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Após a consolidação da Church of Satan, Anton Szandor dedicou o inverno de 1968 para gravar e lançar seu primeiro álbum pelo selo Murgenstrumm Records. Assim nasceu The Satanic Mass, disco que posteriormente seria relançado pela Amarillo com algumas faixas extras e execuções mais extensas. É essa versão da Amarillo que atualmente está disponível no mercado e que os satanistas costumam ostentar como um memorial do início da Nova Era Satânica.
Se essa obra fosse composta exclusivamente de sua faixa-título ela já teria lugar garantido em nossa contagem dos 100 álbuns satânicos mais importantes da história. A primeira faixa é a própria gravação de uma Missa Satânica líderada por LaVey e realizada na Black House, antiga sede da Church of Satan em 13 de setembro do III Anno Satanas. Nada é ocultado ou censurado na gravação e o ritual segue no exato modelo deixado em Satanic Rituals conforme é até hoje realizada pelos membros e simpatizantes da organização fundada por LaVey.
Mas essa baú tem ainda outras preciosidades. As de faixas 2 a 7 são a recitação de LaVey de seleções da Bíblia Satânica com especial destaque para o Livro de Satã, a saber, os versos retirados do livro Might is Right. A faixa bônus da versão da Adversary Recordings e que não constava no vinil original é chamada “The Hymn of the Satanic Empire” ou “O Hino de Batalha do Apocalipse”. Essas inclusões ja deveriam fazer qualquer satanista com o mínimo de respeito pela obra original de LaVey, mas o álbum não para por ai. Neste mesmo cd ainda podem ser encontradas as invocações de Destruição, de Luxúria e o Batismo Satãnico da então chamada Zeena LaVey, filha do papa negro. Por fim a misteriosa nona faixa “March D’Anunzio” falara aos ouvidos daqueles mais atentos e providos de senso de humor.
Escutar LaVey e a saudosa Church of Satan em acao é um complemento importante para aqueles que só tiveram contato com o satanismo por seus livros e ensaios escritos. Como ele mesmo recomenda a Missa Satânica foi gravada para ser ouvida a meia luz na calada da noite. As faixas podem induzir a profunda contemplação e grande solenidade. O fator emocional tão claro no fundo musical e nas recitações lembra o adepto que satanismo não é simples filosofia e discussões intelectuais, mas antes de tudo vivência. A celebração satânica é o que faz da obra de LaVey muito mais do que simples humanismo. Uma anti-religião para salvar a Religião.
The Hymn of the Satanic Empire
Drums out of the darkness, listen well. There’s an earth that’s green, there’s an earth that’s free, Let the lions and tigers rip them up. Once, there was a need for simple minds. With their holy writ and their card’nal sin Furies from Hell are diving down! With their beaks of steel, see them slash askew Drums out of darkness, listen well. With our morning star from the deepest night |
Tradução do The Hymn of the Satanic Empire (Hino do Império Satânico) Tambores saindo da escuridão, escute-os bem. Há uma terra que é verder, há uma terra que é livre Deixem os leões e tigres os destroçarem. Uma vez, houve necessidade por mentes simples. Com suas escrituras sagradas e pecados carnais Fúrias do Inferno estão mergulhando! Com seus bicos de aço, veja eles dilacerarem e se controcerem Tambores saindo da escuridão, escute-os bem. Com nossa estrela da manhã, das profundezas da noite |
Nº 11 – Os 100 álbuns satânicos mais importantes da história
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