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PSICO

O Magnetismo de São Cipriano

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São Cipriano foi um homem quase sobrenatural. Com a sua dedicação e amor pelas ciências ocultas, chegou a descobrir, entre outros fenômenos,

àquele que se chama poder dos ímãs ou magnetos. Estas substâncias têm a propriedade de atrair vários metais, como sejam: o ferro, o aço, o níquel, o cobalto, o cromo etc.

Asseverava o grande S. Cipriano nos seus importantes manuscritos, que nas Ilhas Maniolas (entre as de Ceilão e Málaca), situadas na Taprobana, existe uma força prodigiosa e misteriosa. E, para confirmar o que dissera, a verdade é que ainda hoje não podem passar pelas extremidades desta Ilha os navios que não sejam construídos de madeira, pois embarcações que tão- somente têm para sua solidez alguns arcos de ferro, chapas ou pregos, voam e desconjuntam.

Templo Magnético

São Cipriano deixou dito mais, que o teto da igreja do grande profeta Maomé continha um ímã muito poderoso que serviria para continuar a credulidade neste fundador do islamismo. E isto também ficou confirmado, pois quando ele morreu deitaram-no em um caixão de ferro e quando penetraram no interior da igreja eis que aconteceu o caso lembrado por São Cipriano, porque o poderoso ímã fez com que o caixão fosse para o céu… da igreja. Isso com grande espanto e veneração daquela seita islâmica, conquistando a fama que ainda tem o milagroso profeta.

Segredo para Magnetizar uma garrafa d’água

Apanhe uma garrafa quase cheia de água do mar e coloque-a sobre uma mesa de pinho; assente-se uma pessoa em uma cadeira, de forma que não esbarre na mesa. Feito isto, ponha as pontas dos dedos no gargalo da garrafa, e os dedos da outra mão quase ao fundo da dita garrafa, fixando a vista na garrafa,assim se deixará ficar por espaço de 3 horas.

Logo que a água comece a fazer espuma e a garrafa a mover-se, estará pronta a mágica branca, ou magnetismo. Depois que a água ficar completamente magnetizada, basta só beber um ou dois goles da dita água para se ficar completamente magnetizado e durante o sono obter-se tudo quanto se deseja, havendo primeiro o cuidado, antes de se beber a água, de dizer-se o que se deseja naquele momento ou depois. Logo que se acordar,

estarão completamente satisfeitos os favores almejados.

O Réptil Magnetizador

Quem é que não se sentiu — pelo menos uma vez na vida atraído por uma pessoa ou uma coisa que o subjuga, que o cativa, que o domina, que o torna escravo, manietado, preso, sem poder mover-se livremente, perdendo toda a noção exata do seu próprio eu?

Quem é que, ao contrário, nunca teria também subjugado uma pessoa, sob o seu poder, dominando-a, dela fazendo tudo quanto quis? Quem ainda não viu uma cobra magnetizar um pássaro?

O réptil sai do mato e vem alojar-se, colocando-se debaixo de uma árvore, a alguma distância do galho onde um passarinho, descuidado, cantava alegremente.

A linda avezinha que sonoramente gorjeia, enchendo os ares com os seus cantos dulcíssimos, não cessa de cantar, não cessa de voejar, de saltar de ramo em ramo.

Mas já não são os mesmos trilos sonoros e prazenteiros. Não é, também, mais o mesmo voo descuidoso e livre.

Ao ver o imundo e asqueroso crótalo, o pássaro, fascinado, começa a desferir um choro lamentoso, um cantar pungentíssimo, entrecortado de pios funéreos, canta e voa.

Suas asas, porém, parecem estar presas por laços invisíveis. Do último galho onde pousara, vem descendo para outro mais baixo, e assim sucessivamente, sem deixar de fitar a cobra. Essa, também olhando-o sempre, escancara a goela e aguar da tranquilamente, cônscia do seu poder, na sua força natural. A ave, sem poder resistir, entra finalmente em suas mandíbulas abertas!

O Amor Magnetizador

Hércules, o herói que ainda hoje simboliza a força, Hércules, o guerreiro valente, cuja presença fazia tremer os inimigos, amava tanto Omfale, e dela se sentiu tão cativo, que fiava como uma mulher, sentado a seus pés!

Influência dos planetas

Debalde, a ciência vai procurando e ainda procura explicar esses fenômenos, indo sempre esbarrar ao domínio do maravilhoso. E fato incon- testável que os planetas têm profunda influência sobre o corpo do homem.

