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Santo Alberto Magno, um dos doutores da Igreja Católica do século XII escreveu abundantemente sobre Alquimia. Em De mineralibus revela crer no poder oculto das pedras, embora não afirme que poderes são esses. A posteridade legou a ela a importante posição de ser um dos poucos possuidores da Pedra Filosofal e com ela o segredo da transmutação do Chumbo em Ouro, segredo que teria passado a São Tomás de Aquino, pouco antes de sua morte.
Um dos livros atribuídos a ele, se chama “Libellus de Alchimia”, ou “Livreto da Alquimia”. Um livro bastante prático para a literatura alquímica de sua época no qual de forma sucinta Alberto Magno fala sobre as substâncias, os equipamentos e os processos alquímicos dentro do laboratório.
Logo no início do Libellus, Alberto descreve certos requisitos físicos à prática, organizados aqui segundo a leitura de Brian Cotnoir em Introdução a Alquimia:
1. SILÊNCIO
“Quem trabalha nessa Arte deve ser silencioso e reservado.”
Isso é necessário para proteger a Arte de erros que podem se insinuar na prática, daí resultando que “o segredo se perderá e o trabalho será imperfeito”.
2. LOCAL
O operador “deve ter um local especial, escondido das vistas alheias à Arte”, onde possa realizar seu trabalho, com zelo e tranquilidade.
3. TEMPO
“Observe o tempo em que o trabalho deve ser feito.” Por exemplo: “Sublimações são de pouco valor no inverno”.
4. PERSEVERANÇA
“O trabalhador nessa Arte deve ser cuidadoso e assíduo em seus esforços… se ele começa e não persevera, perderá material e tempo.”
5. USO CORRETO
“O trabalho deve ser feito segundo o costume da Arte.” Ou seja, conforme as instruções do seu Orientador.
6. VIDRO
“Todos os recipientes em que os remédios podem ser colocados… devem ser de vidro ou vitrificados.”
7. ADVERTÊNCIA
“Evite acima de tudo associar-se a príncipes e potentados.”
Alberto adverte contra associar-se com “príncipes” porque, se não tiver sucesso, você sofrerá, e se tiver sucesso, você será contido, “apanhado por suas próprias palavras e preso por seus próprios discursos”.
8. CAPITAL
“Ninguém deve começar qualquer operação sem dispor do capital necessário” para completar o trabalho, pois com o trabalho incompleto, tempo, material e tudo o mais serão desperdiçados.
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