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Histórico do Rito Adonhiramita

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Cadernos do CCCPM- Centro Catarinense de Cultura e Pesquisas Maçônicas – Série Ritos -Março de 2001

O RITO MAÇÔNICO

Palavra de origem latina, significando RITUS um uso ou costume aprovado. É uma cerimônia ou conjunto de cerimônias que na Maçonaria significa o método de conferir a Luz Maçônica por uma coleção e distribuição de graus. É, em outras palavras, o método e a ordem observadas no governo de um Rito Maçônico.

A legislação das Potências Simbólicas Maçônicas (Grandes Orientes) permitem, geralmente, às suas Lojas, adotar o sistema de trabalho de qualquer Rito que lhes convenha, à condição de ser ele um Rito reconhecido e contanto que, qual-quer que seja o número de seus graus, não possa aspirar à supremacia sobre outro. A Maçonaria é composta de vários Ritos reconhecidos e de outros que não o são. Este conjunto de fórmulas e normas próprias de cada Rito está prescrito por um RITUAL e é nele que vão se encontrar e mesclar as duas linhas básicas da cultura maçônica: O Simbolismo e a Liturgia: – é através dele que se dinamizam e se amalgam os preceitos fundamentais de que a cultura maçônica é totalmente simbólica e que o seu desdobramento se dá sobre uma linha formal, cerimoniosa e disciplinada. Paralelamente à linha rígida e formal (litúrgica e simbó-lica) há aberturas para livre exercício da personalidade do Maçom, com todas as garantias; são os momentos não escritos onde se franqueia a expressão e a opinião. Pode-se dizer que este tercei-ro instituto da dinâmica ritualística se completa a tríade maçônica:

– SIMBOLISMO
– LITURGIA
– PERSONALIDADE

De tal maneira se mostrou importante o Ritual na Maçonaria contemporânea que se pode afirmar que sem ele, a Instituição não mais existiria.

ADONHIRAM

Não podemos falar no Rito Adonhiramita sem antes falarmos sobre Adonhiram, pois sem dúvida alguma tal Rito está ligado a este personagem e a sua lenda. Adonhiram é o nome do personagem mais importante encontrado nas Lendas da Ordem Maçônica.

Há quem admita ser Adonhiram um cognome do próprio Hiram, mas nem a Bíblia, nem os Rituais admitem a confusão, embora ela exista, pois Cassard, grande estudioso maçônico distin-gue na maioria de seus escritos o seguinte:

“A verdadeira palavra é HIRAM ou ADONHIRAM, composta do pronome ADON (Dominus) que os Hebreus usam freqüentemente quando falam de Deus. Este pronome agregado a palavra HIRAM, faz-se ADON/HIRAM, que significa: HIRAM o consagrado ao Senhor; o bom Senhor ou o Divino Hiram, donde adveio o título de “MAÇONARIA ADONHIRAMITA”.

Relativo a controvérsia existente entre vários autores, ficamos com a versão do Amado Irmão DEMÓSTENES relativo a figura central da Lenda: “A explicação que hoje se dá sobre ADONHIRAM, como sendo a fusão de ADON (que significa Senhor) e HIRAM, o arquiteto, pa-rece-nos apenas uma fórmula de conciliação com os demais Ritos, onde este personagem é a figura central da Lenda do Terceiro Grau. Tal explicação foi a fórmula encontrada para que o Rito não fosse tido como irregular e, por isso, viesse a ser banido da prática nas diversas Obediências. Ao longo dos anos essa interpretação acabou sendo aceita, e nem sequer é contestada.

A verdade, porém, é que ADONHIRAM não é HIRAM e o Rito jamais abriu mão dessa verdade, inclusive porque nunca a renegou.

É importante lembrar que HIRAM, o filho da viúva, era o arquiteto, o homem que cuidava dos projetos dos cálculos e a quem cabia apenas a orientação e fiscalização da obra. Já ADONHIRAM era a pessoa que recrutava os operários, selecionava-os, dividia-os, segundo suas capacidades ou necessidades da obra e, por certo, também lhes pagava o salário, até porque era o Tesoureiro de Salomão. Diante disso, é mais provável que eventuais divergências com os operários tivessem lugar com ADONHIRAM e não com HIRAM, coisa que os Mestres Maçons podem entender facilmente, em função de seu conhecimento da Lenda do Terceiro Grau”.