A influência que os planetas têm uns sobre os outros, bem como a influência do sol e da lua sobre a atmosfera terrestre, sobre os mares, estendendo-se até sobre os homens e os animais, e fazendo-se espalhar no sistema nervoso, é fato que Cipriano constatou.

Atribuía Cipriano essa influência geral a um fluido sutil (mais tarde chamado de magnetismo animal) semelhante àquele pelo qual se explica a ação enérgica do ímã.

Fluido Nervoso

Esse fluido nervoso — eletricidade animalizada — é o elemento que domina em todos os fenômenos da vida, e é até certo ponto o primeiro incitador das forças orgânicas.

No fluido nervoso reside a sensibilidade que se distribui pelos tecidos orgânicos, de maneira a torná-los aptos para receberem e sentirem as impressões exteriores e transformá-las em sensações nas células nervosas e de contratilidade, as quais se dispõem a manifestar a impressão recebida pelos movimentos caracterizados nas contrações, distensões e no encolhimento.

Esse fluido nervoso tem ainda a sua modificação produzindo emanação a que se pode chamar — fluido moral imaterializado —, que inspira os sentimentos de prazer, de dor moral, de ódio, o qual, atuando sobre o organismo humano decompõe o corpo.

Fluido Moral

O fluido moral é uma chama que se dilata e passa como a do fogo ordinário, que leva os seus átomos ao espaço e tem tanta força que, na própria atmosfera onde está, se irradia os seus eflúvios, como aconteceu com a mulher doente que ficou inteiramente curada só tocando a túnica de N.

Senhor Jesus Cristo.

Esse fluido moral vem com o gérmen da vida e tende sempre ao bem do homem e, se este se perverte, é por ser mal dirigido, porquanto ninguém vem a este mundo para ser desgraçado, pois tudo na natureza é perfeito, harmonioso e belo, tendo por fim o progresso e a perfeição, cuja liga é o fluidodo amor quando prende e harmoniza a lei comum fluídica e universal.

A Força da Vontade

A vontade é o grande motor de todas as nossas ações. Querer é poder — eis uma grande verdade.

Aquele que quiser, que souber querer firmemente, inabalavelmente resolvido a querer, tudo conseguirá, devido somente ao seu extraordinário esforço de vontade.

Mau-Olhado

Há pessoas que dispõem de grande poder ou força magnética.

Geralmente essa força reside nos olhos e da a teoria do mau-olhado.

Quem não tem, por acaso, encontrado certa pessoa que, ao lhe ser apresentada, desde logo grandemente nos impressiona pela força do seu olhare faz sentir esquisitas sensações?

Muitas vezes, em uma reunião, os olhos humanos são levados, atraídos irresistivelmente por outro humano olhar. Sem explicação, sente-se preso, e não consegue livrar-se dele. É a força do olhar.

Pois bem, há o olhar que além de fixar e penetrar, consegue secar, paralisar e até matar.

Modo de Magnetizar uma Pessoa

A pessoa que se pretende magnetizar deve sentar-se numa cadeira frente ao magnetizador, ficando este suficientemente afastado e sem entrar em

contato com ela.

O magnetizador, geralmente, fica de pé, e se porventura necessitar sentar-se, deve procurar sempre um lugar mais alto do que o magnetizando, de modo que o movimento dos braços, que é obrigado a fazer, não se torne demasiado fatigante e dê bom resultado.

Em seguida, fixa os olhos com grande tenacidade, com uma vontade sobre- humana, firme e determinada de obter o que se deseja.

Ao cabo de alguns segundos coloca as pontas dos dedos sobre o umbigo da pessoa que se quer magnetizar, e passados ainda alguns segundos levanta as pontas dos dedos muito devagar e incline-as ao pescoço do magnetizando por espaço de cinco minutos, tornando a descê-las ao umbigo, ondeas conservará por cinco minutos.

Depois de haver feito tudo, quanto ficou dito, chegue-se o magnetizador um pouco mais para o magnetizando, incline-se sobre ele, para que se estabeleça assim a corrente elétrica entre um e outro corpo.

Durante todo este tempo, o magnetizador não deverá cessar, nem um instante, de olhar fixamente para o magnetizando e terá o pensamento preso no que está executando.

Daí a poucos minutos, o magnetizando dormirá um sono profundo.

