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Meu corpo é pecado. É, foi e sempre será. Andar errado ou levar ao mal caminho é a verdadeira virtude de toda mulher que se preze porque meu corpo é, no final das contas completamente meu. É minha expressão mental, expondo-se para o físico. Eu penso que Eva, nunca foi enganada pela Serpente. Ela já queria, só não tinha coragem – e é assim que se sentem as mulheres modernas;
Elas já querem, mas não sentem coragem.
Encorajar um homem seria o que deveria fazer pelo próprio dever de esposa. Mas eu me recuso. Eu prefiro submete-lo e me submeter aos meus próprios prazeres. Se eu desejo Amor, eu busco. Se eu quero Sexo, eu busco. Se eu quero qualquer coisa, seja boa ou ruim aos olhos do Éden, eu busco. Eu me rendo aos meus próprios prazeres e quando me encontro comigo mesma, eu me vejo desvelada numa manifestação bestial e intensa de mim mesma. Eu não sou Maria Inviolada. Sou Messalina.
O Verdadeiro Eu de toda mulher, está a vontade de experimentar. De conhecer o próprio corpo e expressar a alma; de se masturbar, de viver seu próprio corpo sem vergonha alguma – se eu for o pecado original, que eu leve ao mais profundo circulo infernal, seja quem for que se render. Ou que eu render. Como Babalon, eu me entrego a caça á minha presa – eu o devoro, eu o como, eu o descarto quando quero. Eu inverto o papel cristão de família porque meu próprio Eu observa isso como absurdo. E então, após ver essa abominação na exaltação do instinto masculino, eu crio uma nova perspectiva sobre a Feminilidade. Não sou mais uma flor, uma rosa delicada, com poucos espinhos.
Eu sou Serpente. Eu sou uma Naja.
Quando me encontro com meus próprios demônios, eu me rendo. Eu choro o tanto que for preciso na minha carência e grito o tanto que achar necessário em meu orgasmo. Eu prefiro morrer no excesso de meu corpo, de minha alma, do que viver presa ao mesmo, calando minha própria loucura. Santa Loucura que eu rezo todos os dias para ela – para que, quando eu me olhar mais velha, eu não apenas lembre com alegria dos dias em que bebi e por excesso de bebida, cometi um ato de insana coragem. Quando ficar mais velha, vou lembrar de mim mesma, e de toda minha coragem, bêbada ou não – eu fiz. Eu me rendi ao meu próprio corpo, ao meu próprio orgasmo; fui egoísta suficiente para Odiar qualquer um que tentasse entrar no meu território, pois na minha Alma, vai viver apenas os meus prisioneiros.
E as minhas prisioneiras.
No fundo, toda mulher quer saber como é tocar outra mulher. O homem tende a inibir esse desejo por um padrão cultural, mas o lesbianismo, é mais bem aceito, pactuado. E quando desejo vivenciar meu desejo – eu me rendo novamente. Fujo desse padrão hétero/homo, porque sei que não há do que gosto mais. Porém, há quem eu gosto mais, seja homem ou mulher, de dominar. E de ser dominada. O corpo de todo ser humano se divide nesses reflexos, e há quem, prefira deixar um sobrepor ao outro. Eu me apaixono por ambos, e não me rendo ao papel passivo de toda mulher. Se um homem pode me penetrar, ou se uma mulher pode me penetrar, eu também posso penetrar essa mulher e também posso penetrar esse homem.
Quando se existe o prazer e ambas partes estão de acordo, o único limite é o Céu.
O Céu aonde o Rei Sol mora. Ou a Rainha Sol.
Creditar os antigos simbolismos de Sol/Homem/Falo/Ativo e Lua/Mulher/Vulva/Passivo é um absurdo sem tamanho. Antigos velhos herméticos não tinham o que fazer quando criaram isso. Que os cabalistas engulam suas próprias palavras, pois Eu, reivindico meu direito de fazer meus próprios símbolos e dar á mim mesma, o MEU Lugar. Não aceito que me digam o que fazer ou como fazer, já que a mente é minha e eu reconstruo tudo ao meu querer. Lúcifer ainda é Vênus. Lúcifer veste salto e casaco de pele. Qualquer Deus em minhas mãos, se eu quiser, será penetrado e terá um orgasmo. Assim como qualquer Deusa. E quando Eu desejar, eu me entrego aos Desejos dele. Ou ao simbolismo dele. É divertido se entregar aos prazeres da própria alma, e intercala-los. Mas o papel que fizer nas nupcias, não será o papel que farei em minha vida.
Babalon – e como Guerreira eu me busco sempre algo maior para mim. Trabalho com goétia a seis meses intercalando com pequenos feitiços de bruxaria que fazem de mim, um ser novo. Sem rótulo algum – me desejo profundamente não limitar o meu potencial sendo Wicca, Caótica ou Satânica. Mas se for para definir um rótulo para que eles engulam, então chamem-me de Satanista. Provoquem-me para despertar minha ambição e vivenciar minha vaidade, como o ápice de todo meu Eu. Se Satã realmente existir, somente os tolos vão crer que ele seja um homem, um rei do Inferno. Ele é, na verdade uma espécie de Joana D’Arc – Uma Deusa incorporada em um arquétipo feminino, apenas para reger mentes que não entendem a Supremacia dela. Se Satã existe, ele é ela. E se é Ela, Eu sou Satã.
A Serpente, o feminino profano e absoluto, minha própria Supremacia. Eu sou o Diabo.
Por Hodu Girl
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