RITO ADONHIRAMITA

A Maçonaria Adonhiramita surgiu com a publicação, em 1744 da primeira edição e, logo a seguir, a segunda edição, em 1747, do trabalho de Louis Travenol, que com o nome de Leonardo Gabanon, mandou imprimir o seu “CATECHISME DE FRANC MAÇONS ou LE SECRET DES FRANC MAÇONS” (Catecismo dos Franco- Maçons ou O Segredo dos Franco-Maçons) onde imputava o nome de Adonhiram sobre o qual o grau de Mestre devia ser fundado, trocando-o pelo de Hiram.

Em 1780 foi republicado, na França, o “Catechisme de Franc-Maçons” por outro autor que quase nada acrescentou ao já existente, sem citar o nome do autor das primeiras edições, fato que veio provocar grande irritação em um eminente historiador da época, que usando o nome histórico de Louis Guilleman de SAINT-VICTOR procurou produzir algo sério. Após exaustivos estudos e pesquisas sobre as religiões e os mistérios da antiguidade, escreveu em 1781 a “Recueil Precieux de la Maçonnerie Adonhiramite” (Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita) publicada a primeira parte em 1782 abrangendo os quatro (4) primeiros graus.

A Coletânea foi completada com a publicação, em 1785, da segunda parte, relativa aos Altos Graus do Rito, cuja hierarquia se apresenta desde então como se segue:

Primeiro grau: APRENDIZ;

Segundo grau: COMPANHEIRO;

Terceiro grau: MESTRE;

Quarto grau: MESTRE PERFEITO;

Quinto grau: PRIMEIRO ELEITO ou ELEITO DOS NOVE;

Sexto grau: SEGUNDO ELEITO ou ELEITO DE PERIGNAM;

Sétimo grau: TERCEIRO ELEITO ou ELEITO DOS QUINZE;

Oitavo grau: APRENDIZ ESCOCÊS ou PEQUENO ARQUITETO;

Nono grau: COMPANHEIRO ESCOCÊS ou GRANDE ARQUITETO;

Décimo grau: MESTRE ESCOCÊS;

Undécimo grau: CAVALEIRO DA ESPADA ou CAVALEIRO DO OCIDENTE ou DA ÁGUIA;

Duodécimo grau: CAVALEIRO ROSA CRUZ.

No final da edição de 1785 Louis Guillemain de SAINT-VICTOR publicou ainda a versão do alemão para o francês de um Rito chamado de Noaquita ou Cavaleiro Prussiano” de autoria de um Maçom de nome Berage. Esta publicação fez com que Tory e Ragon classificassem este Rito como o décimo terceiro grau da Maçonaria Adonhiramita. Entretanto no dizer de Mackey, esta classificação feita por ambos é totalmente errônea já que não existe qualquer ligação deste último grau com a série precedente e que o próprio SAINT-VICTOR declarou positivamente que o grau de CAVALEIRO ROSA-CRUZ é o “nec plus ultra” – o ápice e o término – de seu Rito.

Em 1787, na Filadélfia (USA) a Editora Philarethe, situada a rua I’Equerre Aplomb, publicou, em francês, as duas edições do Recueil Precieux de la Maçonnerie Adonhiramite, edição esta, que tornou-se a “BÍBLIA” dos Maçons Adonhiramitas.

A partir desta edição, o Rito Adonhiramita teve ampla expansão na Europa, particularmente na França, sua terra de origem, e de onde se difundiu para Portugal, chegando a dominar o Grande Oriente Lusitano e exportando a todas suas Colônias.

Todavia sua predominância foi efêmera, passando a desvanecer-se pouco a pouco, não só em conseqüência da dispersão de seus praticantes, engalfinhados em lutas partidárias, como também devido a uma série de eventos políticos que repercutiram danosamente contra as organizações maçônicas de então.

