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Por Danilo Coppini
Gnose desenvolvida pela Corrente L.T.J 49
Cura: Derivado do latim ‘Cura’ (cuidado) essa palavra possui diversos significados que corroborarão com a compreensão acerca da grandeza desse Mestre Quimbandeiro. Curar está associado ao ato de regeneração, solução de defeitos, dosagem e aplicação de tratamentos, restabelecimento do corpo, da mente e do espírito. Por esses motivos foi adotado como chamamento de certos cargos religiosos – em especial com sacerdotes católicos e/ou outros tipos de “zeladores de almas”.
Curador: Palavra que designa pessoa curandeira. Os Curadores são mestres das rezas poderosas, dominam fluxos benignos e nocivos, receberam esses dons através de poderosa ancestralidade. Curadores são zeladores da sabedoria oculta. Em algumas doutrinas espirituais os médiuns são denominados como “cavalos” e no regionalismo a palavra Curador também é usada para o tratador de cavalos.
As definições agem como uma seta que aponta linhas de raciocínio e justamente por isso que os Exus usam as alcunhas como adjetivo de seus títulos. O nome aponta o grau evolutivo e a alcunha raio/extensão de ação.
O nome Curador é um adjetivo usado justamente para que as pessoas vejam semelhanças com o arquétipo de curandeiro. Um Exu Curador tem poderes e sabedorias de um curandeiro, porém, nem todo curandeiro se torna um Exu Curador. É Legião mais misteriosa de toda Quimbanda Brasileira e poucos são os que conhecem a vasta gama de energias que esses espíritos dominam e manipulam. Iremos transcrever a formação e ação desses Mestres e como influenciam outras Legiões de Exu e Pombagira.
Para ser integrado à Legião de Curador um espírito necessariamente deve ter sido um líder religioso. Dentro da Legião de Curadores existem espíritos com cargas religiosas diversas – até como forma de amplitude na egrégora. Destacam-se: pajés, ngangas, babás, rezadeiros, curandeiros, feiticeiros ibéricos e padres (jesuítas). Um ponto em comum entre tais espíritos foi o obscurecimento ocorrido através do contato com energias sinistras enquanto estavam no período material. O esclarecimento e a luz (sabedoria) adquiridos através desses contatos primais rompeu dogmas enraizados e concedeu a clareza necessária para libertação plena. Outro ponto em comum entre esses espíritos foi a constante guerra contra as limitações físicas, ou seja, o não conformismo com as Leis naturais impulsionava-os buscar elementos que reestabeleciam as linhas da vida ou rompiam-nas conforme o interesse. Enquanto vivos materialmente dominavam não apenas pela força de cura, mas pelo alto poder de controle capaz de manipular pessoas, decisões tribais (grupos) e o destino de certos acontecimentos. Alguns espíritos com características similares são vistos em outras Legiões, mas a diferença reside exatamente em como foi o processo de escurecimento. Os Exus Curadores passaram pelo mesmo processo independente da egrégora que vibraram enquanto presos no invólucro.
A expressão-chave desse Exu é: Lobo em pele de cordeiro
Sendo espíritos tão específicos podemos afirmar que suas egrégoras são pequenas em relação aos demais Exus; assim, os Curadores são espalhados entre outras Legiões de Exu como colaboradores no processo de construção, edificação e manutenção das mesmas. Seu poder de domínio e reestabelecimento energético é muito importante para a expansão dos Tronos.
Curadores são muito similares aos “Mestres Quizumbeiros” e facilmente os confundimos tamanha a sa-bedoria que possuem, porém, a grande diferença entre ambas as classes espirituais reside no objetivo expansivo. Enquanto os Quizumbeiros são estáticos e trabalham exclusivamente nos planos mentais, os Exus Curadores descarregam seus fluxos em todos os planos que influenciam a matéria (mental, físico, sentimental, astral, sen-sorial). O processo evolutivo defendido pela Quimbanda Brasileira compreende que a transformação de Exu Curador para Mestre Quizumbeiro é o caminho natural desses espíritos.
Quando um espírito é enviado à Legião de Exu Curador recebe o conhecimento de todos os espíritos que formaram a mesma. Após o período de casulo (preparatório), saberá lidar com todos os fluxos e com as descar-gas energéticas emanadas pelas pessoas vibrando em variados tipos de egrégora. Uma das particularidades dessa Legião é o domínio sobre o ‘sangue-verde’, todos os venenos e antídotos, raízes, frutos, cascas, animais peçonhentos, poções antigas, feitiços mesclados (feitiços onde uma egrégora é usada de forma diversa daquela que seus condutores a usam), descargas através dos olhos, enfim, Exu Curador é uma fonte infindável de conhecimento.
