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Este ritual é baseado no rito laveyano, com algumas modificações. Acendem-se as velas, apagam-se as lâmpadas, põe-se uma música diabólica de fundo, não muito alta, e acende-se o incenso. Os manifestantes fazem o ritual inverso do pentagrama. Após, se houver uma mulher participando, ela toma a posição deitada nua em frente ao altar, com a cabeça voltada para o sul e o rito começa.
O sacerdote toca nove vezes o sino. Em seguida, o sacerdote faz o sinal de Apofis-Tifon (braços erguidos para cima), permanece numa atitude receptiva, e proclama – “Sede bem-vindos, Príncipes do Inferno! Que o Flegeton, Cócito, Aqueronte e Estige abram os seus portais e Cérbero e as Górgonas guardem este templo, para que o Self se expresse de forma livre e pura, honrando o sigilo de Baphomet e tornando o ambiente repleto da mais poderosa magia. Façamos uns instantes de silêncio…
Seguem-se alguns instantes de silêncio, no qual os participantes se tornam receptivos ao poder que adentra o ambiente.
Em seguida, o sacerdote, vira-se para o sul, seguido dos outros participantes. Faz o signo de fogo, depois o sinal de Shaitan e proclama – Hail Satan! Shemhamforash! Saudamos a Vós, Senhor das Chamas Eternas, Mestre da Realidade Onírica, para que nos honre com a vossa presença. Dai-nos os poderes do fogo, para que se abram os canais psíquicos. Deixai aflorar o sátiro que existe em nós, para que celebremos a vida em todas as suas manifestações. Que assim seja!
O sacerdote se vira o leste, faz o sinal do ar (shu), depois o sinal de Shaitan e proclama – Hail Lucifer! Shemhamforash! Saudamos a Vós, Senhor da Gnose, Grande Escriba Cósmico, para que nos honre com a Vossa presença! Dai-nos os poderes do ar, abrindo os canais da inteligência e consciência, para que também nos tornemos portadores da nossa própria luz. Fazei-nos brilhantes pela antinomia, rebeldia e astúcia, para desvelar todos os mistérios. Que assim seja!
O sacerdote se vira para o norte, faz o sinal da terra (set), depois o sinal de Shaitan e proclama – Hail Belial! Shemhamforash! Saudamos a Vós, Rex Mundi, Senhor da Matéria, para que nos honre com a Vossa presença! Dai-nos os poderes da terra, abrindo-nos os canais das sensações para que exultemos numa vida plena de carnalidade, indulgência, prazer e vitória, tornando-nos nossos próprios mestres. Que assim seja!
O sacerdote se vira para o oeste, faz o sinal da água (auromoth) e proclama – Hail Leviathan! Shemhamforash! Saudamos a Vós, Grande Arcano da Magia, Serpente das Profundezas, para que nos honre com a Vossa presença! Dai-nos os poderes da água, abrindo os canais da emoção, afim de que o nosso rito se torne perfeito, possamos comungar com o impossível e realizar a grande obra expressiva do Self. Que assim seja!
Por fim, o sacerdote saúda vários príncipes do Inferno. Em seguida, o cálice é bebido e oferecido ao restante da Irmandade. Depois é realizada a bênção do falo. Após, é o momento de realizar os desejos. Se os pedidos são escritos, o sacerdote os lê em voz alta e depois são consumidos pela chama das velas adequadas. Se os pedidos são falados, o sacerdote simplesmente os repete me voz alta. Se alguém preparou algum artifício, como um boneco representando a vítima, é o momento de destruir o boneco. O próprio participante pode fazê-lo ou o sacerdote.
O sacerdote, em sentido antihorário, levanta da espada e, a começar pelo sul, e proclama: – Hail Satan! Shemhamforash! Pelo fogo, destruímos os véus da ilusão, encaramos os espectros ocultos à frente e desvelamos as mentiras por detrás das aparências. Afrontamos os nossos inimigos, tornando-nos invisíveis, e retribuindo a justa paga pelas infâmias a nós causadas.
O sacerdote repete o mesmo procedimento no leste e proclama – Hail Lucifer! Shemhamforash! Pelo ar, destruímos os escolhos da estupidez, através da busca, da dúvida, da reflexão, do questionamento e do empirismo pessoal. Afrontamos a mentalidade de rebanho e criamos a nossa própria via.
O sacerdote repete o mesmo procedimento no norte e proclama – Hail Belial! Shemhamforash! Pela terra, destruímos as barreiras impostas pela mesmice, auscultando toda a carnalidade, que se abre como a escuridão luminosa. Afrontamos a subserviência da mundanidade e obramos a nossa completa indulgência.
O sacerdote repete o mesmo procedimento no oeste e proclama – Hail Leviathan! Shemhamforash! Pela água, destruímos os engodos da falsa magia, adquirindo os maiores poderes, afim de fazer valer a nossa Vontade. Afrontamos os maiores perigos e realizamos o nosso destino.
O sacerdote vira-se para os participantes e pousando delicadamente a espada acima das suas cabeças, proclama – Hail The Self! Shemhamforash! Que o logos de Baphomet se torne pleno!
Continua, voltado para os participantes – Pelos mistérios da escuridão, o Self se levanta das suas cinzas, como a fênix no caminho da matéria, desvelando o equilíbrio no caos. Agradecemos as dádivas concedidas e selamos mais uma vez o nosso pacto, oh, Príncipes! Que toda a energia concentrada neste ambiente daqui se dissipe e se dirija ao seu objetivo, afim de que os seus filhos realizem as suas metas.
Agora, se o sacerdote quiser, pode ler uma das chaves enoquianas[9]. Toca-se o sino 9 vezes. Em seguida, o sacerdote pronuncia “Assim está feito!” Faz-se de novo o ritual menor do pentagrama. O ritual terminou.
Lord Ahriman
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