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TREVOR_BELMONT
Decidimos destacar este segmento em virtude de termos observado o crescente número de pessoas que tem praticado os ensinamentos do homem-besta Aleister Crowley com fins pouco louváveis, entre os quais o próprio vampirismo. Sabemos bem que as correntes do mago negro A. Crowley, assim como ele próprio, sempre buscaram uma forma de manipulação poderosa de energias, principalmente pela canalização de forças terrestres relacionadas ao próprio despertar da Serpente de Fogo ou Kundalini.
Este tipo de energia está diretamente relacionado às correntes terrestres e tem grande ligação com os contrachakras inferiores ligados a estas forças, que por sua vez tem relação direta com o desenvolvimento da Magia Sexual. Ocorre porém, que a Kundalini em essência, é uma junção de duas vertentes energéticas: uma proveniente do centro da Terra representando o aspecto feminino e a outra provinda do espaço cósmico, provavelmente de Mônadas ou mesmo de Havona representando o aspecto masculino.
Esta fusão energética produz o equilíbrio eletroquímico responsável pelo movimento dos corpos; trabalhada conscientemente na sua real essência, pode produzir efeitos psicotrônicos como a levitação e a telecinesia entre outras faculdades. Jesus Cristo, só a termo de exemplo, usou esta energia da Kundalini para se mover acima das águas, assim como na ficção os Jedis a usam para controlar a Força aliado às suas fontes pessoais de vontade.
Comumente, o despertar da Serpente de Fogo é buscado através da Magia Sexual; o problema é que a falta de controle das vertentes, justamente pela característica negativa do praticante, pode levar à uma sucessão de resultados destruidores e poucos sabem disso. Aleister Crowley certamente usava a Magia Sexual para canalizar energias nefastas (não sabemos com que fim alguém pode buscar isto) e isto causou sérias controvérsias por onde quer que ele passou. O que ocorre é que Crowley certamente buscava outro tipo de manipulação de energias através dos chakras inferiores deixando de lado o aspecto do coração que está ligado às forças de ascensão e do despertar da Chama Trina. Ao passo que os grandes iniciados sempre buscaram o desenvolvimento da Kundalini concentrando o fluxo energético pelo chakra cardíaco que está ligado à Consciência Crística e à Divina Presença Eu Sou para canalizar forças nos princípios da Edificação e do Amor, Crowley por exemplo, invertia o caminho para as forças terrestres. É algo extremamente arriscado pelo fato que a Kundalini tem a extrema capacidade de acentuar as tendências negativistas de uma pessoa, ainda mais se ela se liga ao aspecto mais denso terrestre.
O que os rituais de Magia Sexual de Crowley visavam, ao analisarmos por exemplo o livro “Renascer da Magia” de Kenneth Grant, é a vampirização das energias através de alicerces puramente necromantes. Os rituais certamente visam a energização dos chakras inferiores para que houvesse uma quebra da barreira entre eles, possibilitando uma grande refração de energias. Assim, uma capacidade bem maior de energia passaria a correr em nossos micro tubos meridianos nos dando muito mais vitalidade e capacidade energética para manipular forças. Até este ponto tudo bem, pois este é um processo normal mesmo para as canalizações positivas que os Mestres sempre fazem. O problema está na polaridade presente em cada genética humana: um ser extremamente negativo e desligado das suas correntes crísticas passará a dinamizar com muito mais intensidade um aspecto negativo inoculado em sua pessoa; alguém com uma grande mágoa guardada, por exemplo, a mostrará com muito mais intensidade; uma pessoa que busca vampirização ficará ainda mais escravo da roubo da vitalidade alheia. Existe um tipo de energia na própria Kundalini que está relacionado com estes baixos rituais: aquela conhecida como a ‘Chama da Matéria’ ou ‘Chama da Fricção’. Ela praticamente não contém qualquer característica de desenvolvimento espiritual, pois é extremamente densa e relacionada à energia telúrica terrestre. É este tipo de força inclusive, que praticantes do satanismo se ligam mais, justamente pelo fato de cultuarem o homem-animal, nunca buscando o desenvolvimento espiritual ou nem mesmo crendo na existência do espírito.