Ao trabalharmos com Exu Curador devemos estar cientes que teremos de enfrentar descargas diferentes daquelas que estamos acostumados. Muitas vezes elas agem de forma quase imperceptível e enganam nossos sentidos limitados. Isso prova que Exu Curador trabalha quase como uma sombra e seu grande segredo é ser o menos perceptível possível. Ao longo dessa introdução sobre a extensão desse Exu pode-se perceber claramente associações com outras Legiões e podemos citar: Exu Mal-Olhado (em razão dos poderes de lançar feitiços através dos olhos), Exu Cobra e Exu Sete Venenos (pelo domínio sobre todas as classes de venenos), Exu Sete Sombras e Exu Capa Preta (pelo poder de ocultação), Exu Malei (pelo poder dos patuás, rezas antigas), Exu das Almas (pela egrégora das Igrejas), enfim, Exu Curador está ligado direta ou indiretamente com todos os Reinos físicos e elementais da Quimbanda. Também seríamos superficiais se não citássemos as ligações de Exu Curador com a linhagem de Maria Padilha, afinal, a Legião dessa Pombagira representa o legado da Bruxaria Ibérica que compôs a Quimbanda Brasileira e muitos espíritos de antigos bruxos/feiticeiros estão nas linhas de Curador.
Exu Curador tem uma linguagem e uma forma de trabalho que se diferem um pouco das demais linhagens de Exu e Pombagira. Como são poderosos feiticeiros fazem uso das ladainhas obscuras, figuras de linguagem quase esquecidas pela Quimbanda atual e mesmo os feitiços mais simples são meticulosos. Tudo envolve concentração, desprendimento energético, pontos corretos e uma “troca justa”, ou seja, ele dá energia, porém, se não adentrarmos na mesma sintonia essa energia se transforma em descarga nociva. Curador exige uma mudança de comportamento somada ao comprometimento e engana-se quem crê que esse Exu é caridoso.
Em suas rezas constata-se o uso de palavras incompreensíveis, formulas silábicas e gestos ritualísticos. Obviamente que podem variar, afinal, são centenas (quiçá milhares) de espíritos que compõem a Legião, mas todos, sem exceção, identificam tais expressões. Portanto, não devemos julgar uma manifestação antes de averi-guar a veracidade da mesma. Seu arquétipo (forma astral que costumeiramente se apresenta) geralmente retrata um ser ancião, com vestes simplórias e rosto com marcas profundas. Em alguns casos pode aparecer com manto completamente preto. Um adepto – devidamente preparado – pode compartilhá-lo em incorporação, mas isso, além de ser raro, só acontecerá poucas vezes ao longo da vida do adepto. Mais raro ainda é alguém ter a graça de possui-lo como Mestre de Ascenção (principal), porém, é perfeitamente possível.
O Povo das Matas são os espíritos que possuem maiores conexões com Curador, principalmente pelo enredo magístico do mesmo. Dentro dos objetos de poder desse Exu encontram-se penas, pedras, terras, animais secos, raízes, flores, frutos, sementes, peles, dentes, venenos, cascas, mas as ligações alquímicas presentes em outras Legiões também fazem dos metais sólidos e líquidos objetos poderosos, bem como amoníaco, enxofre, sal e essências diversas. Um aspecto pouquíssimo trabalhado é o conhecimento acerca das medicinas indígenas como o rapé, Ayahuasca, dentre outras.
As Cores de Velas Usadas Para Exu Curador
Exu Curador possui vibração por cores. Apesar de sabermos que a vela colorida nada mais é do que parafina com tinta, devemos nos atentar para os espíritos que trabalham com a vibração das cores. As cores possuem uma ciência que comprovadamente afeta-nos direta e indiretamente. Nossas mentes conectam com mais facilidade e direcionam com mais foco e como isso é primordial nos rituais com Exu Curador, torna-se fundamental.
Velas vermelha e preta: Estimula-nos energeticamente, emanam urgência, necessidade, mexem com os batimentos cardíacos excitando-nos, ao mesmo tempo vibram o equilíbrio, poder, superioridade e a nobreza dessas emoções através da cor preta.
Velas verde e preta: Estimula-nos aspectos físicos e mentais relacionados à saúde, equilíbrio, cura. É a principal vela dessa Legião.
Vela branca e preta: Estimula-nos contatos ancestrais e trabalha nossos mentais para a purificação interior. É usada nos trabalhos onde necessitamos adentrar profundamente em nossas doenças (psíquicas ou físicas) e encontrar os caminhos de cura. Nossos antepassados que jazem nos locais onde nossos olhos não enxergam nada além de escuridão são louvados através da cor preta.
Vela branca: Básica e pode ser usada em todos os rituais.
Vela vermelha: Usada para a busca plena de energia. Nos banhos e demais rituais onde necessitamos de grandes descargas energéticas essa é a vela mais adequada.
