Categorias
Yoga Fire

Shat Chakra Nirupana

Leia em 26 minutos.

Este texto foi lambido por 344 almas esse mês

por Puramananda Swami

Existem muitas descrições sobre quais e quantos são os Chakras, no ocidente, quase todas as referências podem ser traçadas de volta a obra “O Poder da Serpente” publicada em 1919 por Arthur Avalon (Sir John Woodroffe). Este autor por sua vez faz referência direta ao Shat Chakra Nirupana (A Descrição dos Seis Centros), o sexto capítulo do tratado Tattvachintamani, (Uma jóia-pensamento da verdade) escrito no século XIV por Puramananda Swami.

O que você tem acesso aqui portanto não é um artigo qualquer sobre chakras mas a fonte original de onde bebeu quase todos os livros, palestras e cursos ocidentais sobre o assunto. A única possível exceção seria a obra Os Chakras de Charles Leadbeater que alega ter se baseado na clarividência do autor, mas que mesmo assim não se afasta muito do texto clássico. Temos aqui uma tradução fiel e direta para o português (mantendo o original em sânscrito) feita em 2009 no Rio de Janeiro por uma yoguini anonima em seva a Sri Shiva Mahadeva.

SUMÁRIO

VERSOS  PRELIMINARES

Atha tantrānusāreựa șat Cakradi kramodvatah Ucyate paramānanda-nirvāha-prathamāukurah

Verso Preliminar: Agora falo do primeiro rebento que cresce (da planta do Yoga) da completa realização de Brahman, no qual deve ser realizado, segundo o Tantra, por meio dos seis Cakras e assim por diante em sua ordem apropriada.

VERSO 1:
Merorbāhyapradeśe śaśi mihirasire savyadakșe nișaựựe Madhye nādi sușumnātritaya-guựamayi candrasūryagnirūpā
Dhattūra-smera-pușpagrathita-tamavapuE kandamadyacchirahstā Vajrākhyā me hradeśā cchirasi parigatā madyame syā jvalanti

1. No espaço fora de Meru, colocada à esquerda e à direita, estão os dois Siras, Sasi e Mihira. O Nadi Susumna, cuja substância é triplamente Gunas, está no meio. Ela é a forma da Lua, Sol e Fogo; Seu corpo, um fio de florescente flores Dhatura, estende-se do meio de Kanda à Cabeça, e a Vajra dentro dela estende-se, brilhante, do Medhra à Cabeça.

VERSO 2:
Tanmadhye citriņī sā praựavavilāsitā yoginām yogagamyā Lūtātantūpameyā sakalasarasijān merumadhyāntarasthān
Bhittva dedipyate tad-grathana-racanayā śuddha-bodha-svarūpā Tanamadhye brahmanā ī harakukha-kuharadādi-devāntarātmā.

2. Dentro dela (Vajra) é Citrini, que é brilhante com o esplendor do Pranava e alcançável no Yoga pelos Yogues. Ela (Citrini) é sutil como o fio de uma aranha e fura todos os Lótus que estão colocados dentro da espinha e é a inteligência pura. Ela (Citrini) é bela por razão desses (Lótus), os quais estão esticados nela. Dentro dela (Citrini) está o Brahman-nadi, o qual se estende do orifício da Boca de Hara ao lugar fora de alcance, onde Adi-deva está.

VERSO 3:
Vidyanmālā-vilāsā manimanasilasat-tantu-rūpa susūkșmā śuddhajuanaprabhodhā sakala-sukha-mayī śuddha-bodha-svabhāvā Brahma- dvāram tadāsye pravilasati sudhādhāragamya-pradeśam
Granthi-sthānam tadetat vadanamiti sușumnākhya-nadyā lapanti.

3. Ela (Citrini) é bela como uma cadeia de relâmpago e fina como um filamento (lótus), e brilha na mente dos sábios. Ela é extremamente sutil; o despertar do conhecimento puro; a incorporação de toda Felicidade, cuja natureza verdadeira é pura Consciência. O Brahma-dvara brilha na sua boca. Este lugar na entrada da região salpicada pela ambrosia, e é chamado de Nó, como também a boca de Susumna.

MULADHARA CAKRA

VERSO 4:
Athādhārapadmam sușumnākhya-lagnam Dhvajādho gudordhvam catuh-śoựa-patram. Adhovaktramudyat-suvarựābhavrựaih Vakarādisāntair yutam veda-varựaih.

4. Agora chegamos ao Lótus Adhara. Está atado à boca de Susumna, e está colocada abaixo dos genitais e acima do ânus. Ele tem quatro pétalas de cor carmesim. A sua cabeça (boca) inclina para baixo. Em suas pétalas estão as quatro letras, de Va à Sa, da cor brilhante como o ouro.

व (va)
श (śa)
ष (șa)
स (sa)

VERSO 5:
Amușmin dharāyaś-catușkoựa-cakram Samudbhāsi śūlāștakairāv!tam tat.
Lasat pītā-varựam tadit-komalāngam Tadante samāste dharāyāE svabījam

5. Neste (Lótus) está a região quadrada (Cakra) de Prthivi, rodeado por oito lanças brilhantes. É de uma cor amarela brilhante e bela como o relâmpago, como também esta o Bija de Ghara o qual está no interior.

VERSO 6:
Cuturbāhu-bhūșam gajendrādhi-rū ham tadauke navīnārka-tulya-prakāśaE. śiśuE s!ștkārī lasadveda-bāhuE mukhāmbhojalakșmiś-caturbhāgabhedaE.