O RITO NO BRASIL

No Brasil o Rito Adonhiramita foi introduzido regularmente em 1801 com a fundação da Loja Reunião e consolidada em 15 de novembro de 1815, data da fundação da Loja Comercio e Arte, por Maçons obedientes ao Grande Oriente Lusitano. Foi portanto, o primeiro Rito a desenvolver-se regular e continuadamente no Brasil onde foi e é praticado, ininterruptamente, até os dias de hoje. A Instalação definitiva da Loja Comercio de Artes, ocorreu no dia 2 de junho de 1821. Nesta mesma data, os seus Obreiros, preocupados com a criação de uma entidade maçônica de caráter nacional, cogitaram desmembrá-la para fundarem mais duas Lojas: a Esperança de Niterói e a União e Tranqüilidade. Compondo, destarte, um quadro de três Oficinas – Base, àqueles Irmãos estavam preparando as condições propícias para o nascimento do grande oriente brasílico que seria o baluarte de nossa Independência, de que foi artífice e fiadora a Maçonaria Adonhiramita, embora, as duas Lojas filhas só seriam fundadas quando da criação do Grande Oriente, em 1822, quando adotaram o Rito Moderno por ser o Rito adotado pelo Grande Oriente de França.

Até 1873, o Grande Oriente do Brasil manteve o governo não só dos graus simbólicos como também dos que compunham os Corpos Filosóficos. Nesse ano o GOB abriu mão dos graus Filosóficos, transferindo-os à jurisdição de um Alto Conselho para cada Rito. Assim, o Decreto nº 21 do GOB, de 24 de abril de 1873, cria, para o Rito Adonhiramita, o Grande Capítulo dos Cavaleiros Noaquitas que, acrescido de mais um grau, o de cavaleiro Noaquita ou PRUSSIANO, se transforma em sua Grande Oficina-Chefe a quem coube o governo dos graus Filosóficos (do 4º ao 13º).

É interessante observar que até a promulgação da Constituição de 1951, o Grande Oriente do Brasil, embora tenha criado as Oficinas-Chefe para cada Rito, não cedeu os seus governos e o Grão Mestre era também o Grande Comendador, o Grande Primaz e o Grande Inspetor das Oficinas-Chefe.

A MAÇONARIA ADONHIRAMITA EM SANTA CATARINA

No Estado, o Rito Adonhiramita chegou em 20 de março de 1949, com a fundação da Loja “JANUÁRIO CÔRTE, com o objetivo de fundar o GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA. A Constituição do GOB determinava para a fundação de um Grande Oriente Estadual, deveria ter sob sua jurisdição, três Lojas que trabalhassem com Ritos diferentes, em sua sede, na Capital do Estado. Como já existiam as Lojas “Regeneração Catarinense” e “Ordem e Trabalho” que trabalham, respectivamente, nos Ritos Escocês Antigo e Aceito e Rito Moderno ou Francês, precisavam de uma outra, com Rito praticado e reconhecido no Brasil. Assim, reuniram-se os Irmãos dessas duas Lojas e optaram em fundar uma Loja e adotar o Rito Adonhiramita para a nova Oficina. Foi eleito para Venerável Provisório o saudoso Irmão ELPÍDIO BARBOSA. A nova Loja reunia-se informalmente, vez ou outra, até a fundação do GOSC, em 12 de abril de 1950. Fundado o Grande Oriente, a Loja, por falta de orientação ritualística não vingou, permanecendo somente como célula inativa do GOSC, até que um grupo de Irmãos, liderados por JOSÉ GRUMICHÉ DE SOUZA e DUPUY CÔRTES procuraram e deram condições para a Instalação da Loja fundada em 1949, no dia 29 de junho de 1956, às 20:00 hs, em sessão solene realizada no Templo da ARLS “REGENERAÇÃO CATARINENSE”, à rua Vidal Ramos, n° 80, sob a Presidência do Grão Mestre Manoel Galdino Vieira. Foi eleito e empossado para o cargo de Venerável o Amado Irmão Dalmiro Duarte silva, que recebeu a incumbência de organizar o seu funcionamento. Seu mandato terminou em 24 de junho de 1958, já tendo iniciado duas turmas de Obreiros. Foi substituído por JACY JOÃO DAUSSEN, que exerceu a Venerabilidade por cinco períodos consecutivos, conseguindo elevar a “JANUÁRIO CÔRTE como uma das estrelas mais fulgurosas do GOSC.

