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Como soaria se Jim Morison estivesse vivo fosse um satanista praticante e se voltasse para o Metal? A resposta pode ser ouvida em cada uma das músicas que tenha Glenn Danzig nos vocais. Após uma carreira de sucesso com os “Misfits”que lhe rendeu clássicos como Last Caress e Earth AD e depois de uma bombástica carreira solo que resultou entre outras coisas em covers seus gravados por bandas como Metallica e Guns n`s Roses ( respectivamente “Die, Die My Darlign” e “Attitude” entrou em turnê com sua banda Danzig e desde 1987 não parou mais.
Danzig consegue fazer a ponte perfeita entre a música extrema do black metal e as raízes demoníacas do blues enquanto ao mesmo tempo se recusa em atender as expectativas dos puristas e dos sensacionalistas. Ainda com os Misfits, seu segundo algum trazia uma música chamada “Holltwood Babylon”inspirada na obra do mago e cineasta Kenneth Anger e enquanto outra faixa trazia encantamentos em latim autênticos, retirados de um rito de licantropia.
Em entrevista publicada em Lucifer Rising, no ano de 1999 Danzig foi provocado:
Há muito de Satanismo em seu trabalho – especialmente se referindo ao Satã Miltoniano?
Sim, foi a resposta dele para surpresa do entrevistador, e continuou: Uma das melhores coisas que já escreveram sobre mim é que quando outras pessoas cantam sobre Satã é como um uma caricatura. Quando eu canto sobre Ele eu dou a ele uma alma e uma personalidade. Ele não é apenas essa entidade fútil mas alguém que pode ser encarado numa infinidade de aspectos. Eu sempre me senti assim. Algumas pessoas não enxergam Satã como este cara malvado de chifres, eles o enxergam como o primeiro dos rebeldes. Dai você entende porque ele é tão atraente entre os jovens. Ele é alguém que se posiciona na frente do maior poder de todo o universo e diz: “Foda-se”. Se o “mal” é a rebeldia então usando termos cristãos podemos dizer que existe “mal” dentro de todos nós. Eu não compro essa idéia. Eu acredito honestamente em defender minhas idéias. Isso é o “bem” para mim.
Para representar toda imensa trajetória musical de Danzig, escolhemos o álbum “Black Aria’. Embora neste álbum especificamente a voz de Danzig seja deixado de lado, por ser um trabalho instrumental e orquestrado, aqui pode-se ver toda a genialidade musical dele como compositor e instrumentista. A obra possui fortes influências da música clássica, uma atmosfera notavelmente sombria e já apontava na direção que o metal gótico tomaria daquele ano para frente. A proposta aqui foi criar uma trilha sonora para o poema épico Paraíso Perdido de John Milton, que conta a trajetória de Lúcifer e sua rebelião contra deus.
Nº 6 – Os 100 álbuns satânicos mais importantes da história
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