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Dilúvio, Pirâmide e Stonehenge

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Marcelo Del Debbio

Excerto de O Grande Computador Celeste (edição Rafael Arrais)

Olá crianças,

O artigo anterior nos trouxe duas surpresas. A primeira foi que, novamente, batemos recordes de visitação aqui no Sedentário, e a segunda é que praticamente não houve ninguém reclamando.

Eu perguntei ao eightbits [apelido de um dos coordenadores do Sedentário & Hiperativo] e ele me garantiu que meu pedido de manter todas as críticas foi respeitado, e só são deletados comentários com xingamentos gratuitos (e, no caso, foi apenas um esta semana).

Isto pode significar que: os céticos foram todos embora (o que seria uma pena, pois, como disse certa vez o poeta e alquimista William Blake, “Não há crescimento sem oposição”); a outra hipótese é que até mesmo eles começaram a perceber que, apesar do tom leve e de brincadeira dos textos, este é um assunto muito sério e não estou dando fantasias ou hipóteses absurdas, mas fatos matemáticos.

Como já disse uma vez, repetindo as palavras de Voltaire, “Posso não concordar com uma palavra do que você está dizendo, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-las”. Críticas e questionamentos, desde que bem embasados, são bem vindas!

Agora voltando à programação original…

 A resposta a pergunta no final do artigo anterior é “Arca da Aliança”, mas eu percebi que acabei me empolgando e nos adiantamos um pouco na história. Antes de falar sobre Moisés, vou precisar falar sobre o Dilúvio. E antes do dilúvio, quero voltar brevemente as pirâmides:

Lembram quando discutimos sobre ser impossível montar as pirâmides mesmo com tecnologia de hoje em dia? Ok. Como alguns de vocês podem se lembrar de ter visto em algum lugar, existia um enorme complexo de templos chamados Abu Simbel no Egito. As otoridades precisavam construir uma grande barragem e uma megaoperação mundial foi organizada para desmontar e transportar o templo de Abu Simbel para uma montanha a salvo das águas da barragem.

Pois bem. A grande maioria das pedras esculpidas no templo de Ramses II foi retirada das pedreiras de Assuã, distantes cerca de 120km do templo, incluindo a cabeça do faraó, que foi transportada e esculpida em UM ÚNICO bloco de pedra. Quando os técnicos e engenheiros suíços e alemães foram transportar estes blocos para o local seguro, apesar dos GUINDASTES e HELICÓPTEROS envolvidos na operação, tiveram de fragmentar diversas estátuas e blocos de construção do templo para transportá-los.

Vamos escrever mais devagar para os que não entenderam: blocos de pedra que os egípcios (os “escravos seminus de 6.000 anos atrás” haviam conseguido manobrar, esculpir e encaixar intactos) tiveram que ser divididos, pois a tecnologia do século XX não conseguiu repetir o feito.

O Dilúvio

A história do Dilúvio Universal, ao contrário do que muita gente acredita, não existe apenas na Bíblia, mas em praticamente TODAS as mitologias do planeta. Muitos historiadores dizem que o dilúvio bíblico aconteceu apenas em uma área do mediterrâneo e que serviu de justificativa para as otoridades atestarem a veracidade literal da bíblia (a ponto de milhões de dólares terem sido gastos em pesquisas procurando barquinhos que não existem em cima do monte Ararat!).

Na Suméria, “Utnapitshtim, o Longínquo”, é considerado o único homem que escapou ao Dilúvio, e sua história é contada em diversos poemas, especialmente em um trecho de Gilgamesh.

Nos Gregos, Deucalião e Pirra fazem o papel de Noé e Naamah, levando em uma arca toda a esperança após a devastação da terra por um dilúvio causado pelos deuses.

Nos Nórdicos, temos o conto do Choro de Baldur, quando o malvado Loki faz o arqueiro cego e sua flecha de visgo assassinarem o deus-sol Baldur, e todas as coisas que existem choraram por ele, causando um dilúvio.

Na Mitologia Hindu, um peixe disse a Manu que as águas cobririam a terra e, novamente, temos uma arca salvando as esperanças da humanidade das águas divinas.

Entre os Celtas, os poemas do Ciclo de Finn narram a ocupação da Ilha após o Dilúvio

Nos Índios americanos, a história de Kwi-wi-sens e como ele e seu amigo corvo escaparam do dilúvio causado pelos deuses dos céus.

O Conto de Cowichan e do Dilúvio já era conhecido dos índios do norte dos EUA muitos séculos antes dos missionários ali chegarem com suas bíblias,

Nos Astecas, CoxCox possui uma história muito semelhante à de Noé, séculos antes dos espanhóis chegaram ao continente. Que conta da inundação de todas as terras conhecidas, e da fuga de uma tribo para as montanhas.

As Crônicas de PopolVuh entre os Maias narra um grande cataclismo que destruiu a humanidade, destruindo uma terra que era considerada o paraíso.

Os Incas contam a lenda do castigo divino das chuvas que duraram 60 dias e 60 noites, alagando toda a civilização.

