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Apresentando Evidência Científica, Baseada em Explorações do Ártico, para Provar, pela Primeira Vez, que a Terra é Oca, com Aberturas nos Pólos .
Em 1906 apareceu o primeiro livro que forneceu prova científica de que a velha concepção da estrutura da Terra era falsa e que esta, em vez de ser uma esfera sólida, como comumente presumido, é realmente oca, com aberturas nos pólos. Fosse este livro criado pela imaginação do autor, poderia ele ser desprezado como um trabalho de ficção científica, mas uma vez que se baseia numa extensa bibliografia, representativa de relatórios de exploradores árticos, merece ser encarado mais seriamente.
Este livro foi publicado em Nova York e escrito por William Reed. Seu título era The Phantom of the Poles, e asseverava que os Pólos nunca haviam sido descobertos, porque não existem. Reed assevera que, nos locais onde os Pólos Norte e Sul são supostamente localizados, existem grandes aberturas polares, das quais os pólos são o centro, razão pela qual jamais podem ser alcançados por qualquer explorador .
O livro de Reed foi escrito quatorze anos antes do de Marshall Gardner, que foi quem asseverou que a Terra não era somente oca, mas que havia um sol central no seu interior. Reed, entretanto, não incluiu este sol central na sua teoria, mas acreditou que as temperaturas mais altas nas regiões dos pólos eram devidas a vulcões ativos nas aberturas polares, os quais são a origem da poeira que os exploradores árticos notaram. Passaremos agora a citar o livro de Reed. Na página 282 diz ele:
“A Terra é oca ou não o é. Que provas se têm de que não seja oca? Nenhuma que seja de todo positiva e circunstancial. Ao contrário, tudo indica que seja oca. Se assim é e se existem vulcões ativos no seu interior, não se veriam grandes luzes refletidas nos icebergs e nas nuvens, do mesmo modo que outras luzes são refletidas? Não seriam vistas grandes nuvens de fumaça e poeira — da mesma maneira que de qualquer outro vulcão ativo? Isto é o que os exploradores árticos têm observado — nuvens baixas e escuras elevando-se do oceano ou das beiradas de gelo. Nansen (um explorador ártico), disse: ‘Vamos voltar para casa! Para que permanecermos aqui? Somente poeira, poeira e poeira!’
De onde poderia vir tal poeira — tão desagradável que era uma das grandes irritações no coração do oceano Ártico, senão de um vulcão ativo em explosão (na abertura polar)?
Se a Terra fosse oca, não seria mais quente no inverno e mais fresca no verão (quando se entra nas aberturas polares)? Os exploradores árticos dizem que o vento norte no inverno eleva a temperatura, enquanto o vento sul a abaixa.
Em oposição, o vento sul eleva a temperatura no verão, enquanto o vento norte a abaixa. Isto é exatamente o que ocorreria se os ventos viessem do interior da Terra. De novo, se a terra é oca não pode ser redonda, visto que a abertura diminuiria, do seu arredondado, em proporção com o tamanho desta abertura. Todos agora concordam que a Terra se achata nos pólos. Também fica mais quente quanto mais se vai para o norte ou para o sul. Por que ocorre isto?
Há apenas uma resposta, e esta é que a Terra é oca e é mais quente no interior do que no exterior. À proporção que o vento sai, no inverno, ele aquece a atmosfera. Se a terra é sólida, nem a ciência nem o raciocínio podem fornecer uma teoria racional que explique por que fica mais quente à proporção que se vai para o norte. Todas as teorias conhecidas são contra uma tal conclusão. Logo que se adota a crença de que a Terra é oca, as perguntas mais embaraçosas são facilmente respondidas, a mente fica satisfeita, e o triunfo do raciocínio lógico chega como um prazer que jamais pode ser esquecido.