6. Ornamentado com quatro braços e montado sobre o Rei dos Elefantes, Ele carrega em Seu colo o Criador infantil, resplandecente como um Sol jovem, que tem quatro braços brilhantes e a fortuna de cuja face de lótus é quatro vezes mais.

VERSO 7:
Vasedatra devī ca ākinyabhikhyā lasadeva bā- hūjjvalā rakta-netrā Samānoditāneka-sūrya- prakāśā prakāśam vahantī sadā śuddha- buddheE

7. Aqui vive a Devi Dakini de nome; seus quatro braços brilham com beleza, e seus olhos são de um vermelho brilhante. Ela é resplandecente como o brilho de muitos Sóis que se elevam ao mesmo tempo. Ela é portadora da revelação da Inteligência sempre pura.

VERSO 8:
Vajrākhyā viaktradeśe vlasati satatam karựikā-madhyasamstham koựam tat traipurākhyam ta idiva vilasat-komalam kāmarūpam kandarpo nāma vayur nivasati satatam tasya madhye samantāt jīveśo bandhu-jīva-prakaramabhí-hasan kotisūrya-prakāśaE

8. Perto da boca do Nadi chamado Vajra, e no pericarpo (do Adhara Lótus), lá constantemente brilha o triângulo a belamente luminoso e suave como relâmpago, o qual é Kamarupa, e conhecido como Traipura. Existe constantemente e em toda parte o Vayu chamado Kandarpa, que é de um vermelho mais profundo do que a flor Bandhujiva, e é o Senhor dos Seres e resplandecente como dez milhões de sóis.

VERSO 9:
Tanmadhye lingarūpī druta-kanaka-kalā-komalaE paścimāsyah Jñāna dhyānaprakāsaE prathamakisalayākārarūpaE svaynbhuE Vidyupūrựēựdubimba-prakara-karacaya-snigdha-samtānahāsī Kāsīvāsī vilāsī vilasati saridāvartarūpaprakāraE

9: Dentro dele (o triângulo) está Svayambu em Sua forma Linga, belo como ouro fundido, com Sua Cabeça para baixo. Ele é revelado por meio de Conhecimento e Meditação, e é da forma e da cor de uma folha nova. Como os raios frios do relâmpago e do encanto da Lua cheia, assim é a Sua beleza. O Deva que reside feliz aqui como no Kasi está na forma como um redemoinho de águas.

VERSOS 10 E 11:
10. Tasyordhve bisatantu sodara-lasat sūkșmā jaganmohini brahmavāramukham mukhena madhuram samchadayanti svayam
śakāvarta nibhā navīna capalāmālā vilāsāspadā suptā- sarpasamā śvopari lasāt sārdha-triv!ttāk!tiE
11. Kūjantī kulakuņdalī ca madhuram mattalimālā-sphutam
vācām komalakāvya-bandaracanā bhdātibheda-kramaiE śvāsocchvāsa-vibhañjanena jagatām jīvo yayā dhāryate sā mūlāmbuja gahvare vilasati proddāma-dīptāvaliE

10 E 11. Por cima dele (Svayambhu-Linga) brilha Kundalini adormecida, perfeita como o fio do talo de Lótus. Ela é o mundo confundido, suavemente cobrindo a boca de Brahma-dvara por Ela mesma. Como a espiral da concha de búzio, Sua forma semelhante a uma cobra brilhante passa três vezes e meia em volta de Shiva, e Seu brilho é como aquele de um clarão forte de um jovem e brilhante relâmpago. Seu murmúrio doce é como o indistinto zumbido de enxames de abelhas loucas de amor. Ela produz a poesia melodiosa e Bhanda e todas as outras composições em prosa ou verso na seqüência ou de outra ordem em Samskrta, Prakrta e outras línguas. É ela quem mantém todos os seres do mundo por meio da inspiração e da expiração, e brilha na cavidade da raiz (Mula) Lótus como uma cadeia de luzes brilhantes.

VERSO 12:
Tanmadhye paramā kalātikuśalā sūkșmātisūkșmā parā Nityānada paramparātivigalat pīyūșa-dhārādharā Brahmāņ ādī katāhameva sakalam yadbhāsayā bhāsate seyam śrī parameśvarī vijayate nityaprabhodhodayā

12: Sem este (Svayambhu-Linga, em torno do qual Kundalini está enroscada) reina dominante Pará, o Sri-Paramesvari, o Despertado eterno conhecimento. Ela é o Onipotente Kala que é maravilhosamente hábil para criar, e é mais sutil do que o sutil. Ela é o receptáculo daquela corrente contínua de ambrosia o qual flui da Eterna Felicidade. Por Seu brilho é que todo esse Universo e esse Caldeirão é iluminado.

VERSO 13:
Dhyātvaitan-mūlacakrāntaravivaralasatkotisūryaprakāśām Vācāmēśo narendrah sa bhavati sahasā sarvavidyāvinodī Ārogyam tasya nityam niravadhi ca mahānandaittāntarātmā VākyaiE kāvyaprabandhaiE sakalasuragurūn sevate śuddhaśilaE.

13: Meditando assim sobre Ela, que brilha dentro do Mula-Cakra, com o brilho de dez milhões de Sóis, um homem torna-se Senhor do discurso e Rei entre os homens, e um Perito em todos as espécies de conhecimento. Ele torna-se eternamente livre de todas as doenças, e seu Espírito íntimo torna-se preenchido de grande alegria. Puro de disposição pelas suas palavras profundas e melodiosas, ele serve o principal dos Devas.