Assim florescia em Santa Catarina a Maçonaria Adonhiramita, que projetou vários líderes para a Maçonaria Catarinense e Brasileira. Destaque-se, nessa fase de implantação, as figuras dos Irmãos JULIO AGOSTINO VIEIRA, WALDEMAR DE MELLO DIAS, BERTINO GREGORIO PEREIRA, NEUDIS DIAS PIMÃO, WILSON MENEZES, IVO BANDEIRA CÔRTE, JOSÉ DE OLIVEIRA e outros, que, com JOSÉ GRUMICHÉ DE SOUZA, DUPUY CÔRTES, JACY JOÃO DAUSSEM e DALMIRO DUARTE SILVA, foram os verdadeiros baluartes na organização da ARLS “JANUÁRIO CÔRTE”.

Solidificado na sua organização, precisou-se instituir os graus Filosóficos para melhor aprimoramento no estudo deste Rito. Assim, em 11 de maio de 1973, chegou em Florianópolis uma comitiva do MUI PODEROSO E SUBLIME GRANDE CAPÍTULO DOS CAVALEIROS NOAQUITAS PARA O BRASIL, composta pelo Grande Inspetor AYLTON DE MENEZES, e pelos Amados Irmãos: Grande Secretário AYLTON DE SALLES COIMBRA, Grande Orador ALVARO MARTINS DA SILVA, Grande Chanceler JOSÉ JOAQUIM FERNANDES, e os Membros: IZAIAS DA SILVA SOARES e FRANCISCO PEREIRA. No mesmo dia foram elevados treze (13) Irmãos, Obreiros da Loja “JANUÁRIO CÔRTE” ao grau 12 – CAVALEIRO ROSA-CRUZ. No dia 12 fundou-se a Loja de Perfeição “DUPUY CÔRTES”, tendo sido eleito seu Presidente, o Amado Irmão HERNANI DOS PRAZERES, e o Sublime Capítulo “JULIO AGOSTINHO VIEIRA”, que elegeu LÚCIO NELSON MARTINS, para dirigi-lo.

Infelizmente, no mesmo mês de maio, houve a cisão no Grande Oriente do Brasil com a conseqüente retirada do Grande Oriente de Santa Catarina, fundando-se uma Potência soberana, ficando os Irmãos Adonhiramitas coibidos da cobertura Filosófica do Grande Capítulo dos Cavaleiros Noaquitas pela vinculação desse com GOSC.

Em 1982, com a mudança do Templo do GOSC da rua Deodoro para a rua Dr. Fúlvio Aducci, no Estreito, pretendeu o Grão Mestre, fundar Lojas de outros Ritos, pois naquele local já funcionava a ARLS “DUQUE DE CAXIAS” do Rito Escocês Antigo e Aceito, e, foi fundada em 21 de fevereiro de 1983, uma Loja do Rito Adonhiramita, que levou o título distintivo de ARLS “LÉDIO MARTINS” n° 35, que foi Instalada e Regularizada em 21 de abril do mesmo ano. Foi seu primeiro Venerável o saudoso Irmão SANTOS DUMONT (Antônio Augusto Casér).

Em seguida, fundou-se outra Loja no Rito de York, denominada ARLS “Presidente Nereu Ramos”, que infelizmente, teve duração efêmera, e não chegou a ser Instalada. A ARLS “LÉDIO MARTINS” n° 35 frutificou, adquirindo sede própria, estando hoje, em seu novo Templo, a rua Célio Veiga, nº 889, em Barreiros, São José, com grande número de Obreiros.

Na administração do Soberano Grão Mestre SAMUEL FONSECA, sob a liderança do Amado Irmão DEMÓSTENES (Edson Nelson Ubaldo), e patrocínio da ARLS “JANUÁRIO CÔRTE”, fo-ram iniciados novos Adonhiramitas e fundada e Instalada, em 3 de junho de 1985, no Oriente de Campos Novos, a ARLS “SILÊNCIO E FRATERNIDADE” n° 40.