Este volume não foi escrito para entreter aqueles que lêem por distração, mas sim para afirmar e provar, tanto quanto provas possam ser estabelecidas, certas verdades importantes até agora não compreendidas. Uma única chave abrirá todos estes mistérios. Os problemas a serem solucionados são os seguintes:
1. Por que é a Terra achatada nos pólos?
2. Por que os pólos nunca foram alcançados?
3. Por que o sol fica por tanto tempo invisível, no inverno, perto dos pontos mais afastados ao norte e ao sul?
4. Que é que ocasiona a Aurora Boreal?
5. Onde são formados os icebergs e como?
6. Que é que produz as ondas de maré no Ártico?
7. Por que os meteoros caem mais freqüentemente próximo dos pólos e de onde vêm eles?
8. Que é que ocasiona a grande pressão de gelo no Oceano Ártico, durante a maré baixa e tempo calmo?
9. Por que há neve colorida na região ártica?
10. Por que é mais quente perto dos pólos do que distante deles de 900 a 1.600 quilômetros?
11. Por que o gelo no oceano Ártico é freqüentemente cheio de rochas, saibros, areia, etc.?
12. Por que a bússola não funciona perto dos pólos?
Caso seja eu capaz de responder razoavelmente às perguntas acima — com respostas que satisfaçam a qualquer pessoa inteligente — o público admitirá, acredito, que cumpri minha tarefa.
Desejo reconhecer o meu débito para com os bravos que gastaram os seus tempos, conforto e, em muitos casos, suas vidas, para que todos possam conhecer a verdade e a geografia deste planeta maravilhoso. Pelos seus relatórios sou capaz de provar a minha teoria de que a Terra não é somente oca mas que é também adequada, no seu interior, para manter a vida humana com tão pouco desconforto quanto no seu exterior e que pode se tornar acessível à humanidade com o gasto de um quarto do dinheiro, tempo e vidas esbanjadas na construção do metrô da Cidade de Nova York. O número de pessoas que pode se estabelecer neste novo mundo (se não estiver já ocupado) será de bilhões.
Assevero que a Terra não é somente oca, mas que todos ou quase todos os exploradores que passaram muito tempo além da borda da abertura polar viram o interior da Terra. Quando o Tenente Greely estava contemplando o sol de brinquedo, na latitude de 120 graus, estava olhando o mundo nosso irmão, no interior da Terra.”
O GLOBO MOSTRANDO UMA SEÇÃO DO INTERIOR DA TERRA – A Terra é oca. Os pólos há tanto buscados são apenas fantasmas. Existem aberturas nas extremidades norte e sul. No interior estão vastos continentes, oceanos, montanhas e rios. £ evidente a vida animal e vegetal neste mundo novo, que é, provavelmente, povoado por raças ainda desconhecidas dos moradores do exterior da Terra. O Autor. (Reproduzido de The Phantom of lhe Poles, de William Reed, publicado por Walter S. Rockey Company, de Nova York, em 1906.)
BARCOS NAVEGANDO PARA O LADO DE DENTRO – A Bíblia, o Livro de Enoch, e os antigos escritos dos Chineses, Egípcios, Esquimós, Hindus e outros falam da grande abertura ao norte. Os sábios destas raças morenas ensinam também que há uma raça de homens debaixo da crosta da Terra. Dizem também que alguns dos seus ancestrais vieram do interior da Terra. Este desenho mostra como a agulha da bússola funciona enquanto os exploradores estão passando para o interior da Terra. Observe como a bússola os guiaria novamente para fora, sem saber que a Terra era oca.
As respostas de Reed às perguntas acima são as seguintes:
1. Por que é a Terra achatada nos pólos? Como a Terra é oca, não pode ser redonda, é a resposta. A abertura para o interior subtrai da sua redondeza na proporção do tamanho da abertura.