SVADHISTHANA CAKRA

VERSO 14:
Sindūra-pūrarucirāruņapadmamanyat saușumņamadhyaghatitam dhvajamūladeśe
AugacchadaiE pariv!tam ta idābhavarņaiE bādyaiE sabindu-lasitaiśca PuramdarāntaiE

14: Existe outro Lótus colocado dentro de Susumna na raiz dos órgãos genitais, de uma bela cor vermelha. Em suas seis pétalas estão as letra de Ba a Puramdara, com o Bindu superposto, da cor brilhante do relâmpago.

ब (ba)
भ (bha)
म (ma)
य (ya)
र (ra)
ल (la)

VERSO 15:
Tasyāntre pravilasadviśadaprakāśa-mambhojamaņdalamatho varuņasya tasya Ardhendurūpalasitam saradinduśubhram vamkārabijamamalam makarādhirū ham.

15: Dentro dele (Svadhisthana) está a região branca, brilhante e aquosa de Varuna, na forma de uma meia lua, e aí, sentado sobre um Makara, está o Bija Vam, imaculado e branco como a Lua outonal.

VERSO 16:
asyānkadeśakalito harireva pāyāt nīlaprākasaruciraśriyādadhānaE PītāmbaraE prathamayauvanagarvadhārī śrīvatsakaustubhadharo dh!tavedabāhuE.

16: Possa Hari, que está dentro dele, que está na altivez da juventude inicial, cujo corpo é de uma bela luminosidade azul de se observar, que está vestido de vestes amarela, é quatro braços, e usa o Sri-vatsa e o Kaustubha, proteger-nos!

VERSO 17:
Atraiva bhāti satatam khalu rākiņī sā nīlāmbujodarsahodarakāntiśobhā Nānāyudhodyatakarairlasitāugalakșmī!- divyāmbarābharaņabhūșitaattacittā

17: Está aqui (no Svadhisthana) aquela Rakini sempre habita. Ela é da cor de um azul de Lótus. A beleza de Seu corpo é realçada por Seus braços levantados que mantém várias

armas. Ela está vestida em vestes e ornamentos celestiais, e Sua mente está exaltada com a bebida da ambrosia.

VERSO 18:
Svādhișthānākhyametatsarasijamamalam cintayedyomanusya- stasyāhamkāradoșādiksakalarepuE kșīyate tatkșaņena
yogīśaEso pinohādbhutatimiracayebhānutulyaprakāśo
gadyaih padyaiE parabhandhairviracayati sudhāvākyasandoha lakșmiE

18: Quem meditar sobre este Lótus imaculado, o qual é chamado Svadhisthana, é libertado imediatamente de todos os seus inimigos, tal como a falta de Ahamkara e assim por diante. Ele torna-se um Senhor entre os Yogues, e é como o Sol iluminando a escuridão densa da ignorância. A riqueza de suas palavras parecem-se como fluxos em prosa e verso no bem fundamentado discurso.

MANIPURA CAKRA

VERSO 19:
Tasyordhve nābhimūle daśadalalasite pūrựameghaprakāśe nīlāmbhojaprakāśairrupahitajathare dādipāntaiE sacandraiE
Dhāyedvaisvānarauựamihirasamam maự alam tat trikoựam tadbāhye svastikāvyaistribhirabhilasitam tatra vahneE svabījam.

19: Acima dele (o Svadhisthana), e na raiz do umbigo, está o Lótus brilhante de dez pétalas, da cor de nuvens carregadas de chuva. Dentro dele estão as letras de Da à Pha, da cor do lótus azul com o Nada e o Bindu acima deles. Meditar aqui nesta região do Fogo, na forma triangular e brilhante como o Sol crescendo. Fora dele estão três sinais Svastika e, dentro, o Bija do próprio Vahni.

ड ( a)
ढ ( ha)
ण (ựa)
त (ta)
थ (tha)

द (da)
ध (dha)
न (na)
प (pa)
फ (pha)

VERSO 20:
Dyāyenmeşādhirūdham navatapanaibham vedabāhūjvalāựgam tatkro e rudramūrtiirnivasatī satatam suddhasindūrarāgaE Bhasmāliptāugabhūşābharaựasitavapurv!ddhārūpī triựetro lokānāmiştadātābhayalsitakaraE s!ştstisamhārakarī.

20: Meditar sobre ele (Fogo) sentado sobre um carneiro, quatro braços, radiante como o sol crescente. Em sua volta sempre habita Rudra, que é de um tom puro do vermelhão. Ele (Rudra) está branco com as cinzas, com o qual está manchado; de um aspecto ancião e com três olhos, Suas mãos estão colocadas em atitude de concessão de benefícios e de afastar o medo. Ele é o destruidor da criação.

VERSO 21:
Atrāste lākinī sā sakalaśubhakarī vedabāhūjjvalāugī śyāmā pītāmbarādyairvividhaviracanālamk!ta mattacittā Dhyātvaitannābhipadmam parabhavati nitarām samh!tau pālane vā vāựītasyānanābje nivasati satatam jñānasamdohalakşmiE.

21: Aqui se mantém Lakini, a benfeitora de tudo. Ela tem quatro braços, de corpo radiante, é escura (da cor do rosto), vestida em vestes amarelas e enfeitada com vários ornamentos, e exaltada com a bebida da ambrosia. Pela meditação neste Lótus Central (umbigo) a força para destruir e criar (o mundo) é adquirida. Vani com toda riqueza de conhecimento sempre se mantém no Lótus de Sua face.