Na seqüência, em 30 de maio de 1990, foi fundada no Oriente de Lages a ARLS “OBREIROS DA LUZ” n° 44 que teve como primeiro Venerável o Amado Irmão TISSOT (Le-vi Jônates da Cruz); em 09 de setembro de 1991, em Blumenau, foi fundada a ARLS “CAVALEIROS DA LUZ”, n° 46, com o Amado Irmão OZOROTH (Luiz Carlos Néia) na Venerabilidade; em 05 de outubro de 1991, no Oriente de Braço do Norte, foi fundada a ARLS “ZEZINHO CASCAES” n° 49 que teve no Amado Irmão ABRAHÃO FERDMANN (Ilson Carlos Schüler) seu primeiro Venerável; em 18 de dezembro de 1991, no Oriente de Fraiburgo, foi fundada a ARLS “OBREIROS DA PAZ” n° 47, que teve no Amado Irmão ARJUNA (João Marques Vieira Filho) seu primeiro Venerável; em 22 de dezembro de 1992, em Coqueiros, foi fundada a ARLS “ADEMAR NUNES PIRES JUNIOR” n° 51 que teve como seu primeiro Venerável o Amado Irmão SEVERO (Luiz Otávio Borrajo Costa); no dia 28 de setembro de 1993, no Oriente de Itajaí, foi fundada a ARLS “COLUNAS DA FRATERNIDADE”, n° 54, com o Amado Irmão MARABÔ (Anésio Tambosi) como seu Venerável; em 19 de março de 1994, foi fundada a Loja, como Triângulo, no Oriente de Criciúma a ARLS “RENASCER DA LUZ”, n° 56, tendo como seu primeiro Venerável o Amado Irmão RAMIRO D’ÁVILA (João Paulo Sventnickas); em 25 de julho de 1995, no Sub Distrito do Estreito, foi fundada a ARLS “GITAHY RIBEIRO BORGES” n° 58, que teve como seu primeiro Venerável, o Amado Irmão MATHEUS (Osni Maximiliano Cidade), e que no dia 3 de maio de 1997 teve se Templo Sagrado, à rua Campolino Alves, nº 84, em Capoeiras; no Oriente de Itajaí, em 23 de Agosto de 1997, foi Instalada, Regularizada e Filiada a ARLS “CIÊNCIA E LIBERDADE” n° 63, que teve como seu primeiro Venerável o Amado Irmão NICOLAU II° (Carlos Roberto Castilho dos Santos); em Itapema, sob a Venerabilidade do Amado Irmão OSCAR (Edgar Rauen Soares), foi fundada a ARLS “PEDRA CINTILANTE”; no dia 30 de março de 1999, no Templo Provisório da ARLS “JUSTIÇA E LIBERDADE” foi fundado o Triângulo “CIRCULO DA LUZ”, com o Amado Irmão ODMAR FERREIRA DOS SANTOS como seu Presidente; no Oriente de Camboriú, em 03 de agosto de 1999, foi Instalada e Regularizada a ARLS “SOL DO ORIENTE” n° 68, que teve como seu primeiro Venerável o Amado Irmão AMADEUS (Mário Clóvis Andreat-ta); no Oriente de São José, sob a Venerabilidade do Amado Irmão SALOMÃO (Guiomar Bisso Araújo) foi fundada a ARLS “JACY DAUSSEN”; em 21 de dezembro de 1999, no Oriente de Içara, foi fundado o Triângulo “SILVIO ÁVILA” que teve como seu Pesidente o Amado Irmão ARILTO ZANELATTO que por motivos de ordem profissional foi substituído pelo Amado Irmão JOÃO PAULO SVENTNICKAS; No dia 30 de maio de 2000, no Distrito de Canasvieiras foi fundado a Loja Provisória “LÁZARO GONÇALVES DE LIMA” que tem como seu Venerável o Amado Irmão JOÃO RODE GONÇALVES; e, finalmente no dia 10 de de julho de 2000, no Templo da ARLS “TORDESILHAS”, em Laguna, foi fundado o Triângulo “ALMIRO BACHA” sendo seu Presidente o Amado Irmão ALDO ABRAHÃO MASSIH JR.
Na jurisdição do GOSC, no Estado de Santa Catarina, das quinze Lojas existentes que praticam o Rito, sete (7) delas possuem Templos próprios e três possuem Templos adaptados para o funcio-namento do Rito.
Com relação aos altos graus, tem os Maçons Adonhiramitas, por força de TRATADO entre o GOSC e o SUPREMO CONSELHO DO RIO GRANDE DO SUL, na época, e hoje, com o SUPREMO CONSELHO DE SANTA CATARINA, condições de freqüentarem os do Rito Escocês Antigo e Aceito. Mas os Adonhiramitas de Santa Catarina sentiam-se carentes, pois tinham necessidade de praticarem o Rito na sua plenitude, isto é, além dos graus simbólicos, os demais que completam a filosofia do Rito.