Certificando-se de que dorme, na verdade, dirá mais ou menos o seguinte:

“Bem; está dormindo… Dormindo profundamente… Agora não poderá acordar senão quando eu quiser. . . Os seus olhos estão fechados. . . Estão grudados. . . Não poderá abri-los. . As duas pálpebras pesam como se fossem de chumbo… Está dormindo… dorme… dorme… Continue a dormir…”

O magnetizador deverá falar com voz forte, lenta e compassada.Depois perguntará:

Está dormindo? Estou. (dirá o outro) Que sente?

Conforme a resposta, acrescentará:

Não, não sente nada… Não quero que sinta coisa alguma… Tem de dormir calmamente.

Compreende-se que isto só ocorrerá nas primeiras vezes com o correr do tempo, quando o magnetizando estiver bem mais dependente, às vezes basta a simples ordem:

Dormir!

Acompanhando-se esta ordem de um olhar penetrante, o magnetizando dormirá logo.

Neste caso, o magnetizador poderá perguntar ou ordenar (nos limites do possível) tudo o que for da sua vontade que não viole os conhecimentos do magnetizado.

Catalepsia magnética

Deriva-se do grego a palavra catalepsia, porque o principal caráter deste estado é que os atacados conservam a posição que tinham no momento do acesso.

A sinonímia deste singular estado é bastante complicada; conciliando os diversos nomes que se lhe têm dado e as diversas definições, chega-se à conclusão:

É uma moléstia nervosa, intermitente, sem febre, caracterizada por ataques de duração variável, durante os quais há suspensão da sensibilidade e do entendimento; às vezes, também, transposição dos sentidos, acompanhada de rijeza tetânica dos músculos da vida animal, com aptidão particular dos membros para guardarem a posição que tinham no momento da invasão do acesso, ou à que se lhe dá depois.

Esta definição apenas dá uma ideia muito imperfeita da catalepsia, cuja vista enche o espírito de admiração.

A catalepsia patológica é sempre sintomática de uma afecção grave; a catalepsia mágica, ao contrário, não tem perigo.

Este estado de contração muscular sobrevém às vezes por si mesmo, no ato de magnetizar, porém, ordinariamente, ele é provocado. Determina-se este estado de acumulação do fluido magnético no cérebro e, por consequência, empregando atos de vontade. É preciso certa habilidade nas experiências, para que a catalepsia se realize perfeitamente.

Os catalépticos que são mostrados para satisfação dos curiosos, pela maior parte, são sonâmbulos que experimentam, em razão de um ato singular das forças vivas, uma rigidez parcial dos músculos locomotores sobre os quais se opera a catalepsia.

Contudo, este estado cataletiforme ainda é muito surpreendedor.

Fenômenos do hipnotismo

Hipnotismo, membro da família do magnetismo, se entende pelo grupo de fenômenos nervosos e musculares que se produzem nas pessoas submetidas a diversos processos, tendo por fim paralisar determinadas regiões do cérebro e excitar outras.

Há diversos modos de provocar o hipnotismo, sendo os principais os seguintes:

O modo de hipnotizar mais usual, é o que consiste em fixar os olhos no paciente, ou fazê-lo convergir o olhar para determinado objeto colocado em posição que o obrigue a nele fixar a vista.

O paciente deverá fixar o objeto durante alguns minutos, atentamente, pois que passados os mesmos, a pupila contrai-se lhe para, em seguida, adormecer; as pálpebras caem suavemente e a pessoa fica hipnotizada.

É variável o tempo que se gasta para hipnotizar, pois isso depende da suscetibilidade e da tática dos hipnotizadores. Os faquires da Índia hipnotizam-se fitando demoradamente o espaço.

A seita de Mandeb, no Egito, adormece fitando o fundo de um prato branco, onde esteja pintada uma forma cabalística. Há pessoas que basta fixarem por alguns momentos a sua imagem em um espelho para caírem em hipnose.

Os monges do Monte Athos chegam ao mesmo resultado pela contemplação persistente do seu próprio umbigo.

As mães adormecem as criancinhas entoando em arrastada melopeia uma canção monótona, ou repetindo persistentemente e no mesmo timbre de voz o monossílabo ô ô ô.

Há também o método que se fazendo convergir para os olhos de uma pessoa histérica um feixe de luz viva e forte, como a elétrica, ou produzindo- se um ruído intenso, como o rufar de um tambor, determina-se seguramente a catalepsia, que, como veremos em breve, é uma das fases dohipnotismo.

