbolo do Dragão, de Artur, refere-se à Lemúria, quando a constelação de Dragão continha a Estrela Polar. Ela também passou a ser a Serpente Alada da Mais Alta Sabedoria, ou a Serpente Maligna. Morte, Mudança, Reencarnação, etc. No princípio, o sistema de “mudança”  que mais tarde passou a ser “morte”  constava de estágios de afastamento do plano terreno, isto quando a corrupção do veículo físico ainda não se tornara estereotipada. O próprio veículo físico quase que não era físico, no sentido em que atualmente se dá a essa palavra; era um veículo etérico denso, que podia ser retirado mais ou menos como uma pele completa que um outro ser humano podia usar enquanto o ocupante anterior retornava para outras fases do plano interior, até voltar a entrar em contato mais uma vez – em percepção – com as suas próprias origens, no momento da entrada no Sistema Logoidal Solar  percorrendo uma vez mais, num processo inverso, o caminho da evolução humana conforme então ele era. Uma tal jornada, para a qual o ser em encarnação trazia a sua própria experiência e aduzia a sua própria quota de desenvolvimento, nessa época era muito mais simples e curta do que é agora, pois estamos falando do início da história humana. Agora o processo é longo e complexo, pois após o término, pela morte física, de um período de desenvolvimento sobre a terra, o espírito do homem faz uma longa viagem de processos inter-encarnacionais, nos quais as fases evolutivas do Eu Superior são recapituladas através dos elos anteriores do seu desenvolvimento antes de que a humanidade passasse a viver na Terra atual. Ao mesmo tempo que isto acontece, a Personalidade e os veículos mais elevados recapitulam e absorvem, em meditação, as experiências da encarnação que acabam de terminar.

Todo o progresso segue a lei da recapitulação, que envolve as grandes leis da mudança, da transmutação e do sacrifício. A recapitulação física pode ser observada nos primeiros estágios do embrião humano. Na Era de Aquário, Yesod irá estar muito ocupada com a redenção e o equilíbrio. Notas sobre os veículos interiores do homem. Na “Idade Heroica”, (e até mesmo em dias posteriores, entre os filósofos gregos) a mente não trabalhava exatamente do mesmo modo como hoje trabalha. Na Idade Heroica a mente concreta certamente estava em uso e desenvolvendo-se, mas ainda não tinha alcançado o desenvolvimento que alcançou mais tarde. Segue-se que os Grandes Arquétipos e, antes deles, os Princípios, trabalharam através do corpo etérico, de uma forma que hoje não é mais possível. Ê por isso que nas estórias daqueles dias pode-se discernir uma grandeza macrocósmica no microcosmo. A mente concreta desempenhou uma parte relativamente pequena na composição do homem, mas a mente Abstrata estava, normalmente, em contato com o “pensador” da época. No presente o caso é inverso, pois a Mente Abstrata declinou nos não-iniciados em geral, e o destino do homem moderno é trabalhar o mais possível através da sua mente concreta. Desse modo, atualmente, tudo é necessariamente visto numa perspectiva diferente. Na verdade, o grande heroísmo existe hoje em dia, mas não se reflete, por assim dizer, diretamente sobre o corpo etéreo, vindo de níveis macrocósmicos. Para a mente moderna, por exemplo, o arrastamento do corpo de Heitor, por Aquiles, depois de Heitor ter sido assassinado por ele, parece cruel e chocante, mas é provável que naquela época nem mesmo os Troianos tivessem essa opinião. Aquela foi uma vindita “gigantesca”, em grande escala, entre Heitor e Aquiles  uma vindita na qual tomaram parte as Superalmas tanto dos Gregos quanto dos Troianos. É desse modo que nasce o drama, ou, na linguagem dos Mistérios, é desse modo que os rituais são estruturados e operados.

Os MESTRES (veja também acima):

No Oriente  especialmente na índia  as condições e a atmosfera são muito mais fáceis de manipular, desde os Planos Interiores, com o propósito da manifestação. Estas são manifestações dos aspectos etéricos ou sutis da matéria, e sendo da matéria podem ser chamadas de “físicas”, mas então a palavra tinha um significado um pouco diferente daquele que normalmente se entende por ela. Quando a Sociedade Teosófica foi inaugurada, foram necessárias manifestações o mais fortes possíveis, dos Adeptos do Plano Interior, com o objetivo de imprimir a doutrina  mas, quando este objetivo foi alcançado, a mesma força de manifestação já não foi mais necessária.

Com respeito às “encarnações” dos Adeptos do Plano Interior, a questão é mais complexa do que geralmente se pensa e existem diferenças entre os graus de encarnação. Um discípulo adequado, de um determinado Mestre, pode ser usado como um tipo de encarnação por esse Mestre, com o consentimento e a cooperação do discípulo  e o resultado pouco diferiria de uma encarnação genuína durante todo o tempo exigido pelo objetivo do Mestre. Contudo, a Força encarnada só estaria encarnada intermitente e temporariamente, e a Personalidade assim manifesta não seria a sua verdadeira Projeção. Segundo se diz, um exemplo disto, no mais elevado dos níveis, foi a manifestação, durante três anos, de um aspecto do Cristo no Senhor Jesus, com o propósito de realizar um grande trabalho, tendo o alto Iniciado, que manifestou a Força, vivido outras vidas na terra, dirigidas por seu próprio Espírito.

O ARCANJO SANDALFON:

Este Arcanjo é o guia do planeta Terra  o regente de Malkuth (veja Doutrina Cósmica). Ele tem guiado a Terra desde os dias Lemurianos e muitas das suas relações com a Terra figuram em mitologias e nos mitos de certos deuses. O seu desenvolvimento afeta a humanidade, mais ou menos da mesma maneira como a evolução da humanidade afeta o desenvolvimento da Terra (o Espírito Planetário), conforme descrito na Doutrina Cósmica. Os Anjos Raciais estão na sua jurisdição especial e certos países e suas influências, num sentido profundo, são o resultado dos seus próprios estágios de crescimento. Palas Atena. A Sabedoria é virgem e inadulterada; até certo ponto, é velada, pois o mundo não poderia sobreviver à sua visão nua; quanto mais fundo ela penetra na matéria, mais ela deve ser resguardada, portanto, está armada para a sua própria proteção; usa um elmo, para que o próprio fogo não destrua o cérebro; ela é gerada, não é feita; é nascida do pai, isto é, da Centelha Divina, através do contato Logoidal; ela usa a lança e guarda todo o conhecimento. Em síntese, ela é Palas Atena e no seu escudo está a cabeça da Górgona, velada ou sem véu.

1 – A Sociedade da Luz Interior agora usa os termos Personalidade Evolucionária e Personalidade Encarnatória, respectivamente.

2 – Na Árvore da Vida, da Cabala.

3 – Veja Árvore da Vida.

4 – Veja A Doutrina Cósmica.

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