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Everton Spolaor
É cada vez mais frequente vermos na televisão casos de aparecimento de discos voadores, extraterrestres, mensageiros do apocalipse e toda sorte de eventos que nossa imaginação pode conceber. Tem gente que aparece na televisão, afirmando ser um tipo de “porta-voz” dos ETs, que pode fazer milagres, levitar pequenos objetos, entortar colheres com o poder da mente, passear em naves extraterrestres e outras aberrações desse gênero. É uma proliferação de malucos que parece não ter fim.
Isso tudo é muito chato, mas o que realmente me entristece é ver que tem gente – muita gente – que acredita em histórias assim. É triste ver que, apesar de estarmos já no século XXI, ainda existem pessoas que se negam a pensar e questionar o mundo em que vivem, agindo da mesma forma que os homens das cavernas ou os animais irracionais. De fato, conhecer o mundo em que se vive é uma capacidade que qualquer animal possui. Um pássaro, por exemplo, conhece o ambiente em que habita, sabe o que é perigoso e onde encontrar alimento, reconhece seu ninho e seus filhotes, mas não tem a capacidade de pensar, relacionar causa e efeito, refletir e questionar o que o cerca. A capacidade de conhecer e pensar é algo que só o homem tem. Pena que muitos têm preguiça de usar tal capacidade.
Um bom exemplo que se tem disso tudo é o que se vê na televisão de tempos em tempos: algum maluco diz que mantém contato com seres extraterrestres, e logo aparece um monte de tontos acreditando em sua história, apesar de ele não ter prova alguma da veracidade do que diz. Outro exemplo de “tontice” é quem acredita nesses entortadores de talheres, aqueles sujeitos que afirmam poder entortar talheres usando apenas o “poder da mente”. Ora, caso você ainda não saiba, entortar talheres é um truque mixuruca, mais velho que minha bisavó, e que até eu mesmo sei fazer. Posso garantir a vocês que as únicas pessoas que realmente entortam talheres sem perceber são os pobres que comem bife duro.
Ufologia é um assunto muito interessante, cheio de histórias impressionantes, mas é preciso manter os pés no chão e não se deixar envolver pelas idéias de fanáticos e loucos que pensam que são ufólogos, quando na verdade só conseguem atrapalhar quem realmente pesquisa com seriedade o assunto. E pessoas assim, fanáticas, é o que mais existe no “mundo ufológico”. Felizmente nem tudo está perdido, pois existem ainda ufólogos sérios, que pesquisam o assunto em busca de explicações coerentes e não precipitadas. Pena que são poucos os ufólogos assim. E é por causa desta grande quantidade de ufólogos “cabeça de vento” que muita gente acaba confusa quando busca informações sobre algum fenômeno estranho no céu. Vamos supor que uma pessoa vê uma luz estranha no céu, e quer saber o que era aquela luz. Se esta pessoa buscar informações na Internet, encontrará uma infinidade de explicações loucas e absurdas. Alguns ufólogos explicarão que aquela luz é uma “sonda espacial enviada por uma civilização de Alfa do Centauro”. Outros dirão que a luz era “um ser de outra dimensão que viajou no tempo para ajudar a humanidade”. Surgirão muitas e muitas outras explicações ridículas, e será raro encontrar algum ufólogo que responda algo do tipo “desculpe, mas a quantidade de informação não é suficiente para chegarmos a alguma resposta”. De fato, uma luz distante pode ser qualquer coisa (avião, balão, satélite, meteoro, raio globular, nuvem, etc.), e como não há informação suficiente para explicar sua natureza, simplesmente não podemos concluir nada. Pior será se esta pessoa buscar explicações em grupos ufológicos. Depois de ter mantido contato com diversos grupos ufológicos por todo o Brasil, cheguei à conclusão de que a maior parte deles parece viver no mundo do faz-de-conta, onde mula-sem-cabeça, lobisomen e chupa-cabras são visitas constantes… Bem, é claro que existem grupos sérios, mas… você conhece algum?
Pois foi justamente pensando nessas pessoas, que se interessam por ufologia e que estão em busca de explicações coerentes e sem fanatismo que surgiu este site. Aqui será possível conhecer alguns dos fenômenos naturais que costumam ser confundidos com “naves extraterrestres”, além dos projetos de pesquisa de UFOs realizados pelo governo, bem como aeronaves em forma de disco que foram fabricadas nas décadas de 40 e 50. Além disso, se você presenciou o aparecimento de algum fenômeno estranho, pode enviar um e-mail contando o que aconteceu. Só não vale inventar história, ok?
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