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Estamos na era espacial, quer isso nos agrade, quer não. As nossas energias estão voltadas para o espaço exterior e também, obviamente, para o interior. Seminários de percepção, meditação, expansão da consciência, a idade do Aquário — o impulso introverso é o propulsor da época.
“A sociedade humana enfrenta hoje o dilema de um colapso ou de um avanço no campo da consciência humana para manter-se a par do avanço da ciência e da tecnologia”, afirma o Dr. Shafica Karagulla em Breakthrough to Creativity. Diretor da Fundação para a Pesquisa da Percepção Sensorial Superior, na Califórnia, o Dr. Karagulla, neuropsiquiatra conceituado, está estudando a capacidade dos médiuns de “ler” a aura e o corpo energético. Ela não é típica. Ao passo que o anseio introspectivo domina as disciplinas acadêmico-científicas na Tchecoslováquia, na Bulgária e na Rússia, no Ocidente ele é geralmente “extrovertido”.
Talvez devêssemos estar “acumulando reservas” de médiuns. Os descobrimentos no terreno do psi, como os países do Leste os entenderam, como a maioria dos outros avanços, podem ser empregados em atividades anti-humanas. O jogo da guerra, no entanto, não é a mensagem mais estrondosa que recebemos da parapsicologia oriental. O que veio de lá é tríplice e pró-humano, pró-gente.
O descobrimento da energia inerente ao psi “será comparável ao descobrimento da energia atômica”, disse o Dr. Leonid Vasiliev. Igor Shishkin, brilhante e jovem matemático russo, comparou recentemente a descoberta das teorias do psi à descoberta das teorias da relatividade.
Vasiliev viu algo ainda mais revolucionário do que a nova energia que acompanha o psi — “a experiência direta de outra pessoa”. Nunca sabemos se outra pessoa está representando, assinala Vasiliev, ou se é capaz de transmitir o que está sentindo, mesmo que o queira. O psi parece ser um elo mental, um elo corpóreo. A plena e direta experiência de outra pessoa é um potencial assustador.
A oposição à pesquisa psíquica é ainda poderosa – Eles estão estudando as maneiras de utilizá-lo: aprimorar as capacidades intelectuais, artísticas, inventivas; comunicar-se no espaço e no fundo do mar; ajudar a localizarem minerais e água; predizer pedaços do futuro; comandar o comportamento de outra pessoa à distância; ver à distância; lidar com os campos de força viva que cercam o corpo. Isso é apenas o começo.
Enquanto os cientistas mergulham na pesquisa do psi orientada para a prática, um sentido de unidade viva, de movimento e variedade infinitos, está começando a emergir do casulo do desconhecido e do não visto. Isto é o homem, um ser de energia numa galáxia de energias, dinamicamente ligado a toda a vida e às forças do universo.
De um modo global, a parapsicologia pode sintetizar-se em três palavras: Imagem, Energia, Potencial. O mundo da pesquisa psíquica na Tchecoslováquia, na Bulgária e na Rússia foi feito de esforços para penetrar a dimensão da energia universal, esforços para soltar o potencial ilimitado e não usado do ser humano. Como subproduto desses esforços, os parapsicologistas estão começando a mostrar o que talvez seja o aspecto mais importante de todos: uma imagem mais profunda do ser humano.
Apesar de tudo a que ele promete, a oposição que se faz à pesquisa do psi ainda é poderosa, tanto no Oriente, quanto no Ocidente.
“Entretanto, temos um bom clima para as atividades psíquicas na Bulgária.”
“Falava-se muito na União Soviética em estudar os poderes latentes da psique do homem, os quais, como a própria ciência o demonstrou, são inusitadamente grandes.”
“Existe uma tradição espiritual na Tchecoslováquia que conduz à investigação científica no domínio do psíquico.”
O interesse pelo estudo da dimensão do psi também começou a manifestar-se na Polônia, na Romênia, na Alemanha.
Os orientais levaram a sério a pesquisa do psi – Será realmente a herança do Ocidente tão infecunda que tenhamos sido privados de visionários e sonhadores, do interesse “pelo mundo não visto”? Ter-nos-emos tornado, com efeito, mais ingenuamente materialistas do que os próprios “materialistas de carteirinha”?
Encarando a oposição no Ocidente, o psiquiatra Jule Eisenbud, no livro que escreveu sobre a fotografia do pensamento e que intitulou The Word of Ted Sérios, observa:
“Desconfio de que, se a resistência ao psi for algum dia superada, isso não virá do trabalho sério e paciente que se faz nos laboratórios ou de qualquer número de palestras dirigidas a cientistas ou ao público culto, mas da sublevação geral das classes de uma população que está explodindo de muitas maneiras.”
Os cientistas orientais levaram a sério a pesquisa do psi. Não se tratou de uma brincadeira. Não se tratou da província dos poucos entusiastas. Já não terá chegado o momento de olharmos também para esse lado desconhecido do ser? Agora, hoje e amanhã, é ocasião de pesquisas arrojadas, firmes. E já é tempo de todos nós, em todos os níveis, deixarmos a covardia de lado e obedecermos, corajosos, ao preceito vital. “Conhece-te a Ti Mesmo”. Não é uma questão de curiosidade intelectual. Não é uma questão de provarmos a nossa falta de preconceitos. É uma questão de sobrevivência. A humanidade está empenhada numa luta de vida ou morte — Eros contra Tânato, chamou-lhe Freud. A dimensão psíquica tem força de vida, é o foco da criatividade e da inspiração. Tem liberdade e vida para dar aos que as tomarem. Foi por isso que alguns dos espíritos mais esplêndidos deste século — Madame Curie, Carl Gustav Jung, Franklin D. Roosevelt, William Butier Yeats, Thomas Edison, Winston Churchill, Albert Einstein — se interessaram ativamente pelo espectro psíquico. Com o estudo ordenado dessa dimensão, a parapsicologia se encontra numa junção, como a última pedra da pirâmide, onde podem encontrar-se as humanidades, a religião, a ciência e as artes.
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