ANAHATA CAKRA

VERSO 22:
Tasyordhve h!di paukajam sulalitam bandhūkakantyujjvalam kādyairdvādaśavarựakairupahitam sīndūrarāganvitaiE Nāmnāựāhatasamjñakam suratarum vācchātiriktapradam vāyormaựdalamatra dhūmasad!śam şatkoựaśobhānvitam

22: Sobre este, no coração, está o Lótus charmoso da cor brilhante da flor Bandhuka, com as doze letras iniciando com Ka, da cor do vermelhão, colocado nele. Este é conhecido pelo nome de Anahata, e parece-se como a árvore celestial dos desejos, conferindo até mais do que (o suplicante) desejo. A Região de Vayu, bela e com seis cantos, o qual se parece com a cor da fumaça, está aqui.

VERSO 23:
Tanmadhye pavanākşaram ca madhuram dhūmāvalīdhūsaram dhyayetpāựicatuştayena lasitam k!şnādhirū ham param Tanmadhye karuựānidnamamalam hamsābhamiśabhidham pāựibhyāmabhayam varam ca vidadhallokatrayāựāmapi

23: Meditando dentro dele sobre o excelente Bija Pavana, cinzento como uma massa de fumaça, com quatro braços e sentado sobre um antílope preto. E dentro dele também (meditar) sobre a Permanência da Clemência, o Senhor Imaculado que é brilhante como o Sol, e cujas duas mãos fazem os gestos que concedem benefícios e dissipam os medos dos três mundos.

VERSO 24:
Atrāste khalu kākinī navata itpītā triựetrā śubhā sarvālamkaraựānvitā hītakari samyagjnānām mudā hastaiE pāśakapālaśobhanavarān sambibhrati cābhyam mattā pūrựasudhārasārdrah!dayā kaukālamālādharā

24: Aqui habita Kakini, que na cor é como o amarelo de um relâmpago novo, alegrado e auspicioso; três olhos e a benfeitora de todos. Ela usa todas as espécies de ornamentos, e em suas quatro mãos Ela carrega o laço e a caveira, e faz o sinal da benção e o sinal que afasta o medo. Seu coração é abrandado com a bebida do néctar.

VERSO 25:
Etannīrajakarựikāntaralasacchaktistrikoựābhidha vidyutkotisamānakomalavapuE sāste tadantargataE
BaựākhyaE śivalinugako pi kanakākārāugarāgojjvalo maulau sūkşma-vibheda-yuu maựiriva prollāsalakşmyālayaE

25: A Shakti, cujo corpo jovem é como dez milhões de clarões de relâmpagos, está no pericarpo deste Lótus, na forma de um triângulo (Trikona). Dentro do triângulo está o Siva-Linga conhecido pelo nome de Bana. Este Linga parece-se com o brilho do ouro, e em sua cabeça está um orifício mínimo como em uma jóia. Ele é a morada resplandecente de Laksmi.

VERSO 26:
Dhyayedyo h!di paukajam suratarum śarvasya pīthālayam devasyānila-hīna-dīpa-kalikā-hamsena sam-śobhitam bhānormaựdala-maựditāntara-lasat kiñjalka-śobhādharam
vācāmīśvara īśavaro pi jagatām rakşavināśe kşamaE

26: Quem meditar neste Lótus do Coração, torna-se (como) o Senhor do Discurso e, (como) Isvara, ele é capaz de proteger e destruir os mundos. Este Lótus, é como a árvore celestial dos desejos, a morada e o assento de Sarva. É embelezado pelo Hamsa, o qual se aprece com a chama firme e pontiaguda de uma lamparina em um local sem vento. Os filamentos que rodeiam e adornam seu pericarpo, iluminados pela região solar, encanta.

VERSO 27:
Yogīśo bhavati priyātpriyatamaE kāntākulasyāniśam jñānīśo pi k!ti jitendriyagaựo dhyānāvadhānakşamaE
GadyaiE padyapadādibhiśca satatam kavyāmbhudhārāvaho lakşmiraugaựadaivataE parapure śaktaE praveştum kşaựāt.

27: Dentre os Yogues, ele sempre é o mais querido do que os queridos para as mulheres. Ele é, de modo preeminente e sábio e repleto de nobres ações. Seus sentidos estão completamente sob controle. Sua mente, em sua intensa concentração, está absorta em pensamentos do Brahman. Seu discurso inspirado flui como um fluxo (claro) de água. Ele é como o Devata, que é o amado de Laksmi e ele está pode entrar à vontade no corpo de um outro.

VISHUDDHA CAKRA

VERSO 28:
Viśuddhākhyam kaựthe sarasijamamalam dhūmadhūmrāvabhāsam svaraiE sarvaiE śoựairdalaparilasitairdīpitam dīptabuddheE Samāste pūrneneduprathitatamanabhomaự alam v!ttarūpam himacchayanāgopari lasitatanoh suklavarnambarasya

28: Na garganta está o Lótus chamado Visuddha, o qual é puro e de um matiz roxo esfumaçado. Todas as (dezesseis) vogais brilham nestas (dezesseis) pétalas, de um matiz carmesim, são distintamente visíveis para quem cuja mente (Buddhi) é iluminada. No pericarpo deste lótus há a região Etérea, de forma circular, e branca como a Lua cheia. Em um elefante branco como a neve está sentado o Bija de Ambara, que é da cor branca.

