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A possível origem deste termo remonta à Sodoma. Significava o rebelde, o desobediente. LaVey diz que ele é o sem mestre, a base da terra, a independência. Por outras palavras, Belial denota a via material em todos os sentidos, ou seja, a via da carne e da matéria.
O autor não concorda com a idéia de que não há espiritualidade[1] no Satanismo. Seria o mesmo que pregar a extinção absoluta post mortem, que LaVey advoga, mas nem ele mesmo parece acreditar, pois afirma que “É a luxúria pela vida que permite a pessoa vital viver depois da morte inevitável da sua concha de carne”. Os satanistas exclusivamente laveyanos dirão que isto simboliza a recusa em morrer, mas quando o Papa Negro fala em “viver depois da morte inevitável”, seu inconsciente aceita a continuidade da existência.
Belial mostra que o homem é o seu próprio mestre, possui o seu próprio caminho. Nada de imitar ou seguir as pegadas de terceiros, mesmo porque quem segue nunca ultrapassa. Nada de vassalagem a um deus inconveniente que nega tudo aos seus filhos. Este arquétipo contém também o sentido de uma realização plena no plano físico.
Belial representa o elemento Terra, o seu ponto cardeal é o Norte, naipe de Tarot é Ouros, e está simbolicamente relacionado ao lado prático, objetivo, concreto e útil das coisas. No ser humano representa a sensação.
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