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Em relação à gula, o corpo possui uma sabedoria própria, ele sabe o que e quanto necessita comer. Um amigo meu era diabético e adorava goiaba. Vivia com medo, porque este fruto é muito doce e poderia vir a lhe fazer mal. Quando consultou um médico chinês, acupunturista, este lhe informou que a goiaba era excelente para diabete. Há inúmeros outros casos idênticos.
De qualquer modo, quem não gosta de um prato saboroso, ainda mais quando está com fome? Se a pessoa engorda um pouco além da conta, o amor-próprio tomará algumas medidas para que emagreça, como se alimentar mais qualitativamente. Aqui traço um parênteses: qualquer dieta forçada é péssima, pois, quando a pessoa abandoná-la, ficará pior do que antes. O melhor é selecionar os alimentos úteis, quando precisar e comê-los sem passar fome.
É de se perguntar porque comer demais foi transformado em pecado mortal. O intento era colocar um limite aos gastos alimentares com serviçais, a cargo dos nobres e padres. A história retratada nos museus, pelas pinturas, mostra uma quantidade enorme de nobres e padres obesos, bem alimentados, enquanto retrata o povo raquítico, passando fome. Houve até uma época em que as mulheres colocavam apetrechos na cintura para ficarem gordas, pois era o charme da ocasião. Uma das causas da Revolução Francesa foi exatamente esta: a situação extrema de fome e penúria do povo parisiense.
Sendo a fome um instinto natural por excelência, caso contrário ninguém sobreviveria, é de se perguntar: Se comer satisfatoriamente é pecado, então por que não respirar também? Simplesmente porque seria impossível a qualquer um passar a respirar menos, ninguém agüenta sequer prender a respiração por mais de alguns minutos. Estranho o fato de a sede não ter sido incluída no rol, talvez pelo fato de a água não causar muita despesa inicial, pelo menos na época não existia a CEDAE.
Curiosamente, beber vinho nunca foi considerado pecado, pode-se afirmar mesmo que há muitos padres alcoólatras. O Islamismo corrigiu isso, transformando-o num dos piores pecados sob a égide de Alah. Uma pessoa embriagada fica totalmente vulnerável. Muitos rapazes, quando vão a uma festa, incentivam as meninas a beberem em demasia, pois sabem que elas se tornarão mais acessíveis a conceder favores sexuais. Do mesmo modo, os padres sabiam que qualquer pessoa bêbada costuma falar demais e, inúmeras vezes, revelar o que não deve, o que poderia se tornar útil. De fato, não há nada demais em beber um vinho ou tomar uma cerveja, mas o que deve ser evitado é a compulsão que caracteriza a dependência, a ilucidez, o alcoolismo. Afinal, ninguém deveria ser dominado por algo material, sem vida.
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