VERSO 29:
BhujaiE pāśābhītyaukuśavaralasitaiE śobhitāugasya tasya manorauke nityam nivasati girijābhinnadeho himābhaE TriựetraE pañcāsyo lalitadaśabhujo vyāghracaramāmbara hyaE sadāpūrvo devaE siva iti ca samākhyānasiddhaE prasiddhaE

29: De seus Quatro braços, dois seguram o laço e o aguilhão, e os outros dois fazem os gestos da concessão de benefícios e da dissipação do medo. Estes adicionam à Sua beleza. Ao seu redor sempre habita o grande Deva branco como a neve, de três olhos e cinco faces, com dez belos braços e vestido em pele de tigre. Seu corpo está unido com o de Girija, e Ele é conhecido pelo o que Seu nome, Sadha-Siva, significa.

VERSO 30:
SudhāsindhoE suddha nivasati kamale sākinī pītavastrā śaram cāpam pāśam s!ựimapi dadhatí hastapadmaīścaturbhíE sudh|mśoE sampūrựam śaśaparirahitam maựdalam karựikāyām mahāmokşadvāram śriyambhimataśīlasya śuddhendriyasya.

30: Mais puro do que o Oceano de Néctar é a Sakti Sakini, que habita neste Lótus. Seu traje é amarelo, e em Suas quatro mãos de lótus Ela carrega o arco, a flecha, o laço e o aguilhão. Toda a região da Lua sem o sinal da lebre está no pericarpo deste Lótus. Esta (região) é o acesso para a grande Libertação para quem deseja a riqueza do Yoga e cujos sentidos estão puros e controlados.

VERSO 31:
Iha sthāne cittam niravadhi vinidhāyātmasampūrựayogaE kavirvāgamī jñānī sa bhavati nitarām sādakaE śāntacetāE Tríkālānām darśī sakalahitakaro rogaśokapramuktaś-ciramjīvī jīvī niravadhivipadām dhvamsahamsaprakāśaE.

31: Quem atingiu o conhecimento completo de Atma (Brahman) torna-se, pela constante concentração, de sua mente (Citta) neste Lótus um grande Sábio, eloqüente e sensato, e goza de ininterrupta paz de mente. Ele vê os três períodos, e torna-se o benfeitor de todos, livre de doenças e de sofrimentos e de longa vida, e, como Hamsa, o destruidor de infindáveis perigos.

VERSO 31a:
Iha Sthne cittam niravadhi nidhāyāttapavano yadi kruddho yogī calayati samastam tribhuvanam
Na ca brahmā vişựur na ca hariharo naiva khamaựī- stadīyam sāmarthyam śamayatumalam nāpi gaựapaE.

31a: O Yogue, cuja mente é constantemente fixada neste Lótus, cuja respiração é controlada por Kumbhaka, em sua ira é capaz de mover todos os três mundos. Nem Brahma nem Vishnu, nem Hari-Hara nem Surya, nem Ganapa são capazes de controlar sua força (resistindo-o).

AJNA CAKRA

VERSO 32:
Ājñanāmāmbujam taddhimakarasad!śam dhyānadhāmaprakāśam hakşābhyām vai kalābhyām parilasitavapurnetrapatram suśubhram Tanmadhye hākinī sā śaśisamadhavalā vaktraşatkam dadhānā vidyām mudrām kapālam amarujapavatīm bibhrtī śuddhacittā.

32: O Lótus chamado Ajna é como a Lua, (belamente branco). Em suas duas pétalas estão as letras Há e Ksa, os quais são também brancas e reforçam a sua beleza. Ele brilha com a glória de Dhyana. Dentro dele está a Sakti Hakini, cujas seis faces são como tantas luas. Ela tem seis braços, em um dos quais ela possui um livro, os dois outros estão levantados em gestos de dissipar o medo e de conceder benefícios e, com os restantes, Ela segura um crânio, um tambor pequeno e um rosário (Japa Mala). Sua mente é pura (Suddha-Citta).

VERSO 33:
Etatpadmāntarāle nivasati ca manaE sūkşmarūpam prasiddham yonau tatkaraựikāyāmitaśivapadam liugacihựaprakāśam Vidyunmālāvilāsam paramakulapadam brahmasūtraprabhodam vedānāmādibījam sthiratarah!dayaścintayettatkrameựa.

33: Dentro deste Lótus habita a mente sutil (Manas). Esta é bem conhecida. Dentro da Yoni, no pericarpo, está o Siva chamado Itara, em Sua forma fálica. Ele brilha aqui como uma cadeia de raios de relâmpagos. O primeiro Bija dos Vedas, o qual é a morada da mais excelente Sakti e pela qual, por seu brilho se torna visível o Brahma-sutra, também está lá. O Sadhaka com a mente constante deve meditar sobre isto conforme a ordem (prescrita).

VERSO 34:
Dhyānātmā sādhakendro bhavati prapure śighragāmī munindraE sarvajñah sarvadarśī sakalahitakarah sarvaśāstrarthavettā Advaitācāravādī vilasati paramāpūrvasiddhipraśiddho
dīrghāyuE so pi kartā tribhuvanabhavane samh!tau pālane ca.

34: O excelente Sadhaka, cujo Atma é apenas uma meditação neste Lótus, é capaz de introduzir-se rapidamente no corpo de outro à vontade, e tornar-se o mais excelente entre os Munis, e todo conhecedor e todo vidente. Ele torna-se o benfeitor sobre tudo, e versado em todos os Sastras. Ele realiza sua unidade com o Brahman e adquire excelentes e desconhecidos poderes. Cheio de fama e de longa vida, ele sempre se torna o Criador, Destruidor e Preservador dos três mundos.