2. Por que os pólos nunca foram alcançados? Por que os pólos não existem, no sentido usual em que são compreendidos.
3. Por que o sol não aparece por tanto tempo no inverno, perto dos supostos pólos? Porque durante o inverno o sol incide sobre a terra obliquamente perto dos pólos. Quando se passa a margem da abertura polar e se aproxima do interior da Terra, afunda-se para dentro do interior oco. Os raios do sol são então interceptados e não aparecem novamente até que incidam naquela parte da terra mais diretamente e brilhem para dentro do interior oco. Isto explica por que as noites são tão compridas no norte distante.
4. Presumindo que a Terra seja oca, o interior deve ser mais quente. Apresentaremos evidência para provar que é mais quente. Os que exploram o norte longínquo serão os melhores juízes.
5. Os meteoros estão constantemente caindo perto dos supostos pólos. Por quê? Se a Terra fosse sólida ninguém poderia responder a esta pergunta. Se a Terra é oca, pode ser respondida facilmente. Alguns vulcões em erupção existem no interior da Terra, que expelem constantemente rochas para o ar. Enormes quantidades de poeira são encontradas constantemente no Oceano Ártico. Que é que ocasiona esta poeira? As erupções vulcânicas. O pó tem sido analisado e se mostra constituído de carbono e ferro, o que deve vir de algum vulcão da abertura polar.
6. Que é que produz a Aurora Boreal? É um reflexo de um fogo no interior da Terra. (De acordo com Marshall B. Gardner, este fogo é o sol central, cujos raios se projetam através da abertura polar no céu da noite, e as formas cambiantes e raiadas da aurora boreal são devidas às nuvens que interceptam os seus raios.)
7. Onde são formados os icebergs? E como? A resposta é a seguinte: No interior da Terra, onde é quente, os rios fluem para a superfície pela abertura polar. Quando chega do lado de fora, no Círculo Ártico, onde é muito frio, o deságüe dos rios congela, formando os icebergs. Isto continua por meses, até que, devido ao tempo mais quente do verão e ao calor da Terra, os icebergs se quebram e ficam soltos no oceano. (O fato de que os icebergs são formados de água doce e não de salgada prova esta teoria.)
8. Que é que ocasiona as ondas de maré no Ártico? Elas são causadas pela queda dos icebergs no oceano, quando deixam os lugares onde foram formados. Esta é a resposta porque nada mais pode produzir uma fração da movimentação causada por um iceberg monstro, quando mergulha no mar.
9. Que é que ocasiona a neve colorida da região ártica? Há duas causas. A neve vermelha, verde e amarela é causada por materiais vegetais em suspensão no ar, em tal densidade que, quando caem na neve, a colorem. Estes materiais vegetais são, supostamente, botões ou polens de plantas. Como estas não se desenvolvem na Terra, pode-se acreditar que se desenvolvam no interior e saiam pela abertura polar. A neve preta, observada freqüentemente, é causada pelo pó preto, de carbono e ferro, que sai de um vulcão em erupção. Como não existe vulcão ativo perto do Oceano Ártico, ele deve estar no interior da Terra.
10. Por que o gelo é cheio de rochas, saibro e areia? Estas substâncias vêm de vulcão explodindo perto de onde os icebergs são formados.
Considerando-se a Terra como oca, tem-se a solução de todos os grandes mistérios — tais como ondas de maré, pressão do gelo, neve colorida, Oceano Ártico aberto, norte mais quente, icebergs, acha-tamento da Terra nos pólos e porque os pólos não foram encontrados, o sobrenatural dando lugar ao natural, como sempre acontece com a compreensão, e fica-se aliviado de mente e corpo.
A Terra é oca. Os pólos, há tanto tempo buscados, são fantasmas. Existem aberturas nas extremidades norte e sul. No interior estão vastos continentes, oceanos, montanhas e rios. Vida vegetal e animal é evidente neste mundo novo, que é provavelmente povoado por raças ainda desconhecidas dos moradores do exterior da Terra.”