Todos estes desatinos citados se dão pelo descontrole que ocorre quando não se trabalha corretamente as vertentes da Kundalini e não se busca Microexplosão interna da Chama Trina. É algo ainda mais perigoso se observarmos os cultos de sangue por exemplo que precedem muitos destes rituais negros em busca de energias terrestres. Numa análise mais minuciosa, pode ser que através do uso invertido destas forças, que a latência negativa se alastre cada vez mais, podendo causar a identificação total com o que chamam de pecado (que neste caso seria o ‘Mal Puro’) seguindo com a anulação do foco pessoal do ser.
Aleister Crowley e o Vampirismo:
A despeito de Alester Crowley ter percorrido o mundo em busca de respostas para a sua conturbada pessoa, nada parece justificar o uso de forças para fins tão questionáveis quanto aqueles que marcaram a sua carreira. O seu livro da lei, o maior legado que deixou, tem particularidades peculiares da antiespiritualidade: uma tentativa de buscar paradoxalmente por outros meios ou caminhos o crescimento e capacidade criadora da fonte pessoal que é uma característica absolutamente mental-espiritual. Entre os seus axiomas, é evidenciado uma grande similaridade com os princípios satânicos de culto ao poder pessoal pelo desenvolvimento da besta interna, fator condenável a qualquer iniciado. Crowley invertia os significados metafísicos dos corpos astronômicos apregoando-lhes representações com deuses negros como é no caso de Seth, o deus oculto representando Sírius o sol oculto; bem sabemos que a estrela Sírius é o cerne da Fraternidade Azul e representa o Logos estelar máximo para a galáxia. Sua fonte metafísica está diretamente ligada ao nosso Sol no que diz respeito a todos os raios evolutivos; Sírius é a autêntica representação da Trindade Divina em nosso setor estelar de onde provêm a emanação do Sol Central Atrix-Sirion- Avaará e em nada se relaciona com Seth e sim com o Deus único.
Do início de sua carreira oculta até o seu miserável fim, Aleister Crowley conviveu com acontecimentos obscuros desde a sua inconsequente empreitada na magia: ainda quando jovem, em sua casa, seu cocheiro sofreu de delirium tremens, seguido por ocorrências que culminaram com a misteriosa morte de um açougueiro com quem Crowley havia brigado; neste período a própria companheira de Crowley o abandonou por causa de prostituição na vida do mesmo. Há quem diga que teria influenciado até mesmo a vida oculta de Hitler, podendo fazer parte da conexão sobre a inversão para o negativismo ocorrida na vida do Führer. Mas como nosso objetivo não é trazer qualquer conjecturas sobre a vida deste conturbado ser nem tampouco porém ir de encontro à uma narrativa neutra como já pudemos mostrar antes; assim vamos aos fatos.
Com relação à aplicação das suas bases mágicas para a prática sexual, podemos ressaltar que o vampirismo estava bem presente na entrelinhas do processo. Podemos aqui neste setor, consumar de fato a ligação entre a sexualidade e o vampirismo presente na ritualística das orgias sexuais que Crowley mantinha com suas parceiras. Este homem jamais pareceu se preocupar com o prazer sexual propriamente dito e tampouco com a elevada magia sexual da Yoga.
Crowley parecia usar todo o seu potencial para caminhos invertidos: até a Árvore da Vida com seus 22 caminhos e as 10 Sephiroths ele tentou mudar. No confuso e mal executado livro Renascer da Magia há a revelação de passagens de ritualísticas negras com sangue, na qual expõem-se até mesmo rituais secretos negros que colocam em xeque a confiabilidade de algumas escolas de magia como a dele próprio. Um tipo de missa negra conhecida como Liber XLIV ou Missa da Fenix denota o significado do sangue “como o elemento de vida do qual o homem foi criado”. Um outro ritual foi estabelecido por Crowley na Ordo Templis Orientis em seu Soberano Santuário; este jamais tinha sido catalogado antes nos registros.