VERSO 35:
Tadantaścakre sminnivasati satatam śuddhabuddhyantarātmā
PradīpābhajyotiE praựavaviracanārūpavarnaprākaśah Tadūrdve candrārdhastadupari vilasadbindurūpī makāra
stadūrdhve nādo sau baladhavalasudhādhārasamtanahāsī.

35: Dentro do triângulo, neste Cakra, sempre habita a combinação das letras os quais formam o Pranava. Ele é o Atma interior como a mente pura (Buddhi), e se assemelha a uma chama em seu esplendor. Acima dele está a metade (crescente) da Lua, e sobre isto, novamente, está a Ma-kara, brilhando em sua forma de Bindu. Sobre este está o Nada, cuja brancura equipara-se ao de Balarama e difunde os raios da Lua.

VERSO 36:
Iha sthāne līne susukhasādhane cetasi puram nirālambām badhvā paramagurusevāsuviditām
Tadabhyāsād yōgī pavanasuh!dām paśyati kaựāu tatastanmadhyāntaE pravilasítarūpānapi sadā.

36: Quando o Yogue fecha a casa o qual trava sem suporte, o conhecimento do qual ele ganhou pelo serviço ao Parama-guru, e quando o Cetas, pela repetição da prática, torna- se dissolvida neste lugar, o qual é a permanência da felicidade ininterrupta, ele então vê no meio de, e no espaço sobre (o triângulo), as faíscas do fogo que indistintamente brilham.

VERSO 37:
JvaladdIpākāram tadanu ca navīnārkabahula-prakāśam jyotirvā gaganadharaựīmadhyamilitam Iha sthāne sākşad bhavati bhagavāu pūrựavibhavo-svyayaE sākşi vaEneE śaśimihirayormaựdala iva.

37: Ele então também vê a Luz, o qual está na forma de uma lamparina chamejante. É brilhante como o sol da manhã, claramente brilhante, e incandescente entre o Céu e a Terra. É aqui que o Bhagavan manifesta a Si próprio na plenitude de Suas forças. Ele não conhece nenhuma decadência e testemunha todos, e Ele está aqui como está na região do Fogo, Lua e Sol.

VERSO 38:
Iha sthāne vişựoratulaparamāmodamadhure samāropya prāựam pramuditamanāE prāựanidhane Param nityam devam puruşamajamādyam trijagatām purāựam yogīndraE praviśati ca vedāntaviditam.

38: Esta é a incomparável e agradável morada de Vishnu. O excelente Yogue, no momento da morte, alegremente coloca a sua respiração vital (Prana) aqui e entra (após a morte) tão Supremo, Eterno, sem Nascimento, Deva Primeiro, o Purusa, que foi antes

dos três mundos, e que é conhecido pelo Vedanta.

VERSO 39:
Layasthānam vāyostadupari ca mahānādarūpam śivārdham sirākāram śāntam varadamabhayam śuddhabuddhiprakāśam Yadā yogī paśyed gurucaraựayugāmbhōjasevāsuśīlas-
tadā vācām siddhiE karakamalatale tasya bhūyāt sadaiva.

39: Quando as ações do Yogue são, sob serviço dos pés de Lótus de seu Guru, sob todos os pontos de vista, bons, então ele verá acima dele (isto é, Ajna-Cakra), a forma do Mahanada, e terá sempre à posse, no Lótus de sua mão, o Siddhi do Discurso. O Mahanada, que é o lugar de dissolução de Vayu é a metade de Siva, e como o na forma de um arado, é tranqüilo e concede benefícios e dissipa o medo, e faz manifesta a Inteligência pura (Budhhi).

SAHASRARA CAKRA

VERSO 40:
Tadūrdhve śaukhinyā nivasati śikhare sūnyadeśe prakāśam visargādhaE padmam daśaśatadalam pūrņacandrātiśubhram Adhōvaktram kāntam taruņaravikalākāntikiñjalkapuñjam
akārādyairvarņaiE pravilasitavapuE kevalānandarūpam.

40: Sobre todos eles, no espaço vago onde está Sankhini Nadi, e abaixo de Visarga, está o Lótus de mil pétalas. Este Lótus, brilhante e mais branco do que a Lua cheia, tem a sua cabeça voltada para baixo. Ele encanta. Os seus filamentos agrupados são tingidos com a cor do jovem Sol. Seu corpo é luminoso com as letras iniciadas com A, e ele é felicidade absoluta.

VERSO 41:
Samāste tasyāntaE śaśaparirahitaE śuddhasampūrncandraE sphurajjyotsnājalaE paramarasacayasnigdhasamtānahāsī. Trikoņam tasyāntah sphurati ca satatam vidyudākārarūpam tadantahūanyam tatsakala-suragaņaih sevitan cātiguptam.

41: Dentro dele (Sahasrara) está a Lua cheia, sem a marca da lebre, resplandecente como um céu claro. Ele derrama os seus raios em profusão, e é úmido e fresco como o néctar. Dentro dele (Candra-mandala), constantemente brilhando como relâmpago, está o Triângulo e dentro disto, novamente, brilha o Grande Vazio, o qual é servido em segredo por todos os Suras.