Nas pessoas vivamente impressionáveis pode produzir-se a hipnose atuando unicamente sobre a sua imaginação, convencendo-as de que elas adormecerão infalivelmente a uma hora determinada, ou no mesmo instante, à ordem imperiosa dada por um bom hipnotizador.

Outro processo é que se limita a fitar o paciente para dizer-lhe com uma entoação clara e imperiosa:

Dorme!

Geralmente, para se fazer cessar o hipnotismo, basta soprar ou espargir

água fria o rosto do hipnotizado. Alguns hipnotizadores conseguem o mesmo resultado, atuando por impressão psíquica, dizendo ao paciente:

Acorda!

São diferentes os fenômenos do hipnotismo, pois são conforme a pessoa.Cada um reage de um modo particular durante as práticas hipnóticas. São três os períodos hipnotismo: letargia, catalepsia e sonambulismo.

A letargia

O processo dos passes magnéticos e em geral das excitações sensuais, fracas e monótonas, determina a letargia. Os olhos cerram-se rapidamente, a respiração torna-se levemente ruidosa e os membros caem flácidos e inertes.

A analgesia, isto é, a insensibilidade para a dor, parece completa; a atividade sensual fica consideravelmente enfraquecida e sem ação, quase que aniquilada.

A sensibilidade muscular fica, ao contrário, muito exaltada A mais leve e insignificante excitação, operada através da pele sobre os nervos ou sobre os músculos, determina a contração enérgica e demorada destes órgãos. Os antigos magos sabiam, perfeitamente, que a face exprime nitidamente as paixões, alegres ou tristes, que agitam a nossa alma.

A um letargo podem-se seguir, tocando-se em determinados músculos, as seguintes expressões singulares e naturais, como sejam: a reflexão, a dor, a alegria, o riso etc.

A catalepsia

O estado cataléptico, quando é primitivo, é sempre produzido por uma excitação visual ou auditiva, forte e instantânea; mas pode, também, determinar-se levantando as pálpebras a um letárgico e permitindo, assim, que a luz impressione qualquer cérebro.

Igualmente, um indivíduo no estado cataléptico passará facilmente ao estado letárgico, abaixando-se lhe as pálpebras. m traço mais saliente do estado cataléptico é a imobilidade.

O catalepsiado, em pé, na posição mais violenta e mais forçada possível, conserva-se em perfeito equilíbrio, direito, como se fora uma verdadeira estátua.

Os olhos permanecem-lhe largamente abertos, os membros conservam indefinidamente toda e qualquer posição que se lhes dê, adquirindo a rigidez do mármore.

O sonambulismo

Dos estados hipnóticos é este o mais interessante, sob o ponto de vista psicológico e o que mais vivamente surpreende.

Exercendo-se uma pressão suave ou uma leve fricção sobre a cabeça de um letárgico, desaparecem, fácil e instantaneamente, os sintomas da letargia. m sono sonambúlico termina-se, ou comprimindo levemente os globos do  paciente, que volta rapidamente ao estado letárgico, ou levantando-lhe as pálpebras, mergulhando-o, assim, em um estado cataléptico.

Fascinação e alucinação

A conservação da percepção visual permite determinar não só alucinações, mas até uma espécie de fascinação.

O hipnotizador, tendo os olhos fitos nas mãos do hipnotizador, acompanha-o em todos os movimentos que ele faça, imita todos os seus atos, ri,assobia, mostra a Íngua etc.

Neste estado é possível determinar-lhe toda a casta de alucinação visual. Imitando-se os movimentos apropriados de quem persegue uma ave, imediatamente se produz no hipnotizado a alucinação visual de uma ave voltejando pelo ar; se se finge estar aterrado pela presença de um animal qualquer, o mesmo terror se pinta imediatamente no rosto do hipnotizado.

O sonâmbulo pode ver através da mais estreita fenda palpebral, e até com as pálpebras completamente cerradas, por causa da transparência que as membranas possuem em presença da luz viva.

O que é indubitável é que os sonâmbulos leem desembaraçadamente em meia obscuridade, enquanto a uma pessoa no seu estado normal seria impossível distinguir, sem visível esforço, a forma dos caracteres.

Um sopro dirigido da distância de 15 a 20 metros é nitidamente sentido por um hipnotizado, mesmo que esse sopro seja o mais tênue possível.


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