Embora não sendo atos de sacrifício humano ou mesmo animal para o uso do sangue, os rituais eram autênticos e absurdos banquetes de sangue em prol da canalização de forças negativas, buscando o resultado eletroquímico que ressaltamos no início desta página como resultado da ação da força da Kundalini. O fator mais negro de tudo neste caminho invertido de aplicação, visando a linha terra-fricção, é justamente a questão da potencialização bestial interna que a ingestão de sangue adornado com hóstias batizadas em rituais similares causam no praticante e cultuador. Como se não bastasse a ingestão puramente hematófaga se transformando num predador da vida, aliás da própria vida, fato que pode ser bem colocado como a representação de um autêntico ritual satânico para fins obscuros.
Não bastasse estes correntes fatores sanguinários, um complemento necromante estava ligado ao rituais associado à magias envolvendo as correntes negativas da Lua como uma densificação ainda maior da linha terrestre explorada. A busca de Crowley na magia egípcia e na corrente thelêmica de Maat parecia trazer de volta os rituais negros que os antigos sacerdotes praticavam (Ainda que o Amor fosse a grande lei de manifestação da magia de Maat os fins de prepotência e vontade mal direcionada fizeram o Thelema perder seu rumo nas atuais circunstâncias); processos mágicos de geração de elementares a serviço do mago criador eram feitos no antigo Egito: como uma sombra, este elementar acompanhava seu gerador até que, após a morte do mesmo, a sombra acometida de uma insaciabilidade procurava faminta por alimentação que, segundo os registros, era encontrada no sangue do corpo do próprio mago falecido. Assim só podemos crer que este elementar era criado para a drenagem de outras fontes de energia ou então uma ação suicida de prender o seu criador ao próprio cadáver após o óbito. Alguma familiaridade com as lendas eslavas de vampirismo? Não é total coincidência não.
Em outro Liber da Ordo Templis Orientis (o Agapé) existem instruções secretas para a vampirização através de magia sexual e sangue. Neste contexto, existe o seguinte parágrafo: ” – O vampiro escolhe sua vítima, forte e vigorosa tanto quanto possível. Ele deve ter a intenção mágica de transferir toda aquela força vital para si mesmo; exaure a caça pelo uso adequado do corpo pelo uso adequado do corpo, muito comumente pela boca, sem que ele mesmo entre no assunto por qualquer modo.” Diz uma exagerada afirmação que se a exaustão for completa e for procedida por um expert, pode levar a vítima do coma à morte e aprisionar sua alma como um familiar, semelhante à sombra gerada nos rituais negros egípcios. Alguém aí se lembra dos familiares de Alucard em Castlevania SOTN, todos com a obrigação de servi-lo?
Ao que se sabe um dos que selou seu destino com tal prática foi Oscar Wilde, que literalmente injustificava sua incapacidade espiritual e mágica chamando os demais de imbecis. Não por acaso foi dele a maior de todas as imbecilidades, mas existem indícios de que outros teriam praticado o ritual negro vampirizante, como o casal Horos, embora numa forma modificada por E. W. Berridge (um relato de um personagem bem similar à vida de Berridge foi feito por Aleister Crowley em sua novela Moonchild. Nota: existe um tema de Castlevania com este nome). Nas ritualísitcas negras envolvendo a Mágia Negra da Lua, Crowley as usava para fins de reabastecimento: após longas operações mágicas ou até mesmo envolvendo sexo, o mago negro buscava a vampirização de forças sexuais através da Lua. Isto está diretamente relacionado com a ação de Incubbus e Succubus na drenagem de tais energias. Crowley certamente mantinha contato com este tipo de entidades: não é por acaso que Lilith a rainha das succubus é também conhecida como Lua Negra.
A grande moral de tudo só aponta para uma coisa: como é triste ver que a grande inteligência que servira Crowley em vida tinha sido o próprio agente de sua destruição. Afora suas tentativas de alicerce mágico através do uso de pesadas drogas (não tracem paralelos com práticas xamânicas com o uso de alguns alucinógenos), a vida do poeta- mágico neste plano terminou em 1944, numa pequena pensão ao sul da Inglaterra; Crowley estava reduzido à miséria e sua solidão moral e afetiva era quase total. Inteligências de outras poderosas mentes também podem ser incluídas neste contexto onde o final é um só: a autocondenação e um legado de negativismo e morte deixado à outros pobres imbecis.
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Texto revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.
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