VERSO 42:
Suguptam tadyatnādatiśayaparammoda-samtānarāśeE param kandam sūkșmam sakalāśaśikalasuddharūpaprakāśam lha sthāne devaE paramaśivasamākhyānasiddhaE prasiddhaE
svarūpī sarvātmā rasavirasanuto iñānamohāndhahamsaE

42: Bem escondido e atingível somente por grande esforço, é que o sutil Bindu (Sunya) o qual é a raiz principal da Libertação e o qual manifesta o puro Nirvana-Kala com Ama- Kala. Aqui está o Deva que é conhecido por todos como Param-Siva. Ele é o Brahman e o Atma de todos os seres. Nele estão unidos tanto Rasa como Virasa, e Ele é o Sol que destrói a escuridão da ignorância e da desilusão.

VERSO 43:
Sudhādhārāsāram niravadhi vimuñcannatitarām yateE svātmajñānam diśati bhagavān nirmalamateE. Samaste sarveśaE sakalasukhasamtānalaharī parivāko hamsaE parama iti niāmnā paricitaE.

43: Vertendo um constante e abundante fluxo de essência como néctar, o Bhagavan instrui o Yati de mente pura no conhecimento pelo qual ele realiza a unidade de Jivatma e o Paramatma. Ele penetra todas as coisas como o seu Senhor, que é o sempre fluente e que se estende fluindo de todas as maneiras de felicidade conhecida pelo nome de Hamsah Parama (Parama-hamsah)

VERSO 44:
Śivasthānam śaivāE paramapurușam vaișņavagaņā lapantīti prāyo hariharapadam kecidapare.
Pabam devyā devicaraņayugalāmbhojarasikā munīndrā apyanye prak!tipurușasthānamamalam.

44: Os Saivas chamam-no de Siva; os Vaisnavas chamam-no de Param Purusa; outros novamente chamam-no o lugar de Hari-Hara. Aqueles que estão preenchidos com uma paixão dos pés de Lótus da Devi, chamam-no a excelente morada da Devi; e outros grandes sábios (Munis) chamam-no o lugar puro de Prakrti-Purusa.

VERSO 45:
Idam sthānam jñātva niyatanijacitto naravaro
na bhūyāt samsāre punarapi na baddhastribhuvane.
Samagrā saktiE syānniya mamanasastasya krtinaE sadā kartum hartum khagatirapi vāņi suvimalā.

45: Aquele mais excelente dos homens que tem sua mente controlada e tem conhecido este lugar, nunca nasce novamente no Vaguear, como não há nada nos três mundos que o prenda. Sua mente que é controlada e seu alvo alcançado, ele possuiu completo poder para fazer tudo o que ele deseja, e para prevenir o que quer que seja contrário à sua vontade. Ele sempre se move em direção à Brahman. Seu discurso, se em prosa ou se em verso, está sempre puro e amável.

VERSO 46:
Atrāste śiśūsuryasodarakalā candrasya sā sodaśī śuddhā nirajasūkşmatantuśatadhābhāgaikararūpā parā.
Vidyyutkotisamānakomalatanūrvidyotitādhomukhī nityānandapararmparātivigalat-pīyūşadhārādharā.

46: Aqui está o excelente (supremo) décimo sexto Kala da Lua. Ela é pura e parece-se (em cores) ao jovem Sol. Ela é como a centésima parte de uma fibra no talo de um lótus. Ela é brilhante e suave como dez milhões de raios de relâmpagos, e está voltada para baixo. Dela, cuja fonte é o Brahman, flui copiosamente a corrente contínua do néctar (ou, Ela é o receptáculo da corrente do excelente néctar o qual surge da feliz união de Para e Parâ).

VERSO 47:
Nirvāựākhyakalā parā paratparā sāste tadantargatā Keśāgrasya sahasradhā vibhajitasyaikāmśarūpā satī. Bhutānāmadhidaivatam bhagavati nityaprabodhodayā Candrārdhāngasamānabhaựguravatī sarvārkatulyaprabhā

47: Dentro dele (Ama-kala) está Nirvana-kala, mais excelente do que o excelente. Ela é tão sutil como a milésima parte do final de um fio de cabelo, e da forma da Lua crescente. Ela é a sempre existente Bhagavati, que é a Devata que penetra todos os seres. Ela concede o conhecimento divino e é como a luz de todos os sóis brilhando ao mesmo tempo.

VERSO 48:
Etasyā madhyadeśe vilasati paramāpūrvanirvāựaśaktiE Kotyādityaprakāśā tribhuvanajananī kotibhāgaikarūpā. Keśāgrasyātisūkşmā niravadhi vigalapremadhārādharā sā Sarveşam jīvabhūtā munimanasi mudā tattvabhodham vahanti.

48: Dentro do espaço do meio (isto é, o meio do Nirvana-kala) brilha a Suprema e Primordial Nirvana-Sakti; ela é brilhante como dez milhões de sóis e é a Mãe de todos os três mundos. Ela é extremamente sutil e equivale a décima milionésima parte do final de um fio de cabelo. Ela contem em Si o constante fluxo de corrente de alegria, e é a vida de todos os seres. Ela transporta graciosamente o conhecimento da Verdade (Tattva) para a mente dos sábios.

VERSO 49:
Tasyā madhyātarāle śivapadamamalam śāśvatam yogigamyam Nityānandābhidhānam sakalasukhamayam śuddhabhodhasvarūpam. Kecidbrahmābhidhānam padmiti sudhiyo vaişựavam tallapanti Keciddhamsakhyametatkimapi suk!itno mokşamātma-prabodham

49: Dentro Dela está o lugar permanente chamada de a morada de Siva, o qual é livre de Maya, atingível somente pelos Yogues, e conhecido pelo nome de Nityananda. É repleto de cada forma de felicidade e é o próprio conhecimento puro. Alguns o chamam Brahman; outros o chamam Hamsa. Os homens sábios descrevem-no como a morada de Visnu e os homens honrados falam dele como o inefável local do conhecimento de Atma, ou o local da Libertação.

