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Rubellus Petrinus
O azinhavre é uma substância azul esverdeada, quase insolúvel na água, mas muito solúvel no vinagre e noutros espíritos ácidos. O azinhavre forma-se à superfície das peças de cobre, latão, ou bronze que estão expostas à acção do ar húmido, que nada mais é que um carbonato de cobre. O carbonato de cobre, no seu estado natural é a malaquite.
Frequentemente, o azinhavre é confundido com o verdete ou acetato de cobre.
Procurai 1 kg de vitríolo de Vénus natural, colocai-o dentro de um recipiente de vidro ou de porcelana e deitai-lhe água da fonte, aquecida a 40º, que seja suficiente para o dissolver completamente. Filtrai a solução.
Numa bacia de ferro esmaltado, dissolvei, também, em separado, em água da fonte aquecida a 40º, 1 kg de sal de tártaro natural (carbonato de potássio) e, na sua falta, carbonato de sódio. Filtrai também a solução.
Agora, mergulhai uma caneca de esmalte ou de porcelana na solução de vitríolo e enchei-a. Vertei-o, pouco a pouco, na solução de carbonato, mexendo bem, com uma colher de madeira, à medida que haja efervescência e que, ao mesmo tempo, se forme um precipitado azul verde- claro.
Prossegui, da mesma maneira, mexendo sempre, até que deixe de haver efervescência. Se não houver mais efervescência quando deitardes a solução de vitríolo, é porque a solução está saturada. Então, parai.
Deixai repousar algum tempo, vertei depois, por decantação, o líquido da solução. Se escorrer um líquido azulado, é porque há ainda vitríolo na solução que não reagiu com o carbonato.
Deitai água da torneira com abundância no vosso precipitado, para o lavar convenientemente, mexendo sempre muito bem, até que a água saia clara.
Por decantação, vertei a água toda e deixai secar ao Sol ou num fogão a gás, com calor moderado, em banho de areia.
Quando a matéria estiver seca, retirai-a com uma colher de aço inoxidável e guardai-a num frasco de vidro, de boca larga, bem fechado.
Este azinhavre de Vénus canónico, embora preparado artificialmente, foi-o com vitríolo de Vénus natural, que é o elemento principal da reacção química.
Cal de Vénus.
Para preparardes a Cal de Vénus ou Aes Ustum (cal ou óxido), ponde numa escudela de aço inoxidável ou de barro, 250g de azinhavre e colocai-a num fogão a gás, com fogo muito forte. Remexei bem, com uma colher de aço inoxidável, à medida que se for calcinando, até ficar completamente negra como azeviche. Quando atingir este ponto, parai e deixai arrefecer. Prossegui da mesma maneira, até terdes calcinado o vosso azinhavre. Depois de fria, deitai-a num frasco de vidro de boca larga, bem fechado.
Esta cal, servir-vos-á para preparardes o verdete e a tintura de Vénus.
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