No Brasil, os índios Tamandaré possuem uma lenda idêntica a de Noé, onde o dilúvio destruiu praticamente todas as vilas, só restando um homem e uma mulher que se refugiaram no topo de uma montanha.

Como explicar tantas lendas tão distantes entre si que narram os mesmos fatos?

Nos últimos dez mil anos, existem milhares de evidências de que a Terra foi alvo do impacto de pelo menos dois meteoros de grandes proporções. Um deles, o primeiro e maior, que se fragmentou em sete partes, atingindo o planeta de uma vez só e causando tsunamis de 5km de altura, capazes de varrer do mapa cidades inteiras em minutos, atingiu a Terra em 7.640 a.C. (alguém lembrou da Atlântida, cujas lendas dizem que afundou em um único dia?) e foi responsável pela maioria das lendas de dilúvio na América e Europa. O segundo, de menores proporções, atingiu a Terra aproximadamente  em  3.150  a.C.  e  foi  o  responsável  pelas  lendas  de dilúvio da Mesopotâmia e da bíblia.

O primeiro impacto varreu do mapa o continente da Atlântida e parte do que havia restado da Lemúria, deixando submersos seus templos e pirâmides por milhares de anos. Mas, como uma das funções das pirâmides era também a de Observatórios Astronômicos, os sábios conseguiram prever o impacto do grande asteroide e remover para locais seguros (Himalaia, Tibet, Andes, Interior dos Continentes) grande parte dos cristais e do conhecimento acumulado por estas civilizações (e também de onde surgem as histórias sobre Shan-Gri-Lá e Agartha, mas isso fica pra outro dia…).

As Linhas de Ley e Círculos de Pedra

Todas as Pirâmides estão construídas sobre o que chamamos de “linhas de Ley” ou, no oriente, “Veias do Dragão”. Assim como em nosso corpo correm linhas energéticas (usadas na acupuntura), o planeta possui linhas energéticas especiais sobre toda a sua superfície. O cruzamento destas linhas energéticas forma o que chamamos de “node” ou “ponto focal” (equivalentes aos chakras nos humanos), que é considerado um ponto muito especial dentro de várias culturas antigas.

As pirâmides originais da Atlântida foram construídas sobre estes pontos, pois utilizavam-se dos alinhamentos com estrelas, planetas, centros energéticos e também pelo formato dos templos, em conjunto com cristais e outros objetos (os corações destes templos e pirâmides), para uma infinidade de coisas.

Após o dilúvio, a imensa maioria destas pirâmides foi submersa, exceto algumas que estão na Europa, China, Egito e América, mas outros pontos surgiram. Após o primeiro dilúvio, as tribos que conseguiram escapar da catástrofe tiveram de se reorganizar e, para isto, reconstruir seus observatórios. Com isso, conseguiram prever o segundo meteoro e se preparar para o dilúvio em 3.150 a.C.

Lembre-se que a bíblia deve ser lida de maneira alegórica. Quando escrevemos que Noé levou dentro da Arca dois elefantes, queremos dizer que “os conhecimentos da civilização hindu foram preservados”, quando escrevemos que ele levou duas girafas, quer dizer que “os conhecimentos da civilização africana” foram preservados e assim por diante. Não existe e nem nunca existiu barquinho algum. A “Arca” de Noé é a mesma “Arca” da Aliança, a fuga das águas e a fuga do Egito são apenas metáforas diferentes para a mesma situação: a preservação do conhecimento oculto (procurem o significado da palavra “Moisés” como lição de casa, vocês vão ter uma surpresa…).

Eu falei sobre o grande relógio celestial em outros antigos. Este mecanismo celeste, além das funções que eu descrevi, também servia para prever o melhor momento de plantar cada tipo de alimento, de criar o gado, o momento certo de colher cada lavoura, de aproveitar as cheias, de tosquiar as ovelhas e assim por diante. Como as civilizações pós-dilúvio não possuíam os cristais ou as capacidades dos sacerdotes antigos, apenas parte do conhecimento adquirido, tiveram de “improvisar” e ergueram complexos de pedra sobre as Linhas de Ley para utilizarem-se como templos, em uma segunda etapa.

Por esta razão, pirâmides e círculos de pedra possuem basicamente as mesmas funções (astronômicas e religiosas) e foram construídos seguindo os mesmos princípios matemáticos, de geometria sagrada e conhecimentos profundos de astronomia. As pirâmides egípcias mais “primitivas” certamente que foram construídas no período dos faraós, seguindo as especificações da Grande Pirâmide, que foi REFORMADA pelos sábios egípcios detentores deste conhecimento (foram encontrados diversos fósseis e conchas de animais marinhos nos arredores das pirâmides, sinal que aquela região já foi coberta pelo mar algum dia no passado).

Bem, novamente o texto acabou ficando maior do que eu esperava, e ainda não chegamos na Arca da Aliança, embora alguns de vocês certamente já estão conseguindo ligar alguns fatos pelas dicas que eu dei ali em cima…

Para o próximo artigo, vou seguir os comentários: vocês preferem que eu fale mais sobre Stonehenge e os Círculos de Pedra e toda esta relação com as Linhas Energéticas ou vamos direto para a Arca da Aliança?


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