KUNDALINI

VERSO 50:
Hūmkāreựaiva devīm yamaniyamasamabhyāsaśīlaE suśīlo
Jñātva śrīựāthavaktrāt-kramamiti ca mahāmokşavartmaprakāśam Brahmadvārasya madye viracavati sa tām śuddhabuddhisvabhāvo Bhitvā talliugarūpam pavanadahanayorākrameựaiva guptam.

50: Ele, cuja natureza está purificada pela prática de Yama, Niyama, e assim por diante, aprende da boca de seu Guru o processo que abre o caminho para a descoberta da grande Libertação. Ele, cujo ser por inteiro está imerso em Brahman, desperta a Devi, então, pelo Hum-Kara, furando o centro do Linga, a boca da qual está fechada, e é, por isso, invisível, e por meio do Ar e do Fogo (dentro dele) coloca-A dentro de Brahmadvara.

VERSO 51:
Bhitvā lingatrayam tatparamarasaśive sūkşmadhāmựi pradīpe Sā devī śuddhasattvā ta idiva vilasattanturūpasvarūpā. BrahmākhyāyāE sirāyāE sakalasarasijam prāpya dedīpyate Tanmokşākhyānandarūpam ghatayati sahasā sūkşmatālakşaựena.

51: A Devi, que é Suddha-sattva (a forma consubstanciada Caitanya), perfura os três Lingas (Svayambhu, Bana, e Itara no Muladhara, Anahata, e Ajna-cakras respectivamente), e, tendo alcançado os lótus, os quais são conhecidos como os lótus Brahma-nadi, brilha neles com a plenitude de seu brilho. Posteriormente em Seu estado sutil, brilhante como o relâmpago e fino como a fibra do lótus, Ela vai para o reluzente Shiva como flama, o Supremo Êxtase e, de repente, produz o êxtase da Liberação.

VERSO 52:
Nītvā tām kulakuự alīm layavaśājjīvena sārdham sudhīr mokșe dhāmani śuddhapadmasadane śaive pare svāmini.
Dhyāyediștaphalapradām bhagavatīm caitanyarūpām parām Yogīndro gurupādapadmayugalālambī samādhau yataE.

52: O Yogue, sábio e excelente, arrebatado de êxtase e dedicado aos pés de Lótus do seu Guru, deve conduzir Kula-Kundalini [assim] junto com Jiva, ao seu Senhor, o Para- siva na permanência da Liberação dentro do Lótus puro, e meditar sobre Ela, quem concede todos os desejos como o Caitanya-rupa-Bhagavati. Quando ele assim conduz Kula-Kundalini, ele deve fazer todas as coisas absorverem-se Nela.

VERSO 53:
Lākșābham paramām!tam paraśivātpītvā PunaE kuự alī Nityānandamahodayāt kulapathānmūle viśetsundarī.

Taddivyām!tadhārayā sthiramatiE samtarpayeddaivatam Yogī yogaparamparāviditayā brahmāự abhāự asthitam.

53: A bela Kundalini [assim] bebe o excelente néctar vermelho que emana de Para-Siva, e retorna daí, onde os brilhos de Felicidade Eterna Transcendem em toda a sua honra ao longo do caminho de Kula, e novamente se introduz no Muladhara. O Yogue que ganhou a firmeza da mente faz o oferecimento (Tarpana) ao Ista-devata e ao Devatas nos seis centros (Cakra), Dakini e outros, com aquela corrente do néctar celestial que está no receptáculo de Brahmanda, o conhecimento de que ele se adiantou pela tradição dos Gurus.

VERSO 54:
Jñātvaitatkramamuttamam yatamanā yogi yamādyair-yutaE śrīdīkșāgurupādapadmayuglāmodaprvāhodayāt.
Samśare na hi janyate na hi kadā samkșīyate samkșaye nityānandaparamparāpramuditaE śāntaE satāmagraựīE.

54: O Yogue que após a prática de Yama, Niyama, e similares, aprendeu este excelente método proveniente dos dois Pés de Lótus do auspicioso Diksa-guru, que são a fonte de ininterrupta alegria, e cuja mente (Manas) está controlada, nunca nasce de novo neste mundo (Samsara). Para ele, não há dissolução, mesmo no momento da Dissolução Final. Alegremente, pelo constante realização daquilo que é fonte da Eterna Felicidade, ele torna-se pleno de paz e um acima de todos entre todos os Yogues.

VERSO 55:
Yosdhīte niśi samdhyayorathe divā yogī svabhāvasthito mokșajñānanidānametadamalam śuddham ca guptam param. Śrīmacchrīgurupādapadmayugalālambī yatāntarmanā- stasyavaśyamabhīștadaivatapade ceto narīn!tyate.

55: Se o Yogue é devotado aos Pés de Lótus de seu Guru, com coração tranqüilo e mente concentrada, lê este trabalho que é a fonte suprema do conhecimento da Libertação, e que é irrepreensível, puro e mais secreto, depois de uma autêntica certeza sua mente dança aos Pés de seu Ista-devata.


Conheça as vantagens de se juntar à Morte Súbita inc.

Deixe um comentário


Apoie. Faça parte do Problema.