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Quando falamos da história do homem de gelo amaldiçoado, estávamos apenas nos aquecendo. Veja, se você quer de fato um maldição de múmia em grande escala, você vai querer uma que tenha uma história de fundo no mínimo assustadora. E por isso apresentamos agora o Túmulo Amaldiçoado de Tamerlão.
Nós dissemos que a história seria assustadora, não o nome da múmia.
Após assumir o título de Grande Khan em 1369, Tarmelão partiu da Pérsia ruma ao sudoeste da Rússia em uma campanha que faria seu bisavô – o senhor Gengis – muito orgulhoso. Um de seus feitos na época foi erguer no norte da Índia uma pirâmide de mais de 70,000 crânios humanos. Isso por si só nos faz pensar… não que ele tenha sido cruel ou insano, mas como conseguiu carregar tantos crânios assim montados em cavalos? E mais, eram crânios, não cabeças decepadas, alguém teve que limpar uma por uma. Eram tempos difíceis aqueles. Outra de suas invenções foram os mísseis teleguiados, claro que não haviam foguetes na época, nem ogivas explosivas, mas isso não o impediu. Ele carregava camelos com fardos de palha, ateavam fogo aos fardos e quando os camelos entravam em pânico – provavelmente quando percebiam que aquele cheirinho de carne assada vinha deles – os dirigiam a seus alvos.
Bem, quando ele morreu em 1405 foi enterrado no Uzbequistão no complexo de Gur-e Amir em Shamarkand. EM sua homenagem foi erguido um grande túmulo com uma placa de jade com inscrições em árabe que falavam sobre como era animal ser um mongol – literalmente – e, só para terem certeza de que ninguém ia tentar foder com o corpo do cara – literal e figuradamente – colocaram a inscrição: “Quando me reerguer o mundo tremerá”. E então ele pôde descansar em paz para sempre.
Pena que para sempre terminou em 1941, quando Stalin manou um arqueólogo soviético para escavar o local de descanso do conquistador.
– Mas tem uma placa lá falando que o mundo vai tremer se ele se reerguer camarada!
– Uma palavra para o senhor, camarada Mikhail: gulash!
E assim Mikhail Mikhaylovich Gerasimov rumou para o Uzbequistão com sua pá em uma mão e uma garrafa de vodka na outra. De acordo com Malik Kaumov, o primeiro documentarista Uzbequistanês, os anciãos da região ficaram transtornados com a notícia de que alguém pretendia sair cavando pela região procurando pelo corpo de Tamerlão. O próprio Mikhail se lembra do acontecimento: “eles me mostraram um livro que dizia que a tumba de Tamerlão não deveria sobre hipóstese alguma ser aberta, caso contrário uma guerra poderia ser causada. Eu era um jovem na época e não era muito sábio. EU não dei atenção para esse acontecimento e no dia 21 de junho nós removemos o crânio de Tamerlão”.
Dá para adivinhar o que viria a seguir? É como quando a garota de seios de fora decide sair da cabana onde acabou de transar e fumar maconha com o namorado, para procurar um lugar a uma distância de 400 metros para mijar no meio do mato onde, não muito longe, um garoto morreu afogado numa noite de sexta-feira 13. Você sabe que vai ver sangue.
Agora não podemos ser injustos com o doutor, afinal o que você faria se fosse escavar um túmulo com a inscrição de que quanto o cara que morreu a mais de 500 anos se erguer o mundo tremerá? Talvez se houvessem dois avisos pudéssemos dizer que o bom Mikhail não tenha sido apenas pouco sábio e sim um idiota completo, mas haviam dois avisos?
Ooops… assim que profanou o túmulo de Tamerlão, encontraram outro aviso: “Quem abrir meu túmulo, liberará um invasor mais terrível do que eu”. Não era muito sábio? Mikhail era uma besta quadrada!
Em menos de 24 horas após a violação do túmulo os soviéticos puderam presenciar em primeira pessoa o lançamento da Operação Barbarossa, a maior e mais brutal invasão dos exércitos de Hitler na segunda guerra mundial.
Claro que os Soviéticos não eram pessoas tolas e supersticiosas. O próprio Stalin se declarou ateu e como mostra da superioridade atéia saiu matando padres e freiras, queimando e destruindo templos religiosos e tudo o mais que gostamos de dizer que apenas a religião impulsiona alguém a fazer. Desta forma é claro que ninguém acreditou que os dois eventos estivessem relacionados. Eles tiveram que esperar pela morte de milhões de soldados soviéticos nas mãos alemãs para decidirem devolver Tamerlão para seu túmulo no dia 20 de dezembro de 1942, e só para ter certeza realizaram novas cerimônias funerárias para se certificar de que ele não guardaria rancor dos profanadores.
Curiosamente, no mesmo instante, no outro lado do pais, a Operação Tempestade de Inverno, a última tentativa dos alemães de escapar da destruição em Stalingrado falhou totalmente.
É engraçado como todos atribuem aos aliados o fim da segunda guerra mundial mas ninguém menciona o nome do gênio que decidiu devolver o crânio de Tamerlão para o resto do seu corpo e evitou que Hitler dominasse o mundo.
Obito
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