Em apoio da sua teoria de uma Terra oca, Reed oferece a evidência seguinte:
Ausência longa de luz solar durante os compridos invernos árticos. Reed resume as experiências dos exploradores árticos que passaram muito rapidamente da região de luz solar para a das compridas noites ou vice-versa. No norte longínquo, o sol fica ausente por períodos anormalmente compridos, o que não poderia acontecer se a Terra fosse redonda e sólida, ou mesmo apenas ligeiramente achatada nos pólos. A única explicação é que estes exploradores entraram na abertura do Pólo Norte; e quando entraram, os raios solares foram interceptados, para reaparecerem somente quando o sol está alto bastante no céu, quando então brilham dentro dela.
Funcionamento anormal da bússola no norte longínquo. Isto foi observado por todos os exploradores que seguiram muito longe ao norte. Este estranho funcionamento da bússola é exatamente o que devia acontecer se a Terra é oca e se eles entraram na abertura polar. No seu livro Reed tem um desenho de um corte transversal da abertura polar, com navios entrando e saindo dela. Quando o navio entra na abertura polar, a agulha da bússola toma a posição vertical, em vez de ficar na horizontal, como sobre a superfície da Terra. Isto é devido a ter entrado na abertura polar, e é exatamente o que os exploradores observaram no norte longínquo. Observaram que, quando se aproximavam do pólo, a agulha da bússola tornava-se errática e, quando iam mais para o norte, tomava uma posição vertical, indicando que haviam entrado na abertura polar, como ocorreu com Nan-sen e outros.
Passando sobre a borda da abertura polar, para o interior da Terra.
Reed diz o seguinte sobre este assunto:
“Sempre que os exploradores passam para o interior da Terra, encontram condições tão diferentes que ficam intrigados e não sabem como explicá-las. Por conseguinte, não é de se admirar que a chamem de uma terra estranha.
Qualquer um, que tenha permanecido por muito tempo no Círculo Ártico ou no Antártico, encontra condições inexplicáveis, de acordo com a teoria de que a Terra é redonda e sólida — mas encontra uma explicação fácil, de acordo com a teoria de que é oca, com aberturas nos pólos. A descrição de Greely, da sua passagem sobre a curva-tura, para dentro das aberturas polares, é exatamente clara. Ele diz:
O profundo interesse com que tínhamos até então prosseguido na nossa jornada, foi então grandemente intensificado. Os olhos do homem civilizado nunca viram e os seus pés jamais pisaram o terreno sobre o qual estávamos viajando. Um forte e fervoroso desejo de seguir para a frente, na maior velocidade, se apossou de todos nós. À proporção que nos aproximávamos de cada contraforte de terra que se projetasse a nossa frente, nossa ansiedade para ver o que estava além tornava-se tão intensa, que às vezes chegava a ser dolorosa. A cada ponto que chegávamos, um novo cenário se abria a nossa vista, e sempre a frente havia um ponto que cortava uma parte do horizonte e nos causava um certo desapontamento.”
Se Greely e seus companheiros estivessem passando para o interior da Terra, eles achariam certamente que a Terra tinha ali uma curvatura maior do que em qualquer outro lugar; e enquanto passavam sobre e em volta do ponto mais distante ao norte, cada projeção alcançada seria seguida por outra, que sempre pareceria esconder parte do horizonte. Isto é exatamente o que aconteceu.”
Rochas nos icebergs, neve colorida. Pólen e pó no norte distante. Sobre este assunto diz Reed:
“Quando puder ser mostrado que as condições são tais que os icebergs do Ártico (formados de água doce) não podem ser formados na superfície externa da Terra, no norte distante, é porque eles devem ser formados no interior. Se o material que produz a neve colorida é vegetal (o que revelou a análise), supondo-se serem botões ou polens de plantas, quando nenhuma se desenvolve na vizinhança do Oceano Ártico, então elas devem ter se desenvolvido no interior da Terra; pois se se desenvolvessem em qualquer outro local da Terra, a neve devia ser também colorida em outros lugares (como na vizinhança da abertura polar), o que não parece ser o caso. O pó, tão aborrecedor, no oceano Ártico, é também produzido por erupções vulcânicas. Sendo leve, é levado bem longe pelo vento, e quando cai nos navios é desagradável.
