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Por Astrea Taylor.
A compostagem é uma das minhas práticas pagãs favoritas. Você pode pensar que não é uma atividade pagã, mas posso garantir que é. Trato a terra como se fosse a personificação viva de Gaia, a deusa grega da terra. Quando coloco meus restos de comida em sua pilha de terra, folhas e aparas, sinto uma conexão com ela que me faz sentir ancorada e em paz.
Minha prática de compostagem começou durante a pandemia. Eu estava presa em casa mais do que nunca e notei que toda vez que saía, era revigorante para minha alma. Esta foi uma época em que eu tinha mais vegetais do que nunca, graças a uma caixa de assinatura cooperativa. Claro que aqueles vegetais davam restos, fazia sentido sair com eles e dar para a terra em vez de os deitar no caixote do lixo.
No início, eu não tinha uma pilha de compostagem designada – nem mesmo tinha uma conexão com Gaia naqueles primeiros dias. Quando minha tigela estava cheia, simplesmente cavava um buraco, depositava as sobras e cobria com terra. Era simples e gratificante, e eu sempre fazia uma pausa para observar a estação em seu esplendor.
Percebi que estava interagindo com uma divindade porque era mais do que apenas enterrar pedaços de comida. A atividade parecia especial, como se eu estivesse enterrando um segredo ou devolvendo a energia bruta à sua fonte original. Tive mais prazer nessa atividade do que jamais tive enquanto jardinagem, paisagismo ou em capinar. Depois de algumas semanas, percebi que era porque sentia uma conexão com Gaia. Tocava a terra, e sua energia saía da terra e me tocava de volta. Parecia pacífico e reconfortante.
Depois de alguns meses assim, o inverno chegou e o solo congelou. Como estava muito frio para cavar um buraco, criei uma área especial no meu quintal para compostagem. A princípio, era como qualquer outro lugar, mas arrumei algumas tábuas de madeira para dar ossos. Então, a adição de borra de café, folhas caídas e restos de cozinha deu corpo.
Logo, minha pilha de compostagem se tornou um local sagrado no quintal onde Gaia morava. Muitas vezes eu ia lá para observar as mudanças na pilha e cumprimentar Gaia. Ela sempre parecia tão diferente. Ela mudava, evoluía e reciclava a matéria. Ela estava sempre no trabalho.
Hoje em dia, sempre que levo restos para a compostagem, sinto o quanto Gaia está viva sob meus pés. Ela é a terra rica assim como os fungos e bactérias microscópicas que decompõem a matéria orgânica. Seu corpo alimenta os belas minhocas rosadas que depositam riquezas de volta no solo por meio de seus moldes e se contorcem quando eu reviro o composto duas vezes por ano. Gaia está na base da cadeia alimentar – e ela alimenta muitas plantas e criaturas. Ela descansa, feliz, enquanto o ciclo da vida continua ao seu redor.
Gaia é a razão pela qual qualquer coisa plantada com minha compostagem (uma vez totalmente decomposta) tem mais chances de crescer, florescer e frutificar. Ela também pode ajudá-lo a crescer! Ela está sempre a poucos passos de distância e adora quando as pessoas a cultivam.
Para mais dicas de compostagem, confira em (inglês) no seguinte link:
https://www.planetnatural.com/
Se você estiver interessado em ler mais sobre Gaia, incluindo seus mitos, história, práticas mágicas e uma passagem de um de seus devotos, confira meu próximo livro Modern Witchcraft with the Greek Gods (Bruxaria Moderna com os Deuses Gregos), que escrevi em parceria com Jason Mankey.
Fonte: https://www.llewellyn.com/blog
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Texto enviado por Ícaro Aron Soares.
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