Vela Preta: Usada para evocar os aspectos mais sombrios e ocultos de Exu Curador. Sua força em rituais de necromancia.
Adeptos mais experientes podem usar tinturas, óleos e essências para ampliar a ação dessas velas. Não é uma regra o uso das mesmas, afinal, antigos feiticeiros usavam velas de sebo e lamparinas de óleo em seus rituais, portanto, experimentos são sempre aceitos.
Oferendas e Práticas
“Laroyê Exu Curador, salve a força oculta das plantas! Peço que minhas mãos sejam consagradas para despertar do sono todos os elementais que habitam nas veias verdes, a fim de que soltem suas essências de acordo com minhas necessidades. Que meu ato seja abençoado pelas noites que acariciaram cada folha, galho, semente, raiz e flores dessas plantas. Com respeito e dedicação peço em nome dos antigos que hoje fortalecem a armada de Maioral. Salve o Sangue Verde!
Me banharei com o sumo sagrado, restabelecendo minhas forças e poderes, livrando meu corpo físico e astral de toda imundície que esse plano profano me envia. Peço a libertação de tudo que atravanca meus passos e meus pensamentos e que atraia somente o que meu desejo anseia. Que assim seja e assim será! ”
Observação: Coloque essa bacia em um local limpo, acenda uma vela vermelha (fina) do lado direito dedicada ao Exu Curador e deixe essa mistura descansar por no mínimo duas horas.
Os objetos de poder (pedras, penas, etc.) podem e devem ser usados em diversos tipos de trabalho, assim, farão parte da firmação dessa Legião. As pedras carregam pontos, as penas (além de simbolizarem o elemento ar) podem limpar o ambiente, enfim, todos os elementos serão usados conforme as necessidades. Os adeptos mais instruídos certamente entenderão a aplicação desses materiais, os mais novos restringirão seus usos ao aprendizado paulatino e às próprias emanações advindas do contato com o espírito.
As bebidas são muito amplas. Podemos servir desde vinhos até cachaça. Tudo depende da intensidade do trabalho, assim, aprendemos na prática que o volume de teor alcoólico pode influenciar a oferenda desses Exus. Para trabalhos mais sutis, bebidas mais amenas (menor teor alcoólico) e nos trabalhos mais densos bebidas mais fortes (gim e cachaça). Também podemos preparar cachaças com ervas específicas.
O tabaco pode ser trabalhado na forma de charutos, cigarros de palha ou cachimbo ritualístico. O fumo do cachimbo deve ser mesclado com ervas aromáticas com sálvia e alecrim. A confecção do fumo é algo que trataremos posteriormente.
A forma com que ofertamos essas oferendas é igual a realizada com os demais Mestres. Cabe-nos adaptar apenas certos elementos, tais como o uso das pedras para a manutenção de um ponto riscado.
Os Principais Trabalhos
Esse é o momento em que o esoterismo de Exu Curador é revelado. Na nossa Tradição Exu Curador possui duas formas de manifestação: Baba Igbé (Pai Curador) ou Baba Mofó (Pai das Trevas ou Pai da Escuridão). O trabalho com Exu Curador não se destina ao ataque espiritual, portanto, usamos sua face mais obscura como fortíssima proteção. Solicitar o ataque a essa Legião é no mínimo controverso, afinal, o próprio nome da Legião aponta-nos que sua função é protetiva e, apesar de seus conhecimentos serem capazes de agredir, devemos respei-tar a natureza dessa alcunha
Baba Igbé
Baba Igbé é a face branda de Exu Curador. Trata-se da manifestação de cura, medicina, transformação, evolução, superação, respeito e toda evolução que sofremos após sermos libertados das doenças físicas, mentais, psicológicas e sentimentais. Seu cajado simboliza a Caninana (cobra que come outras cobras – inclusive peçonhentas). A ladainha de Baba Igbé é simples, porém, trata-se de uma reza linda e com fundamentos antigos.
“Eteuá, eteuá (Salve, salve!)
Idorim Baba Igbé (Saudações Pai Curador!)
Keremurum Metero (Me livre do Escuro)
Keremurum Gangatu (Me livre da ira de Ganga)
Keremurum Kuê Kampassunta (Me livre da serpente que come a alma)
Ilokô Baba Igbé cemó (Esse feitiço Pai Curador comeu!)
Idorim Baba Igbé (Saudações Pai Curador!)
Kevulê kevulá Otori (O que foi e sempre será o cajado!)
Eteuá (Salve!)
Essa oração deve ser feita sempre que necessitamos da face branda de Curador. Usamos o seguinte ponto para trabalhar com Baba Igbé:
Esse símbolo deve ser ativado com sopro de bebida (acrescida de pimenta-da-costa mascada), sete sopros de tabaco e firmamos três velas (cor depende da necessidade) dentro das estrelas (uma em cada). Saudamos Exu Curador e iniciamos a reza.