Quando cai na neve produz neve preta. Quando analisado, mostrou-se ser constituído de carbono e ferro, supostamente vindos de um vulcão ativo. Onde está este vulcão? Não há registro de nenhum, perto do Pólo Norte; e se este vulcão se encontra em qualquer outro lugar, por que o pó cai no oceano Ártico?
Vários exploradores citam grandes rochas e matacões em cima e encravados nos icebergs. Estes matacões ou são atirados lá pelos vulcões ou são arrancados quando os icebergs deslizam pelos rios no interior da Terra. O pó no Ártico é tão denso que flutua em grandes nuvens. Colore a neve de preto; e cai nos navios em tal abundância que é uma fonte de irritação. Nansen declara ser ele uma das principais razões para querer voltar para casa. Se a Terra é sólida não há respostas para estes desconcertantes problemas. Entretanto, se a Terra for oca, a erupção de vulcões no interior pode facilmente justificar o pó.
Águas abertas nos pontos mais longe ao norte.
Muitos asseveram que o oceano Ártico é um corpo de água congelada. Embora ele sempre contenha grandes corpos de gelo à deriva e icebergs, não é todo congelado. Os estudiosos das viagens árticas descobrirão, invariavelmente, que os exploradores foram obrigados a regressar por causa da água, e muitos casos são citados onde foram quase carregados para o mar e se perderam. O que desejo apresentar ao leitor, entretanto, é a prova de que o oceano Ártico é um corpo de águas abertas, onde há abundância de caça de todos os tipos, e que quanto mais para o norte se avança mais quente ele fica.
Existem muitos casos de nuvens de pó e fumaça. Muitos nevoeiros no inverno. Se a Terra fosse sólida, com o oceano se estendendo até o Pólo, ou ligado à Terra em volta do Pólo, não poderia haver coisa alguma para produzir aquele nevoeiro. Ele é causado pelo ar quente vindo do interior da Terra. Kane (um explorador ártico) escreve: ‘Algumas circunstâncias que ele (McGary) cita parecem indicar a existência de águas ao norte durante todo o ano; e as freqüentes neblinas e nevoeiros que temos visto a sudoeste, durante o inverno, confirmam o fato.’
“Há muitas páginas de relatórios (nos escritos dos exploradores árticos) sobre este mar aberto ao norte distante.
Greely fala de águas abertas durante todo o ano. Se há água aberta durante todo o ano no ponto mais longe ao norte, pode ser apresentada alguma boa razão por que todos fracassaram em alcançar o Pólo? Os homens que gastaram o seu tempo, seu conforto e, em vários casos, suas vidas, eram homens ansiosos pelo êxito e, todavia, estranhamente, todos fracassaram. Seria isto por que o tempo ficasse mais quente e encontrassem a caça mais abundante? Não, foi porque não existe tal lugar.”
Nansen, que provavelmente foi mais ao norte do que qualquer outro explorador, observa no seu livro que era um sentimento estranho estar navegando na noite escura para terra desconhecida, sobre um mar aberto, onde nenhum navio tinha estado antes, e nota quão ameno era o clima para setembro. Quanto mais ao norte foi, menos e menos gelo viu. Ele observou: “Há sempre o mesmo céu escuro à frente, o que significa mar aberto. Poucos podem pensar, em casa, na Noruega, que estamos navegando direto para o Pólo em água clara. Eu próprio não o teria acreditado se alguém o tivesse previsto há duas semanas, mas é a verdade. Não é isto um sonho?”