Surgiu então grandes obstáculos: – O Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita o tradicional governo dos Altos graus do Rito, só dá cobertura Filosófica as Lojas jurisdicionadas ao Grande Oriente do Brasil, o que não era o caso das Lojas do GOSC. No Grande Oriente Paulista, outra Potência independente, existia uma Corporação Filosófica do Rito Adonhiramita, capaz de dar cobertura aos Maçons Catarinenses mas nos moldes do Excelso Conselho, aumentou os Graus Filosóficos em 30, idêntico ao Rito Escocês Antigo e Aceito. A Maçonaria Catarinense partiu para uma solução mais trabalhosa, mais depreendida, mas bem mais Adonhiramita – criar seu próprio governo dos Graus Filosóficos do Rito.

Primeiramente procedeu-se a organização, formação e elevação dos Irmãos Mestres aos graus 4 a 12, Cavaleiros Rosa-Cruz, fundando-se então, em 27 de setembro de 1990, o Sublime Capítulo “Augusto Casér” homenageando o grande Maçom Adonhiramita, incentivador e lutador para a implantação de uma Oficina-Chefe em Santa Catarina.

Em 27 de setembro de 1991, conseguiu-se então, finalmente, a fundação e Instalação do Sublime Grande Capítulo Adonhiramita de Santa Catarina, hoje Sublime Grande Capítulo Adonhiramita do Brasil, e mantêm vários tratados, oficialmente dando cobertura aos graus Filosóficos em todos os Grandes Orientes Independentes e o re-conhecimento da Maçonaria brasileira.
Tem o Grande Capítulo, tratados de Reconhecimento e Equivalência do Grau de Cavaleiro Rosa-Cruz com os Supremos Conselhos do Rio Grande do Sul, de Pernambuco, de Santa Catarina, de Minas Gerais e de São Paulo.

DAS CORPORAÇÕES FILOSÓFICAS

Como já foi citado, em 27 de setembro de 1990 em Florianópolis, foi fundado o Sublime Capítulo Augusto Casér, sendo o seu primeiro Sapientíssimo o Irmão DUPUY (Lúcio Nelson Martins); em 26 de setembro de 1992, no Vale de Campos Novos, foi fundado o Sublime Capítulo “Luz dos Campos”, que teve como primeiro Sapientíssimo, o Amado Irmão PASTEUR (João Carlos Rossa Becker); em 1º de março de 1996, foi fundado e Instalado, no Vale de Brusque, o Sublime Capítulo “Ayres Gevaerd”, que teve como Sapientíssimo o Amado Irmão AMON (Almir Faoro); no dia 27 de novembro de 1996, no Vale de Criciúma, foi fundado e Instalado o Sublime Capítulo “Nilson Ramos de Andrade”, que teve como primeiro Sapientíssimo o Amado Irmão RAMIRO D’ÁVILA (João Paulo Sventnickas); no dia 21 de junho de 1998, no Vale de João Pessoa, Paraíba, foi Instalado o Sublime Capítulo “Apostolo do Amor”, dirigido pelo Sapientíssimo ERNANI (Eustáquio Pedrosa Miranda); no dia 22 de junho de 1998, no Vale do Rio de Janeiro, foi Instalado Sublime Capítulo “Joacyr Perdigão Perei-ra”, que teve o Amado Irmão AFONSO CELSO (Alberto Silveira Conde) como seu Sapientíssimo; no Vale de Campina Grande, na Paraíba, no dia 11 de julho de 1999 foi Fundado, Instalado, Regularizado e Filiado o Sublime Capítulo “Cavaleiros do IIIº Milênio”, tendo como Sapientíssimo o Amado Irmão GILSON OLIVEIRA; no dia 09 de abril, no Vale de Maringá no Paraná, foi fundado e Instalado o Sublime Capítulo “Maringá”, tendo como primeiro Sapientíssimo o Amado Irmão CASSIO MARCELO MOCCHI; no dia 22 de agosto de 2000, no Vale de São Paulo, foi fundado e Instalado o Sublime Capítulo “Sabedoria e Luz” com o Irmão FAUSTO ROBERTO BORGOFF sendo o primeiro Sapientíssimo; em Belo Horizonte, Minas Gerais, no dia 26 de agosto de 2000, foi fundado, Instalado e Regularizado o Sublime Capítulo “Belo Horizonte”, tendo o seu primeiro Sapientíssimo o Poderoso Irmão JORGE LASMAR; no dia 26 de agosto de 2000, no Tem-plo Provisório da ARLS “Filhos de Nazaré”, no Vale de Cuiabá, foi fundado, Instalado e Regularizado, o Sublime Capítulo “Mato Grosso”, sendo seu Sapientíssimo o Cavaleiro Rosa-Cruz ADONAI (Euclides Rodrigues de Oliveira).