Observação: Podemos fazer esse ponto com terra fértil ou com terra retirada da mata. Isso trará ainda mais força ao ritual.
Dentro do Ponto podemos carregar banhos, pós ou ainda servirmos as oferendas. Para que esse tenha maior força/descarga podemos dispor quatro pedras de esmeralda firmadas/ancoradas dentro dos tridentes.
Oferta a Baba Igbé Para Trazer Boa Saúde e Sorte
No ponto (devidamente ativado e aceso), ofertamos uma cabaça média cortada ao meio (limpa -todas as sementes são retiradas). Colocamos um pedido escrito a punho dentro, três penas de ave que canta (pássaros ou papagaio), três moedas, três búzios brancos, um obi africano aberto, pó de ossum, pó de anis estrelado e cobrimos tudo com melaço de cana. Deixamos no ponto, fazemos os pedidos e cantamos os pontos. Ofertamos vinho, charuto (ou outro). No dia seguinte, cobrimos a oferenda com açúcar mascavo (ou rapadura ralada) fechamos a cabaça amarrando-a com linha de algodão (barbante) e levamos aos pés de uma árvore frondosa. No local, deixa-mos um pedaço de fumo de corda e um coité com vinho. Pedimos a ação de Exu Curador:
“Exu Curador, Eteuá Baba Igbé! Peço que a força dessa árvore seja dada a mim, que meus ossos sejam tão fortes quanto a madeira, meu corpo seja restabelecido com a beleza das folhas e minha mente seja purificada com a brisa da manhã sem nuvens. Que eu tenha alegria, força e raízes fortes para superar todos os obstáculos! Laroyê Exu Curador! ”
Vire-se e parta sem olhar para trás.
Baba Mofó
Baba Mofó é a face sinistra de Exu Curador. Mofó significa trevas, escuridão em um dialeto antigo e simbólico usado por esses espíritos. Evocamos essa face sempre que necessitamos de proteção contra ataques espirituais advindos de correntes desconhecidas ou indetectáveis em oráculo. Evocações são tão poderosas que exterminam todo tipo de vampirismo, larvas astrais e ataques advindos de qualquer classe espiritual (inclusive de Exus e Pombagiras). Baba Mofó é impiedoso e seu cajado simboliza a própria foice da morte. A ladainha de Baba Mofó é:
“Kero nace – Kero nace o mi Baba Mofó (Peço licença, peço licença ao meu Pai das Trevas)
Eteuá Mofó Ekuni (Salve o Senhor da Morte Escura!)
Quitá ibé notero keru (Me dê forças para passar pelo escuro!)
Idorim Baba Mofó (Salve Pai das Trevas!)
Moité Tilapá (Vos ofereço cachaça)
Xeru xeru (Carvão em brasa)
Abanefá xxoxô (Sangue quente de galo)
Nefá Tipé – Nefá tipé Xulô (Me livre dos inimigos vivos – me livre dos inimigos mortos!)
Eteuá Baba Mofó (Salve o pai das Trevas!) Repete sete vezes seguidas.
Essa reza deve ser feita usando o seguinte ponto riscado:
O ponto é ativado com bebida e enxofre. Misturamos (1 dose e três pitadas), colocamos bem pouco na boca e sopramos com toda força em cima do ponto. Esse ponto deve ser riscado com carvão no chão (existem outras variações).
Sete velas pretas devem ser acesas nas pontas do eixo central (uma em cada), um braseiro com carvão em brasa colocado ao lado esquerdo (em cima da estrela invertida) e um coité com cachaça do lado direito (em cima da estrela convencional. Um galo preto é sacrificado sem faca (a cabeça é arrancada) e o sangue deve cair em cima do carvão quente. Enquanto o sangue jorra o adepto fará a oração sete vezes seguida.
O corpo desse animal será coberto com enxofre e enterrado no cemitério. A bebida jogada em uma encruzilhada.
Observação: Jamais devemos evocar Baba Mofó sem termos trabalhado infrutiferamente com outras Legiões. Esse recurso não deve ser usado em vão, afinal, trata-se de uma força muito poderosa e além da vã compreensão.
Ponto Cantado de Exu Curador
“Senhor das Curas eu te chamo nessa hora
Senhor da Cura venha me defender
Estou sofrendo os males da inveja
Meu inimigo corre gira pra eu morrer
Acode Exu esse teu filho
Acode Curador, vem acudir
Com teus poderes e mistérios
Se desejam minha morte, não me deixa mais cair! ”Tava curiando na encruza
Quando a Quimbanda me chamou
Exu no terreiro é Rei
Na encruza ele é doutor
Exu no terreiro é Rei
Na encruza ele é doutor
Exu pega demanda
Exu é Curador! ”
Excerto da Lucifer Luciferax XII
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