Três semanas mais tarde ele menciona que a água estava ainda aberta e não congelada. Ele observa; “Tão longe quanto o olho pode ver, do cesto da gávea, com o pequeno óculo de alcance, não há fim para as águas abertas.” Entre 6 e 21 de setembro ele não encontrou gelo, enquanto viajava para o norte, numa latitude muito elevada.
Comenta Reed:
“Depois de toda a evidência anterior, será possível que alguém possa acreditar que os oceanos respectivos (longe ao norte) sejam corpos de água congelada? Se não acreditam que estes oceanos estejam congelados, por que os exploradores deixaram de alcançar o Pólo – se é que há tal lugar?
Por que é mais quente perto dos pólos. Uma das provas principais de que a Terra é oca é que é mais quente perto dos pólos. Se pode ser mostrado, citando aqueles que mais longe se aventuraram em direção aos supostos pólos, que é mais quente, que a vegetação mostra mais a vida, que a caça é mais abundante do que mais longe para o sul, então temos um direito razoável de asseverar que o calor vem do interior da Terra, uma vez que este parece ser o único lugar de onde ele pode vir.
Em A Última Viagem do Capitão Hall, lemos:
‘achamos esta região bem mais quente do que esperávamos, livre de neve e gelo. Achamos uma região onde a vida é abundante, com focas, gansos, patos, bois almiscarados, coelhos, lobos, raposas, ursos, perdizes, roedores etc.’ (Ele está falando do norte distante.)
Nansen chama atenção especial para o calor, e diz:
‘Devemos quase imaginar-nos em casa.’ Este é um dos pontos mais ao norte já alcançado por alguém, e, todavia, o clima é ameno e agradável.
Será observado que estes ventos extremamente fortes do interior da Terra não somente elevam consideravelmente a temperatura na vizinhança do oceano Ártico, mas influenciam até à distância de seiscentos e cinqüenta quilômetros. Nada poderia elevar a temperatura de tal maneira exceto uma tempestade vinda do interior da Terra.
Greely diz: ‘Certamente esta presença de pássaros, flores e feras é uma saudação por parte da natureza ao nosso novo lar’. Será que isto soa como se ele tivesse esperado achar tais coisas lá, ou que a sua presença era uma ocorrência de todos os dias? Não. Foi escrito num tom de surpresa. De que lugar vieram estes pássaros e caças. Ao sul, por quilômetros, “a terra estava coberta de neve perpétua – – em muitos lugares com milhares de metros de profundidade. Eles foram achados naquela localização no verão; e como era mais quente para o norte não é provável que fossem para um clima mais frio no inverno. Eles parecem passar para o interior da Terra. Certas aves da Austrália deixam aquele continente em setembro e ninguém foi jamais capaz de descobrir para onde vão. Minha teoria é de que passam para o interior da Terra, pelo Pólo Sul.”
Reed chama a atenção para o fato de que muitos animais que habitam o norte distante, como o boi almiscarado, seguem para o norte no inverno, a fim de alcançarem um clima mais quente. Ele observa: “Uma vez que se torna mais quente à proporção que seguem para o norte, o instinto lhes diz para não irem para o sul no inverno. E, se eles não vão para o sul devem ir para o interior da Terra.”
Um outro animal que vai para o norte, no inverno, é a torda. Schwatka viu um bando de quatro milhões de tordas, que escurecia o céu, seguindo para o norte quando o inverno se aproximou. Najisen diz do extremo norte que é uma terra que tem abundância de ursos, tordas e áleas pretas e “deve ser um Canaã, de leite e mel”
Reed continua:
“Que è que produz a neve colorida no ártico? Por que é a neve colorida nas regiões árticas? A neve foi analisada, e a vermelha, a verde e a amarela continham material vegetal, presumidamente uma flor ou pólen de uma planta. De onde vieram? Uma flor que produz bastante pólen para ficar em suspensão no ar em tal quantidade que colore a neve necessitará de um grande território — milhões de hectares — para se desenvolver. Onde isto pode ser encontrado? Deve ser perto do Pólo Norte, pois se crescesse em outro lugar seria encontrada neve colorida também em outras localidades e não somente confinadas às regiões árticas. Como não é conhecida tal planta produtora de flores na superfície da Terra, devemos procurar em outro lugar.