DOS TRATADOS INTERNACIONAIS

Na área internacional, o Sublime Grande Capítulo Adonhiramita do Brasil firmou tratado de amizade e aliança com o Grande Oriente Italiano – Obediência Piazza del Gesu;

Assinou tratado de mutuo reconhecimento e amizade com o Supremo Conselho do 33° e último grau do rito Escocês Antigo e Aceito da Itália;

E com a Soberana Ordem dos Cavaleiros de são Bernardo de Clairuaux do Principado de Seborga assinou tratado de mútuo reconhecimento.

DAS LOJAS DE PERFEIÇÃO

Havendo necessidade, porque todos os graus do Rito são iniciáveis, no dia 23 de novembro de 1994 alterou-se o Estatuto do SUBLIME GRANDE CAPÍTULO, e, em 22 de março de 1995, foi fundada e instalada a LOJA DE PERFEIÇÃO “MARIO DA SILVA”, que teve como primeiro dirigente o Amado Irmão CYRILLO (Audi Luiz Vieira), e em 22 de julho de 1998, foi Instalada e Regularizada a LOJA DE PERFEIÇÃO “ADONHIRAM”, sendo seu primeiro Sapientíssimo o Amado Irmão JOSHUA (Walter Strausch Junior).

CONCLUSÕES

O Rito Adonhiramita está se expandindo de forma vertiginosa em nosso País e nós podemos afirmar, com toda a convicção, que todos os Ritos Maçônicos são iguais no trabalho da formação apostólica do homem Maçom. Não há maior nem menor.

Como os romanos diziam que “todos os caminhos levam a Roma” – também podemos dizer que todos os Ritos conduzem a um mesmo fim: – a edificação do Homem Maçom para servir à Ordem, à Pátria e a Humanidade.

Nós, como praticantes deste Rito azul, o ADONHIRAMITA, com votos de crescente progresso e prosperidade porque ele foi um dos inici-adores da vida maçônica no País, e ajudou a estabelecer os fundamentos e o arcabouço deste edifício imperecível que é a Maçonaria Brasileira.

BIBLIOGRAFIA:

1. Boletins do MUI POD:. E SUBL:. GR:. CAP:. DOS CCAV:. NNOAQ:. PARA O BRASIL;
2. Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita – de LOUIS GUILLEMNN DE SAINT-VICTOR;
3. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia – Vol. IV – de Nicola Aslan;
4. A História e o Registro Civil da Humanidade – de Francisco Sobreira de Alencar (Castelo Branco);
5. Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco-Maçons – de Alec Mellor.
6. Breves Apontamentos sobre o Rito Adonhiramita – de Edson Nelson Ubaldo (Demóstenes)
7. Trabalho de Irmão da Loja LÉDIO MARTINS sobre o Rito Adonhiramita;
8. 4° Volume – Instruções para as Lojas Simbólicas – Sublime Grande Capítulo Adonhiramita do Brasil

Palestra Proferida pelo Ir:. DUPUY (Lúcio Nelson Martins)


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