O interior da Terra é o único local que nos fornecerá uma resposta a esta pergunta. Como as cores caem em estações diferentes, devemos presumir que as flores maturam nestas estações. É também fácil descobrir de onde vem a neve preta, freqüentemente mencionada pelos exploradores. Vem de um vulcão em explosão — do tipo do que cobriu com pó o navio de Nansen. Todas as perguntas sem explicação podem ser facilmente respondidas se se acredita que a Terra seja oca.
É impossível respondê-las sob qualquer outra teoria.
Kane, na página 44, do seu primeiro volume, diz:
‘Passamos os Crimson Cliffs em Sir John Ross, na manhã do dia 5 de agosto. As manchas de neve vermelha, da qual tira o seu nome, podiam ser vistas claramente, da distância de 16 quilômetros da costa. Tinha um lindo matiz rosa forte.’
Kane fala da neve-vermelha como se tivesse uma estação regular em que aparecesse – como diz ele ‘de a neve vermelha estar duas semanas mais atrasada do que usualmente’. Levando em consideração o fato de que o material que colore a neve é vegetal, supostamente os botões ou pólen de uma planta, e que tal planta não cresce na Terra, de onde ela vem então? Deve crescer no interior da Terra.”
Onde e conto são formados os icebergs. Uma vez que os icebergs são formados de água doce e não de água salgada do oceano, eles não podem ser formados do oceano Ártico, e sim por algum corpo de água doce. Entretanto, não há corpo de água doce na região polar. A teoria de Reed é que os icebergs são formados pelos rios que vêm do interior da Terra e fluem em direção à superfície, através da abertura polar. Quando chega ao exterior frio a água gela, quando mais água passa sobre a porção congelada, ela se congela também, formando montanhas de gelo. Com a chegada do verão, estas grandes massas de gelo são derretidas parcialmente e se quebram, ficando soltas e caindo no mar e produzindo as misteriosas vagas de maré observadas no norte distante. Reed diz:
“É simplesmente fora de dúvida que os icebergs não se formam em qualquer lugar conhecido. De outra parte, o interior da Terra, atrás da foz dos rios ou dos desfiladeiros, é muito apropriado para a formação dos icebergs. A foz congela primeiro e o rio, continuando a fluir para o oceano, passa por cima do gelo formado na desembocadura e se congela também, e assim por meses e meses, até a primavera. À proporção que se adianta o clima quente do verão, e, devido ao calor da Terra, os icebergs são arrancados e soltos, e as águas das chuvas do interior os empurram para o oceano causando as vagas de maré.
Observe a diferença. No lado de fora da Terra todo o comprimento de um rio é congelado, e quanto mais Terra adentro mais congelada fica a corrente, enquanto no interior da Terra (nas aberturas polares) apenas a foz é congelada. No interior da Terra há não só água bastante para formar os icebergs como também para empurrá-los para o oceano. “Durante os últimos trezentos anos uma corrente contínua de exploradores tem tentado alcançar o Pólo, tanto o Ártico quanto o Antártico, mas ninguém viu ainda um iceberg no ato de deixar o local original em que foi formado e de mergulhar no oceano. Não é estranho que ninguém pensasse em perguntar pelos seus locais de origem?”
Em apoio da teoria de que os icehergs, formados de água doce, não podem se formar no lado de fora da Terra e devem ir da água doce dos rios do seu interior, Reed cita Bernacchi que, escrevendo sobre as suas observações na Antártica, disse: “Houve menos de cinqüenta milímetros de chuva em onze e meio meses e, embora nevasse, onde poderiam reunir bastante água para formar um iceberg? Entretanto, o maior de todos da Terra está lá — um que é tão grande que é chamado de a Grande Barreira de Gelo, em vez de iceberg – – tendo mais de seiscentos e cinqüenta quilômetros de comprimento e oitenta quilômetros de largura.
Está assentado em seiscentos e quarenta metros de água e se eleva de vinte e cinco a sessenta metros acima da água.” Reed comenta:
“Seria impossível para este iceberg se formar numa região sem chuvas e neve, praticamente. Como os icebergs são formados de água congelada e como não há água para ser congelada, evidentemente, foi formado em algum outro lugar. O iceberg propriamente dito, de água doce, se encontra num oceano de água salgada.
Como sabemos que a grande barreira de gelo veio do interior da Terra? Ou do tipo de rios descritos? Primeiro, não poderia vir do exterior da Terra, uma vez que os icebergs não são ali formados. Aquele rio deve ter sido da profundidade de 760 metros, com oitenta quilômetros de largura e com cerca de setecentos quilômetros de extensão, pois estas são as dimensões atuais do iceberg. O rio tinha de ser reto, ou o iceberg não poderia sair sem se quebrar. Passou através de urna região relativamente plana, porque sua superfície é ainda chata. Uma outra prova de que o interior da Terra é plano, perto da entrada antártica, é que muitos dos icebergs encontrados na Antártica são compridos e finos. São chamados ‘línguas de gelo’, o que indica que vieram de rios que corriam quase em nível. De outra parte, os icebergs encontrados no Ártico são mais grossos, indicando que vêm de uma região mais montanhosa, onde a queda dos rios é mais abrupta, fazendo com que os icebergs sejam mais curtos e grossos. Quando Bernacchi estava viajando na Antártica, escreveu: ‘Durante os próximos dois dias passamos por milhares de icebergs, tantos quanto noventa sendo contados de uma vez, da ponte de comando. Havia muito pouca variedade de formas entre eles, sendo todos muito compridos e terminados em escarpas perpendiculares. Havia uma grande quantidade de água doce na superfície, oriunda do número de icebergs.
Como isto confere com sua noção da maneira como os icebergs são formados, numa região onde Bernacchi informa ter menos de 50 milímetros de chuva em todo o ano e pequenas quantidades de neve? De onde virá a água que produzirá tão grandes quantidades de icebergs, tendo em média milhares de metros de espessura e muitos deles com centenas de quilômetros de comprimento? Aqueles icebergs estavam indo para o norte — de onde jamais voltam — e todavia o oceano estará sempre cheio deles, pois outros virão do lugar de onde vieram. Onde é este lugar? Não há chuvas ou neve derretida para fornecer água para se congelar em iceberg. Os icebergs podem vir apenas de um lugar — do interior da Terra.
Ondas de maré. Reed aqui repete a descrição das vagas de maré do Ártico, de vários exploradores. Elas levantam o gelo dos grandes campos de gelo a enormes alturas e podem ser ouvidas por quilômetros de distância antes de alcançar os navios e por quilômetros mais depois que passam. Os exploradores árticos descrevem estas ondas de maré como se segue: “Blocos gigantes arremessados e rolados como se controlados por mãos invisíveis, e os enormes corpos comprimidos produzindo um guincho estridente e horrível, que gelava o sangue nas veias. Aí vinham as vagas geladas. As juntas estremeciam e chocalhavam com um estrondo de trovão, enquanto observávamos o seu terrível progresso.”
— Reed diz:
“Estas ondas de maré são causadas por algum agente tremendo e não posso pensar em nada mais poderoso do que o mergulho de um iceberg no oceano. A grande freqüência destas poderosas ondas de maré parece excluir a possibilidade de serem causadas por erupções vulcânicas sob a água”.
VISTA DO WATERSKY- Os céus, nos círculos Ártico e Antártico, refletem a superfície da Terra, água e gelo, de maneira precisa. Nenhum grande empreendimento é começado sem antes consultá-los
por Raymond Bernard
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